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quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS URGÊNCIAS E EXIGÊNCIAS DA QUALIFICAÇÃO DAS LIDERANÇAS E OS GRAVES DESAFIOS DO JORNALISMO DE QUALIDADE NA SUSTENTABILIDADE


“Você exagera como líder?
        Exercer liderança eficaz, sem dúvida, é um grande desafio. Para conquistarmos nossas metas, é necessário realizar uma autoavaliação diária para acertar na dose. Eu mesma, enquanto líder, muitas vezes não percebia que estava “forçando a barra”, até com ações aparentemente inofensivas, como tentar remarcar aquela reunião que a pessoa cancelou ou persistir para convencer um colega mais tímido a interagir e expor sua opinião.
         Eu assumia, de certa forma, a responsabilidade pelo bem-estar coletivo e dedicava muita energia para tornar o ambiente agradável. E, assim, me convencia da minha boa intenção. Mas será que era esse mesmo o meu papel de líder? E você, em algum momento, já parou para se perguntar se exagera em seu papel de líder?
         Com muitos erros e acertos, aprendi que, para obter sucesso, o importante é não pesar. Todos os líderes irão exagerar em algum momento, mesmo tentando ser a melhor versão de si. Somos humanos, erramos e aprendemos. Mas, ao longo da minha experiência, percebi que, para se viver bem a liderança, é importante aprender a equilibrar seus comportamentos e torná-los naturais.
         Ao controlar melhor emoções, você se sente equilibrado, torna-se mais leve, e essa energia positiva se reflete nas pessoas ao seu redor. Com isso, você ganha aderência, eficiência e engajamento da equipe. Acredito que o papel de um líder é conscientizar cada um de suas responsabilidades e servir o seu time. Uma boa liderança está baseada no relacionamento com a equipe, afinal, ninguém obtém sucesso sozinho.
         O aprendizado principal é não forçar. Força vem do latim “fortia” e tem vários significados, mas o que considero mais valioso é: “o que ocasiona movimento ou alguma coisa a se mover; impulso”. Ou seja, forçar é fazer o outro se movimentar. Este é justamente o nosso grande desafio como líderes: convide as pessoas a se movimentarem, inspire-as a evoluírem, desperte nelas a vontade de melhorar, mas não as obrigue a sair do lugar.
         A primeira lição que aprendi com o trabalho de coach executiva é que os adultos só mudam seus comportamentos quando eles realmente querem. Sem esse despertar interno, dificilmente alguém vai se comprometer com a disciplina que uma mudança requer.
         A segunda é que todo líder de sucesso é competitivo. Nenhum líder quer ver o time todo se movimentando, melhorando, e ficar de fora. Ou seja, cada um temo seu momento de despertar. Nós decidimos mudar quando o esforço vale o resultado. A liderança inicia-se em mim, e assim é possível inspirar os outros com o nosso exemplo.”.

(Luciana Carreteiro. Especialista em desenvolvimento de alta performance, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 5 de janeiro de 2010, caderno OPINIÃO, página 17).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 18 de junho de 2018, mesmo caderno, página 7, de autoria de CARLOS ALBERTO DI FRANCO, jornalista, e que merece igualmente integral transcrição:

“ 'Faro' e mundo digital
        Nunca se colocou em xeque o papel essencial do faro jornalístico. Nem eu o pretendo fazer, agora. Como já venho reiterando há tempos neste espaço, apenas essa vibração será capaz de devolver a alma que, por vezes, percebo que falta ao trabalho nas redações. O que quero é acrescentar um aspecto que julgo importante nesta discussão: na era digital, a intuição pode e deve ser apoiada pelos números.
         Realidades que pareciam alheias aos negócios da mídia estão cada vez mais próximas dos veículos. É o caso do big data. A cada dia, os acessos digitais aos portais de notícias geram quantidades incríveis de dados sobre o comportamento de nossas audiências, mas ainda não fomos capazes de enxergar o potencial que há por trás desta montanha de informação desestruturada. Nas redações brasileiras, multiplicam-se as telas coloridas que trazem, minuto a minuto, indicadores e gráficos mirabolantes. Ao final de um dia de trabalho, qualquer editor está habilitado a responder quais foram as reportagens mais lidas. Mas e depois disso? Continuamos incapazes de interpretar adequadamente todas essas cifras e utilizá-las em nosso favor.
         É preciso investir em tecnologia e não há outro caminho. New York Times e Washington Post, por citar algumas referências da mídia impressa, já entenderam que, neste novo contexto digital, produção de conteúdo e tecnologia vão de mãos dadas. Tanto que, em tempos de crise no setor, o renomado diário de Jeff Bezos parece fazer questão de andar na contramão da concorrência. Em vez de enxugar os seus quadros, o que faz é expandir suas equipes. Mas Bezos não contrata apenas jornalistas. Busca, também, profissionais que, controlando ferramentas de dados, apoiem a redação, o departamento comercial e o marketing. São engenheiros, estatísticos e desenvolvedores que interpretam os números gerados pelas audiências digitais, identificam tendências e propõem estratégias relacionadas ao negócio.
         Certo é que os veículos não podem assistir inermes ao avanço dessas novas tendências. Não podemos repetir a atitude que tivemos nos primórdios da internet, quando raras figuras nas redações apostavam que o ambiente multimídia tomaria a dianteira nos negócios. Também não podemos reproduzir a postura de meados da década passada, quando atônitos como Google e Facebook abocanhavam parcelas cada vez mais significativas da verba publicitária.
         Na última semana, tive a oportunidade de conversar com um grupo de executivos e gestores de veículos de comunicação, todos eles responsáveis pelo processo de transição digital em suas empresas. Vindos de diferentes estados brasileiros e de alguns países da América Latina, se reuniram em São Paulo para o primeiro módulo do “Estratégias Digitais para Empresas de Mídia”, programa que dirijo no ISE Business School.
         Todos eles estavam desejosos de encontrar novos caminhos de monetização. Em sala de aula, crescia a certeza de que as verbas publicitárias não retornarão aos níveis de antigamente e que, portanto, os ingressos deverão ser alavancados, prioritariamente, por meio do conteúdo digital. Como tarefa de casa, levaram um desafio nada fácil: olhar para a cobertura de seus veículos e questionar-se se há valor diferencial naquilo que estão entregando aos seus consumidores. Sabem que se a resposta for negativa, poucas serão as possibilidades de monetizar esse conteúdo. Afinal, ninguém pagará por aquilo que pode encontrar de forma similar e gratuita na rede.
         Receberam também a missão de colocar a audiência no centro do processo. Já não basta mais que nós definamos o que precisam os consumidores de informação. É preciso ouvir o que eles têm a dizer. Felizmente, o ambiente digital rompeu a comunicação unidirecional que, por muitas décadas, imperou nas redações. O fenômeno das redes sociais estourou a bolha em que se confinavam alguns jornalistas que produziam notícias para muitos, menos para o seu leitor real.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em novembro a ainda estratosférica marca de 318,3% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 306,6%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,27%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.


sexta-feira, 8 de abril de 2011

A CIDADANIA, A EDUCAÇÃO E A QUALIDADE

“Educação ainda na contramão


Há alguns meses, a imprensa internacional repercutiu a baixa qualidade do ensino brasileiro. O New York Times afirmou que a tarefa monumental de Dilma Rousseff será arrumar o problemático sistema educacional. O Le Monde qualificou de medíocre a nossa educação pública. Por ocasião do início das aulas da rede pública de ensino, a presidente retomou o assunto dizendo que dará prioridade à qualidade do ensino e à valorização do magistério, para que a educação seja um instrumento de construção de um Brasil rico e próspero. Até aí não há novidade. Há tempos, ouvimos o discurso de que é preciso valorizar os professores brasileiros. Entretanto, historicamente, essas políticas nunca foram implementadas nas grandes redes públicas municipais e estaduais de ensino que atendem a grande maioria dos estudantes brasileiros.

