“O
serviço como libertador
do fogo da verdadeira vida
Durante muito tempo em
nossa trajetória as ilusões impedem a vida espiritual do homem, chamando para o
materialismo em seus aspectos de excesso de consumo, luxo ou apego a objetos,
bens, situações ou pessoas – ilusões que levam a energia para os níveis
inferiores do ser. Outras ilusões são de natureza puramente psíquica como, por
exemplo, o medo, que acaba trazendo a inércia e a paralisia. Se refletirmos
sobre nosso caminho de encontro à alma, provavelmente poderemos encontrar em
nós mesmos pontos a serem transformados.
Um
deles é o medo. E o que é o medo? Concretamente, é um resíduo da vida
pré-histórica. As condições difíceis que havia na órbita física e psíquica da
Terra em seus primórdios deixaram no subconsciente do homem profundas marcas.
Desastres geológicos, lutas com animais gigantescos que normalmente o venciam e
o destruíam, condições difíceis de sobrevivência e climas inóspitos imprimiram
no ser humano marcas que ele carrega até hoje.
O medo
somente será desalojado do planeta à medida que o homem for fazendo a ligação
entre sua consciência pessoal (com seus recursos falíveis) e a sua
supraconsciência (com suas possibilidades ilimitadas). A construir essa ponte
entre a mente racional e a mente superior, o homem vai dando-se conta de sua
imortalidade, porque começa a experimentar a vida em outros níveis de
existência.
A
contínua aspiração, do ponto de vista da personalidade do homem, a conhecer as
realidades dos níveis superiores do próprio ser, níveis estes que estão além do
mental comum e analítico, vai construindo uma ponte. Por outro lado, havendo
tal aspiração, a consciência mais elevada do indivíduo vai respondendo e
construindo a mesma ponte a partir da extremidade superior, chegando o dia em
que os esforços se encontram e a ligação é feita. Esse trabalho é inconsciente
e não pode ser controlado pela mente analítica. No nível físico, ele se dá por
meio de uma autodisciplina voluntária e oportuna; no nível emocional, é
empreendido por meio do desejo de servir, de ser um elo positivo na corrente
evolutiva e, principalmente, de dissolver a possessividade sobre os demais
seres e sobre os objetos puramente materiais. No nível mental, o trabalho de
construção da ponte é feito automaticamente quando se mantém a aspiração firme
e inalterada, o que só é possível por meio da energia da fé existente na alma
do homem como parte de sua íntima essência.
Três
grandes obstáculos precisam ser vencidos: a sensação, o desejo e as boas
intenções. O desejo precisa ser o primeiro a ser superado, porque é o principal
deles, o que motiva e dirige os outros. Todos sabemos que as boas intenções da
criatura humana quase nunca correspondem à sua verdadeira necessidade ou à de
outrem; elas têm origem no desejo e por isso permanecem em nível ilusório, como
que lutando contra moinhos de vento. Quanto às sensações, sempre deixam a mente
ocupada quando esta deveria estar livre.
Apenas
quando passamos pelo inferno pessoal e deixamos de sesr prisioneiros nos
tornamos aptos para ajudar os demais e podemos ingressar no inferno coletivo
para, aí, servir ao plano evolutivo. Tendo aprendido a lidar com o próprio
subconsciente, temos condições agora de servir em âmbito maior. Essa ampliação
de nossa capacidade de prestar serviço é uma verdadeira realização do ponto de
vista da alma.”.
(TRIGUEIRINHO.
Escritor, em artigo publicado no jornal O
TEMPO Belo Horizonte, edição de 22 de outubro de 2017, caderno O.PINIÃO, página 16).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 24 de
outubro de 2017, página 7, de autoria de ADEMAR
FERREIRA, presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares
(Fenep), e que merece igualmente integral transcrição:
“A
reforma do Fies
Os últimos indicadores
da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostram
que o Brasil ainda está longe de ocupar uma posição satisfatória em relação ao
desenvolvimento educacional do país. Em um ranking de 70 países, o Brasil ocupa
os últimos lugares na avaliação do Pisa 2015 (Programa Internacional de
Avaliação de Alunos), que pesquisou o desempenho em leitura, ciências e
matemática, e no qual ficamos na 59ª, 63ª e 65ª posições, respectivamente,
sendo o último da América Latina nessa lista. Os dados reforçam que o
desempenho dos alunos no Brasil está abaixo da média de outros países da OCDE.
Precisamos fazer com os que os investimentos em educação sejam convertidos em
melhores resultados na aprendizagem dos estudantes! Sem melhorar o básico,
continuamos dificultando a vida dos jovens que almejam entrar no ensino
superior e sonham com um futuro melhor!
