segunda-feira, 12 de julho de 2021

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DA CREDIBILIDADE E QUALIFICAÇÃO DAS LIDERANÇAS CORPORATIVAS NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DA INTERIORIDADE, ESPIRITUALIDADE E ALTRUÍSMO NA SUSTENTABILIDADE

“Assoprando velinhas

        A coluna está especial nesta semana: o Open Mind Brazil (OMB) completou um ano e comemora seu primeiro aniversário.

         Nossa confraria de C-Levels surgiu despretensiosamente, junto ao início da pandemia e do isolamento social. A ideia era justamente unir e conectar diretores e presidentes das maiores empresas do Brasil para discutir todos os desafios que estavam surgindo no mundo corporativo, trocar ideias e conhecimento e criar novas relações, capazes de ressignificar padrões que deixariam de existir.

         Hoje, além de um clube de relacionamento profissional, formado por diretores e presidentes das maiores empresas brasileiras, o OMB também é formado por atletas consagrados e comunicadores renomados, além de um conselho diverso e multifacetado.

         Em 12 meses, alcançamos mais de 300 participantes – líderes de empresas que, juntas, somam mais de R$ 200 bilhões em faturamento anual e 1,5 milhão de colaboradores.

         Entre debates, pesquisas, rodadas de negócios, eventos esportivos (sim, tivemos até a Corrida Open Mind Brazil!), mesas-redondas com grandes personalidades, como o ex-presidente Michel Temer, o ex-ministro Sergio Moro, e grandes empresários, como Flávio Rocha, presidente do conselho de administração do Grupo Guararapes – que inclui as Lojas Riachuelo –, o OMB mostrou que é possível gerar muito valor em um ambiente virtual.

         Mas o propósito de desenvolver um poderoso networking se tornou somente um dos vários pilares do Open Mind Brazil. O grupo de tornou balizador de informação para o mercado e para a imprensa e facilitador de novas parcerias comerciais e filantrópicas. Nós nos tornamos agentes de transformação na sociedade como um todo e marca de credibilidade no mercado.

         Ser um membro Open Minder é o símbolo de um líder que ajuda a transformar as adversidades em oportunidades, fomenta a troca de informações fidedignas e de qualidade e permite a inovação por meio da intensa troca de experiências.

         Na minha posição de CEO do grupo, o sentimento é de pura realização por todo este ano de construção e concretização. Dentre todos os desafios que temos pela frente, a certeza é que o melhor está por vir.

         Vida longa ao Open Mind Brazil e aos que acreditam no poder das conexões, da força do trabalho e na superação dos obstáculos que surgem ao longo do caminho. Que venham os próximos anos com muitos motivos para celebra!”.

(Lúcio Júnior. CEO da Open Mind Brazil, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 7 de julho de 2021, caderno OPINIÃO, página 19).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com., edição de 09 de julho de 2021, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Manejar a subjetividade

        Jacó ficou só. Ficou só depois de ter atravessado a torrente com a família, seus 11 filhos, tendo ajudado todos na travessia, sem deixar nada do que tinha para trás – assim narra o livro do Gênesis. “Depois que Jacó ficou sozinho, um homem se pôs a lutar com ele até o raiar da aurora. Vendo que não podia vencê-lo, atingiu a coxa de Jacó, de modo que o tendão se deslocou durante a luta”, prossegue a narrativa. Devolvido à sua solidão, Jacó regressou ao lugar interior que é a matriz e o singular nascedouro de cada pessoa, dote da condição de imagem e semelhança do Deus-Criador. Esse lugar interior é “palco” das batalhas que configuram a dimensão existencial de cada indivíduo, na sua singularidade. A constituição desse âmbito existencial requer condições favoráveis e benfazejas relacionadas às conexões cerebrais, à riqueza das experiências culturais e religiosas, registradas como memória, inspiração e sustento. Avança-se ou retrocede-se a partir das dinâmicas estabelecidas na interioridade, de onde vem o que é imprescindível para as relações interpessoais, o exercício de papéis e para os desempenhos na ordem social.