Apesar disso, temos experiências significativas como a dos Centro Federais de Educação Tecnológica (Cefets), que há muito tempo oferecem um ensino de excelência. A receita é simples: professores motivados, com boa remuneração e tempo disponível para estudo e pesquisa. Essa receita, porém, não vem sendo implementada nas políticas públicas. Vejamos dois exemplos. O Ministério da Educação (MEC) constatou que os jovens egressos do ensino médio não estão optando mais pela carreira de magistério. Nesse ritmo, em poucos anos, o professor será um profissional ameaçado de extinção. A solução encontrada para o problema foi grotesca. Uma forte campanha publicitária vem encorajando os jovens a se tornarem professores. De fato, um país que não oferece bons salários e condições de trabalho adequadas aos seus educadores precisa mesmo de jovens muito corajosos para abraçar o magistério. O outro exemplo é municipal. As escolas da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) atendem muitos adultos que geralmente não tiveram condições para concluir o ensino fundamental na juventude. Cientes da falta que a escolarização e o conhecimento fizeram em suas vidas, decidiram voltar a estudar.

Entretanto, fatores como a inércia provocada pelos anos sem estudar, o cansaço gerado pelo trabalho pesado e a falta de incentivo dos que acreditam que o estudo não é algo para os mais velhos dificultam essa retomada. Para o sucesso desses estudantes, é importante que professores estejam preparados para auxiliá-los na reconquista da autoconfiança e, sobretudo, tenham competência técnica para levá-los a aprender. Para isso, é necessário que estudem e planejem atividades para turmas que contam com adultos em diversos estágios e ritmos de aprendizado que demandam um atendimento excessivamente individualizado. Para desenvolver esse trabalho, os professores têm um tempo remunerado, que muitos inclusive acham insuficiente. O tempo extra dos professores de crianças e adolescentes, por sua vez, é menor ainda. Para acabar com essa diferença, a Secretaria Municipal de Educação resolveu reduzir parte do tempo extra dos professores de adultos e redistribuí-los aos demais.

A imprensa internacional tem mesmo razão. Nosso sistema educacional é complicado e medíocre. Para ampliar o tempo extra-classe dos professores das turmas regulares, a saída encontrada foi deteriorar as condições de trbalho dos outros profissionais. Para retirar a nossa educação da mediocridade, a presidente precisa mostrar aos gestores do sistema que é preciso pensar grande. Não temos outra saída. É preciso investir na educação e no professor. Só assim teremos escolas públicas de qualidade para todos os brasileiros e não apenas aos que conquistaram merecidamente uma vaga nos rigorosos processos seletivos dos Cefets.”
(MARCO ANTÔNIO SILVA, Professor de história, doutorando em educação pela UFMG, em artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 5 de abril de 2011, Caderno OPINIÃO, página 11).


Mais uma IMPORTANTE e também OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado na mesma página, de autoria  de CARLOS ALBERTO CHIARELLI, Presidente da Associação da Cadeia Produtiva de Educação a Distância (Aced), ex-ministro da Educação, doutor em direito, que merece igualmente INTEGRAL transcrição:


“Estímulo à inércia?

 A ideia de extinguir a possibilidade da repetência nas três primeiras séries do ensino fundamental é muito séria. Preocupante, aliás. O que justifica manter este assunto em debate para que a sociedade como um todo – inclusive os pais das crianças – veja-se suficientemente informada e possa, de forma consciente, posicionar-se. Há uma lógica ameaça e/ou um claro perigo nessa inovação surpreendente, apesar de certas manifestações acadêmicas que aduzem argumentos, sem comprovação prática, defenderem a valia da iniciativa. O risco inicial está na tendência natural, pela irrevogável Lei da Inércia, de que o ritmo de ensino e aprendizado de uma turma acabe ficando lento. Obviamente será calibrado pela velocidade do interesse no aprendizado dos menos dotados e/ou dos mais desinteressados, sobre os quais não recairá a cobrança da avaliação.

