terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A TRANSCENDÊNCIA DA VIDA A DOIS E O PODER DO JORNALISMO DE QUALIDADE

“Namoro e vida a dois
        A vida a dois tem a sua beleza e a sua complexidade. A beleza está nos sonhos, no romantismo, nas superações, no diálogo, na partilha. A complexidade, na particularidade de cada pessoa, sua história de vida, suas expectativas, desejos e perspectivas.
         A história de duas vidas que se unem e propõem a caminhar lado a lado é única, irrepetível. Entre encontros e desencontros, construções e desconstruções, o casal vai desenhando e escrevendo o seu relacionamento.
         Ao contrário do que muitas vezes se imagina e idealiza, a vida a dois é um caminho cheio de curvas, com altos e baixos, que precisa ser enfrentado de forma compartilhada. As bases que sustentarão a relação serão sempre o respeito e o amor.
         O respeito de uma para com o outro é imprescindível, uma vez que pequenos deslizes, se não corrigidos a tempo, podem se tornar frequentes, crescer e invadir o espaço e a dignidade alheia, comprometendo a continuidade do relacionamento. E é preciso amar. Se é certo que “amar se aprende amando”, como dizia Drummond, também podemos nos atrever a dizer que quanto mais amamos, mais maduro fica o amor.
         Respeito e amor devem caminhar juntos para que a vida a dois tenha cor e brilho. E mais: é fundamental saber perdoar, ter paciência, aceitar diferentes pontos de vista e, em termos práticos, reservar os momentos para continuar namorando. Sim, namorar sempre. E aqui cabem algumas considerações em relação ao namoro.
         É preciso continuar namorando para conhecer mais, para se encantar com os mistérios do outro, para dialogar e permitir o amadurecimento do amor. Infelizmente, com o passar dos meses e dos anos, muitos casais perdem o romantismo, não saem juntos nem reservam com regularidade “tempo para conversas e afetos”. Permitem que o relacionamento se esfrie. Deixam a rotina e a monotonia tomar conta de suas vidas. Aos poucos a distância vai aumentando e o relacionamento enfraquece, atrofia.
         Sabemos que com o nascimento dos filhos a vida do casal sofre mudanças. Novas demandas e necessidades são percebidas. Podem surgir momentos críticos e situações difíceis de lidar à medida que os filhos crescem. O mesmo pode acontecer quanto se enfrentam as doenças, as perda, os problemas financeiros, entre outros. Esses períodos delicados – com repercussões diferentes em cada pessoa e casal – exigem um grande esforço para manter acesa a chama do diálogo e do afeto que ilumina e sustenta a relação a dois.
         O namoro é o tempero fundamental para dar sabor à relação e fortalecê-la no enfrentamento das “noites escuras” que podem surgir. É um ingrediente muito importante. Não podemos afirmar que seja a garantia absoluta da continuidade do relacionamento, porque alguns fatores podem interferir na estabilidade da relação (valores, escolhas, comportamentos e atitudes, entre outros), mas o namoro, com certeza, torna o relacionamento mais fortalecido e, também, contribui para a saúde das pessoas envolvidas. Cabe aqui uma observação: nos consultórios, observamos que grande parte dos problemas de saúde (doenças psicossomáticas) tem como uma de suas prováveis causas as dificuldades nas relações interpessoais.
         Se conversarmos com alguns casais que conseguiram construir uma boa convivência, certamente ouviremos várias dicas. É bom que seja assim. Levando em conta as singularidades das pessoas e dos contextos, as dicas  trazem reflexões e contribuições ao sinalizar para novas práticas e perspectivas. Cada casal, entretanto, deve amadurecer no decorrer dos dias o seu próprio caminho.
         Seja qual for o caminho escolhido para se construir uma boa vida a dois, sempre é importante destacar que os espaços de diálogo e namoro contribuem para o conhecimento das pessoas e para o crescimento do amor. Essa afirmativa é fortalecida por uma frase que constantemente repetimos: “É preciso conhecer para a amar”.
         Para os que iniciam a vida a dois – cheios de planos e sonhos – e para aqueles que já estão juntos há algum tempo, fica a sugestão: vivam a vida de vocês... namorando.”.

(ARISTIDES JOSÉ VIEIRA CARVALHO. Médico, mestre em medicina, especialista em clínica médica e em medicina de família e comunidade, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 25 de fevereiro de 2017, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 27 de fevereiro de 2017, mesmo caderno e página, de autoria de CARLOS ALBERTO DI FRANCO, jornalista, e que merece igualmente integral transcrição:

“Boa notícia é informação
        Impressiona-me o crescente espaço destinado à violência nos meios de comunicação, sobretudo no telejornalismo. Catástrofes, tragédias e agressões, recorrentes como chuvas de verão, compõem uma pauta sombria e perturbadora. A violência, por óbvio, não é uma invenção da mídia. Mas sua espetacularização é um efeito lateral que deve ser evitado. Não se trata de sonegar informação. Mas é preciso contextualizá-la. A enxurrada de violência na mídia pode gerar fatalismo e uma perigosa resignação. Não há o que fazer, imaginam inúmeros leitores, ouvintes, telespectadores e internautas. Acabamos, todos, paralisados se o impacto de uma violência que se afirma como algo irrefreável e invencível. E não é verdade. Podemos, todos, jornalistas, formadores de opinião, estudantes, cidadãos, enfim, dar pequenos passos rumo à cidadania e à paz.
         Mesmo em épocas de crise (e estamos vivendo uma gravíssima crise de segurança pública), é preciso não aumentar desnecessariamente a temperatura. O jornalismo de qualidade reclama um especial cuidado no uso dos adjetivos. Caso contrário, a crise real pode ser amplificada pelos megafones do sensacionalismo. À gravidade da situação, inegável e evidente, acrescenta-se uma dose de espetáculo. O resultado final é a potencialização da crise. Alguns setores da mídia têm feito, de fato, uma opção preferencial pelo negativismo. O problema não está no noticiário da violência, mas na miopia, na obsessão pelos aspectos sombrios da realidade. É cômodo e relativamente fácil provocar emoções. Informar com profundidade é outra conversa. Exige trabalho, competência e talento.
         O que eu quero dizer é que a complexidade da violência não se combate com espetáculo, atitudes simplórias e reducionistas, mas com ações firmes das autoridades e, sobretudo, com mudanças de comportamento. O que critico não é a denúncia da violência, mas o culto ao noticiário violento em detrimento de uma análise mais séria e profunda.
         Precisamos, ademais, valorizar editorial e informativamente inúmeras iniciativas que tentam construir avenidas ou ruelas de paz nas cidades sem alma. É preciso investir numa agenda positiva. A bandeira a meio pau sinalizando a violência sem-fim não pode ocultar o esforço de entidades, universidades e pessoas isoladas que, diariamente, se empenha na recuperação de valores fundamentais: o humanismo, o respeito à vida, a solidariedade. São pautas magníficas. Embriões de grandes reportagens. Denunciar o avanço da violência e a falência do Estado no seu combate é um dever ético. Mas não é menos ético iluminar a cena de ações construtivas, frequentemente desconhecidas do grande público, que, sem alarde ou pirotecnias do marketing colaboram, e muito, na construção da cidadania.
         Neste Brasil sacudido por uma tremenda crise ética, alimentada pelo cinismo e pela mentira dos que deveriam dar exemplo de integridade, há, felizmente, uma ampla classe média sintonizada com valores e princípios que podem fazer a diferença. E nós, jornalistas, devemos escrever para a classe média. Nela reside o alicerce da estabilidade democrática. O que segura o Brasil é o cidadão comum. É o trabalho honrado e competente. É o empreendedorismo que consegue superar o terreno minado pela incompetência do Estado. É o empresário que toca o negócio e não dá propina. Sou otimista. Apesar de tudo.
         A juventude, por exemplo, ao contrário do que fica pairando em algumas reportagens, não está tão à deriva. A delinquência bem-nascida, denunciada muitas vezes neste espaço opinativo, está longe de representar a maioria esmagadora da população estudantil. A juventude real, perfilada em várias pesquisas e na eloquência dos fatos, está identificando valores como amizade, família, trabalho. O futuro depende de esforços pessoais que se somam e começam a mudar pequenas coisas. É preciso fazer o que é correto, e não o que pega bem. Mudar os rumos exige, sobretudo, a coragem de assumir mudanças pessoais.
         A boa notícia também é informação. E, além disso, é uma resposta ética e editorial aos que pretendem fazer do jornalismo um refém da cultura da violência.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em dezembro a ainda estratosférica marca de 484,06% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 328,6%; e já o IPCA também acumulado nos últimos doze meses, em janeiro/2017 chegou a 5,35%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
        
 
 



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