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sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A FORÇA TRANSFORMADORA E DESAFIANTE DAS CIDADES INTELIGENTES E AS LUZES DAS PAUTAS DISRUPTIVAS NA SUSTENTABILIDADE


“A busca por cidades (cada vez mais) inteligentes
        Um mundo interconectado e apoiado em tecnologia está mudando a forma como vivemos todo e qualquer aspecto do cotidiano: inovações não se limitam à tecnologia, mas também tornam necessário repensar os processos e a relação com os espaços. Embora as ideias de “smart cities”, ou cidades inteligentes, sejam encaradas como um passo fundamental em direção ao futuro, ainda permanecem questionamentos sobre como conectar a sociedade às novas tecnologias de forma eficiente.
         Cidades inteligentes surgem como um modelo que incorpora tecnologias digitais para enfrentar alguns dos desafios de urbanização e sustentabilidade: implantam-se sistemas urbanos inteligentes em prol do desenvolvimento socioeconômico e da melhoria da qualidade de vida urbana. Trata-se de um esforço para tornar o ambiente social mais eficiente, sustentável e humano.
         Na perspectiva de cidades inteligentes, é possível monitorar e integrar a funcionalidade de toda a infraestrutura, como estradas, vias aéreas, hidrovias, ferrovias, suprimento de redes de comunicação, bem como manutenção, segurança e serviços, de forma que recursos sejam otimizados. Uma necessidade cada vez mais urgente, ante a uma população urbana que deverá crescer 63% até 2050, com um aumento mais rápido entre as megacidades com mais de 20 milhões de habitantes e localizadas em países em desenvolvimento.
         Essa tendência, claro, cria desafios sem precedentes: populações que vivem em favelas, sem serviços básicos, crescem na ordem de 6 milhões de pessoas a cada ano. Municípios também sofrem com a ampliação da desigualdade e desemprego, poluição do ar e da água, problemas de mobilidade e aumento da criminalidade. É urgente buscar soluções para as cidades.
         Isso acontece por meio da oferta de oportunidades de parcerias com o poder público e empresas para que então a universidade possa desenvolver inovações e soluções alinhadas às demandas da sociedade e do mercado. É algo profundamente associado ao conceito de inovação. A importância em gerar novos saberes e tecnologias vem crescendo e mudando a relação das universidades com a sociedade: elas devem estar empenhadas não apenas em produzir conhecimento e formar profissionais, mas também em contribuir com o desenvolvimento social, tecnológico e econômico. Buscar parcerias com empresas, entidades do terceiro setor e órgãos públicos para avançar o desenvolvimento tecnológico e trazer benefícios para a sociedade é essencial.
         Universidades são essencialmente versões menores e mais condensadas das cidades, com seus próprios sistemas de transporte, suas pequenas empresas, seus serviços e sua comunidade. É um espaço promissor como celeiro de novas ideias e soluções que poderão impactar a vida urbana. Estabelecer laços de confiança é um caminho fértil para superar as imperfeições e as falhas, bem como atender as demandas sociais. Mas, para que esse processo possa fluir, em nenhuma hipótese a universidade pode se fechar em torno de seus próprios muros.”.

(Paula Cristina Trevilatto. Pró-reitora de pesquis, pós-graduação e inovação da Pontifícia Universidade Católica do Parará (PUC-PR), em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 15 de janeiro de 2020, caderno OPINIÃO, página 17).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 7 de maio de 2018, mesmo caderno, página 7, de autoria de CARLOS ALBERTO DI FRANCO, jornalista, e que merece igualmente integral transcrição:

