segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A TRANSCENDÊNCIA DO AMOR-SABEDORIA E AS EXIGÊNCIAS DAS NOVAS TECNOLOGIAS NA SUSTENTABILIDADE

“Sublimar os impulsos subjetivos 
é a tarefa do homem moderno
        Sob um clássico ponto de vista, os atos de um indivíduo podem ser de três tipos: os atos não egoístas e desinteressados, os levados a efeito conforme seus deveres individuais e os que envolvem o mau uso da liberdade individual. Dos três, os homens mais sábios preferem praticar os que o libertam e o conduzem a esferas mais amplas da existência e da consciência. Todavia, tal decisão não tem apenas conotações pessoais e exclusivistas, se a consciência humana já compreende que no universo tudo é interligado, que pela elevação de uma de suas partes o todo se eleva e que a assunção de passos evolutivos é a maior ajuda a se prestar ao mundo.
         A ação do homem deve estar em consonância com o que já pôde captar como lei e padrão evolutivo. Qualquer ato contrário ao propósito superior redunda em desestabililização da sua aura, decorrente do choque entre partículas de diferentes vibrações: as que tendem à harmonia e as que tendem ao caos.
         Um ato é a concretização de um impulso subjetivo – uma inspiração superior, uma ideia, um ideal, um sentimento, um desejo, um instinto ou outro, a depender do nível em que sua consciência se encontre polarizada. Os atos imprimem padrões vibratórios específicos provenientes da esfera material da existência planetária em geral.
         Quando o indivíduo se reúne ao contingente que dará origem à humanidade futura, ele pode ver, externamente, a ação de energias inteligentes guiando a existência para uma meta preestabelecida pela sabedoria cósmica. Seus olhos devem estar preparados para enxergar além das aparências, para traspassar os véus de ilusão e reconhecer a verdade mesmo onde névoas tentem ofuscá-la.
         Os estímulos que lhe são transmitidos avivam-lhe o reconhecimento da necessidade de manter a consciência focalizada em níveis de pureza e harmonia. Favorecem-lhe o contato com o espírito, e simultaneamente alimentam nele a compaixão – qualidade que lhe permite levar em conta não só a sua evolução, mas a de todo o universo. Se o Amor-Sabedoria não lhe revelasse essa compaixão, sua jornada limitar-se-ia aos passos que poderia dar dentro das fronteiras das leis naturais. Porém, quando o poder da transcendência intrínseco ao Amor-Sabedoria se introduz e se instala no ser, ele já não evolui por si ou para si, mas por meio dele a própria essência da vida pode expandir-se mais livremente.
         Assim como a sabedoria dos ciclos planetários e universais prepondera sobre o desejo humano de evoluir, a energia de um estado superior exige preparo e maturidade mais profundos dos que expressos em níveis inferiores: por isso para que um indivíduo ou um grupo ascenda a novos estados são necessárias depurações.
         Os desejos e os pensamentos que em estágios anteriores constituíam fonte à ampliação da consciência do indivíduo, se em dado momento não forem subjugados à luz espiritual, transformam-se em empecilhos para a ascensão. Após certas etapas, é preciso reconhecer a necessidade de libertar-se dos envolvimentos com as forças que circulam no mundo, incitando respostas que não correspondem ao nível no qual já está polarizado. Assim, a consciência é hoje estimulada a proceder: com simplicidade, aderindo sem resistências ao caminho interior, cuja essência é incalculável pelas forças do caos.
         Expressar uma existência de plena dedicação ao espírito é um grande desafio aos homens.”.

