quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A FORÇA DA ASSERTIVIDADE NO PLANEJAMENTO E A LUZ PARA UM ANO NOVO NA SUSTENTABILIDADE

“Planejar e fazer o certo
        A chegada de um ano novo vem sempre carregada de expectativas, mesmo para quem acredita que a construção de uma vida e de uma carreira exitosa demanda um posicionamento contínuo e ações efetivas que nada têm a ver com o encerramento de ciclos do calendário. No entanto, a solenização da entrada é um é um momento para renovarmos as esperanças, os objetivos, novas expectativas na vida pessoal e profissional. E também é um momento para fazermos um balanço sobre o que realizamos, o que conquistamos e o que deixamos de fazer. A correria do dia a dia, as atividades que definimos como prioridades, as tarefas extras cotidianas e até mesmo as questões políticas e econômicas podem levar ao adiamento dos nossos planos de vida. Nessa hora, bate aquela sensação de dever não cumprido e percebemos que muitos dos nossos objetivos traçados não foram concretizados. Mas por que isso acontece?
         Quando definimos nosso plano, muitas vezes propomos realizar algo que está além das nossas condições e, com isso, deixamos de verificar a viabilidade do que queremos alcançar. O planejamento exige de nós comprometimento em colocar em prática os objetivos e as metas propostas, para que nossos desejos possam, de fato, ser realizados. E um dos princípios motores para essa realização é a nossa motivação e nosso empenho em fazer acontecer.
         Para isso, a primeira dica é traçar um plano com metas realistas, estabelecer objetivos claros e colocar tudo no papel. Objetivo é tudo aquilo que você deseja alcançar. Já a meta é o tempo estipulado e os meios a serem utilizados para atingir esse objetivo. O segredo para a conquista dos objetivos é criar estratégias possíveis e prazerosas.
         Faça uma reflexão sobre o que pode ser diferente no próximo ano. O que podemos aproveitar para 2018 e o que devemos deixar para trás. Uma lista sobre as conquistas alcançadas durante o ano que passou, bem como dos erros ocorridos, é uma excelente estratégia de aprendizagem e pode ser fundamental para guiar nossas metas futuras.
         Tenha foco. As distrações são perversas e nos levam para o lado oposto da conquista. Defina bem o que fazer, como fazer, aonde está e para onde quer ir. O foco é um grande aliado para a conquista dos resultados.
         Estabeleça prioridades, avaliando cada área da vida, a importância de cada uma e determine suas ações para alcançar o resultado. Faça escolhas conscientes para orientar seus passos. Busque motivação para a realização dos seus desejos. A motivação é a mola propulsora para o sucesso da conquista.
         Desenvolva a autoconfiança. Confiança nas suas decisões, nas suas escolhas. Potencialize suas ações, comprometa-se com seu planejamento, transforme desafios e adversidades em aspectos positivos. Como dizia Chico Xavier, “embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer pode começar agora e fazer um novo fim”.
         E, por fim, coloque a mão na massa. Não espere que os outros decidam ou escolham por você. O caminho é seu, só você pode fazer.”.

(ELMA BERNARDES SANTIAGO. Professora da Faculdade IBS/FGV, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 29 de dezembro de 2017, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“O ‘novo’ para um ano novo
        O que deve acontecer para que novo ano seja realmente novo? Eis uma pergunta que deve tocar a consciência e o coração de cada pessoa, para renovar o compromisso de todos com a cidadania. Para construir um futuro diferente, o primeiro passo é fazer um balanço do último ano que passou. Uma avaliação que deve se nortear pelos parâmetros da ética e das práticas que se alicerçam na solidariedade. Imprescindível é constatar: a novidade almejada não depende somente do outro. A sociedade não avança se seus cidadãos buscam transformar apenas o que está fora da própria interioridade. Sem uma sincera avaliação pessoal é inviável reformular o que precisa ser mudado no mundo, pois se desconsidera a chama da consciência. Com isso, convive-se com a incoerência de querer uma sociedade melhor, mas, ao mesmo tempo, continuar a tratar a delinquência  de forma normal e a considerar que tudo se justifica quando o objetivo é o de alcançar benefícios pessoais, além de achar que as mudanças esperadas devem sempre partir dos outros.
         Quando cada pessoa não cuida da própria consciência, o prejuízo é enorme para a sociedade. Prevalece um generalizado descrédito que, se não for debelado, inviabilizará os processos institucionais que são necessários para uma vida civilizada. Triste exemplo dessa situação é o desânimo dos cidadãos em relação à política e aos políticos. Essa carência de credibilidade afeta não apenas as instâncias do poder, mas também os campos da educação, da cultura, da religiosidade e das organizações empresariais. Um grave problema alimentado pelo desrespeito aos direitos, pela incompetência na eleição de prioridades, por marasmos e entraves burocráticos de governos. E assim o povo brasileiro prossegue encurralado nos cenários de miséria e exclusão que se perpetuam.
         O ponto de partida para edificar uma nação é a consciência de cada um. Renovar a interioridade é compromisso pessoal, cada pessoa avaliando a própria conduta para desenvolver novos hábitos, conquistar perspectivas promissoras, ajudar a encontrar respostas para os problemas contemporâneos. Essa transformação no nível da consciência deve incidir no ambiente familiar, nos desempenhos profissionais e no desenvolvimento da competência solidária para mudar situações. Cada pessoa, na regência da própria vida, precisa refletir a respeito de sua participação na sociedade, se está orientada nos parâmetros da cidadania. Além do exame de consciência, todos precisam se organizar, com coragem, a partir do apoio de Igrejas, instâncias governamentais, segmentos da cultura e da educação, para recuperar o descrédito patológico que ameaça a participação política. Um sintoma grave desse momento crítico e difícil do Brasil.
         É a partir da participação de todos, sem medo, que se conquista uma força iluminadora capaz de modelar as reformas tão necessárias ao futuro, sem prejuízos para os mais pobres e com a erradicação de privilégios. O “novo” que se busca exige, pois, o cumprimento de duas etapas: inicialmente, um sério exame de consciência e, em seguida, corajosamente, participar da vida cidadã, construindo propostas capazes de ajudar na solução dos muitos problemas atuais. Trata-se de aceitar um verdadeiro recomeço para a sociedade brasileira, dando passagem ao surgimento de novos líderes, em diferentes âmbitos. O “novo” para o ano novo não pode dispensar uma ampla agenda de debates, corajosa, respeitosa e incidente.
         Não vale simplesmente críticas de longe. É preciso envolver-se, cotidianamente, na tarefa de erradicar as sujeiras da corrupção, muitas vezes camufladas nas instâncias do poder. Agir de modo cidadão, sem espetacularizações e favorecimento aos poucos privilegiados. A meta diária deve ser aperfeiçoar a Constituição Cidadã, sem artifícios para beneficiar quem já é muito rico. Nessa tarefa, questões urgentes devem ser consideradas, a exemplo da defesa do meio ambiente, a promoção do desenvolvimento sustentável e integral, com ações capazes de deter a idolatria e a hegemonia do mercado que alimenta uma economia excludente. Incontáveis pautas merecem e necessitam da reflexão e do envolvimento de todos. Importantes e crescentes participações qualificadas para gerar clarividências e permitir encontrar o “novo” para o ano novo.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em novembro/2017 a ainda estratosférica marca de 333,8% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial se manteve em históricos 323,73%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, em dezembro, chegou a 2,95%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!”.


  

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