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segunda-feira, 11 de novembro de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DA QUALIFICAÇÃO HUMANA NA GESTÃO EMPRESARIAL E O PODER TRANSFORMADOR DOS CANTEIROS DA PAZ NA SUSTENTABILIDADE



“A promoção da cidadania
        Cuidar do seu capital humano faz parte da cultura de qualquer empresa que busque a sustentabilidade. Nesse sentido, a existência do Serviço Social da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Seconci-MG) torna-se uma referência no exercício da responsabilidade social empresarial e traduz o esforço da iniciativa privada mineira para melhorar a qualidade de vida do seu trabalhador, realizando ações que concorrem para a elevação de sua cidadania.
         Praticar responsabilidade social requer investimentos contínuos em estrutura de atendimento e compromisso coerente com ações de promoção da cidadania. É preciso estar atento aos indicadores que revelam áreas de vulnerabilidade e dimensionar o impacto social de determinada ação, tendo sempre em conta que as melhores práticas e decisões devem estar alinhadas com o respeito aos valores éticos nas relações de trabalho.
         Há 25 anos, o Seconci-MG, braço social do Sindicato Patronal da Construção Civil (Sinduscon-MG), promove ações sociais, de saúde e segurança do trabalho para trabalhadores do setor e seus familiares. São quase dois milhões de atendimentos prestados nessas áreas, contabilizando um lucro social inestimável, principalmente por mobilizar empresários, parceiros, gestores e profissionais que acreditam na transformação social, ambiental e cultural. Este sim, é o maior valor compartilhado, na medida em que viabiliza ações de impacto positivo no segmento da construção civil, transformando ações e projetos sociais em iniciativas sustentáveis, revestidas de um viés educativo.
         Desde sua criação, o Seconci-MG prima pela qualidade dos serviços que oferece e pela presteza no atendimento às principais demandas de seus usuários. Quando a entidade detectou a importância, para o trabalhador, de poder incluir suas famílias entre os beneficiários do atendimento recebido, estendeu essa possibilidade aos dependentes deste. Uma decisão arriscada, que impacta a administração dos recursos que garantem sua sobrevivência e manutenção, bem como sua dinâmica de funcionamento, mas que atende à expectativa do empregado de ver também sua família assistida, partilhando a maioria dos benefícios que lhes são disponbibilizados.
         São muitas as vertentes que atravessam a rotina das organizações que exercem responsabilidade social. Mas só existe um propósito que as motiva em buscar a forma mais eficiente de exercê-la: melhorar a vida daqueles que empregam. Nestes 25 anos de muito trabalho, empenho e credibilidade, o Seconci-MG é a prova de que a construção civil avança nas questões sociais, prestando seu quinhão de contribuição ao desenvolvimento sustentável do país.”.