Portanto, esta ação vai nivelar por baixo, em vez de estimular os alunos a superar as dificuldades e ascender. Essa é uma estratégia não recomendável e perniciosa. A inexistência de apreciação do mérito de cada aluno tira da criança, na tenra idade, o fundamento inicial da responsabilidade, da existência de deveres, além dos direitos, criando um não dever no qual não se identifica uma razão estimulante para o aperfeiçoamento. Enfim, desvaloriza o saber. Arriscar-se, ante esse critério do “deixa a vida me levar”, é implantar, já na primeira relação sistêmica da pessoa, que o processo educacional se torne um descompromisso, o império banalizante da mediocridade. Neste momento em que professores sofrem com o desestímulo salarial, com a preparação, em regra, deficiente para a sala de aula e em que a família – em muitos casos – mostra-se desarticulada ou incapaz de dar a retaguarda de que carece a meninada – a escola se transforma – diante de tantas tristes e lamentáveis notícias – em arena de confrontos, desaparecem a hierarquia, a disciplina e o respeito, que são substituídos pela violência do absurdo do bullying, transformando a docência em atividade de alto risco ou de total leniência. Para mim, é incompreensível que, diante desse contexto, em vez de medidas restauradoras de valores éticos e culturais básicos, caminhe-se para o facilitário da promoção automática.
Ao se olhar o exemplo de um país que perdeu a guerra e hoje é potência, como o Japão, descobre-se por que ganhou a paz. Um fantástico esforço educacional foi montado sobre as cinzas ainda fumegantes das bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki: aumento dos dias do calendário escolar, mais hora/aula, qualificação extremada do corpo docente, verbas prioritárias e significativas para a educação e reposição do aprendizado. Os resultados obtidos dispensam comentários.

E foi o que fizeram os Tigres Asiáticos. A própria Coreia do Sul, apesar de abalada por uma guerra sangrenta que a dividiu, promoveu o desenvolvimento a partir desse capítulo inicial. Esse é o modelo das nações com êxito, nas quais se adotou o princípio da aprovação por mérito e não a proposta que se apresenta aqui e agora. Como se diz no ditado da jabuticaba, que só tem no Brasil, com essa prática também será assim. A medida, vinda de cima para baixo, inspirada no Conselho Nacional de Educação (CNE) e apadrinhada pelo Ministério da Educação (MEC), é recomendada – mas pelo menos por enquanto não obrigatória – aos estados e, sobretudo, aos municípios, estes os grandes responsáveis pelo ensino público de primeiro grau no Brasil. O meu desejo é que os que estão no verdadiero front dessa guerra pacífica da educação (professores, diretores, prefeitos e pais desse imenso país) façam ouvidos de mercador à insensata sugestão de Brasília, para evitar que se tenha, em breve, o disparate de oficializar o analfabetismo na quarta série do ensino fundamental. Em vez dessas manifestações formais, teóricas e carentes das exigências numéricas, o imprescindível são ações que melhorem de verdade a qualidade de ensino e ajudem no desenvolvimento das crianças.

Além da indispensável avaliação do mérito, impõe-se investimento em um ensino qualificado e no verdadeiro aprendizado. O governo que se afaste de atitudes de irresponsabilidade e invista em novas tecnologias educacionais, que, entre outros procedimentos, ajudarão o Brasil a ser um país em que se ensina melhor e em que aprende mais.”

 Eis, portanto, mais ADEQUADAS e OPORTUNAS ponderações e REFLEXÕES que acenam para a PRIORIDADE ABSOLUTA  - a EDUCAÇÃO – para a qual devem ser dirigidas as nossas ENERGIAS e o MELHOR da FORÇA VIVA da nossa SOCIEDADE, condição NECESSÁRIA para as DESAFIADORAS transformações que nos estão colocadas no início desta DÉCADA...
Porém, tudo isso mais ainda nos MOTIVA e nos FORTALECE  nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016, as obras do PAC e os projetos do PRÉ-SAL,  segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

 Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

 O BRASIL TEM JEITO!...  










quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

A CIDADANIA E O ENCANTAMENTO DA QUALIDADE NO JORNALISMO

“Imprensa, a hora da qualidade

A história da imprensa de qualidade está marcada por uma harmoniosa combinação de ousadia, talento e criatividade. Grandes saltos de qualidade foram dados em momentos aparentemente inoportunos. Não é por acaso que, em japonês, crise e oportunidade têm o mesmo ideograma. A trajetória do New York Times, um dos maiores jornais do mundo, encerra uma lição interessante.