“Pautas disruptivas
        A vida nos surpreende. Constantemente. Estive, recentemente, em Porto Velho, capital de Rondônia. Fui participar da reunião do conselho consultivo do Grupo Rede Amazônia. As reuniões ordinárias ocorrem na sede da rede de televisão, em Manaus. Conhecer a operação em outras praças, no entanto, permite sentir o pulso da região, calibrar os desafios e as oportunidades. O saldo foi um mergulho numa realidade fascinante.
         Bovinos, soja, leite e café são os principais produtos agropecuários de um estado que respira empreendedorismo, ousadia e crescimento. O Rio Madeira, afluente poderoso do Rio Amazonas, propiciou a construção de duas importantes usinas hidrelétricas: Jirau e Santo Antônio. Visitei a usina de Santo Antônio. Surpreendeu-me a qualidade dos estudos e da pesquisa sobre as espécies de peixes: 920 espécies somente no território brasileiro, quase 20% de todas as espécies atualmente conhecidas na América do Sul. As pesquisas desenvolvidas pelo Laboratório de Ictiologia e Pesquisa da Universidade Federal de Rondônia (LIP-Unir), em parceria com várias instituições, mas principalmente com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Ufam), resultaram em notável preservação do meio ambiente.
         Para além da corrupção e da violência, chagas priorizadas em matérias da grande mídia, tem muita coisa interessante acontecendo num país que sonha grande, empreende e produz. O sol brilha no Brasil real. E nós, jornalistas, precisamos contar boas histórias. Chegou a hora das pautas disruptivas.
         O negativismo da mídia é uma forma de falsear a verdade. A vida, como os quadros, é composta de luzes e sombras. Precisamos denunciar com responsabilidade. Mas devemos, ao mesmo tempo, mostrar o lado positivo da vida. Não se trata, por óbvio, de fazer jornalismo cor-de-rosa. Mas de investir no lado construtivo da vida. O leitor está cansado das sombras. Há uma forte demanda de informação a respeito de iniciativas bem-sucedidas, de projetos renovadores, de políticas públicas que deram certo. Tudo isso é jornalismo de qualidade.
         Impressiona-me o crescente espaço destinado à violência nos meios de comunicação, sobretudo no telejornalismo. Catástrofes, tragédias, crimes e agressões, recorrentes como chuvaradas de verão, compõem uma pauta sombria e perturbadora. A violência, por óbvio, não é uma invenção da média. Mas sua espetacularização é um efeito colateral que deve ser evitado. Não se trata de sonegar informação. Mas é preciso contextualizá-la. O excesso de violência na mídia pode gerar fatalismos e uma perigosa resignação.
         Precisamos valorizar editorialmente inúmeras iniciativas que tentam construir avenidas ou vielas de paz nas cidades sem alma. É preciso investir numa agenda positiva. A bandeira a meio-pau sinalizando a violência sem-fim não pode ocultar o esforço de entidades e pessoas isoladas que, diariamente, se empenham na recuperação dos valores fundamentais: o humanismo, o respeito à vida, a solidariedade. São pautas magníficas. Embriões de grandes reportagens. Denunciar o avanço da violência e a falência do Estado no seu combate é um dever ético. Mas não é a menos ético iluminar a cena de ações construtivas, frequentemente desconhecidas do grande público, que, sem alarde ou pirotecnias do marketing colaboram, e muito, na construção da cidadania.
         É fácil fazer jornalismo de boletim de ocorrência. Não é tão fácil contar histórias reais, com rosto humano, que mostram o lado bom da vida. “Quando nada acontece”, dizia Guimarães Rosa, “há um milagre que não estamos vendo”. O jornalismo de talento sabe descobrir a grande matéria que se esconde no aparente lusco-fusco do dia a dia. Sair às ruas, olhar no olho das pessoas, ver da vida real. Aí, nas esquinas da vida, encontraremos inúmeras pautas disruptivas capazes de conquistar o interesse dos nossos leitores. No fundo, a normalidade é um grande desafio e, sem dúvida, o melhor termômetro da qualidade.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em novembro a ainda estratosférica marca de 318,3% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 306,6%; e já o IPCA, tem dezembro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,31%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

  

  

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

A CIDADANIA, A INTELIGÊNCIA E A VIDA MORAL NAS CIDADES

“TUDO ESTÁ

INTERLIGADO

Com investimentos mundiais de US$ 34 bilhões, as cidades inteligentes despontam como solução para ajudar populações. Uso de redes sociais contribui para o sucesso do projeto

Rio de Janeiro – Quando a filipina Danica Mae Camacho e outras sete meninas da Índia nasceram no fim de outubro, elas não sabiam, claro, que disputavam a primazia de se tornarem o ser humano de número 7 bilhões. A chegada dessas crianças trouxe mais que um recorde para a população. Com elas, retornaram as preocupações de como o homem deve se comportar para ter um planeta duradouro – sem escassez de alimentos e água, por exemplo – e que garanta um lugar para todos morarem. Esses pontos importantes para a sobrevivência da raça têm ao seu lado um grande aliado: a tecnologia. E a aposta que possa garantir um futuro promissor para a Terra são as cidades inteligentes.