(DANUZA PRATES OCTAVIANI BERNIS MOHALLEM. Presidente do Serviço Social da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Seconci-MG), em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 12 de janeiro de 2018, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Canteiros da paz
        Um olhar sobre os acontecimentos ao redor do mundo indica que é urgente superar a violência, transformando as famílias, as cidades e as instituições todas em canteiros onde se cultive a paz. É preciso contribuir para que as dinâmicas capazes de criar a harmonia e a fraternidade prevaleçam no cotidiano de todos. O primeiro passo é fortalecer a paz no próprio coração, compromisso inadiável para reverter um preocupante cenário: o recrudescimento da violência. O consequente medo provocado por essa situação faz com que as pessoas se distanciem umas das outras, causando uma indiferença generalizada. Esse comportamento não contribui para semear a paz. Alimenta ainda mais a violência.
         Em vez de buscar segurança no isolamento, acentuando distâncias, a humanidade precisa qualificar o modo como vê o mundo, indica o papa Francisco. A percepção da realidade deve ser iluminada pela sabedoria da fé, permitindo que todos se reconheçam como parte de uma grande família. Assim, cada pessoa vai compreender que o outro também tem direito às riquezas da Terra. A fé contribui para que haja a saudável alegria em ver o outro feliz. Alimento o compromisso com a vivência da solidariedade – partilhar com quem precisa de ajuda.
         O olhar contemplativo à luz da fé faz brotar a consciência indispensável para ser verdadeiramente cidadão – operário que semeia diferentes canteiros da paz. Imagine uma cidade compreendida como um canteiro da paz. E cada indivíduo, no sem campo de ação, no exercício de suas tarefas, agindo como operário que cultiva a paz. O resultado será o compromisso efetivo com a solidariedade, a fraternidade e o gosto pelo bem, pela verdade e pela justiça. Para alcançar esse cenário ideal, uma certeza precisa ser aprendida e vivenciada: a reverência a Deus tem força educativa, com incidência transformadora em mentalidades e corações. Corrige descompassos terríveis que têm raízes na delinquência presente em toda parte.
         Singular experiência, cultivar um olhar contemplativo, à luz da fé, é investir na capacidade para discernimentos e intuição de caminhos novos. Permite superar o marasmo que enjaula, na mediocridade, os responsáveis pela construção da sociedade. Esses descompassos é que contaminam discernimentos, fazendo com que sejam priorizados interesses contrários ao bem comum e à justiça. A falta do olhar que ultrapassa as superficialidades cristalizadas, possibilitando enxergar a própria interioridade, é que diminui, inclusive, a possibilidade de surgirem novos líderes. Sem clareza, habitua-se à ganância sem limites, busca-se apenas ajuntar para si.
         Ver para além das aparências, graças à luz que se propaga com a presença amorosa de Deus, permite encontrar respostas para os enormes desafios que ameaçam a paz neste momento da história. Não bastam as considerações políticas, as estratégias adotadas com o objetivo de alcançar determinados números. Capacitar-se para ter um olhar contemplativo, experiência humana e espiritual é uma necessidade. Abrir mão ou relativizar essa experiência significa adiar ou banir do horizonte a possibilidade de se conquistar uma competência indispensável para se buscar a cultura da paz.
         A paz é também uma ciência com gramática específica, a ser aprendida, ensinada e testemunhada. Ela não “cai do céu”. É, pois, uma construção que exige o engajamento permanente de todos no irrestrito e incondicional dever de promover e respeitar direitos. Sem esse compromisso, perde-se a possibilidade de alcançar a verdadeira paz. O olhar contemplativo, que pressupõe a luz da fé e se desdobra no irrestrito respeito aos direitos de cada pessoa, deve inspirar atitudes nos diversos contextos sociopolíticos e culturais. Todos unidos, trabalhando para fazer com que as cidades, as famílias, instituições e outros ambientes sejam canteiros da paz.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em setembro a ainda estratosférica marca de 307,82% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 307,58%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 2,89%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.




segunda-feira, 28 de outubro de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A LUZ DAS PARCERIAS NA SUPERAÇÃO DAS CRISES E A NOVA ALMA DO DESENVOLVIMENTO INTEGRAL NA SUSTENTABILIDADE


