“O
perfil do novo gestor
As empresas, em geral,
estão sentindo os impactos do atual cenário econômico e, diariamente, os
gestores têm suas habilidades testadas. Superar desafios, transmitindo
segurança para suas equipes, exige conhecimento técnico e habilidades
comportamentais, como inteligência emocional, capacidade de adaptação e
metodologias eficazes.
Historicamente,
o trabalhador brasileiro tende a ser menos produtivo do que o de outros países.
Conforma a Conference Board, em 2015,
a produção de cinco funcionários brasileiros era equivalente de um americano. A
baixa produtividade prejudica a rentabilidade das empresas e faz com que os gestores
sejam mais cobrados em relação aos resultados produzidos.
Mais
do que aperfeiçoamento das práticas gerenciais, é preciso garantir que as metas
sejam atingidas. Novos planos de ação só serão assertivos se o empresário
implementar um método para localizar oportunidades, entender os fatos e dados e
as causas que bloqueiam os resultados.
A
excelência na gestão passa pela prática. Mais do que implementar boas ações, e
preciso repeti-las e encontrar um padrão ideal de processos para se replicar
nas empresas. É preciso mudar a cultura. Além disso, os gestores devem estar
imersos na realidade financeira, de modo a entender o cenário atual e as
devidas alavancas para se mudar os resultados.
Em
face a tantos desafios, a capacidade de adaptação é uma habilidade essencial e
necessária para esse profissional. Agir rapidamente diante de novas situações e
fundamental. É importante manter o domínio sobre a inteligência emocional.
Conhecer a si mesmo é o primeiro passo para lidar com isso.
Quando
o empresário conhece as particularidades da equipe e sabe se valer do potencial
de cada funcionário, certamente ele atingirá resultados mais consistentes e
duradouros. Liderar nem sempre e uma habilidade nata, mas pode ser aprendida.
Vantagem
competitiva é binária, ou temos ou não temos. Para alcançá-la, e
consequentemente garantir fluxos de caixa positivos por longos períodos, é
preciso inovar ou copiar práticas já existentes. Desta forma, em tempos de
desafios econômicos e políticos, espera-se que o gestor seja capaz de estimular
a criatividade e a inovação de suas equipes.
É
crucial testar novas ideias e se perguntar: “por que não?”. A curiosidade é o
primeiro passo para identificar novas soluções para problemas antigos e
propagar a inovação, mas nem sempre é eficaz. Utilizar metodologias voltadas
para a inovação, como o desing thinking,
tem sido uma arma poderosa para muitas organizações.
O
treinamento Plataforma do Futuro mescla conhecimento teórico e práticas
vivenciais para aperfeiçoar técnicas gerenciais, promovendo a superação de
dificuldades e a descoberta de ações eficazes para o ambiente empresarial.
Saber aonde se quer chegar e pensar no planejamento para alcançar esse
resultado é fundamental.”.
(PAULO
COIMBRA. Diretor de operações do Instituto Aquila, em artigo publicado no
jornal ESTADO DE MINAS, edição de 26
de maio de 2017, caderno OPINIÃO,
página 7).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição,
caderno e página, de autoria de DOM
WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e
que merece igualmente integral transcrição:
“Horizonte
de esperança
O amargor da falência
das esperanças pesa forte sobre os ombros da humanidade. As derrocadas
políticas com reflexos nas relações e nos funcionamentos em diferentes
segmentos das civilizações obscurecem horizontes. Os fracassos na economia –
com tiranos mecanismos que provocam o empobrecimento – e nas relações
interpessoais apagam a luz da esperança. E essa luminosidade, quando perdida,
inviabiliza as reações. A escuridão prevalece, impossibilitando encontrar
caminhos novos. Mas, para ir em frente e fazer a travessia dos vales da sombra
é imprescindível cultivar a esperança, capaz de nutrir os corações e as
inteligências com a realidade do amor e do bem que transformam o mundo.
Esperança
que pode ser recuperada com a força e a fascinante facilidade da comunicação na
partilha, em tempo real, dos acontecimentos mundo afora. A capilaridade dessa
rede de informações reúne a sociedade, grupos e segmentos em torno das mesmas
questões, desafios e preocupações. Também aponta para uma exigente tarefa: a
responsabilidade e o desafio posto a cidadania de como lidar com as notícias boas,
más, verdadeiras ou falsas.
