“Você
exagera como líder?
Exercer liderança eficaz,
sem dúvida, é um grande desafio. Para conquistarmos nossas metas, é necessário
realizar uma autoavaliação diária para acertar na dose. Eu mesma, enquanto
líder, muitas vezes não percebia que estava “forçando a barra”, até com ações
aparentemente inofensivas, como tentar remarcar aquela reunião que a pessoa
cancelou ou persistir para convencer um colega mais tímido a interagir e expor
sua opinião.
Eu
assumia, de certa forma, a responsabilidade pelo bem-estar coletivo e dedicava
muita energia para tornar o ambiente agradável. E, assim, me convencia da minha
boa intenção. Mas será que era esse mesmo o meu papel de líder? E você, em
algum momento, já parou para se perguntar se exagera em seu papel de líder?
Com
muitos erros e acertos, aprendi que, para obter sucesso, o importante é não
pesar. Todos os líderes irão exagerar em algum momento, mesmo tentando ser a
melhor versão de si. Somos humanos, erramos e aprendemos. Mas, ao longo da
minha experiência, percebi que, para se viver bem a liderança, é importante
aprender a equilibrar seus comportamentos e torná-los naturais.
Ao
controlar melhor emoções, você se sente equilibrado, torna-se mais leve, e essa
energia positiva se reflete nas pessoas ao seu redor. Com isso, você ganha
aderência, eficiência e engajamento da equipe. Acredito que o papel de um líder
é conscientizar cada um de suas responsabilidades e servir o seu time. Uma boa
liderança está baseada no relacionamento com a equipe, afinal, ninguém obtém
sucesso sozinho.
O
aprendizado principal é não forçar. Força vem do latim “fortia” e tem vários
significados, mas o que considero mais valioso é: “o que ocasiona movimento ou
alguma coisa a se mover; impulso”. Ou seja, forçar é fazer o outro se
movimentar. Este é justamente o nosso grande desafio como líderes: convide as
pessoas a se movimentarem, inspire-as a evoluírem, desperte nelas a vontade de
melhorar, mas não as obrigue a sair do lugar.
A
primeira lição que aprendi com o trabalho de coach executiva é que os adultos
só mudam seus comportamentos quando eles realmente querem. Sem esse despertar
interno, dificilmente alguém vai se comprometer com a disciplina que uma
mudança requer.
A
segunda é que todo líder de sucesso é competitivo. Nenhum líder quer ver o time
todo se movimentando, melhorando, e ficar de fora. Ou seja, cada um temo seu
momento de despertar. Nós decidimos mudar quando o esforço vale o resultado. A
liderança inicia-se em mim, e assim é possível inspirar os outros com o nosso
exemplo.”.
(Luciana
Carreteiro. Especialista em desenvolvimento de alta performance, em artigo
publicado no jornal O TEMPO Belo
Horizonte, edição de 5 de janeiro de 2010, caderno OPINIÃO, página 17).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 18 de junho
de 2018, mesmo caderno, página 7, de autoria de CARLOS ALBERTO DI FRANCO, jornalista, e que merece igualmente
integral transcrição:
“ 'Faro' e mundo digital
Nunca se colocou em xeque
o papel essencial do faro jornalístico. Nem eu o pretendo fazer, agora. Como já
venho reiterando há tempos neste espaço, apenas essa vibração será capaz de
devolver a alma que, por vezes, percebo que falta ao trabalho nas redações. O
que quero é acrescentar um aspecto que julgo importante nesta discussão: na era
digital, a intuição pode e deve ser apoiada pelos números.
Realidades
que pareciam alheias aos negócios da mídia estão cada vez mais próximas dos
veículos. É o caso do big data. A
cada dia, os acessos digitais aos portais de notícias geram quantidades incríveis
de dados sobre o comportamento de nossas audiências, mas ainda não fomos
capazes de enxergar o potencial que há por trás desta montanha de informação
desestruturada. Nas redações brasileiras, multiplicam-se as telas coloridas que
trazem, minuto a minuto, indicadores e gráficos mirabolantes. Ao final de um
dia de trabalho, qualquer editor está habilitado a responder quais foram as
reportagens mais lidas. Mas e depois disso? Continuamos incapazes de
interpretar adequadamente todas essas cifras e utilizá-las em nosso favor.
