“O papel do conselho administrativo nas empresas
A
globalização e a chegada de novas tecnologias fizeram com que as empresas
brasileiras tivessem que mudar de postura, tomando medidas mais agressivas,
competitivas e sustentáveis. Nesse cenário, surgiu a necessidade de investir em
modelos de negócios que tornassem as organizações capazes de gerar valor e
impacto. Com isso, surge no mercado a Governança Corporativa (GC), que visa
auxiliar as companhias a se adaptarem a esse novo mercado.
A GC
possui diferentes pilares e fundamentos que devem ser aplicados nas
organizações que buscam por melhores resultados. No entanto, um ponto de dúvida
entre os gestores e empresários é identificar a importância do papel do
conselho administrativo para o desempenho da empresa. Segundo a publicação “O
Papel do Conselho de Administração na Estratégia das Organizações”, realizada
pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), o conselho deve
estabelecer as bases para o planejamento estratégico do negócio.
De forma
geral, esse segmento da empresa é responsável por supervisionar as atividades
gerenciais da empresa, dando orientações gerais para os negócios, com o
objetivo de maximizar os resultados e o retorno dos investimentos nas boas
práticas de governança, que são ações que visam melhorar e ampliar o valor
econômico da organização, o conselho tem se tornado fundamental para as
empresas.
No
entanto, mesmo entendendo a importância do conselho, algumas organizações
possuem dificuldades em formá-lo. Vale ressaltar que empresas de qualquer porte
podem criar um conselho. A composição depende de aspectos específicos de cada
companhia, mas é possível aplicar algumas regras gerais para obter um bom
resultado.
O
primeiro ponto é que os membros do conselho devem ser profissionais com
experiências e qualificações diferentes, para que existam diferentes pontos de
vista e ideias. Outro ponto essencial é que os conselheiros devem estar
alinhados com os princípios e valores da empresa. A imparcialidade também é um
requisito. Os membros do conselho não podem deixar questões pessoais
interferirem em suas ações, já que o objetivo é o bem da empresa.
Essas
são ações que funcionam como um ponto de partida para aquelas organizações que
desejam criar o conselho administrativo. Depois outras questões devem entrar no
radar dos gestores como a rotatividade dos conselheiros. É importante observar
que, apesar de o conselho não interferir diretamente nos assuntos operacionais,
ele deve guiar a empresa nos assuntos de organização interna.
Aplicar
as práticas de governança corporativa é um passo fundamental na trajetória de
toda empresa, já que elas servem como base para ter bons resultados. Com isso,
o papel do conselho se torna essencial para a criação de um planejamento de
longo prazo e um pilar a quem os diretores podem recorrer para ter novas ideias
e direcionamentos.”.
(Pedro Boggione Costa. Gerente regional da
Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O
TEMPO Belo Horizonte, edição de 10 de julho de 2021, caderno OPINIÃO,
página 19).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no jornal FOLHA DE S.PAULO, edição de 25 de junho de
2021, caderno opinião, coluna TENDÊNCIAS / DEBATES, página A3, de
autoria de Marimelia Porcionatto, professora da Escola Paulista de
Medicina (Unifesp), é presidente da Sociedade Brasileira de Biologia Celular
(SBBC), e que merece igualmente integral transcrição:
“Como enfrentaremos as sequelas da Covid?
Na
CPI da Covid, no Senado, temos visto uma placa que indica o número de “pessoas
salvas”. A intenção óbvia é contrapor às placas que mostram o número de vítimas
da doença.
No
Brasil, o total de pessoas que testaram positivo para a Covid-19 chega a 18,2
milhões, e o número de mortes já passa dos 507 mil. O resultado mostrado na
placa das “pessoas salvas” é a subtração do número de mortos do número total de
infectados. Parece simples, mas essa aritmética não considera o cômputo de
pacientes que se recuperaram da infecção e enfrentam sequelas – ou, ainda, uma
forma persistente da doença: a síndrome pós-Covid.
A
Covid-19 de longa duração ainda é envolta em desconhecimento, o que os
cientistas devem investigar nos próximos meses e anos. Países que conseguiram
controlar a pandemia já estão preocupados com as sequelas. Em dezembro de 2020,
o governo americano aprovou um investimento de US$ 1,15 bilhão para que o NIH
(“National Institutes of Health”), apoie pesquisas sobre a Covid longa. Segundo
relatos de médicos e pacientes, os sintomas incluem fadiga, falta de ar,
confusão mental, desatenção, distúrbios do sono, febre, desarranjos
gastrointestinais, ansiedade e depressão. O Reino Unido também já reconheceu o
problema e anunciou em fevereiro um investimento de 38,5 milhões de libras para
financiar estudos.
Dos mais
de 18 milhões de brasileiros que se recuperaram da doença, quantos estão
sofrendo com a Covid longa? Ainda não sabemos, mas, tomando como base estudos
realizados em países que já se preocupam com isso, é possível ter uma ideia.
Os
trabalhos ainda estão em andamento, e não se sabe ao certo quais os riscos de
desenvolvimento nem por quanto tempo ou quão debilitantes poderão ser os
sintomas. Acompanhados depois da alta, de 32% a 84% dos pacientes
hospitalizados relataram a persistência de sintomas ou aparecimento de sintomas
novos, segundo estudo realizado pela Universidade Columbia (EUA). Pesquisas
produzidas pelo Escritório do Reino Unido para Estatísticas Nacionais com
indivíduos que testaram positivo para Covid mas não tiveram que ser
hospitalizados revelam que cerca de 14% têm sintomas que persistem por mais de
12 semanas após a detecção da infecção.
Esses
dados sugerem que no Brasil temos, potencialmente, 2,5 milhões de pessoas com a
Covid longa. Com a aproximação da terceira onda da pandemia e a lentidão na
vacinação, a perspectiva é que esse número aumente. No Brasil, a comunidade de
profissionais da saúde reconhece o problema e tem alertado para a necessidade
de criação de protocolos e unidades para tratamento de pacientes nessas
condições.
Para
completar o enfrentamento à Covid longa, além do atendimento multiprofissional
adequado, é necessário apoiar os cientistas para que possam desempenhar seu
papel na compreensão dos diferentes aspectos da doença. Recentemente, o
professor Gonzalo Vecina Neto expressou nesta Folha a sua preocupação
com a urgência da criação de um Centro de Controle de Doenças com vistas ao
enfrentamento da próxima pandemia. Vecina Neto apontou cinco instrumentos para
isso, que vão de um sistema de saúde de acesso universal até a formação de
pesquisadores para novas áreas do conhecimento.
Nos
últimos anos, os cortes no financiamento à ciência e à educação têm afastado
jovens pesquisadores das atividades científicas – muitos têm deixado o país
para se fixarem em institutos e universidades do exterior. Inúmeras
manifestações e alertas já foram feitas a respeito desses problemas, com quase
nenhuma ressonância nos ouvidos de quem tem o poder de decisão.
É
indispensável o financiamento à pesquisa e à formação de recursos humanos com
aporte para institutos públicos científicos e de pesquisa, incentivos a
investimentos privados e desbloqueio dos recursos do FNDCT (Fundo Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico).
As
sequelas da Covid vão além dos sintomas físicos. Enfrentaremos sequelas na
educação e na economia, e a participação da comunidade científica na proposição
de soluções para os problemas é, como sempre, fundamental e imprescindível.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 131 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia,
da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”).
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos
tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte,
acessibilidade); minas e energia;
emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema
financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança
alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal;
defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e
inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento
– estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia,
efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade,
produtividade, competitividade); entre outros...
60
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes...
porque os diamantes são eternos!
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!”.
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