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 24 de dezembro de 2017, caderno O.PINIÃO, página 16).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 2 de janeiro de 2018, caderno OPINIÃO, página 11, de autoria de FELIPE DE BRITO FREITAS, professor do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais (Unileste), e que merece igualmente integral transcrição:

“Educação responsável e tecnologia
        Historicamente, a humanidade trabalha em favor de diminuir o seu esforço. Parece conflitante, porém, quando se trata de evolução tecnológica e inovação, esse objetivo torna-se ainda mais contundente. Um bom exemplo disso é a robotização de diversas atividades operacionais em linhas de produção de fábricas e na agricultura. Tarefas repetitivas e braçais já podem ser facilmente substituídas por máquinas e computadores.
         A revista Exame indicou em uma de suas publicações 32 profissões que podem acabar em, no máximo, 20 anos. Destacam-se as profissões de analistas de crédito, corretores de seguros, motoristas de táxis, de ônibus e de caminhões com mais de 90% de chances de acabar nas próximas duas décadas. Em comum, elas apresentam características de repetição de processos e lógicas de funcionamento bem definidas, atividades facilmente programáveis e robotizáveis. Em contrapartida, professores, programadores e analistas de segurança da informação são atividades que a publicação aponta com menos de 20% de chances de acabar.
         Paralelamente, devemos lembrar que, em tempos não muito remotos, a capacidade de processamento dos computadores apresentava-se como fator limitante à evolução e à robotização de tarefas. Hoje, qualquer smartphone que carregamos nos nossos bolsos possui uma capacidade de processamento cerca de mil vezes maior que os computadores de 30 anos atrás. O mesmo ocorre com a capacidade de armazenamento de informações. Praticamente toda a ciência e conhecimento humano estão na rede mundial de computadores, compartilhados e sem custo de acesso.
         É inegável que a evolução tecnológica nos traz conforto. Há quem reclame, sinta medo ou a critique, mas ninguém sente falta do preenchimento de cheques, das mensagens SMS, da internet discada só usada nos fins de semana ou da desorientação em uma cidade desconhecida. Nem as ligações telefônicas fazem-nos falta mais. Robôs tradutores em aplicativos de celular diminuem ainda mais as barreiras da ciência e da informação compartilhada.
         Diante disso, percebemos que os principais obstáculos na evolução da tecnologia tratam-se da eficiência energética e da consequente preservação do meio ambiente. Os estudos em busca de melhorias nas formas de usar, gerar e transportar eficientemente a energia são tão importantes quanto aqueles que envolvem as tecnologias de processamento da informação e de robotização. Imagine se seu celular somente fosse recarregado a cada semana, a cada mês ou a cada década!
         A educação não pode se desprender dessa dinâmica. Muitos estudos apontam para as novas relações de trabalho em que a informação é livre e a metamorfose, constante. A alteração nas formas de ensinar e no que ensinar já são temas de debates em meio às instituições de ensino dos diversos níveis de educação, no Brasil e no exterior. As mudanças curriculares de instituições de educação no exterior apontam para a migração dos currículos dos moldes conteudistas de habilidades e competências. Afinal de contas, a informação estará disponível para todos, mas fará a diferença o profissional que souber o que fazer com ela.
         Em busca de se alinharem com essas tendências, algumas escolas pelo mundo têm ensinado a tecnologia e “com tecnologia”. Veja que são duas situações diferentes. Ensinar tecnologia é ensinar como funciona, como é projetada e como é construída. Ensinar “com tecnologia” é ensinar com o auxílio de aparato tecnológico disponível.
         Educar com auxílio da tecnologia é um desafio. O uso deve ser transparente tal qual é o uso de um caderno ou uma caneta, evitando o risco de apenas digitalizar o ensino. O uso dos recursos tecnológicos deve servir para aproximar a educação ao universo do aluno do século 21 e, além disso, empoderar o educador, oferecendo-lhe recursos para melhorar sua eficiência em sala de aula. Algumas atividades mecânicas como correção de provas e trabalhos e transmissão de conteúdo podem ser substituídos pelas máquinas, enquanto ao professor será reservado tempo para planejar sua aula, mediar o aprendizado e aprimorar suas metodologias de ensino.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em novembro/2017 a ainda estratosférica marca de 333,8% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial se manteve em históricos 323,73%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, em dezembro, chegou a 2,95%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!”.



    

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