O conceito é bem simples: trata-se de qualquer área urbana que explore seus dados para otimizar a prestação de serviços. Assim, é possível monitorar, medir e gerenciar praticamente qualquer sistema físico, recolher e analisar informações em tempo real sobre tudo – dos transportes à rede elétrica, trazendo benefícios e facilidades para a população. Os investimentos nesse tipo de tecnologia devem chegar a US$ 34 bilhões até o fim de 2011 no mundo e atingir US$ 57 bilhões até 2014, segundo dados da consultoria de mercado IDC.

“Esse onda de urbanização apresenta um enorme desafio e também oportunidades para todos nós. A boa notícia é que temos capacidade, tanto tecnológica quanto política, para transformar as cidades e manter o progresso social”, afirma Sam Palmisiano, CEO da IBM, que promoveu na semana passada, no Rio de Janeiro, o fórum Smart Cities, dedicado a mostrar exemplos em todo o mundo. Em locais onde foram aplicadas algumas soluções das cidades inteligentes, conceito a partir do qual a IBM oferece sua tecnologia, foi possível constatar, por exemplo, uma redução no tráfego de automóveis em 18% e uma diminuição na emissão de CO2 de 14%, segundo a empresa.

Pelo Intelligent Community Forum (ICF), que estuda a organização das comunidades nos países, o Brasil tem três cidades inteligentes: Porto Alegre (RS), Curitiba (PR) e Piraí (RJ). Todas utilizaram a tecnologia, seja nos transportes coletivos (como em Curitiba), seja implementando a internet em locais públicos (como em Piraí), para tentar facilitar a vida da população.

Nesta lista, em breve, deve entrar a cidade do Rio de Janeiro. Desde o começo do ano está funcionando o Centro de Operações do Rio (COR). Com a ajuda da tecnologia da IBM, o COR é responsável por monitorar, principalmente, as áreas da cidade onde ocorrem mais inundações em decorrência das chuvas. Ele está integrado com as polícias, o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil. O COR conta com o auxílio de um sistema próprio de previsão do tempo, que afere a probabilidade de chuva em um raio de um quilômetro, enquanto os métodos tradicionais varrem uma área de nove quilômetros quadrados e são menos precisos. “Toda informação está interligada com os principais órgãos do estado, inclusive o prefeito. Os governos estão vendo que isto é importante”, explica Guru Banavar, vice-presidente para o setor público para o setor público global da IBM.

O cidadão pode acompanhar, por meio do Twitter (@operaçoesrio), como está a situação em áreas de risco, como o trânsito, e informar sobre acidentes na região. “Esses sistemas servem também para o controle de energia e água da população. Temos mais de 2 mil projetos em pequenas, médias e grandes cidades que garantem um funcionamento melhor”, afirma Banavar.

DEU CERTO O que o Rio de Janeiro acabou de conquistar é um pequeno passo diante das possibilidades das cidades inteligentes. Em Tigre, município da Grande Buenos Aires, Argentina, há pouco mais de 31 mil habitantes, e tecnologia para facilitar a vida do cidadão e eliminar parte da burocracia do governo. “Colocamos 80 quilômetros de cabos de fibra ótica pela cidade e distribuímos Wi-fi pelos pontos de maior movimentação, como praças, museu, escolas e pontos de ônibus. Temos, agora, uma interconectividade dos serviços”, explica Sergio Massa, prefeito deTigre.