E é
nesse contexto que vemos o governo editar uma medida provisória que visa
reformar o principal instrumento de política pública de acesso ao ensino
superior, o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Entretanto, o relatório
da Medida Provisória 785/2017, que foi aprovada na Comissão Especial do
Congresso, não amplia a democratização do acesso, pois conta com mudanças
meramente focadas no ajuste fiscal e econômico do governo. O texto deve ser
votado no plenário da Câmara nas próximas semanas, já que a MP expira no
próximo mês. A situação preocupa, pois, ainda segundo a OCDE, no relatório
“Educação: trampolim para o emprego”, o Brasil é apontado em última posição, em
um ranking de 35 países, com o menor índice de população com nível superior
completo, além de ser o terceiro pior na lista dos que completam o nível médio.
É
verdade que a matéria, que segue para aprovação em plenário, traz alguns avanços,
como a possibilidade de quitar o financiamento com recursos do FGTS, de poder
ser usado por alunos com bolsa parcial e ser resgatado para pagamento de cursos
de pós-graduação e ensino técnico. Mas os critérios de adesão ainda deixam
muito a desejar, e limitam o acesso.
O
Brasil tem uma história de ineficiência e desperdício de recursos na educação
superior. Vale ressaltar que o custo médio de um aluno na universidade pública
passa de R$ 40 mil por ano. Ou seja, mais de R$ 3,5 mil por mês por aluno, numa
média de todos os cursos. Tais custos por aluno são parecidos com os da França,
mas com resultados bem inferiores. Além de ser mais que o dobro da média dos
preços das IES privadas, as universidades públicas e gratuitas são para quem
pode pagar. Ou seja, perpetuamos uma realidade em que as universidades públicas
são frequentadas, em geral, pelas elites e seus filhos. E mais uma vez, o
governo deixa de fazer seu papel nas ações e políticas de combate à
desigualdade social, transferência de renda e mobilidade social.
Sabemos
que para as classes menos abastadas, oriundas das escolas públicas da educação
básica, resta buscar uma bolsa nas instituições privadas através dos programas
sociais, como o Fies e o Prouni. Muitos se desdobram trabalhando durante o dia
para pagar as faculdades que cursam à noite. E o que mais temos visto com a
crise econômica são alunos tendo de trancar seus cursos porque perderam o
emprego.
A vida
desses jovens poderia ser menos difícil se o governo tornasse o Fies um
programa mais simples, acessível e economicamente sustentável. Precisamos
pensar em critérios melhores e mais justos para que os estudantes possam obter
o financiamento como a nota do Enem, capacidade de pagamento etc. Temos de
pensar em mais incentivo para cursos de licenciatura, bolsas de financiamento
para alunos exemplares e para aqueles que prestam serviços à sociedade. O
financiamento poderia se dar em forma de uma carta de crédito, por exemplo. O
estudante receberia para sacar em quatro ou cinco anos a partir do início do
curso, na instituição de ensino de sua escolha, com liberação mensal conforme o
serviço educacional fosse prestado. Caso o aluno resolvesse mudar de faculdade,
levaria o restante do seu crédito para a escola ou curso escolhido. As IES
teriam que trabalhar com e para os alunos e menos para o governo.
Enfim,
é preciso pensar em soluções que facilitem o acesso ao mesmo tempo em que
mantenham a viabilidade do Fies. É preciso descomplicar o futuro dos nossos
jovens!”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em agosto/2017 a ainda estratosférica
marca de 397,44% nos últimos doze meses,
e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 317,31%; e já o IPCA,
também no acumulado dos últimos doze meses, em setembro, chegou a 2,54%); II –
a corrupção, há séculos, na mais
perversa promiscuidade – “dinheiro público versus interesses privados”
–, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando
incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária
ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da
Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor,
de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é
cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão
sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516
anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção
mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício,
em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e
danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no
artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança
das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é
desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de
problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos,
quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas
de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à
corrupção e à falta de planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para
2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável
desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão,
a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com
esta rubrica, previsão de R$ 946,4
bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente e eficaz auditoria...
(ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta
de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já
combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de
poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições,
negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à
pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas
e sempre crescentes necessidades de ampliação
e modernização de setores como: a gestão
pública; a infraestrutura (rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada,
esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística
reversa); meio ambiente; habitação;
mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda;
agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência
social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança
pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e
desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer;
turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e
operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade
– “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade,
competitividade); entre outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
- 55
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por
uma Nova Política Brasileira...
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou
asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...
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