“Parcerias que dão certo
        Bastante afetada pela crise política e econômica, a construção civil viu-se impelida, também, a vivenciar um momento de realinhamento de prioridades, com as empresas reduzindo significativamente seu quadro funcional e elevando, por conseguinte, a estatística do desemprego no país.
         Já aprendemos que há diversas maneiras de enfrentar uma crise: otimizar recursos, melhorar processos e jamais negligenciar o desenvolvimento potencial do capital humano que sustenta um segmento produtivo. Competitividade e qualidade se tornaram fator de sobrevivência no mercado global, e os setores, empresas e trabalhadores que não as atualizam perdem espaço e oportunidades.
         Ciente dessa realidade e do seu papel na área da responsabilidade social empresarial, o Serviço Social da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Seconci-MG) aderiu às iniciativas que acreditam na qualificação profissional como via indispensável para a retomada da produção e do processo de contratações. Nesse contexto, o braço social do Sindicato Patronal da Construção Civil (Sinduscon-MG) buscou o apoio de parceiros como o Senai/DRMG e o Sesi/DRMG, com expertise na capacitação de mão de obra, e vem promovendo cursos, treinamentos, workshops e oficinas nas modalidades de iniciação e aperfeiçoamento profissional.
         São parceiros que enxergam a construção civil como uma área com grande capacidade de elevar a taxa de emprego, de produto e renda, a curto ou médio prazo, com competência de absorver mão de obra, e que se juntam para buscar meios que propiciem uma melhor inserção desses trabalhadores no mercado de trabalho, garantindo-lhes, indiretamente, inclusão social e geração de renda, sobretudo nesses tempos bicudos, de incertezas e de retração geral na atividade econômica do país.
         Desde abril de 2016, o Seconci-MG vem realizando cursos e oficinas em sua sede, através de um termo de cooperação técnica firmado com o Sesi e Senai. O consórcio com essas instituições de ensino facilitou a promoção dos cursos, uma que elas dispõem de uma estrutura diferenciada na preparação de alunos para aquisição de conhecimento técnico alinha com as necessidades e inovações da indústria construtiva, bem como de atividades que podem oportunizar geração de trabalho e renda. Os parceiros disponibilizaram instrutores, equipamentos, material didático e meios de certificação, dando lastro à conclusão dos cursos. Coube ao Seconci-MG operacionalizar os expedientes necessários, como divulgação, seleção de participantes, segundo os critérios específicos de cada curso, e toda a logística de realização dos mesmos.
         Foram promovidos cursos de auxiliar e almoxarife, auxiliar de topografia, pedreiro de alvenaria, pedreiro de acabamento, instalador de sistema de construção a seco (drywall), eletricista predial assistente, pintor de obras, encanador, costura, pacth apliquê e de forração de caixas.
         Unir esforços e competências possibilita realizações mais abrangentes e eficientes, reduz custos operacionais e incrementa processos, comprovando a conveniência e a assertividade de parcerias que comungam do mesmo interesse desenvolvimentista. No bojo dessas ações conjuntas exercita-se a responsabilidade social empresarial, no sentido de promover cidadania e de possibilitar ao trabalhador tornar-se um agente transformador da indústria onde atua.”.

(SYLVIA HELENA COSTA. Supervisora do Departamento de Serviço Social do Seconci-MG, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 27 de janeiro de 2018, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de LINEU ANDRADE, diretor de Tecnologia do Itaú Unibanco e responsável pelo Cubo Itaú, maior centro de empreendedorismo da América Latina, e que merece igualmente integral transcrição:

“A nova alma do negócio
        Esqueça grandes investimentos em infraestrutura tecnológica, cronogramas de longo prazo e a obrigatoriedade em acertar. Também jogue fora a antiga máxima repetida por nossos avós de que é preciso guardar segredo para ter sucesso nos negócios. Com ela, descarte metodologias processuais ou ideias sobre produtos e serviços de capacidade e alcance limitados. E se tem receio de empreender na crise, repense.
         O Brasil sempre foi reconhecido pela aptidão ao empreendedorismo muito pela característica criativa de seu povo e pelo de sedução que a possibilidade de ser seu próprio chefe exerce nas pessoas. Ter uma boa ideia, recursos para investir nela e um plano de negócio bem-elaborado eram basicamente as condições necessárias para colocar o sonho em prática. Alguma coragem e ousadia davam o empurrão final para quem, por desejo ou necessidade, se lançava no caminho do empreendedorismo.
         Tirando as características da personalidade e qualificação, todo o resto já ficou para trás. Vivemos um momento de transformação estimulado por provocações constantes e propósitos. O empreendedorismo digital está aí para nos ensinar sobre um novo jeito de tangibilizar ideias inovadoras, no qual o contexto econômico importa menos do que o potencial de escalabilidade de um produto ou a disposição de seus idealizadores em serem colaborativos.
         No passado, a tecnologia era uma barreira de entrada para quem queria empreender, já que os custos para aquisição de servidores, softwares e licenças eram muito altos. Sem a tecnologia, era muito difícil atingir escala, o que limitava o crescimento das empresas. Para resolver essa questão, investia-se cada vez mais dinheiro em grandes estruturas internas, o que tornava a empreitada mais complexa se o ambiente econômico fosse desfavorável. Agora, a acessibilidade é facilitada e, mesmo que se tenha necessidade de máquinas superpotentes para fazer um processamento em inteligência artificial, por exemplo, o preço é customizado, já que infraestrutura e serviços estão em nuvem.
         É nesse ambiente que as starups se desenvolvem. São empresas que resolvem problemas reais, do mundo real, por meio da criação de uma solução com potencial de escala, usando a tecnologia como meio para atingir o maior número de clientes ao mesmo tempo. Para além do campo idealizador e da utilização de ferramentas tecnológicas para tocar seu projeto, esses empreendedores também se desobrigam em acertar. Eles testam hipóteses e as incrementam ao longo do tempo. Se erram, voltam a experimentar.
         O planejamento continua sendo fundamental para negócios bem-sucedidos, mas os prazos encurtaram. A construção se dá ao longo do tempo justamente porque os testes aprimoram continuamente o plano inicial. Desse modo, o resultado de um projeto fica atrelado a um conjunto de sucessivas pequenas implementações que promovem um maior engajamento dos clientes. Como posso me tornar mais simples? Como posso otimizar o tempo do usuário e entregar mais e melhor? São perguntas frequentes de um profissional cada vez mais dinâmico e realizador.
         Mais do que uma simples ideia, os novos empreendedores também têm o desejo genuíno de mudar o patamar das entregas de produtos e serviços para a sociedade. Buscam agregar inovações que realmente ajudem as pessoas e estão plenamente disponíveis em colaborar uns com os outros. Querem contribuir com o ecossistema, em vez de competir entre si. E fazem dessa mudança de paradigma o trampolim decisivo que ajuda o seu negócio e o restante da cadeia a crescer. Chegam ao ponto de combinar soluções para produzir um terceiro produto ainda mais eficiente e completo, desprendidos daqueles segredos inconfessáveis que nossos avós acreditavam ser o diferencial para o sucesso.
         É por isso que grandes empresas se aproximam desse novo modelo de se fazer e pensar negócios. É um ganha-ganha contínuo em uma quase simbiose entre o tradicional e o novo. Não por acaso, os espaços de coworking ou incubadoras de startups se multiplicam, o que é agregador para todos. Ambientes motivadores trazem inspiração para que haja transformações positivas em processos tradicionais. Alimentam o ecossistema, criam densidade e promovem ainda mais interações, tão necessárias para o desenvolvimento de novas soluções.
         E se o contexto econômico é mais difícil, não há o impedimento para que haja fluxo, já que a colaboração se sobrepõe à competição e à mentalidade de escassez, independentemente de o ambiente ser ou não de abundância, estimula a criatividade. Nesse sentido, o ideal é pensar soluções digitais do início ao fim do processo, o que certamente reduz os custos e torna desnecessário depender de um exército para fazê-las funcionar. Sendo assim, o valor agregado de novas ideias pode ser medido por sua capacidade de escala, quando uma mesma estrutura de suporte e operação pode multiplicar seu alcance.
         Estamos falando de um ecossistema poderoso, de um novo modelo de empreendedorismo em que cada agente da cadeia tem o seu papel. Seja a incubadora, o investidor, a universidade ou quem disponibiliza o ambiente para que as interações aconteçam. Se parte de um ingrediente inesperado na receita ou de uma sacada genial, o que importa hoje é a colaboração, o investimento digital, ideias inovadoras e bons propósitos. Essa é a nova alma dos novos negócios.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em setembro a ainda estratosférica marca de 307,82% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 307,58%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 2,89%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.


        

  



domingo, 12 de fevereiro de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O PODER DA CONSTRUÇÃO SOLIDÁRIA E A FORÇA DA PALAVRA NA SUSTENTABILIDADE