Com o uso da internet, a população pode ver on-line quanto tempo vai demorar para o ônibus chegar, assim como o trajeto que ele vai fazer – os veículos foram equipados com GPS –, pagar impostos com apenas um clique e verificar, por meio do sistema de vigilância por câmeras, como está o bairro em que mora. Com a ajuda das redes sociais, os cidadãos podem informar a ocorrência de um roubo ou mesmo pedir ajuda em caso de doença. “Está tudo integrado. Temos que aproveitar ao máximo a tecnologia para o desenvolvimento sustentável das cidades”, ressalta Massa.

E A CAPITAL MINEIRA?

Se não está no ranking feito pelo Intelligent Community Forum, Belo Horizonte foi considerado o município mais digital em levantamento feito em junho pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD). Conceitos à parte, experiências mostram que a capital dos mineiros trilha o caminho da inteligência artificial e já vivencia integração de serviços públicos. Mas há muitos desafios a serem vencidos.

US$ 57 BI

serão investidos em tecnologias para cidades inteligtentes até 2014, segundo a consultoria IDC.

_ QUATRO PONTOS

Sem revelar quais outras cidades estão nos planos da IBM para integrar o time das comunidades inteligentes, Pedro Almeida, diretor de estratégias das cidades inteligentes da IBM, disse que as dimensões do Brasil fazem com que quatro aspectos possam ser explorados:

1 A segurança, para identificar crimes mais rapidamente, defender a população e melhorar a resposta nas chamadas de emergência;
2 Os transportes, para melhorar o tráfego de informações e integrar os sistemas;
3 A infraestrutura, em que entram construções inteligentes de portos, aeroportos e prédios;
4 A energia para trazer um modelo mais sustentável ao país.”

(ATAÍDE DE ALMEIDA JR. – enviado especial – e SHIRLEY PACELLI, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 17 de novembro de 2011, Caderno INFORMÁTICA, página principal).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 21 de outubro de 2011, Caderno OPINIÃO, página 11, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Vida moral na sociedade

A quantidade e a complexidade de leis que regem a sociedade brasileira podem ser indicativas do desejo e procura da moralidade. Um valor que precisa e deve ser edificado no recôndito da consciência moral de cada pessoa.

A sociedade se sustenta também da vida moral de seus cidadãos. E as raízes dessa vida estão na subjetividade de cada pessoa. Esse núcleo recôndito da personalidade de cada um tem força determinante nos rumos da sociedade. Vale a lembrança, segundo narra o evangelista Mateus no capítulo 23, daquela advertência que Jesus mestre faz aos seus discípulos referindo-se aos escribas e fariseus. Jesus disse: “Os escribas e fariseus sentaram-se no lugar de Moisés para ensinar. Portanto, tudo o que eles vos disserem fazei e observai, mas não imiteis suas ações. Pois eles falam e não praticam. Amarram fardos pesados e insuportáveis e os põem nos ombros dos outros, mas eles mesmos não querem movê-los, nem sequer com um dedo”.

Falar não basta. Legislar não é suficiente. É indispensável cultivar uma ilibada vida moral, não só em função de méritos pessoais, mas como contribuição decisiva e determinante nos rumos da sociedade. No mistério e na dignidade de toda pessoa humana está uma fonte indispensável para se alcançar equilíbrio na sociedade e na configuração de sua cultura, marcada pelo sentido de respeito à vida e a convicção sobre o que a cidadania exige de cada um.

A cidadania não é uma opção como a que se faz por um time esportivo, que se pode renunciar, trocar, nutrir revoltas ou localizar-se na indiferença. A cidadania depende visceralmente da condição moral de cada sujeito. Sem comprometimento é pela vida na sociedade. Ora, a pessoa não pode ser entendida de maneira redutiva, unicamente como uma individualidade, edificada por si mesma ou sobre si mesma. Também não pode ser entendida apenas como papel funcional dentro de um sistema. Cada pessoa está integrada numa teia de relações. Essas relações não são uma simples e maquinal inserção no conjunto material, embora seja este o lugar de sua realização e da sua liberdade. Há, pois, uma característica de toda pessoa, que é sua abertura à transcendência. Trata-se de uma abertura ao infinito e a todos os seres criados. É uma abertura a Deus e aos outros.

