“Planejar
e fazer o certo
A chegada de um ano
novo vem sempre carregada de expectativas, mesmo para quem acredita que a
construção de uma vida e de uma carreira exitosa demanda um posicionamento
contínuo e ações efetivas que nada têm a ver com o encerramento de ciclos do
calendário. No entanto, a solenização da entrada é um é um momento para
renovarmos as esperanças, os objetivos, novas expectativas na vida pessoal e
profissional. E também é um momento para fazermos um balanço sobre o que
realizamos, o que conquistamos e o que deixamos de fazer. A correria do dia a
dia, as atividades que definimos como prioridades, as tarefas extras cotidianas
e até mesmo as questões políticas e econômicas podem levar ao adiamento dos
nossos planos de vida. Nessa hora, bate aquela sensação de dever não cumprido e
percebemos que muitos dos nossos objetivos traçados não foram concretizados.
Mas por que isso acontece?
Quando
definimos nosso plano, muitas vezes propomos realizar algo que está além das
nossas condições e, com isso, deixamos de verificar a viabilidade do que
queremos alcançar. O planejamento exige de nós comprometimento em colocar em
prática os objetivos e as metas propostas, para que nossos desejos possam, de
fato, ser realizados. E um dos princípios motores para essa realização é a nossa
motivação e nosso empenho em fazer acontecer.
Para
isso, a primeira dica é traçar um plano com metas realistas, estabelecer
objetivos claros e colocar tudo no papel. Objetivo é tudo aquilo que você
deseja alcançar. Já a meta é o tempo estipulado e os meios a serem utilizados
para atingir esse objetivo. O segredo para a conquista dos objetivos é criar
estratégias possíveis e prazerosas.
Faça uma
reflexão sobre o que pode ser diferente no próximo ano. O que podemos
aproveitar para 2018 e o que devemos deixar para trás. Uma lista sobre as
conquistas alcançadas durante o ano que passou, bem como dos erros ocorridos, é
uma excelente estratégia de aprendizagem e pode ser fundamental para guiar
nossas metas futuras.
Tenha
foco. As distrações são perversas e nos levam para o lado oposto da conquista.
Defina bem o que fazer, como fazer, aonde está e para onde quer ir. O foco é um
grande aliado para a conquista dos resultados.
Estabeleça
prioridades, avaliando cada área da vida, a importância de cada uma e determine
suas ações para alcançar o resultado. Faça escolhas conscientes para orientar
seus passos. Busque motivação para a realização dos seus desejos. A motivação é
a mola propulsora para o sucesso da conquista.
Desenvolva
a autoconfiança. Confiança nas suas decisões, nas suas escolhas. Potencialize
suas ações, comprometa-se com seu planejamento, transforme desafios e
adversidades em aspectos positivos. Como dizia Chico Xavier, “embora ninguém
possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer pode começar agora e fazer
um novo fim”.
E, por
fim, coloque a mão na massa. Não espere que os outros decidam ou escolham por
você. O caminho é seu, só você pode fazer.”.
(ELMA
BERNARDES SANTIAGO. Professora da Faculdade IBS/FGV, em artigo publicado no
jornal ESTADO DE MINAS, edição de 29
de dezembro de 2017, caderno OPINIÃO,
página 7).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição,
caderno e página, de autoria de DOM
WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e
que merece igualmente integral transcrição:
“O
‘novo’ para um ano novo
O que deve acontecer
para que novo ano seja realmente novo? Eis uma pergunta que deve tocar a
consciência e o coração de cada pessoa, para renovar o compromisso de todos com
a cidadania. Para construir um futuro diferente, o primeiro passo é fazer um
balanço do último ano que passou. Uma avaliação que deve se nortear pelos
parâmetros da ética e das práticas que se alicerçam na solidariedade.
Imprescindível é constatar: a novidade almejada não depende somente do outro. A
sociedade não avança se seus cidadãos buscam transformar apenas o que está fora
da própria interioridade. Sem uma sincera avaliação pessoal é inviável
reformular o que precisa ser mudado no mundo, pois se desconsidera a chama da
consciência. Com isso, convive-se com a incoerência de querer uma sociedade
melhor, mas, ao mesmo tempo, continuar a tratar a delinquência de forma normal e a considerar que tudo se
justifica quando o objetivo é o de alcançar benefícios pessoais, além de achar
que as mudanças esperadas devem sempre partir dos outros.
