sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A FORÇA TRANSFORMADORA E DESAFIANTE DAS CIDADES INTELIGENTES E AS LUZES DAS PAUTAS DISRUPTIVAS NA SUSTENTABILIDADE


“A busca por cidades (cada vez mais) inteligentes
        Um mundo interconectado e apoiado em tecnologia está mudando a forma como vivemos todo e qualquer aspecto do cotidiano: inovações não se limitam à tecnologia, mas também tornam necessário repensar os processos e a relação com os espaços. Embora as ideias de “smart cities”, ou cidades inteligentes, sejam encaradas como um passo fundamental em direção ao futuro, ainda permanecem questionamentos sobre como conectar a sociedade às novas tecnologias de forma eficiente.
         Cidades inteligentes surgem como um modelo que incorpora tecnologias digitais para enfrentar alguns dos desafios de urbanização e sustentabilidade: implantam-se sistemas urbanos inteligentes em prol do desenvolvimento socioeconômico e da melhoria da qualidade de vida urbana. Trata-se de um esforço para tornar o ambiente social mais eficiente, sustentável e humano.
         Na perspectiva de cidades inteligentes, é possível monitorar e integrar a funcionalidade de toda a infraestrutura, como estradas, vias aéreas, hidrovias, ferrovias, suprimento de redes de comunicação, bem como manutenção, segurança e serviços, de forma que recursos sejam otimizados. Uma necessidade cada vez mais urgente, ante a uma população urbana que deverá crescer 63% até 2050, com um aumento mais rápido entre as megacidades com mais de 20 milhões de habitantes e localizadas em países em desenvolvimento.
         Essa tendência, claro, cria desafios sem precedentes: populações que vivem em favelas, sem serviços básicos, crescem na ordem de 6 milhões de pessoas a cada ano. Municípios também sofrem com a ampliação da desigualdade e desemprego, poluição do ar e da água, problemas de mobilidade e aumento da criminalidade. É urgente buscar soluções para as cidades.
         Isso acontece por meio da oferta de oportunidades de parcerias com o poder público e empresas para que então a universidade possa desenvolver inovações e soluções alinhadas às demandas da sociedade e do mercado. É algo profundamente associado ao conceito de inovação. A importância em gerar novos saberes e tecnologias vem crescendo e mudando a relação das universidades com a sociedade: elas devem estar empenhadas não apenas em produzir conhecimento e formar profissionais, mas também em contribuir com o desenvolvimento social, tecnológico e econômico. Buscar parcerias com empresas, entidades do terceiro setor e órgãos públicos para avançar o desenvolvimento tecnológico e trazer benefícios para a sociedade é essencial.
         Universidades são essencialmente versões menores e mais condensadas das cidades, com seus próprios sistemas de transporte, suas pequenas empresas, seus serviços e sua comunidade. É um espaço promissor como celeiro de novas ideias e soluções que poderão impactar a vida urbana. Estabelecer laços de confiança é um caminho fértil para superar as imperfeições e as falhas, bem como atender as demandas sociais. Mas, para que esse processo possa fluir, em nenhuma hipótese a universidade pode se fechar em torno de seus próprios muros.”.

(Paula Cristina Trevilatto. Pró-reitora de pesquis, pós-graduação e inovação da Pontifícia Universidade Católica do Parará (PUC-PR), em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 15 de janeiro de 2020, caderno OPINIÃO, página 17).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 7 de maio de 2018, mesmo caderno, página 7, de autoria de CARLOS ALBERTO DI FRANCO, jornalista, e que merece igualmente integral transcrição:

“Pautas disruptivas
        A vida nos surpreende. Constantemente. Estive, recentemente, em Porto Velho, capital de Rondônia. Fui participar da reunião do conselho consultivo do Grupo Rede Amazônia. As reuniões ordinárias ocorrem na sede da rede de televisão, em Manaus. Conhecer a operação em outras praças, no entanto, permite sentir o pulso da região, calibrar os desafios e as oportunidades. O saldo foi um mergulho numa realidade fascinante.
         Bovinos, soja, leite e café são os principais produtos agropecuários de um estado que respira empreendedorismo, ousadia e crescimento. O Rio Madeira, afluente poderoso do Rio Amazonas, propiciou a construção de duas importantes usinas hidrelétricas: Jirau e Santo Antônio. Visitei a usina de Santo Antônio. Surpreendeu-me a qualidade dos estudos e da pesquisa sobre as espécies de peixes: 920 espécies somente no território brasileiro, quase 20% de todas as espécies atualmente conhecidas na América do Sul. As pesquisas desenvolvidas pelo Laboratório de Ictiologia e Pesquisa da Universidade Federal de Rondônia (LIP-Unir), em parceria com várias instituições, mas principalmente com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Ufam), resultaram em notável preservação do meio ambiente.
         Para além da corrupção e da violência, chagas priorizadas em matérias da grande mídia, tem muita coisa interessante acontecendo num país que sonha grande, empreende e produz. O sol brilha no Brasil real. E nós, jornalistas, precisamos contar boas histórias. Chegou a hora das pautas disruptivas.
         O negativismo da mídia é uma forma de falsear a verdade. A vida, como os quadros, é composta de luzes e sombras. Precisamos denunciar com responsabilidade. Mas devemos, ao mesmo tempo, mostrar o lado positivo da vida. Não se trata, por óbvio, de fazer jornalismo cor-de-rosa. Mas de investir no lado construtivo da vida. O leitor está cansado das sombras. Há uma forte demanda de informação a respeito de iniciativas bem-sucedidas, de projetos renovadores, de políticas públicas que deram certo. Tudo isso é jornalismo de qualidade.
         Impressiona-me o crescente espaço destinado à violência nos meios de comunicação, sobretudo no telejornalismo. Catástrofes, tragédias, crimes e agressões, recorrentes como chuvaradas de verão, compõem uma pauta sombria e perturbadora. A violência, por óbvio, não é uma invenção da média. Mas sua espetacularização é um efeito colateral que deve ser evitado. Não se trata de sonegar informação. Mas é preciso contextualizá-la. O excesso de violência na mídia pode gerar fatalismos e uma perigosa resignação.
         Precisamos valorizar editorialmente inúmeras iniciativas que tentam construir avenidas ou vielas de paz nas cidades sem alma. É preciso investir numa agenda positiva. A bandeira a meio-pau sinalizando a violência sem-fim não pode ocultar o esforço de entidades e pessoas isoladas que, diariamente, se empenham na recuperação dos valores fundamentais: o humanismo, o respeito à vida, a solidariedade. São pautas magníficas. Embriões de grandes reportagens. Denunciar o avanço da violência e a falência do Estado no seu combate é um dever ético. Mas não é a menos ético iluminar a cena de ações construtivas, frequentemente desconhecidas do grande público, que, sem alarde ou pirotecnias do marketing colaboram, e muito, na construção da cidadania.
         É fácil fazer jornalismo de boletim de ocorrência. Não é tão fácil contar histórias reais, com rosto humano, que mostram o lado bom da vida. “Quando nada acontece”, dizia Guimarães Rosa, “há um milagre que não estamos vendo”. O jornalismo de talento sabe descobrir a grande matéria que se esconde no aparente lusco-fusco do dia a dia. Sair às ruas, olhar no olho das pessoas, ver da vida real. Aí, nas esquinas da vida, encontraremos inúmeras pautas disruptivas capazes de conquistar o interesse dos nossos leitores. No fundo, a normalidade é um grande desafio e, sem dúvida, o melhor termômetro da qualidade.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em novembro a ainda estratosférica marca de 318,3% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 306,6%; e já o IPCA, tem dezembro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,31%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

  

  

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