quinta-feira, 15 de julho de 2021

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O PODER DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO NA BOA GOVERNANÇA CORPORATIVA E AS URGÊNCIAS E EXIGÊNCIAS NO CONTROLE E TRATAMENTO EFETIVOS DAS PANDEMIAS NA SUSTENTABILIDADE

“O papel do conselho administrativo nas empresas

        A globalização e a chegada de novas tecnologias fizeram com que as empresas brasileiras tivessem que mudar de postura, tomando medidas mais agressivas, competitivas e sustentáveis. Nesse cenário, surgiu a necessidade de investir em modelos de negócios que tornassem as organizações capazes de gerar valor e impacto. Com isso, surge no mercado a Governança Corporativa (GC), que visa auxiliar as companhias a se adaptarem a esse novo mercado.

         A GC possui diferentes pilares e fundamentos que devem ser aplicados nas organizações que buscam por melhores resultados. No entanto, um ponto de dúvida entre os gestores e empresários é identificar a importância do papel do conselho administrativo para o desempenho da empresa. Segundo a publicação “O Papel do Conselho de Administração na Estratégia das Organizações”, realizada pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), o conselho deve estabelecer as bases para o planejamento estratégico do negócio.

         De forma geral, esse segmento da empresa é responsável por supervisionar as atividades gerenciais da empresa, dando orientações gerais para os negócios, com o objetivo de maximizar os resultados e o retorno dos investimentos nas boas práticas de governança, que são ações que visam melhorar e ampliar o valor econômico da organização, o conselho tem se tornado fundamental para as empresas.

         No entanto, mesmo entendendo a importância do conselho, algumas organizações possuem dificuldades em formá-lo. Vale ressaltar que empresas de qualquer porte podem criar um conselho. A composição depende de aspectos específicos de cada companhia, mas é possível aplicar algumas regras gerais para obter um bom resultado.

         O primeiro ponto é que os membros do conselho devem ser profissionais com experiências e qualificações diferentes, para que existam diferentes pontos de vista e ideias. Outro ponto essencial é que os conselheiros devem estar alinhados com os princípios e valores da empresa. A imparcialidade também é um requisito. Os membros do conselho não podem deixar questões pessoais interferirem em suas ações, já que o objetivo é o bem da empresa.

         Essas são ações que funcionam como um ponto de partida para aquelas organizações que desejam criar o conselho administrativo. Depois outras questões devem entrar no radar dos gestores como a rotatividade dos conselheiros. É importante observar que, apesar de o conselho não interferir diretamente nos assuntos operacionais, ele deve guiar a empresa nos assuntos de organização interna.

         Aplicar as práticas de governança corporativa é um passo fundamental na trajetória de toda empresa, já que elas servem como base para ter bons resultados. Com isso, o papel do conselho se torna essencial para a criação de um planejamento de longo prazo e um pilar a quem os diretores podem recorrer para ter novas ideias e direcionamentos.”.

(Pedro Boggione Costa. Gerente regional da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 10 de julho de 2021, caderno OPINIÃO, página 19).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal FOLHA DE S.PAULO, edição de 25 de junho de 2021, caderno opinião, coluna TENDÊNCIAS / DEBATES, página A3, de autoria de Marimelia Porcionatto, professora da Escola Paulista de Medicina (Unifesp), é presidente da Sociedade Brasileira de Biologia Celular (SBBC), e que merece igualmente integral transcrição:

“Como enfrentaremos as sequelas da Covid?

        Na CPI da Covid, no Senado, temos visto uma placa que indica o número de “pessoas salvas”. A intenção óbvia é contrapor às placas que mostram o número de vítimas da doença.

         No Brasil, o total de pessoas que testaram positivo para a Covid-19 chega a 18,2 milhões, e o número de mortes já passa dos 507 mil. O resultado mostrado na placa das “pessoas salvas” é a subtração do número de mortos do número total de infectados. Parece simples, mas essa aritmética não considera o cômputo de pacientes que se recuperaram da infecção e enfrentam sequelas – ou, ainda, uma forma persistente da doença: a síndrome pós-Covid.

         A Covid-19 de longa duração ainda é envolta em desconhecimento, o que os cientistas devem investigar nos próximos meses e anos. Países que conseguiram controlar a pandemia já estão preocupados com as sequelas. Em dezembro de 2020, o governo americano aprovou um investimento de US$ 1,15 bilhão para que o NIH (“National Institutes of Health”), apoie pesquisas sobre a Covid longa. Segundo relatos de médicos e pacientes, os sintomas incluem fadiga, falta de ar, confusão mental, desatenção, distúrbios do sono, febre, desarranjos gastrointestinais, ansiedade e depressão. O Reino Unido também já reconheceu o problema e anunciou em fevereiro um investimento de 38,5 milhões de libras para financiar estudos.

         Dos mais de 18 milhões de brasileiros que se recuperaram da doença, quantos estão sofrendo com a Covid longa? Ainda não sabemos, mas, tomando como base estudos realizados em países que já se preocupam com isso, é possível ter uma ideia.

         Os trabalhos ainda estão em andamento, e não se sabe ao certo quais os riscos de desenvolvimento nem por quanto tempo ou quão debilitantes poderão ser os sintomas. Acompanhados depois da alta, de 32% a 84% dos pacientes hospitalizados relataram a persistência de sintomas ou aparecimento de sintomas novos, segundo estudo realizado pela Universidade Columbia (EUA). Pesquisas produzidas pelo Escritório do Reino Unido para Estatísticas Nacionais com indivíduos que testaram positivo para Covid mas não tiveram que ser hospitalizados revelam que cerca de 14% têm sintomas que persistem por mais de 12 semanas após a detecção da infecção.

         Esses dados sugerem que no Brasil temos, potencialmente, 2,5 milhões de pessoas com a Covid longa. Com a aproximação da terceira onda da pandemia e a lentidão na vacinação, a perspectiva é que esse número aumente. No Brasil, a comunidade de profissionais da saúde reconhece o problema e tem alertado para a necessidade de criação de protocolos e unidades para tratamento de pacientes nessas condições.

         Para completar o enfrentamento à Covid longa, além do atendimento multiprofissional adequado, é necessário apoiar os cientistas para que possam desempenhar seu papel na compreensão dos diferentes aspectos da doença. Recentemente, o professor Gonzalo Vecina Neto expressou nesta Folha a sua preocupação com a urgência da criação de um Centro de Controle de Doenças com vistas ao enfrentamento da próxima pandemia. Vecina Neto apontou cinco instrumentos para isso, que vão de um sistema de saúde de acesso universal até a formação de pesquisadores para novas áreas do conhecimento.

         Nos últimos anos, os cortes no financiamento à ciência e à educação têm afastado jovens pesquisadores das atividades científicas – muitos têm deixado o país para se fixarem em institutos e universidades do exterior. Inúmeras manifestações e alertas já foram feitas a respeito desses problemas, com quase nenhuma ressonância nos ouvidos de quem tem o poder de decisão.

         É indispensável o financiamento à pesquisa e à formação de recursos humanos com aporte para institutos públicos científicos e de pesquisa, incentivos a investimentos privados e desbloqueio dos recursos do FNDCT (Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).

         As sequelas da Covid vão além dos sintomas físicos. Enfrentaremos sequelas na educação e na economia, e a participação da comunidade científica na proposição de soluções para os problemas é, como sempre, fundamental e imprescindível.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 131 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em maio a estratosférica marca de 329,62% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 122,12%; e já o IPCA, em junho, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 8,35%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 521 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)

 

(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

 Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 “VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos! 

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

        

  

        

Nenhum comentário: