sexta-feira, 7 de abril de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A FORÇA DAS NOVAS TECNOLOGIAS NA ESCOLA E A LUZ NA ARTE DA MEDICINA NA SUSTENTABILIDADE

“Tecnologia incrementa a escola
       É impossível discutir educação sem pensar em como ela mudou para se adaptar nos últimos anos. Mesmo que ainda tenham alguns desafios pela frente, percebe-se que as mudanças foram para melhor e estão gerando benefícios para o ensino e a sociedade. O avanço tecnológico tem sido um dos fatores que mais contribuem para beneficiar a educação. Não há como negar que chegou para revolucionar o ensino dentro e fora do ambiente escolar e, com certeza, já não se podem manter os mesmos moldes de décadas atrás em adequações.
          Uma das mais significativas mudanças que a tecnologia proporcionou foi a evolução dos métodos de ensino. As aulas tradicionais, meramente expositivas, já não despertam tanto interesse entre os alunos. O próprio estudante já não é mais o mesmo, pois, devido à facilidade cada dia maior de acesso à informação, deixou de ser apenas receptor de conhecimento. A dinâmica do aprendizado mudou e o estudante não quer mais saber somente sobre um determinado assunto, ele também busca entender por que aquilo é importante, como influencia em sua vida e como aplicará o que está aprendendo.
          A tecnologia está na palma da mão e o acesso é irrestrito e inclusivo. Não há mais motivos para evitar incluí-la nos novos moldes educacionais, usando-a a favor da evolução. Aproveitar o progresso agrega o novo e desperta ainda mais interesse. As turmas estão cada mais adeptas das inovações e têm dificuldade em entender um mundo no qual a internet, por exemplo, não seja parte integrante ou mesmo fundamental do processo de ensino. Tornar as aulas cada vez mais atrativas com a utilização desses avanços é uma estratégia inteligente e que vai ao encontro do que o mundo pede.
          Tablets, smartphones (usados corretamente), computadores, laboratórios de ciências, informática, fotografia e vídeos, entre outros, são potencializadores do aprendizado. Esses dispositivos ampliam o número de informações e o interesse do aluno e servem como uma extensão da sala de aula, tornando o ensino interligado com o que é atual e interessante, dinamizando exponencialmente o processo pedagógico.
          Alguns colégios vêm adaptando a esses moldes, porque já entenderam que possibilitam a flexibilização e a intensificação do aprendizado. Entretanto, outras escolas já nascem tecnológicas, como ocorreu com o Grupo SEB, por exemplo, que mantém um tablete para cada aluno para tornar mais fácil e diversificada a interação entre estudantes, professores, escola e pais. O grupo também disponibiliza laboratórios e sistemas tecnológicos acessíveis, desde o maternal.
          Nada que o ser humano cria é feito para retroceder ou prejudicar a sociedade, e, sim, ajudar. Contudo, as pessoas têm a capacidade de desvirtuar essas criações. É preciso ter noção de limites entre o que está sendo positivo e prejudicial, ou até onde vai um potencializador do aprendizado e quando começa a distração. Usar adequadamente a tecnologia é primordial para que o processo de aprendizagem não seja afetado negativamente.
          Não há dúvida de que as inovações tecnológicas revolucionam o ensino e contribuem efetivamente na rotina da sala de aula. O sistema escolar, alunos, pais e a sociedade já perceberam que a evolução está a serviço da educação e é fundamental para torná-la ainda mais atrativa e adaptável ao que está por vir.”.

(HELEN PAES. Diretora do Colégio Unimaster – Grupo SEB, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 1º de março de 2017, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado na revista VEJA, edição 2521 – ano 50 – nº 11, de 15 de março de 2017, de autoria de Alexandre Holthausen Campos, que é diretorde graduação em medicina da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein, e Freddy Goldberg Eliaschewitz, que é diretor do Centro de Pesquisas Clínicas CPClin, e que merece igualmente integral transcrição:

“DA ARTE DE SER MÉDICO
       TIVEMOS RECENTEMENTE a notícia de que a maioria dos médicos recém-formados (60%) foi reprovada no exame do Conselho Regional de Medicina de São Paulo. Ainda assim, é fundamental constatar que a cultura médica desses reprovados supera, em muito, a conquistada por médicos que hoje estão em fim de carreira na época em que eram recém-formados. Basta lembrar que trinta anos atrás não existiam tomografia computadorizada, ressonância nuclear magnética, biologia molecular e tantas gerações de medicamentos. Naquele tempo, os alunos de medicina e jovens médicos aprendiam e se atualizavam a partir de livros clássicos e por mentores que serviam de modelo de conhecimento e comportamento. A prática baseava-se predominantemente, então, em experiências prévias e percepções pessoais. O conhecimento adquirido dessa forma representava a base para a prática médica por longos anos, às vezes durante toda a carreira desse profissional. A competência estava, portanto, intimamente relacionada à qualidade da formação acadêmica e à capacidade de reter o conhecimento. Médico bom era o que sabia “tudo”!
          O avassalador desenvolvimento tecnológico ocorrido nos últimos cinquenta anos está levando a um aumento estrondoso dos conhecimentos na área biomédica. Impacta, de modo irreversível, a prática da medicina. Dados preliminares do PubMed, um dos mais completos bancos de dados de pesquisas médicas do mundo, indicam a publicação de 1 260 400 artigos apenas no ano passado, por exemplo. Destes, 40 573 eram sobre câncer e outros 5 977 sobre diabetes. Mesmo a tuberculose, uma das doenças habitualmente negligenciadas, é tema de um montante expressivo de documentos (foram 1 403 em 2016). Há uma forte tendência de crescimento. Nos últimos 25 anos, o volume anual de artigos publicados triplicou. Em 1990, eram 400 000. Em 2015, 1,2 milhão.
          A parcela de conhecimento obtida por meio de pesquisas organizadas, com regras preestabelecidas e documentação cuidadosa, está disponível em artigos científicos. Antes de sua publicação, os trabalhos são habitualmente revisados, com o objetivo de avaliara fundamentação, a qualidade e a relevância dos achados. O produto final é considerado para ratificar, ajustar ou mesmo descartar os conceitos médicos vigentes, e constitui o que se chama de “medicina baseada em evidência”, o alicerce da prática médica nos dias atuais. O tempo entre o reconhecimento e a disseminação de todo esse conhecimento aos médicos, porém, não é imediato. Passam-se mais de três anos, no mínimo, para que seja possível acumular descobertas relevantes. O jovem médico, portanto, mesmo que tenha tido uma ótima formação acadêmica, perceberá que parte de seu conhecimento se tornará obsoleto já nos primeiros anos de sua prática profissional. Assim, o bom médico hoje é aquele capaz de atualizar seus conhecimentos a partir da interpretação de dados oferecidos por fontes qualificadas.
          Outro ponto a ser considerado na medicina modera é o fato de não ser mais possível exercê-la sem o auxílio da informática. A consulta sistemática e frequente a bancos de informação biomédica tornou-se mandatória para a utilização efetiva do conhecimento médico acumulado em benefício dos pacientes. Em situações em que a memória visual é fundamental, como no caso de exames por imagem, o computador pode armazenar milhões delas, mais do que qualquer radiologista, por mais experiente que seja. Nesse sentido, já existem hoje computadores que diagnosticam o câncer de pele tão bem quanto os melhores dermatologistas.
          Como, então, aperfeiçoar a formação do médico levando todos esses fatores em conta? O curso médico no Brasil tem duração de seis anos, com pelo menos 7 200 horas de carga. Embora longo e exigente, tanto física como mentalmente, é suficiente apenas para que uma base (ampla, é verdade) seja coberta. Posto de outra forma, a maior parte dos egressos de cursos de medicina não estaria preparada para a prática autônoma e segura da profissão. Por essa razão, jovens médicos buscam ensino formal complementar em programas de residência médica. A duração dessa fase de aprendizado em serviço varia de dois a sete anos, a depender da especialidade escolhida pelo médico. Assim, falamos de outo a treze anos de estudos antes de entrar no mercado. Ressalte-se que essa fase é largamente dedicada ao aprendizado e ao aperfeiçoamento de competências técnicas, sobretudo em prevenção, diagnóstico, prognóstico e tratamento de doenças. Os médicos começam o exercício não supervisionado da medicina ao redor dos 30 anos e têm, habitualmente, carreira longa. Nesse período, perdem o suporte dos professores e supervisores de programa e estão expostos a um ambiente de constantes mudanças. É comum que, ao longo desse tempo, sejam assoberbados pela carga de trabalho, volume de informações novas e pressão de pares. Além disso, sofrem demandas crescentes de pacientes e familiares que também têm acesso ilimitado à informação de portais da internet, com conteúdos completos e, muitas vezes, por demais genéricos, enviesados ou mesmo incorretos.
          Manter o que já foi aprendido, atualizar-se e exercer a profissão de forma eficiente e em harmonia com a vida pessoal tornou-se um grande desafio. Soluções encontradas envolvem a superespecialização, o que restringe a área de atuação. O conhecimento do médico é atualizado em congressos científicos, reuniões periódicas, ferramentas eletrônicas de busca, alertas e compilação de conteúdos, leitura de artigos e documentos consolidados por sociedades médicas. A falta de tempo e de capacidade de organização faz com que muitos simplesmente abdiquem da educação continuada ou busquem alternativas mais simples, como o consumo de informação já processada p e sujeita a conflitos de interesse – oferecida, por exemplo, pelas indústrias de medicamentos ou de equipamentos médicos.
          Graduações em medicina nos Estados Unidos e na Europa, e mais recentemente no Brasil, têm dedicado esforços a reformular currículos, priorizando a essência do conteúdo e a exposição a ferramentas que capacitem os alunos a aprender de forma autônoma. Têm-se buscado a redução de carga horária presencial e o aumento de horas livres a fim de que os alunos tenham tempo para rever os conteúdos e, principalmente, preparar-se para a sequência de aula “invertida” (flipped classroom, como se diz em inglês). Aquilo que habitualmente é apresentado em sala pelos professores (diapositivos, seminários, aulas) passa a ser fornecido na forma de aulas gravadas, vídeos, leitura orientada... Os alunos devem ir para a sala de aula preparados para discutir, aprofundar e aplicar fundamentos previamente assimilados.
          Mas e aqueles já inseridos no mercado de trabalho? A educação continuada é tão ou mais relevante do que o período de aprendizagem formal. Selecionar ao longo do tempo fontes confiáveis de informação é essencial. Capacitar-se em ferramentas de interpretação, que facilitem a apropriação adequada de conteúdo relevante para a prática, é recomendável. Há bons programas (cursos de curta duração, pós-graduações) que ajudam a desenvolver as competências requeridas para o aprendizado ininterrupto de uma atividade crucial para o bem-estar de todos. A travessia para um bom médico no século XXI é longa, árdua – mas fascinante.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)    a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro/2017 a ainda estratosférica marca de 481,46% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 326,96%; e já o IPCA também acumulado nos últimos doze meses, chegou a 4,76%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)    a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
         
 
 
   
           
  

             

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