“Você
é a solução para sua carreira
Estudo recente da
revista Science Advances constatou
que, em média, nós brasileiros vamos para a cama por volta das 23h40.
Levando-se em consideração que a maioria encerra o expediente às 18h, estamos
falando de praticamente seis horas livres por dia. Em um ano, são mais de duas
mil horas, ou melhor, 91 dias. Por isso, uma pergunta importante: o que você
faz nessas horas vagas? Espero que a resposta não seja trânsito, seguida de
jantar em frente à TV, novela/Netflix e cama. Pelo menos não todos os dias.
Já que
gastamos boa parte do dia com o trabalho, é importante estar contente e
satisfeito com sua carreira. Se você não está contente, não está evoluindo tão
rápido quanto gostaria, não está no emprego dos sonhos ou não está recebendo as
oportunidades que acha que merece, talvez seja melhor começar a utilizar essas
seis horas livres por dia para investir em você.
Pensando
nisso, a primeira coisa que me vem à mente é saúde. Saia do sofá! Para sua
mente estar saudável, o resto do corpo também deve estar. Revigore corpo, mente
e aumente a autoestima. Prefira, se possível, reservar a manhã para as
atividades físicas, pois o horário pós-trabalho pode e deve ser utilizado para
outras coisas. Porém, se você preferir inverta. A ordem dos fatores não altera
o resultado, faça o que funcionar melhor para você.
Estude,
aliás, estude muito. Conhecimento é um processo contínuo. O processo de
aperfeiçoamento não tem fim e fica ainda mais gostoso quando começamos a
compartilhar nosso conhecimento com os outros, pois fica mais intenso quando
ensinamos a alguém. É incrível! Com base nisso, vamos para outro ponto
importante, a leitura.
Leia
mais, audiobook também vale. A
leitura pode ser sobre qualquer coisa. Aliás, melhor ainda que seja
diversificada. Os últimos livros que eu ouvi (sim, sou fã de audiobooks) foram sobre a China, a bomba
atômica, romance, a crise de 1929, uma pequena história de todas as coisas, e
assim vai...
Coloque
a mão na massa. O mundo está lotado de ideias boas, algumas ótimas. Dê o
primeiro passo, por mais tolo e simples que seja. Tenha discernimento. Às
vezes, é importante parar, pensar e decidir, mas em outras vezes é importante
pensar menos, arregaçar as mangas e se arriscar. Também acho relevante promover
o compartilhamento de ideias, projetos, grupos de discussão, escrever artigos e
comentários inteligentes que agreguem valor nas redes sociais, além de participar
de associações imp0ortantes do segmento atuante.
Para
finalizar e comprovar que o equilíbrio é a base de tudo, aprenda também a
relaxar. É fundamental saber se desligar do mundo depois de um dia cansativo,
talvez estressante de trabalho. Não sejamos radicais, você pode reservar uma
parte daquelas seis horas diárias para não fazer nada. Mas cada hora que você
não gastar no sofá vai se acumular ao longo do tempo, e fará você mais forte,
mais preparado, e com uma rede de relacionamento melhor.
O
resultado será visível e pode mudar a sua vida. Você é a solução para a sua
carreira. Use o tempo a seu favor.”.
(JOSÉ ROBERTO
SECURATO JUNIOR. Professor da Saint Paul Escola de Negócios e
vice-presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de
Consumo (Ibevar), em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 5 de fevereiro de 2017, caderno ADMITE-SE MEGACLASSIFICADOS, coluna
MERCADO DE TRABALHO, página 2).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de
8 de fevereiro de 2017, caderno OPINIÃO,
página 7, de autoria de RONALDO MOTA,
reitor da Universidade Estácio de Sá, e que merece igualmente integral
transcrição:
“Sócrates
digital
Sócrates é considerado
um dos maiores pensadores da Grécia Antiga, com fortes influências até os
tempos atuais em todas as civilizações ocidentais. Ele nasceu e morreu em
Atenas no século 5 A.C. e foi considerado um dos filósofos mais sábios, com
papel muito relevante na disseminação do conhecimento e da prática da reflexão.
Seu método, também conhecido como maiêutica, se caracterizava pelo estímulo ao
diálogo e ao debate colaborativo e argumentativo sobre temas variados.