Quando
cada pessoa não cuida da própria consciência, o prejuízo é enorme para a
sociedade. Prevalece um generalizado descrédito que, se não for debelado,
inviabilizará os processos institucionais que são necessários para uma vida
civilizada. Triste exemplo dessa situação é o desânimo dos cidadãos em relação
à política e aos políticos. Essa carência de credibilidade afeta não apenas as
instâncias do poder, mas também os campos da educação, da cultura, da
religiosidade e das organizações empresariais. Um grave problema alimentado
pelo desrespeito aos direitos, pela incompetência na eleição de prioridades, por
marasmos e entraves burocráticos de governos. E assim o povo brasileiro
prossegue encurralado nos cenários de miséria e exclusão que se perpetuam.
O
ponto de partida para edificar uma nação é a consciência de cada um. Renovar a
interioridade é compromisso pessoal, cada pessoa avaliando a própria conduta
para desenvolver novos hábitos, conquistar perspectivas promissoras, ajudar a
encontrar respostas para os problemas contemporâneos. Essa transformação no
nível da consciência deve incidir no ambiente familiar, nos desempenhos
profissionais e no desenvolvimento da competência solidária para mudar
situações. Cada pessoa, na regência da própria vida, precisa refletir a
respeito de sua participação na sociedade, se está orientada nos parâmetros da
cidadania. Além do exame de consciência, todos precisam se organizar, com
coragem, a partir do apoio de Igrejas, instâncias governamentais, segmentos da
cultura e da educação, para recuperar o descrédito patológico que ameaça a
participação política. Um sintoma grave desse momento crítico e difícil do
Brasil.
É a
partir da participação de todos, sem medo, que se conquista uma força
iluminadora capaz de modelar as reformas tão necessárias ao futuro, sem
prejuízos para os mais pobres e com a erradicação de privilégios. O “novo” que
se busca exige, pois, o cumprimento de duas etapas: inicialmente, um sério
exame de consciência e, em seguida, corajosamente, participar da vida cidadã,
construindo propostas capazes de ajudar na solução dos muitos problemas atuais.
Trata-se de aceitar um verdadeiro recomeço para a sociedade brasileira, dando
passagem ao surgimento de novos líderes, em diferentes âmbitos. O “novo” para o
ano novo não pode dispensar uma ampla agenda de debates, corajosa, respeitosa e
incidente.
Não
vale simplesmente críticas de longe. É preciso envolver-se, cotidianamente, na
tarefa de erradicar as sujeiras da corrupção, muitas vezes camufladas nas
instâncias do poder. Agir de modo cidadão, sem espetacularizações e
favorecimento aos poucos privilegiados. A meta diária deve ser aperfeiçoar a
Constituição Cidadã, sem artifícios para beneficiar quem já é muito rico. Nessa
tarefa, questões urgentes devem ser consideradas, a exemplo da defesa do meio
ambiente, a promoção do desenvolvimento sustentável e integral, com ações
capazes de deter a idolatria e a hegemonia do mercado que alimenta uma economia
excludente. Incontáveis pautas merecem e necessitam da reflexão e do
envolvimento de todos. Importantes e crescentes participações qualificadas para
gerar clarividências e permitir encontrar o “novo” para o ano novo.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em novembro/2017 a ainda estratosférica
marca de 333,8% nos últimos doze meses,
e a taxa de juros do cheque especial se manteve em históricos 323,73%; e já o
IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, em dezembro, chegou a 2,95%);
II – a corrupção, há séculos, na
mais perversa promiscuidade – “dinheiro público versus interesses privados”
–, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando
incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária
ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da
Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor,
de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é
cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão
sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516
anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a
corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar
inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo,
segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a
“... Desconfiança das empresas e das famílias é
grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase
nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses
recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à
ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de
infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de
planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para
2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e
insuportável desembolso de cerca de R$
1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e
refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta
de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já
combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de
poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições,
negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à
pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas
e sempre crescentes necessidades de ampliação
e modernização de setores como: a gestão
pública; a infraestrutura (rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada,
esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística
reversa); meio ambiente; habitação;
mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda;
agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência
social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança
pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e
desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer;
turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e
operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade
– “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade,
competitividade); entre outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
55 anos
de testemunho de um servidor público (1961 – 2016)
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por
uma Nova Política Brasileira ...
- Pela
excelência na Gestão Pública ...
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou
asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...
E
P Í L O G O
CLAMOR
E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita
misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra
sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da
dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!”.
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