         Há uma complexidade própria no processo de configuração da interioridade humana que aponta para a importância do contexto na formação do indivíduo, mas também explicita que manejar a subjetividade se constitui ciência própria. Quando, pois, se considera a singularidade de cada pessoa, não se pode simplesmente dizer que a sua trajetória e os seus ciclos de vida foram unicamente determinados pela dimensão contextual. Deve-se considerar o peso e a qualidade de sua unidade interior. O sofrimento, por exemplo, é inevitável, mas há aqueles que são capazes de melhor lidar com a dor, com a luta que fere, mas que também pode propiciar a intuição de um rumo novo, que leva a um ciclo diferente e alimenta de sentido a vida. A batalha interior torna-se, assim, ápice decisivo para encontrar razões que sustentam o viver, elã que possibilita nunca desistir da vida, dom de Deus.

         Na narrativa do livro do Gênesis, Jacó, ferido no tendão da coxa, não admite apartar-se do seu lutador sem receber a bênção que sustenta o seu viver, dando sentido à sua existência. Ferido pelo embate da luta, Jacó exercita a sua resiliência. Embora mancando, não desiste da sua vida. Deixa-se encantar por ver a face de Deus, que o impulsiona a seguir na efetivação de sua reconciliação com Esaú – o cumprimento de seu voto em Betel –, tendo sido brindando com o exercício de uma paternidade que desenha, no futuro, o destino reconciliado de um povo pelas mãos de um filho, José, selado com a referência da misericórdia de Jacó, recolhida na memória de seu lugar interior que o direcionou para o bem e não para a vingança, para a partilha e não para a mesquinhez.

         Todos dependem e precisam da colaboração e sustentação das circunstâncias, no interno da instituição de sua afiliação. As instituições têm corresponsabilidades sérias e determinantes na existência da competência individual para manejar a subjetividade. Os processos atinentes à emergência da subjetividade sofrem, hoje, um esgarçamento pesado e desafiador. Constata-se que as mudanças culturais, com a consequente relativização de valores e princípios, fenômeno potencializado pelas novas tecnologias, especialmente pelas redes sociais, constituem um desafio, por vezes alimentando contextos em que muitos desistem de viver, ou vivem de modo inadequado – promovendo o mal na ordem social e política. Mais do que simplesmente reconhecer subjetividades, o desafio é qualificar cada pessoa para lidar com a própria interioridade. Uma aprendizagem prioritária que envolve instituições, aliada ao despertar da responsabilidade de cada um relacionada ao rumo que está dando à própria vida.

         Manejar a subjetividade é um aprendizado permanente, tarefa insubstituível de cada pessoa, com o respaldo institucional, familiar, religioso, cultural, para que sejam superados procedimentos que corrompem funcionamentos sociais e políticos. É preciso aprender e, continuamente, exercitar-se no cuidado da subjetividade para, assim, viver melhor. Contribuir para que a vida de todos seja adequadamente tratada, reconhecida como dom de Deus – sem jamais desistir dessa dádiva. Generosamente, continuar a caminhar, mesmo mancando como Jacó, mas sem desistir, fazendo-se instrumento da bondade, recebendo e repartindo lições do vem viver. Deve-se dedicar atenção para não se viver de modo superficial, descuidando-se da interioridade, da espiritualidade, envolvendo-se em modismos, pela sedução da exposição, com excessiva vaidade. Lidar inadequadamente com a subjetividade, a partir de manipulação ou vitimização, é correr risco de perdas irreversíveis, sem o direito de atribuir fracassos a terceiros. No conjunto de prioridades para recompor, urgentemente, a sociedade no seu tecido social e político, devem estar incluídos investimentos e aprendizagens para o bem se manejar a subjetividade.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 131 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em maio a estratosférica marca de 329,62% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 122,12%; e já o IPCA, em junho, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 8,35%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 521 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)

 

(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

 Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 “VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos! 

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

        

 

       

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