Quando eclodiu a II Guerra Mundial, as autoridades norte-americanas reagiram às dificuldades do comércio internacional racionando o consumo do papel de imprensa. Todas as empresas jornalísticas passaram a discutir que setor arcaria com o ônus. Alguns jornais, entre eles o New York Herald Tribune, optaram por manter o espaço as páginas de publicidade e reduzir o espaço informativo. O New York Times, contrariando o imediatismo e investindo no futuro, fez exatamente o oposto. Soube honrar o lema que encabeça a sua primeira página (“All the news that’s fit to print” – todas as notícias que merecem ser publicadas). A guerra era um acontecimento cuja transcendência história impunha uma cobertura de qualidade. O jornal optou pelo leitor. Reduziu a publicidade e manteve o noticiário. Hoje, o New Herald Tribune está morto e o New York Times é um dos jornais de maior prestígio do mundo.

O jornalismo impresso, preocupado com o impacto da televisão e com a diminuição alarmante do hábito de leitura, tem desencadeado sucessivas operações de marketing. As promoções estão na linha de frente da estratégia. O recurso, embora válido e eficiente, não deve ser supervalorizado. De nada adiantará o esforço, se o jornal negligenciar uma regra básica: somente a qualidade e a credibilidade de uma publicação são capazes de garantir uma boa clientela de leitores e anunciantes.

A mídia impressa, superada a etapa do rejuvenescimento gráfico e dos investimentos tecnológicos, precisa travar a revolução nos conteúdos: a conquista pela qualidade editorial. Trata-se de um desafio empolgante. Impõe-se, por isso, uma reformulação profunda nos conceitos e na operação jornalística. A revalorização da reportagem de qualidade e o revigoramento do jornalismo analítico devem estar entre as prioridades estratégicas. Os responsáveis pelas redações precisam desenvolver um permanente exercício de autocrítica. Estamos conseguindo surpreender o leitor? Estamos oferecendo ao consumidor um produto instigante? Precisamos, numa palavra, atrair pela criatividade das pautas, pela profundidade das matérias, pela correção e confiabilidade das informações.

As redações não podem ser redomas invulneráveis ao mundo real. O jornal precisa ter a sábia humildade de moldar o seu conceito de informação, ajustando-o às necessidades do público ao qual se dirige. O lugar do jornalista é a rua, ouvindo o povo, dialogando com as pessoas, garimpando a informação. Recentemente, Marco Uchôa, repórter de Cidades de O Estado de S. Paulo, subiu o Morro de Santa Marta, em Botafogo, na Zona Sul do Rio, para ouvir um dos líderes da delinqüência. A matéria, carregada de realismo, produziu um retrato acabado do drama que espartilha a Cidade Maravilhosa. A reportagem, desprovida de adjetivos, resultou numa denúncia substantiva. É por aí. O que vai conquistar novos consumidores é a resposta competente às suas necessidades concretas, é a matéria que ultrapassa a superficialidade eletrônica, é a denúncia consistente e responsável, é o texto inteligente e bem escrito. É preciso ter a coragem e a rebeldia de repensar o produto. Todos os dias.

Só uma metamorfose na cultura das redações será capaz de modificar a tendência a um trabalho rotineiro e pouco criativo. Mecanismos de avaliação e premiação podem mudar a cara de redações sem alma. A incompetência deve ser punida, mas a competência precisa ser reconhecida e valorizada. O jornalismo moderno, mais do que qualquer outra atividade humana, reclama atualização, formação permanente, treinamento. É preciso, contando também com o diagnóstico e a colaboração de profissionais independentes, investir seriamente no aprimoramento do produto. Chegou para a imprensa a hora da qualidade.”
(CARLOS ALBERTO DI FRANCO, em artigo publicado no JORNAL DO BRASIL, de 14.11.94, e transcrito no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 20 de novembro de 1994, Caderno POLÍTICA, página 3).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 7 de fevereiro de 2011, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria do mesmo autor, Professor de ética, doutor em comunicação pela Universidade de Navarro (Espanha), que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“O encantamento do jornalismo

Gay Talese, um dos fundadores do novo jornalismo, com uma maneira de descrever a realidade com o cuidado, o talento e a beleza literária de quem escreve um romance, é um crítico do jornalismo sem alma e sem graça. Seu desapontamento com a qualidade de certa mídia pode parecer radical e ultrapassada. Mas não é. Na verdade, Talese é um enamorado do jornalismo de qualidade. E a boa informação, independentemente da plataforma, reclama competência, rigor e paixão.