“Juntos, precisamos construir uma sociedade melhor
        Com os recentes acontecimentos colocando em xeque o modelo de desenvolvimento socioeconômico brasileiro, a necessidade de reformas e de uma mudança na concepção quanto ao papel do Estado precisa ganhar corpo no debate público, nas discussões acadêmicas e mesmo nas conversas em família. É imperativa uma mudança. Precisamos estabelecer pilares para a condução da coisa pública, que deve privilegiar sempre a educação e o combate à corrupção em suas diversas formas.
         Há 35 anos, o antropólogo Darcy Ribeiro sacramentou o nosso tempo atual dizendo: “Se os governos não construírem escolas, em 20 anos faltará dinheiro para construir presídios”. Infelizmente, os números demonstram o quanto essa afirmação estava correta. Um preso no Brasil custa R$ 28.800,00 por ano ao Estado. Já o investimento em um estudante de ensino médio é de R$ 2.200,00 por ano.
         Se a conta é tão clara, por que é tão difícil adotar uma política pública eficaz de expansão da rede de ensino e de melhorias das escolas?
         O investimento em educação movimenta a economia de imediato e tem efeito perene. A construção e reforma de escolas movimentam a economia local por meio da contratação de empresas do setor da construção, de trabalhadores e pela compra de materiais e equipamentos. Ao ser inaugurado, além dos empregos gerados na área de educação, o espaço se torna uma referência para a comunidade. Não é raro que, além das atividades escolares, os edifícios abriguem encontros de associações de bairros ou cursos de capacitação. Iniciativas que promovem a cooperação entre os membros da sociedade.
         No longo prazo, toda aquela comunidade atendida por uma escola em boas condições evolui e seus indivíduos ascendem financeira e intelectualmente. Estudos da Fundação Getúlio Vargas já demonstraram que a cada ano de estudo o salário aumenta cerca de 15%. É um ciclo virtuoso: mais estudo gera maior capacidade analítica, gera mais produtividade, gera mais inovação, gera mais renda, gera maior qualidade de vida, gera mais cidadania e, por consequência, reduz a violência. A mesma pesquisa mostrou que a taxa de ocupação entre os pós-graduados era de 89,39%, enquanto entre as pessoas sem instrução era de 59,85%, quase a metade.
         É justamente incentivando a mobilização e a cooperação da sociedade que conseguiremos avançar. Locais em que a sociedade se sente responsável pelos equipamentos públicos são justamente aqueles em que se observa uma maior consciência cidadã. Por isso, precisamos adotar os espaços públicos, começando pelas escolas.
         Neste ano, devemos redobrar o nosso compromisso com o desenvolvimento socioeconômico do país e cobrar uma postura mais responsável dos novos gestores municipais. Precisamos fiscalizar os agentes públicos e denunciar quando o dinheiro de nossos tributos é desviado ou mal utilizado. O investimento na construção e manutenção de escolas, postos de saúde, hospitais e sistemas de água tratada e rede de esgoto deve ser premissa básica dos novos prefeitos. Por outro lado, cabe à comunidade ajudar na manutenção dos serviços e denunciar casos de má gestão ou de vandalismo.
         Paralelo ao investimento em educação e saúde, os administradores municipais devem colocar em execução programas de redução da burocracia. Muito do dinheiro público que deveria ser investido vai para o ralo devido a processos ineficientes e desnecessários.
         Hoje, diversos serviços aos cidadãos e às empresas podem ser feitos via internet. A automatização dos processos aumenta a agilidade, possibilita a realocação de servidores para outras demandas e possibilita economia de tempo e dinheiro do cidadão. Já está na hora de os entes públicos entrarem no século 21. No caso da construção civil, o programa Alvará na Hora foi uma grande evolução em Belo Horizonte que precisa ser replicado em todos os municípios. Contudo, já ainda muito a ser feito.”.

