sexta-feira, 28 de setembro de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O PODER DO ALTRUÍSMO NA EVOLUÇÃO HUMANA E A CHAMA DO AMOR INCONDICIONAL NA SUSTENTABILIDADE


“Brasil em chamas
        Setembro não começou bem. O incêndio do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro causou comoção mundial. Triste assistir impotente às chamas devorando o acervo. Doeu na alma.
         Como vem sendo comentado, o incêndio foi uma tragédia anunciada e motivado pela inversão de valores que acompanha a distribuição dos recursos no país. Uma perda inestimável, que deixa no coração do brasileiro mais uma triste marca.
         E este é um dos importantes motivos para nos alertar para as eleições e é na urna a única chance de mudar a política atual e mostrar nossa real desagrado. O pouco prestígio político no aniversário de 200 anos do museu reflete a situação.
         O mesmo descaso se vê na educação em estado de abandono, assim como os professores, especialmente estaduais, com salários atrasados e datas anunciadas e não respeitadas. Saúde, idem. Como pagarão suas contas? Por que o Executivo é sacrificado? Por que o Judiciário e o Legislativo ignoram a situação? Reflexo inegável dos valores da nossa cultura. Os ricos intocáveis e os pobres desvalorizados.
         É hora de escolher em quem apostar e são poucos, se é que há quem possa oferecer melhores opções no sistema político absolutamente corrompido, como se pode ver diariamente na mídia. Mas não podemos abandonar a nós próprios.
         Escolha difícil para os brasileiros perdidos diante do desanimador cenário nacional. Principalmente por que apenas pensar a coletividade tem sido insuficiente para de fato sanar as mazelas crescentes do país. É preciso fazer. Retificar posições. E depende da união de cada um entre tantos diferentes.
         Sair de uma crise requer muito trabalho. Trabalho rigoroso e honesto que bem poderia se mirar no exemplo dos japoneses. Eles não se impõem, dão preferência ao outro. As pessoas se reverenciam e só entram em uma conversa quando convidadas. Devem ser incluídas pelos outros! Menos ego, mais respeito, educação.
         Se um povo pensasse na coletividade, se as pessoas se preocupassem com seu próximo mais do que com seu próprio ego, teríamos uma realidade muito diferente. Mas é tempo de celebridades, narcisismos exacerbados em que a imagem, o dinheiro e o sucesso são valores mais almejados.
         A civilização foi uma conquista coletiva para garantir a sobrevivência visando ao bem comum e à proteção da vida frente aos perigos da natureza, entendendo que a união fez a força. Mas nos perdemos no caminho. A finalidade de nos proteger se perdeu ou se voltou contra nós, porque não soubemos administrar este poder alcançado pela ciência, tecnologia e facilidades da vida moderna.
         No entanto, não nos tornamos deuses, embora há quem se ache. Somos humanos errantes e um tanto estúpidos (sem ofensas) quando pensamos somente nas nossas garantias. Quanto maior nosso ego, menor nossa capacidade de sobreviver coletivamente, sendo esta, de fato, nossa garantia (se é que temos alguma) de nos salvar da iminente ameaça de destruição de nossa própria casa, a Terra.
         Para que a sociedade evolua é preciso abandonar os interesses individuais por meio do respeito pelo outro, pela coletividade, pela civilização, pela história do homem. É preciso educação. É preciso retomar o motivo de a termos construído, a saber, a sobrevivência. Caminho único em tempos de crise ecológica, convulsão social, moral e ética.”.