É
preciso investir em tecnologia e não há outro caminho. New York Times e Washington
Post, por citar algumas referências da mídia impressa, já entenderam que,
neste novo contexto digital, produção de conteúdo e tecnologia vão de mãos dadas.
Tanto que, em tempos de crise no setor, o renomado diário de Jeff Bezos parece
fazer questão de andar na contramão da concorrência. Em vez de enxugar os seus
quadros, o que faz é expandir suas equipes. Mas Bezos não contrata apenas
jornalistas. Busca, também, profissionais que, controlando ferramentas de
dados, apoiem a redação, o departamento comercial e o marketing. São
engenheiros, estatísticos e desenvolvedores que interpretam os números gerados
pelas audiências digitais, identificam tendências e propõem estratégias
relacionadas ao negócio.
Certo é
que os veículos não podem assistir inermes ao avanço dessas novas tendências.
Não podemos repetir a atitude que tivemos nos primórdios da internet, quando
raras figuras nas redações apostavam que o ambiente multimídia tomaria a
dianteira nos negócios. Também não podemos reproduzir a postura de meados da
década passada, quando atônitos como Google e Facebook abocanhavam parcelas
cada vez mais significativas da verba publicitária.
Na
última semana, tive a oportunidade de conversar com um grupo de executivos e
gestores de veículos de comunicação, todos eles responsáveis pelo processo de
transição digital em suas empresas. Vindos de diferentes estados brasileiros e
de alguns países da América Latina, se reuniram em São Paulo para o primeiro
módulo do “Estratégias Digitais para Empresas de Mídia”, programa que dirijo no
ISE Business School.
Todos
eles estavam desejosos de encontrar novos caminhos de monetização. Em sala de
aula, crescia a certeza de que as verbas publicitárias não retornarão aos
níveis de antigamente e que, portanto, os ingressos deverão ser alavancados,
prioritariamente, por meio do conteúdo digital. Como tarefa de casa, levaram um
desafio nada fácil: olhar para a cobertura de seus veículos e questionar-se se
há valor diferencial naquilo que estão entregando aos seus consumidores. Sabem
que se a resposta for negativa, poucas serão as possibilidades de monetizar
esse conteúdo. Afinal, ninguém pagará por aquilo que pode encontrar de forma
similar e gratuita na rede.
Receberam
também a missão de colocar a audiência no centro do processo. Já não basta mais
que nós definamos o que precisam os consumidores de informação. É preciso ouvir
o que eles têm a dizer. Felizmente, o ambiente digital rompeu a comunicação
unidirecional que, por muitas décadas, imperou nas redações. O fenômeno das
redes sociais estourou a bolha em que se confinavam alguns jornalistas que
produziam notícias para muitos, menos para o seu leitor real.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em novembro a ainda estratosférica marca
de 318,3% nos últimos doze meses, e a
taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 306,6%; e já o IPCA,
também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,27%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa
promiscuidade – “dinheiro público versus interesses privados”
–, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando
incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária
ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da
Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor,
de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é
cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão
sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518
anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a
corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar
inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo,
segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a
“... Desconfiança das empresas e das famílias é
grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase
nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses
recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à
ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de
infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de
planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para
2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e
insuportável desembolso de cerca de R$
1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e
refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega,
do direito e da justiça:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
Isto
posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos
a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos
de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por
uma Nova Política Brasileira ...
- Pela
excelência na Gestão Pública ...
- Pelo
fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares
do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e,
ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A
alegria da vocação ...
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou
asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...
E
P Í L O G O
CLAMOR
E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de
infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre
pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da
dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.
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