sexta-feira, 27 de outubro de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A LUZ NA CONQUISTA DA VIDA ESPIRITUAL E OS CAMINHOS DA UNIVERSIDADE NA SUSTENTABILIDADE

“O serviço como libertador 
do fogo da verdadeira vida
        Durante muito tempo em nossa trajetória as ilusões impedem a vida espiritual do homem, chamando para o materialismo em seus aspectos de excesso de consumo, luxo ou apego a objetos, bens, situações ou pessoas – ilusões que levam a energia para os níveis inferiores do ser. Outras ilusões são de natureza puramente psíquica como, por exemplo, o medo, que acaba trazendo a inércia e a paralisia. Se refletirmos sobre nosso caminho de encontro à alma, provavelmente poderemos encontrar em nós mesmos pontos a serem transformados.
         Um deles é o medo. E o que é o medo? Concretamente, é um resíduo da vida pré-histórica. As condições difíceis que havia na órbita física e psíquica da Terra em seus primórdios deixaram no subconsciente do homem profundas marcas. Desastres geológicos, lutas com animais gigantescos que normalmente o venciam e o destruíam, condições difíceis de sobrevivência e climas inóspitos imprimiram no ser humano marcas que ele carrega até hoje.
         O medo somente será desalojado do planeta à medida que o homem for fazendo a ligação entre sua consciência pessoal (com seus recursos falíveis) e a sua supraconsciência (com suas possibilidades ilimitadas). A construir essa ponte entre a mente racional e a mente superior, o homem vai dando-se conta de sua imortalidade, porque começa a experimentar a vida em outros níveis de existência.
         A contínua aspiração, do ponto de vista da personalidade do homem, a conhecer as realidades dos níveis superiores do próprio ser, níveis estes que estão além do mental comum e analítico, vai construindo uma ponte. Por outro lado, havendo tal aspiração, a consciência mais elevada do indivíduo vai respondendo e construindo a mesma ponte a partir da extremidade superior, chegando o dia em que os esforços se encontram e a ligação é feita. Esse trabalho é inconsciente e não pode ser controlado pela mente analítica. No nível físico, ele se dá por meio de uma autodisciplina voluntária e oportuna; no nível emocional, é empreendido por meio do desejo de servir, de ser um elo positivo na corrente evolutiva e, principalmente, de dissolver a possessividade sobre os demais seres e sobre os objetos puramente materiais. No nível mental, o trabalho de construção da ponte é feito automaticamente quando se mantém a aspiração firme e inalterada, o que só é possível por meio da energia da fé existente na alma do homem como parte de sua íntima essência.
         Três grandes obstáculos precisam ser vencidos: a sensação, o desejo e as boas intenções. O desejo precisa ser o primeiro a ser superado, porque é o principal deles, o que motiva e dirige os outros. Todos sabemos que as boas intenções da criatura humana quase nunca correspondem à sua verdadeira necessidade ou à de outrem; elas têm origem no desejo e por isso permanecem em nível ilusório, como que lutando contra moinhos de vento. Quanto às sensações, sempre deixam a mente ocupada quando esta deveria estar livre.
         Apenas quando passamos pelo inferno pessoal e deixamos de sesr prisioneiros nos tornamos aptos para ajudar os demais e podemos ingressar no inferno coletivo para, aí, servir ao plano evolutivo. Tendo aprendido a lidar com o próprio subconsciente, temos condições agora de servir em âmbito maior. Essa ampliação de nossa capacidade de prestar serviço é uma verdadeira realização do ponto de vista da alma.”.

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 22 de outubro de 2017, caderno O.PINIÃO, página 16).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 24 de outubro de 2017, página 7, de autoria de ADEMAR FERREIRA, presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), e que merece igualmente integral transcrição:

“A reforma do Fies
        Os últimos indicadores da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostram que o Brasil ainda está longe de ocupar uma posição satisfatória em relação ao desenvolvimento educacional do país. Em um ranking de 70 países, o Brasil ocupa os últimos lugares na avaliação do Pisa 2015 (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), que pesquisou o desempenho em leitura, ciências e matemática, e no qual ficamos na 59ª, 63ª e 65ª posições, respectivamente, sendo o último da América Latina nessa lista. Os dados reforçam que o desempenho dos alunos no Brasil está abaixo da média de outros países da OCDE. Precisamos fazer com os que os investimentos em educação sejam convertidos em melhores resultados na aprendizagem dos estudantes! Sem melhorar o básico, continuamos dificultando a vida dos jovens que almejam entrar no ensino superior e sonham com um futuro melhor!
         E é nesse contexto que vemos o governo editar uma medida provisória que visa reformar o principal instrumento de política pública de acesso ao ensino superior, o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Entretanto, o relatório da Medida Provisória 785/2017, que foi aprovada na Comissão Especial do Congresso, não amplia a democratização do acesso, pois conta com mudanças meramente focadas no ajuste fiscal e econômico do governo. O texto deve ser votado no plenário da Câmara nas próximas semanas, já que a MP expira no próximo mês. A situação preocupa, pois, ainda segundo a OCDE, no relatório “Educação: trampolim para o emprego”, o Brasil é apontado em última posição, em um ranking de 35 países, com o menor índice de população com nível superior completo, além de ser o terceiro pior na lista dos que completam o nível médio.
         É verdade que a matéria, que segue para aprovação em plenário, traz alguns avanços, como a possibilidade de quitar o financiamento com recursos do FGTS, de poder ser usado por alunos com bolsa parcial e ser resgatado para pagamento de cursos de pós-graduação e ensino técnico. Mas os critérios de adesão ainda deixam muito a desejar, e limitam o acesso.
         O Brasil tem uma história de ineficiência e desperdício de recursos na educação superior. Vale ressaltar que o custo médio de um aluno na universidade pública passa de R$ 40 mil por ano. Ou seja, mais de R$ 3,5 mil por mês por aluno, numa média de todos os cursos. Tais custos por aluno são parecidos com os da França, mas com resultados bem inferiores. Além de ser mais que o dobro da média dos preços das IES privadas, as universidades públicas e gratuitas são para quem pode pagar. Ou seja, perpetuamos uma realidade em que as universidades públicas são frequentadas, em geral, pelas elites e seus filhos. E mais uma vez, o governo deixa de fazer seu papel nas ações e políticas de combate à desigualdade social, transferência de renda e mobilidade social.
         Sabemos que para as classes menos abastadas, oriundas das escolas públicas da educação básica, resta buscar uma bolsa nas instituições privadas através dos programas sociais, como o Fies e o Prouni. Muitos se desdobram trabalhando durante o dia para pagar as faculdades que cursam à noite. E o que mais temos visto com a crise econômica são alunos tendo de trancar seus cursos porque perderam o emprego.
         A vida desses jovens poderia ser menos difícil se o governo tornasse o Fies um programa mais simples, acessível e economicamente sustentável. Precisamos pensar em critérios melhores e mais justos para que os estudantes possam obter o financiamento como a nota do Enem, capacidade de pagamento etc. Temos de pensar em mais incentivo para cursos de licenciatura, bolsas de financiamento para alunos exemplares e para aqueles que prestam serviços à sociedade. O financiamento poderia se dar em forma de uma carta de crédito, por exemplo. O estudante receberia para sacar em quatro ou cinco anos a partir do início do curso, na instituição de ensino de sua escolha, com liberação mensal conforme o serviço educacional fosse prestado. Caso o aluno resolvesse mudar de faculdade, levaria o restante do seu crédito para a escola ou curso escolhido. As IES teriam que trabalhar com e para os alunos e menos para o governo.
         Enfim, é preciso pensar em soluções que facilitem o acesso ao mesmo tempo em que mantenham a viabilidade do Fies. É preciso descomplicar o futuro dos nossos jovens!”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em agosto/2017 a ainda estratosférica marca de 397,44% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 317,31%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, em setembro, chegou a 2,54%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      



   

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