Platão
foi seu mais importante discípulo e responsável por preservar suas
contribuições, dado que Sócrates não escrevia. Um dos motivos para não escrever
estava na sua capacidade de oratória, o que atraía os jovens de Atenas, além de
que o uso das mãos era considerado na época mais apropriado aos escravos,
artesãos, militares e agricultores. Um motivo adicional para Sócrates evitar a
escrita teria sido estimular a memória de seus discípulos, os quais, segundo
ele, poderiam desenvolver a preguiça
sabendo que o conhecimento estaria disponível a qualquer tempo.
Sócrates
finda sendo condenado à morte acusado pela elite de Atenas de pretender
subverter os valores tradicionais da aristocracia grega, especialmente ao
afirmar que as tradições, crenças e costumes tradicionais prejudicam o
desenvolvimento intelectual dos cidadãos. Platão, por sua vez, escreveu seus
pensamentos e os pensamentos de Sócrates e fundou, após a morte de Sócrates, a
Academia de Platão, que viria a ser a principal referência da escola moderna,
ao menos no mundo ocidental.
O método socrático é
baseado na dialética envolvendo a discussão, onde um participante defende um
ponto de vista e sobre ele é questionado, tentando-se no processo evidenciar
contradições e fragilidades. Ao final, pretende-se que todos os atores envolvidos
ampliem sua compreensão sobre o tema em debate. Uma das premissas do método
trata da construção e eliminação de hipóteses, tal que a melhor delas sobreviva
ao final. A forma básica envolvia uma série de questões, formuladas enquanto
testes de lógica, procurando evidenciar verdades ou falsidades sobre os tópicos
em apreciação. Aristóteles, discípulo de Platão, que não conviveu diretamente
com Sócrates, debitava a ele a inspiração para o método indutivo, uma das bases
essenciais do método científico posteriormente.
Vivemos hoje um mundo
de informações plenamente disponíveis, de forma instantânea e praticamente
gratuita, em que as tecnologias digitais estão invadindo e reconfigurando todos
os campos de atividades humanas. Curiosamente, o atributo da memória, tão
relevante para Sócrates, precisa ser relido à luz da quase vulgaridade do
acesso à informação. No entanto, seu método, contraditoriamente, parece se
mostrar incrivelmente atual em um cenário onde muito mais importante do que o
que foi aprendido é ter ampliado a capacidade de pensar, de refletir e ampliar
a consciência do educando sobre os mecanismos segundo os quais ele aprende.
Universidades tradicionais como Oxford, no Reino Unido, a qual visitei
recentemente, se orgulham, e com razão, de ter no método socrático sua
principal referência metodológica.
O método socrático, em
sua versão digital, convivendo com plataformas de aprendizagem, abundância de
conteúdo e forte interatividade, será mais eficiente e eficaz se os educadores
envolvidos no processo fizerem uso dele para estimular habilidades e
competências típicas da contemporaneidade. São desafios e complexidades
diversas, de épocas anteriores, com destaque para a relevância sem precedentes
de estímulos à inovação e criatividade, entendidas como imaginação colocada em
prática. Da mesma forma, o método é apropriado para estimular a compaixão, a
qual deve ser compreendida enquanto empatia aplicada, ou seja, a prática da
capacidade de entender o outro por se colocar na situação dele. Igualmente, via
educação, há que se ampliar horizontes de tolerância e da absoluta importância
do trabalho colaborativo em equipe. Os docentes somente serão capazes de
propagar tais características se eles as adotarem para si mesmos, dado que,
segundo o espírito do método proposto, é no exercício prático de tais
habilidades que as propagamos e assim formamos nossos educandos.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da
participação, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, em
dezembro e no acumulado dos últimos doze meses, a taxa de juros do cartão de
crédito atingiu a estratosférica marca de 484,6%; a taxa de juros do cheque
especial registrou históricos 328,6%; já o IPCA também acumulado nos últimos
doze meses, em janeiro/2017chegou a 5,35%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade –
“dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se
espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos
e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do
procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A
Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o
problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu
caráter transnacional; eis, portanto,
que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas
simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de
suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do
nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas
modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente
irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na
Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das
empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado
no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem
levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25
somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de
logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à
corrupção e à falta de planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para
2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável
desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão,
a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com
esta rubrica, previsão de R$ 946,4
bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente e eficaz auditoria...
(ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);
Isto
posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos
a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que
possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e
potencialidades com todas as
brasileiras e com todos os
brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários
previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além
de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do
século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da
informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da
sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da
paz, da solidariedade, da igualdade
– e com equidade –, e da fraternidade
universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
- 55
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por
uma Nova Política Brasileira...
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