(GERALDO JARDIM LINHARES JÚNIOR. 1º vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 29 de janeiro de 2017, caderno LUGAR CERTO CLASSIFICADOS, coluna MERCADO IMOBILIÁRIO, página 2).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 10 de fevereiro de 2017, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Pela força da palavra
        A credibilidade perde espaço no mundo contemporâneo em razão do enfraquecimento da palavra. Este é um tempo de “palavra fraca” e os impactos negativos dessa situação, têm incidência nos diferentes âmbitos. Diz-se que é, mas não é. Promete-se e não se cumpre. Definem-se prazos que não são respeitados. Garante-se que foi e não foi. Afirma-se desconhecer, mas conhece intimamente. Compromete-se ir e não vai. Ensina e não se abre à aprendizagem. Elogia com falsidade. Passa a ideia de convicção, sem, de fato, ter certeza. Fala uma coisa e é outra. Refere-se a preceitos morais e não os cumpre. Jura que não fez, mas continua fazendo. Usa a palavra para camuflar o que deve ser revelado. E, assim, constata-se uma interminável ladainha que fragiliza a palavra. Desconsidera-se que a palavra é, por si, uma força que cria e recria.
         É inconsistente o dito popular: “Palavras são palavras e nada mais”. Recorde-se o Salmo 33, que sublinha a força da palavra quando se canta que pela palavra de Deus foram feitos os céus, pelo sopro de sua boca todos os seus exércitos. E em Jesus Cristo, o filho de Deus Pai, a Palavra se fez carne e veio morar entre nós. Vale ler e reler as narrativas iniciais dos primeiros capítulos do Livro do Gênesis, 1-3, e compreender o sentido, o alcance e a força da palavra: “Faça-se”.
         Pela palavra, até mesmo no silêncio, Deus fala e vem ao encontro de cada pessoa. A palavra tece os diálogos, fazendo-os autênticos e construtivos quando a sua força se manifesta, não pela imposição, mas a partir da transparência e da verdade. Há de se constatar que o falar não é qualquer coisa. A palavra é essencial na construção da vida pessoal, na edificação da sociedade e na busca por novos horizontes. Assim, a palavra, para edificar vínculos duradouros na verdade e no amor, em vista da justiça e da paz, não dispensa sinceridade, transparência, honestidade e o compromisso com o bem comum. É incontestável que a sociedade contemporânea precisa avançar na recuperação do sentido da palavra, para que por sua força possam ser sanadas as consequências das incompreensões, distorções e equívocos que têm como parâmetro a mesquinhez. Esses males conduzem o mundo rumo a fracassos, incompetências institucionais, familiares, governamentais e religiosas.
         Embora a contemporaneidade seja tão marcada por grandes avanços tecnológicos, que incluem as redes intermináveis para a transmissão das palavras, em velocidades surpreendentes, ainda é tempo de aprender a falar. Esse é um investimento indispensável no alicerce básico da consciência humana, que abrange a individualidade e a clareza de pertencimento comunitário e familiar. Deus, em diálogo com cada pessoa – porque Ele fala – estabelece uma dinâmica que leva a esse necessário aprendizado, cultivando nos corações o gosto de ser sincero, bom, lúcido e capaz de agir como instrumento da paz.
         O segredo, portanto, é dar centralidade e primado à Palavra de Deus. Ao escutar a Palavra, cada pessoa se abre à verdade, aprende as lições do amor, capacita-se para ser justa. Mais que outras escutas, é essencial ouvir a Palavra de Deus, que também revela, inevitavelmente, a dramática possibilidade de o homem subtrair-se a esse diálogo de aliança com Deus. O resultado nefasto é a expansão de domínios perversos no coração.
         Proclamar a Palavra é investir no cumprimento da tarefa dada pelo mestre Jesus, a Palavra encarnada. Cristo quer o povo de Deus congregado em uma “Igreja em saída”, missionária, próxima de todos, presente especialmente nos lugares mais pobres e sofridos, em diálogo com a sociedade. Uma Igreja que ajude a confeccionar o tecido da cultura solidária e da vida.
         Nenhuma outra palavra tem a força da Palavra de Deus, capaz de renovar a Igreja, as pessoas e reconstruir a sociedade contemporânea, tão marcada pelo cansaço, fracasso e pelas banalizações. Proclamar a Palavra é o compromisso primeiro, entre muitos outros, assumido pela Arquidiocese de Belo Horizonte, como Igreja no mundo e a serviço do povo. É seu projeto de evangelização, para que surja o novo pela força da Palavra de Deus, iluminando as palavras de cada cidadão.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, em dezembro e no acumulado dos últimos doze meses, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu a estratosférica marca de 484,6%; a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 328,6%; já o IPCA também acumulado nos últimos doze meses, em janeiro/2017chegou a 5,35%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...