Associada a esse entendimento está a dimensão única de cada pessoa. Essa singularidade remete ao seu núcleo constitutivo central, sua subjetividade, como centro de consciência e de liberdade. Essa singularidade pressupõe de todas as instituições um irrestrito respeito. E também um compromisso de ordem moral com a nucleação de princípios e valores que definem sua vida moral.

Cada pessoa pode configurar sua cidadania, nos balizamentos próprios de sua cultura e de seu complexo social e político, contribuindo com uma vida moral sustentadora da indispensável sociabilidade humana. Ao se compreender a pessoa como um ser social está se referindo à sua subjetividade relacional. Isso significa dizer que a consciência é iluminada pela compreensão que abarca a vivência de um ser livre e responsável, capaz de reconhecer e praticar a necessidade de integrar-se e colaborar com os próprios semelhantes. Isto é, tem uma vida moral que o capacita para a comunhão com os outros na ordem do conhecimento e do amor.

O catecismo da Igreja Católica define essa sociedade como “um conjunto de pessoas ligadas de maneira orgânica por um princípio de unidade que ultrapassa cada uma delas. Assembleia ao mesmo tempo visível e espiritual, uma sociedade que perdura no tempo; ela recolhe o passado e prepara o futuro”.

A vida comunitária se torna, então, uma característica própria na formação da sociedade. O agir social não é uma arbitrariedade ou a simples satisfação impulsiva dos próprios desejos, gerando manipulações ou cegando para o sentido de respeito e apreço pela dignidade do outro. Chamada à vida social, a pessoa humana constitui a sua cidadania nos alicerces da sua vida moral. Comprometida, a vida moral consequentemente compromete a cidadania. São inevitáveis os prejuízos danosos para a sociedade. Sem investimentos e cultivo da vida moral, a sociedade claudica.

É verdade que a sociabilidade humana, indispensável para a construção de uma sociedade justa e solidária, não desemboca, por si só, na comunhão das pessoas. Isso quando a vida moral está envenenada pela soberba, egoísmo, pelos fechamentos individualistas e a nefasta opressão do outro. A vida moral de cada cidadão dá à sociedade um rumo adequado, com mais justiça e solidariedade.”

Eis, portanto, mais páginas contendo RICAS, MODERNAS, EDIFICANTES e OPORTUNAS abordagens e REFLEXÕES que acenam para a IMPERIOSA necessidade de PROFUNDAS transformações na condução dos governos de nossas CIDADES e, consequentemente, da vida em SOCIEDADE, que permitam a inserção do PAÍS no concerto das POTÊNCIAS mundiais DESENVOLVIDAS, SOBERANAS e DEMOCRÁTICAS...

Assim, coloca-se como essencialmente PREMENTE a PROBLEMATIZAÇÃO de questões CRUCIAIS, entre elas:

a) a EDUCAÇÃO – UNIV ERSAL e de QUALIDADE, como PRIORIDADE ABSOLUTA de nossas POLÍTICAS PÚBLICAS;
b) a INFLAÇÃO, a exigir PERMANENTE e DIUTURNA vigilância;
c) a CORRUPÇÃO, que campeia por TODAS as esferas da vida NACIONAL, solapando impiedosamente nossos RECURSOS PÚBLICOS, já por demais escassos;
d) o DESPERDÍCIO, em TODAS as suas MODALIDADES;
e) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, que já consome o montante INSUPORTÁVEL, a título de ENCARGOS e SERVIÇOS, de R$ 200 bilhões anuais, também a exigir uma qualificada, competente e transparente AUDITORIA...

Sabemos, e bem, que são GIGANTESCOS DESAFIOS que, de forma alguma, ABATEM o nosso ÂNIMO nem ARREFECEM nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA e QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, SOBERANA, DEMOCRÁTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para EVENTOS como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS (RIO+20) em 2012; a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE NO RIO DE JANEIRO em 2013; a COPA das CONFEDERAÇÕES de 2013; a COPA do MUNDO de 2014, a OLIMPÍADA de 2016, as OBRAS do PAC e os projeto do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INTERNACIONALIZAÇÃO das EMPRESAS, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ, da IGUALDADE – e com EQUIDADE, e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!..

O BRASIL TEM JEITO!...