Segundo Talese, a crise do jornalismo está intimamente relacionada com o declínio da reportagem clássica. “Acho que o jornalismo e não o Times,está sendo ameaçado pela internet”, disse Talese. “E o principal motivo é que a internet faz o trabalho do jornalista parecer fácil. Quando você liga o laptop em sua cozinha, ou em qualquer lugar, tem a sensação de que está conectado com o mundo. Em Pequim, Barcelona ou Nova York. Todos estão olhando para uma tela de alguns centímetros. Pensam que são jornalistas, mas estão ali sentados, e não na rua. O mundo deles está dentro de uma sala, a cabeça está numa pequena tela, e esse é o seu universo. Quando querem saber algo, perguntam ao Google. Estão comprometidos apenas com as perguntas que fazem. Não se chocam acidentalmente com nada que estimule a pensar ou a imaginar. Às vezes, em nossa profissão, você não precisa fazer perguntas. Basta ir às ruas e olhar as pessoas. É aí que você descobre a vida como ela realmente é vivida.”

A crítica de Talese é um dignóstico certeiro da crise do jornalismo. Os jornais perdem leitores em todo o mundo. Multiplicam-se as tentativas de interpretação do fenômeno. Seminários, encontros e relatórios, no exterior e aqui, procuram, incessantemente, bodes expiatórios. Televisão e internet são, de longe, os principais vilões. Será? É evidente que a juventude de hoje lê muito menos. No entanto, como explicar o estrondoso sucesso editorial do épico O senhor dos anéis e das aventuras de Harry Potter? Os jovens não consomem jornais, mas não se privam da leitura de obras alentadas. O recado é muito claro: a juventude não se entusiasma com o produto que estamos oferecendo. O problema, portanto, está em nós, na nossa incapacidade de dialogar com o jovem real. Mas não é só a juventude que foge dos jornais. A chamada elite, classes A e B, também tem aumentado a fileira dos desencantados. Será inviável conquistar toda essa gente para o mundo mágico do jornalismo? Creio que não. O que falta, estou certo, é ousadia e qualidade.

A fórmula de Talese demanda forte qualificação profissional. “A minha concepção de jornalismo sempre foi a mesma. É descobrir as histórias que valem a pena ser contadas. O que é fora dos padrões e, portanto, desconhecido. E apresentar essa história de uma forma que nenhum blogueiro faz. A notícia tem de ser escrita como ficção, algo para ser lido com prazer. Jornalistas têm de escrever tão bem quanto os romancistas.” Eis um magnífico roteiro e um formidável desafio para a conquista de novos leitores: garra, elegância, rigor, relevância.

A revalorização da reportagem e o revigoramento do jornalismo analítico devem estar entre as prioridades estratégicas. É preciso encantar o leitor com matérias que rompam com a monotonia do jornalismo declaratório: menos Brasil oficial e mais vida; menos aspas e mais apuração; menos frivolidades e mais consistência. Além disso, os leitores estão cansados do baixo astral da imprensa brasileira. A ótica jornalística é, e deve ser, fiscalizadora, mas é preciso reservar espaço para a boa notícia. Ela também existe. E vende jornal. O leitor que aplaude a denúncia verdadeira é o mesmo que se irrita com o catastrofismo que domina muitas de nossas pautas. Perdemos a capacidade de sonhar e a coragem de investir em pautas criativas. É hora de proceder às oportunas retificações de rumo. Há espaço, e muito, para o jornalismo de qualidade. Basta cuidar do conteúdo. E redescobrir uma verdade constantemente negligenciada: o bom jornalismo é sempre um trabalho de garimpagem.”

Eis, portanto, mais REFLEXÕES e PONDERAÇÕES que nos acenam para o FASCINANTE, EXIGENTE e BELO exercício DEMOCRÁTICO, que nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...