quarta-feira, 19 de setembro de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A LUZ DA FELICIDADE NO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E O PODER DAS VIRTUDES TRANSFORMADORAS NA SUSTENTABILIDADE


“Felicidade no trabalho é assunto estratégico
        A vontade de se desenvolver e dar o melhor de si no ambiente de trabalho, além de criar relações mutuamente satisfatórias, pode resultar na perspectiva de felicidade no ambiente profissional. Atitudes positivas perante a vida e o conhecimento dos nossos próprios pontos fracos e fortes nos ajudam a alcançar essa felicidade e a chegar ao nosso bem-estar.
         A felicidade no trabalho é um assunto que vem ganhando cada vez mais espaço no mundo das empresas. Além de característica fundamental para o desenvolvimento, a felicidade profissional individual resulta na felicidade coletiva da empresa. Desafios constantes, sentimento de utilidade, reconhecimento e respeito entre os colegas de trabalho, perspectivas e segurança são alguns dos fatores que geram resultados positivos em uma empresa.
         Esses fatores, porém, não são estanques, uma vez que a carreira do profissional, assim como o mercado de trabalho, está em constante mutação, juntamente com a felicidade; esta, por sua vez, é uma busca diária do ser humano e muitas vezes vista como inatingível. Entusiasmo, interesse e contentamento fortalecem a segurança do profissional – empresas bem-sucedidas têm colaboradores felizes e mais engajados, leais e criativos. Assim, a felicidade pode influenciar na produtividade e na qualidade de engajamento no trabalho. Pesquisa publicada no Journal of Applied Psychology mostra que os colaboradores com altos níveis de satisfação no trabalho são mais propensos a ajudar os outros e são mais cooperativos e felizes com o resultado de suas atividades.
         Outro estudo, realizado pela Net Impact-Rutgers University, mostra que 88% dos funcionários acreditam que, além de importante, é imprescindível ter felicidade no trabalho aliada a uma atmosfera positiva na vida pessoal. A Microsoft e a Toyota, por exemplo, introduzem técnicas para gerar o flow no ambiente profissional para o aumento dos níveis de prazer, felicidade e bem-estar. Apesar de todos os fatores já comprovados em estudos sobre o tema, ainda existem muitas empresas que veem a felicidade no trabalho como algo intangível, ou um investimento a ser postergado. Mas vale lembrar que postergar o bem-estar dos funcionários pode implicar perda de rendimento para a empresa.
         Pessoas felizes tendem a ser mais produtivas e permanecer mais tempo na empresa, o que reduz os custos de recrutamento e adaptação. E, se você que ser feliz na vida e no trabalho, vale lembrar que ações que busquem incentivar felicidade no trabalho são tão importantes quanto características que visam à felicidade na vida pessoal. O profissional só alcançará a felicidade no trabalho quando ele souber priorizar a qualidade de vida.”.

(BIANCA OGLIARI E GUILHERME KRAUSS. Profissionais da Humans at Work, consultoria especializada no ser humano dentro da organização, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 1º de setembro de 2018, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de RUBENS MENIN, empresário, e que merece igualmente integral transcrição:

“Você pode mudar o futuro
        Se existe, hoje, uma certeza largamente majoritária no espírito dos brasileiros, ela é, sem qualquer dúvida, a de que o Brasil precisa mudar. E mudar rápido. Gerações antes de nós – e mesmo a nossa própria – cresceram iludidas com a ideia de que o Brasil seria o país do futuro, ainda que, no presente de cada época, as coisas não corressem tão bem quanto todos gostariam. Esse exercício de ilusão e a fé largamente professada de que esse futuro promissor de fato ocorreria, se não para nós, pelo menos para os nossos filhos e netos, certamente contribuíram para a cristalização de um sentimento geral de apatia e conformismo que acabou sendo desastroso para o país e para os brasileiros.
         Passamos a acreditar – e antes de nós, muitas gerações que nos antecederam – que esse futuro glorioso aconteceria naturalmente, independentemente do nosso esforço e da nossa vontade, simplesmente porque isso já estava escrito nas estrelas. Afinal, éramos um povo honesto e trabalhador, cheio de qualidades, e o nosso vasto território abrigava riquezas incomensuráveis. Era só deixar que as coisas se desdobrassem naturalmente e o tempo se encarregaria de presentear-nos com o futuro glorioso de que éramos merecedores.
         Passamos a ser excessivamente dependentes do Estado, esperando de forma cada vez mais exagerada que essa entidade abstrata cumprisse a sua obrigação de provedor das nossas necessidades, mesmo quando isso superava os limites concretos de viabilidade material. Essa atitude, por sua vez, representou o solo fértil para que surgissem, entre nós, lideranças políticas e executivas de caráter cada vez mais populista, que materializavam a ilusão básica na forma de promessas impossíveis e absurdas, muitas vezes apresentadas como mentiras conscientemente enganosas, mescladas com outras costuradas na ingenuidade dos incompetentes ou dos representantes desprovidos de preparo e capacidade para gerenciar eficazmente a máquina caríssima e perdulária do Estado que todos sustentamos. Inevitavelmente, um ambiente dessa natureza favoreceria, como de fato favoreceu, a quebra geral da ética e o surgimento de uma corrupção de grande porte gestada no conluio de empresários inescrupulosos com a classe política e agentes públicos. E o futuro promissor que todos esperavam continuou a ser indefinidamente postergado.
         Aí aparece a questão que sempre me instigou: se esse cenário passou a ser abertamente criticado pela grande maioria dos brasileiros, já conscientes de que ele precisa ser modificado com urgência, por que não conseguimos mudar o Brasil? Ou, mais importante ainda: por que deixamos que esse sentimento geral de desânimo, apatia e frustração desaguasse na profunda divisão e desunião dos brasileiros no que tange à identificação das origens do processo de degradação e à responsabilização dos reais culpados por tudo isso, sejam elas pessoas (geralmente políticos e líderes) ou modelos de organização da sociedade (normalmente ideologias e preferências partidárias)?
         Essas dúvidas exigem a consideração de outros fatores e, entre esses destacaria a ausência do ingrediente principal, aquele capaz de motivar toda a sociedade: “o propósito nacional”. Com essa expressão, quis designar a identificação precisa de um caminho e a consequente determinação – individual e coletiva – para seguir por ele com a confiança de que essa via garantirá o êxito final na batalha. A consolidação de um sentimento dessa natureza exige e inclui o reconhecimento por todos e por cada um da necessidade de união e de uma ação cooperativa para rompermos com a absurda polarização ideológica e com a discórdia que se vêm consolidando entre nós. Visto por esse prisma, o “propósito nacional” corresponderia à própria alma da nação e ao elemento capaz de mobilizá-la para construção de um país próspero, seguro e feliz. Estou perfeitamente consciente de que, para fazer surgir a chama desse propósito e mantê-la acesa, é necessário o concurso de lideranças políticas e executivas adequadas, honestas e eficientes. Mas elas certamente surgirão se cada de nós estiver com o espírito aberto para acolher e incorporar esse propósito, reconhecendo-o, sem qualquer titubeio ou hesitação, como sendo o único caminho para vencermos a batalha que se nos apresenta. Ao fazer isso, cada um de nós está automaticamente reconhecendo, também, a inconveniência da desunião e da polarização ideológica que nos divide e desagrega, e que na ausência desse “propósito nacional”, o futuro pode ser sombrio, muito sombrio. Se conseguirmos abrigar em nós mesmo a chama daquilo que venho chamando de “propósito nacional”, passaremos a compartilhar algo em comum que nos faz mais semelhantes do nosso próximo e das instituições que nos representam, e descobriremos que a ação cooperativa de todos na busca de um futuro melhor ficará mais fácil de ser articulada. É por isso que usei neste texto o título provocador: você pode mudar o futuro. Pois então, trate de mudá-lo!”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em julho a ainda estratosférica marca de 271,43% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 303,19%; e já o IPCA, em agosto, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,19%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
56 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2017)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.



        
 

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