“Sublimar
os impulsos subjetivos
é a tarefa do homem moderno
Sob um clássico ponto
de vista, os atos de um indivíduo podem ser de três tipos: os atos não egoístas
e desinteressados, os levados a efeito conforme seus deveres individuais e os
que envolvem o mau uso da liberdade individual. Dos três, os homens mais sábios
preferem praticar os que o libertam e o conduzem a esferas mais amplas da
existência e da consciência. Todavia, tal decisão não tem apenas conotações
pessoais e exclusivistas, se a consciência humana já compreende que no universo
tudo é interligado, que pela elevação de uma de suas partes o todo se eleva e
que a assunção de passos evolutivos é a maior ajuda a se prestar ao mundo.
A ação
do homem deve estar em consonância com o que já pôde captar como lei e padrão
evolutivo. Qualquer ato contrário ao propósito superior redunda em
desestabililização da sua aura, decorrente do choque entre partículas de
diferentes vibrações: as que tendem à harmonia e as que tendem ao caos.
Um ato
é a concretização de um impulso subjetivo – uma inspiração superior, uma ideia,
um ideal, um sentimento, um desejo, um instinto ou outro, a depender do nível
em que sua consciência se encontre polarizada. Os atos imprimem padrões
vibratórios específicos provenientes da esfera material da existência
planetária em geral.
Quando
o indivíduo se reúne ao contingente que dará origem à humanidade futura, ele
pode ver, externamente, a ação de energias inteligentes guiando a existência
para uma meta preestabelecida pela sabedoria cósmica. Seus olhos devem estar
preparados para enxergar além das aparências, para traspassar os véus de ilusão
e reconhecer a verdade mesmo onde névoas tentem ofuscá-la.
Os
estímulos que lhe são transmitidos avivam-lhe o reconhecimento da necessidade
de manter a consciência focalizada em níveis de pureza e harmonia.
Favorecem-lhe o contato com o espírito, e simultaneamente alimentam nele a
compaixão – qualidade que lhe permite levar em conta não só a sua evolução, mas
a de todo o universo. Se o Amor-Sabedoria não lhe revelasse essa compaixão, sua
jornada limitar-se-ia aos passos que poderia dar dentro das fronteiras das leis
naturais. Porém, quando o poder da transcendência intrínseco ao Amor-Sabedoria
se introduz e se instala no ser, ele já não evolui por si ou para si, mas por
meio dele a própria essência da vida pode expandir-se mais livremente.
Assim
como a sabedoria dos ciclos planetários e universais prepondera sobre o desejo
humano de evoluir, a energia de um estado superior exige preparo e maturidade
mais profundos dos que expressos em níveis inferiores: por isso para que um
indivíduo ou um grupo ascenda a novos estados são necessárias depurações.
Os
desejos e os pensamentos que em estágios anteriores constituíam fonte à
ampliação da consciência do indivíduo, se em dado momento não forem subjugados
à luz espiritual, transformam-se em empecilhos para a ascensão. Após certas
etapas, é preciso reconhecer a necessidade de libertar-se dos envolvimentos com
as forças que circulam no mundo, incitando respostas que não correspondem ao
nível no qual já está polarizado. Assim, a consciência é hoje estimulada a
proceder: com simplicidade, aderindo sem resistências ao caminho interior, cuja
essência é incalculável pelas forças do caos.
Expressar
uma existência de plena dedicação ao espírito é um grande desafio aos homens.”.
(TRIGUEIRINHO.
Escritor, em artigo publicado no jornal O
TEMPO Belo Horizonte, edição de 24 de dezembro de 2017, caderno O.PINIÃO, página 16).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 2 de janeiro
de 2018, caderno OPINIÃO, página 11,
de autoria de FELIPE DE BRITO FREITAS,
professor do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais (Unileste), e que
merece igualmente integral transcrição:
“Educação
responsável e tecnologia
Historicamente, a humanidade
trabalha em favor de diminuir o seu esforço. Parece conflitante, porém, quando
se trata de evolução tecnológica e inovação, esse objetivo torna-se ainda mais
contundente. Um bom exemplo disso é a robotização de diversas atividades
operacionais em linhas de produção de fábricas e na agricultura. Tarefas
repetitivas e braçais já podem ser facilmente substituídas por máquinas e
computadores.
A
revista Exame indicou em uma de suas
publicações 32 profissões que podem acabar em, no máximo, 20 anos. Destacam-se
as profissões de analistas de crédito, corretores de seguros, motoristas de
táxis, de ônibus e de caminhões com mais de 90% de chances de acabar nas
próximas duas décadas. Em comum, elas apresentam características de repetição
de processos e lógicas de funcionamento bem definidas, atividades facilmente
programáveis e robotizáveis. Em contrapartida, professores, programadores e
analistas de segurança da informação são atividades que a publicação aponta com
menos de 20% de chances de acabar.