Singular
contribuição para refletir sobre esse desafio está na mensagem do papa
Francisco para o Dia Mundial das Comunicações, celebrado neste último domingo
de maio, Festa Litúrgica da Ascensão do Senhor. O papa se refere aos antigos
pais na fé, que comparavam a mente humana a mó de azenha – tipo de moinho
movido pela força da agua que não se podia parar. Ao moleiro cabia decidir se
moeria na azenha o trigo ou o joio, e escolher o fermento que leveda a massa,
dando-lhe forma e gosto ou o contrário, aquele que a estraga. A referência à mó
de azenha é para remeter à enorme responsabilidade que está na condução e na
conformação da mente humana que nunca para, está sempre em ação. Importa a
atenção e a responsabilidade moral que determinam o material que a fornecemos,
minuto a minuto.
O
“alimento” fornecido à mente pode produzir luzes de esperança que alargam
horizontes com realismo, ou a precipitação da sociedade, de suas instituições e
de seus funcionamentos na vala do fracasso. O propósito, pois, é investir em
uma comunicação construtiva ao “moer” as informações, conforme diz o papa
Francisco, para oferecer um “pão perfumado e bom”. Assim, de modo qualificado,
constroem-se compreensões. São favorecidos os discernimentos para as decisões
que determinam os rumos da vida de cada pessoa e de toda a sociedade. É, pois,
grave e urgente a responsabilidade cidadã de investir em uma comunicação
construtiva, pela rejeição de preconceitos contra outras pessoas. O vetor
permanente, indica o papa Francisco, deve ser a promoção da cultura do
encontro, para que o brilho do olhar da esperança permita ler, interpretar e
tratar a realidade com confiança, altruísmo e competente sabedoria. Assim, é
possível descobrir e trilhar rumos novos e superar fracassos.
Obviamente,
isso não significa promover desinformação ou fazer “vista grossa” ante os
cenários de dramas humanos, adotando otimismo ingênuo e isentando-se, por
insensibilidade ou indiferença, da tarefa de vencer o mal. Situar-se nos
horizontes da esperança é iluminar o caminho que precisa ser percorrido para
avançar. Permite reconfigurar mecanismos de funcionamentos governamentais,
sociais, administrativos e culturais. Sublinha o papa Francisco: “Para um tempo
novo de esperanças, é preciso superar o mau humor e a resignação, que lançam a
pessoa na apatia, produzem medos e a incompetência que advém da convicção falsa
de que não é possível impor limites ao mal.” Diante da responsabilidade de
reconstruir a sociedade, nenhum cidadão tem o direito de abdicar-se do esforço
necessário para acender em si a chama da esperança. Também precisa assumir o
compromisso de contribuir para iluminar o coração, a mente e consciência do
próximo com a chama da esperança. O passo primeiro, na avalanche de tantas informações
ruins, é narrar boas notícias.
Para
os cristãos, o ponto de partida e a fonte perene de esperança é Jesus Cristo, a
boa nova que tem força para mudar o mundo, alimentando a alegria de servir e de
promover a vida. Ninguém tem o direito de aparar as chamas da esperança,
valendo-se de lamúrias, maledicências, apatias, preguiças e mesmo da projeção
de negatividades que forjam leituras pessimistas da realidade. Que a chama da
esperança acesa em cada cidadão, pelas boas notícias que encantam e curam, possibilite
novas dinâmicas e solidariedades, necessárias para se alcançar a almejada paz
mundial e dissipar a corrupção que encharca a sociedade brasileira. Sejam
alargados os horizontes de esperança.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em abril/2017 a ainda estratosférica
marca de 422,46% nos últimos doze meses,
e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 328,3%; e já o IPCA
também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,08%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa
promiscuidade – “dinheiro público versus interesses privados”
–, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando
incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a
lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato,
Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso
específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e
que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão
sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516
anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a
corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar
inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo,
segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a
“... Desconfiança das empresas e das famílias é
grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada
está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e
muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência
do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao
excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para
2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável
desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão,
a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com
esta rubrica, previsão de R$ 946,4
bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente e eficaz auditoria...
(ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta
de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já
combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de
poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições,
negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à
pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas
e sempre crescentes necessidades de ampliação
e modernização de setores como: a gestão
pública; a infraestrutura (rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada,
esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística
reversa); meio ambiente; habitação;
mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda;
agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência
social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança
pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e
desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer;
turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e
operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade
– “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade,
competitividade); entre outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
- 55
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por
uma Nova Política Brasileira...
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