(REGINA TEIXEIRA DA COSTA, artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 9 de setembro de 2018, caderno CULTURA, coluna EM DIA COM A PSICANÁLISE, página 2).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 14 de setembro de 2018, caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“A vida não é amarela
        Setembro é amarelo, já a vida não pode ser confundida com qualquer cor que remeta à palidez. Ela tem a beleza das flores, a generosidade colorida que a natureza manifesta de maneira tão pródiga. A vida é para ser primavera, estação que começa justamente agora, em setembro. O colorido alegre das florações gera contraste com o “mês amarelo”, sinal de advertência para grave situação: o número de pessoas que cometem suicídio nos dias atuais. Na campanha Setembro Amarelo, igrejas, pontos turísticos, monumentos e fachadas de prédios históricos recebem iluminação em tom amarelado, também outdoors, cartazes e campanhas, com as mesmas cores, convocando a população para ajudar na prevenção ao suicídio, compromisso cidadão e humanitário.
         Popularmente é dito que “amarelar” representa omitir-se, embora seja notável a beleza da cor amarela na natureza, bandeiras e vestes. No contexto da campanha realizada no mês de setembro, o alerto é claro: a vida não pode amarelar, perder seu brilho, a sua chama. As pessoas não podem desistir de viver. Eis, pois, a urgência de um mutirão para preservar esse dom, e mudar a triste realidade revelada em estatísticas a respeito do suicídio no Brasil e no mundo. A união em defesa da vida deve contar com o empenho de segmentos importantes na sociedade, que incluem as instituições públicas e privadas, as escolas, as famílias, os amigos, os colegas de trabalho.
         Pede-se, ainda, aos meios de comunicação que invistam, cada vez mais, no processo educativo capaz de quebrar um tabu – falar sobre o suicídio. Muitos ainda acreditam que se dedicar ao tema motiva as pessoas a colocarem fim às próprias vidas. Falar sobre o suicídio e do amor ao próximo, permite agir decisivamente na prevenção desse mal. Importante, também, distanciar-se das inverdades, sobre si, sobre o outro e a respeito da vida, para enfrentar, inventiva e afetivamente, os desgastes que a sociedade contemporânea impõe a todos, com seus ritmos, dinâmicas e falta de valores essenciais ao bem comum.
         O Setembro Amarelo é, pois, convocação para um empenho educativo amplo e global, para que a vida se torne prioridade, reconhecendo-a como dom. Ora, é alarmante a estatística sobre o número de suicídios no Brasil – a cada dia, 32 pessoas colocam fim à própria vida. E a Organização Mundial da Saúde informa: nove em cada 10 suicídios poderiam ser evitados. Isso indica que todos precisam dedicar mais atenção às pessoas próximas, buscar perceber os sinais de que algo não vai bem na vida do outro. Há muitas formas de evitar o suicídio – do tratamento medicamentoso, quando médicos detectam doenças psiquiátricas, a qualificação das relações interpessoais. Importante é reconhecer o lugar central dos vínculos entre pessoas, constituídos no amor, na verdade, pela força da fé, que permite recuperar a percepção da beleza primaveril da vida. A proximidade e a atenção ao próximo são forças que mantêm acesa a chama da vida, ou reacendem o pavio que ainda fumega, sem deixar o fogo se extinguir.
         Que todos os cidadãos se dediquem a aprender modos de prevenir o suicídio, que vitima crianças, adolescentes, jovens e adultos. Urgente, também, é o investimento no cuidado com as emoções, pois doenças mentais, que se instalam a partir de componentes biológicos e ambientais, estão entre os principais fatores que levam uma pessoa a tentar pôr fim à própria vida. A ciência mostra que o suicídio não é ato primário, mas a triste conclusão de um processo que se desenvolve e etapas. É preciso vencer o despreparo institucional, empresarial, de igrejas, entidades educativas e das pessoas, de um modo geral, para que todos sejam capazes de identificar as etapas desse processo. Assim, mortes poderão ser evitadas.
         Entre as providências urgentes para reverter o quadro alarmante de suicídios na sociedade brasileira, é fundamental reconhecer a importância da espiritualidade. Não “espiritualidades sectárias”, que configuram pequenos “clubes de amigos”, mas um modo de viver a fé que permita ao indivíduo dar novo sentido à própria vida, a redescobrir o gosto de viver, mesmo diante dos sacrifícios cotidianos.
         A vida não pode ser amarelada. Deve ter o frescor e o colorido da primavera. Que cada pessoa, com a ajuda de seu semelhante, possa encantar-se com a própria existência.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em julho a ainda estratosférica marca de 271,43% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 303,19%; e já o IPCA, em agosto, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,19%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
56 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2017)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.



        


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