Paralelamente,
devemos lembrar que, em tempos não muito remotos, a capacidade de processamento
dos computadores apresentava-se como fator limitante à evolução e à robotização
de tarefas. Hoje, qualquer smartphone que carregamos nos nossos bolsos possui
uma capacidade de processamento cerca de mil vezes maior que os computadores de
30 anos atrás. O mesmo ocorre com a capacidade de armazenamento de informações.
Praticamente toda a ciência e conhecimento humano estão na rede mundial de
computadores, compartilhados e sem custo de acesso.
É
inegável que a evolução tecnológica nos traz conforto. Há quem reclame, sinta
medo ou a critique, mas ninguém sente falta do preenchimento de cheques, das
mensagens SMS, da internet discada só usada nos fins de semana ou da desorientação
em uma cidade desconhecida. Nem as ligações telefônicas fazem-nos falta mais.
Robôs tradutores em aplicativos de celular diminuem ainda mais as barreiras da
ciência e da informação compartilhada.
Diante
disso, percebemos que os principais obstáculos na evolução da tecnologia
tratam-se da eficiência energética e da consequente preservação do meio
ambiente. Os estudos em busca de melhorias nas formas de usar, gerar e
transportar eficientemente a energia são tão importantes quanto aqueles que
envolvem as tecnologias de processamento da informação e de robotização.
Imagine se seu celular somente fosse recarregado a cada semana, a cada mês ou a
cada década!
A
educação não pode se desprender dessa dinâmica. Muitos estudos apontam para as
novas relações de trabalho em que a informação é livre e a metamorfose,
constante. A alteração nas formas de ensinar e no que ensinar já são temas de
debates em meio às instituições de ensino dos diversos níveis de educação, no
Brasil e no exterior. As mudanças curriculares de instituições de educação no
exterior apontam para a migração dos currículos dos moldes conteudistas de
habilidades e competências. Afinal de contas, a informação estará disponível
para todos, mas fará a diferença o profissional que souber o que fazer com ela.
Em
busca de se alinharem com essas tendências, algumas escolas pelo mundo têm
ensinado a tecnologia e “com tecnologia”. Veja que são duas situações
diferentes. Ensinar tecnologia é ensinar como funciona, como é projetada e como
é construída. Ensinar “com tecnologia” é ensinar com o auxílio de aparato
tecnológico disponível.
Educar
com auxílio da tecnologia é um desafio. O uso deve ser transparente tal qual é
o uso de um caderno ou uma caneta, evitando o risco de apenas digitalizar o
ensino. O uso dos recursos tecnológicos deve servir para aproximar a educação
ao universo do aluno do século 21 e, além disso, empoderar o educador,
oferecendo-lhe recursos para melhorar sua eficiência em sala de aula. Algumas
atividades mecânicas como correção de provas e trabalhos e transmissão de
conteúdo podem ser substituídos pelas máquinas, enquanto ao professor será
reservado tempo para planejar sua aula, mediar o aprendizado e aprimorar suas
metodologias de ensino.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente
o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional
todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da
educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da
participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em novembro/2017 a ainda estratosférica
marca de 333,8% nos últimos doze meses,
e a taxa de juros do cheque especial se manteve em históricos 323,73%; e já o
IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, em dezembro, chegou a 2,95%);
II – a corrupção, há séculos, na
mais perversa promiscuidade – “dinheiro público versus interesses privados”
–, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando
incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária
ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da
Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor,
de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é
cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão
sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516
anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a
corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar
inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo,
segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a
“... Desconfiança das empresas e das famílias é
grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase
nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses
recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à
ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de
infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de
planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para
2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e
insuportável desembolso de cerca de R$
1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e
refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta
de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já
combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de
poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições,
negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria,
ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e
sempre crescentes necessidades de ampliação
e modernização de setores como: a gestão
pública; a infraestrutura (rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada,
esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística
reversa); meio ambiente; habitação;
mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda;
agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência
social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança
pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e
desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer;
turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e
operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade
– “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade,
competitividade); entre outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
55 anos
de testemunho de um servidor público (1961 – 2016)
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por
uma Nova Política Brasileira ...
- Pela
excelência na Gestão Pública ...
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou
asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...
E
P Í L O G O
CLAMOR
E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita
misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra
sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da
dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!”.
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