“Assoprando velinhas
A
coluna está especial nesta semana: o Open Mind Brazil (OMB) completou um ano e
comemora seu primeiro aniversário.
Nossa
confraria de C-Levels surgiu despretensiosamente, junto ao início da pandemia e
do isolamento social. A ideia era justamente unir e conectar diretores e
presidentes das maiores empresas do Brasil para discutir todos os desafios que
estavam surgindo no mundo corporativo, trocar ideias e conhecimento e criar
novas relações, capazes de ressignificar padrões que deixariam de existir.
Hoje,
além de um clube de relacionamento profissional, formado por diretores e
presidentes das maiores empresas brasileiras, o OMB também é formado por
atletas consagrados e comunicadores renomados, além de um conselho diverso e
multifacetado.
Em 12
meses, alcançamos mais de 300 participantes – líderes de empresas que, juntas,
somam mais de R$ 200 bilhões em faturamento anual e 1,5 milhão de
colaboradores.
Entre
debates, pesquisas, rodadas de negócios, eventos esportivos (sim, tivemos até a
Corrida Open Mind Brazil!), mesas-redondas com grandes personalidades, como o
ex-presidente Michel Temer, o ex-ministro Sergio Moro, e grandes empresários,
como Flávio Rocha, presidente do conselho de administração do Grupo Guararapes
– que inclui as Lojas Riachuelo –, o OMB mostrou que é possível gerar muito
valor em um ambiente virtual.
Mas o
propósito de desenvolver um poderoso networking se tornou somente um dos vários
pilares do Open Mind Brazil. O grupo de tornou balizador de informação para o
mercado e para a imprensa e facilitador de novas parcerias comerciais e
filantrópicas. Nós nos tornamos agentes de transformação na sociedade como um
todo e marca de credibilidade no mercado.
Ser um
membro Open Minder é o símbolo de um líder que ajuda a transformar as
adversidades em oportunidades, fomenta a troca de informações fidedignas e de
qualidade e permite a inovação por meio da intensa troca de experiências.
Na minha
posição de CEO do grupo, o sentimento é de pura realização por todo este ano de
construção e concretização. Dentre todos os desafios que temos pela frente, a
certeza é que o melhor está por vir.
Vida
longa ao Open Mind Brazil e aos que acreditam no poder das conexões, da força
do trabalho e na superação dos obstáculos que surgem ao longo do caminho. Que
venham os próximos anos com muitos motivos para celebra!”.
(Lúcio Júnior. CEO da Open Mind Brazil, em
artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 7 de julho
de 2021, caderno OPINIÃO, página 19).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo
publicado no site www.domtotal.com.,
edição de 09 de julho de 2021, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO,
arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:
“Manejar a subjetividade
Jacó
ficou só. Ficou só depois de ter atravessado a torrente com a família, seus 11
filhos, tendo ajudado todos na travessia, sem deixar nada do que tinha para
trás – assim narra o livro do Gênesis. “Depois que Jacó ficou sozinho, um homem
se pôs a lutar com ele até o raiar da aurora. Vendo que não podia vencê-lo,
atingiu a coxa de Jacó, de modo que o tendão se deslocou durante a luta”,
prossegue a narrativa. Devolvido à sua solidão, Jacó regressou ao lugar
interior que é a matriz e o singular nascedouro de cada pessoa, dote da
condição de imagem e semelhança do Deus-Criador. Esse lugar interior é “palco”
das batalhas que configuram a dimensão existencial de cada indivíduo, na sua
singularidade. A constituição desse âmbito existencial requer condições
favoráveis e benfazejas relacionadas às conexões cerebrais, à riqueza das
experiências culturais e religiosas, registradas como memória, inspiração e
sustento. Avança-se ou retrocede-se a partir das dinâmicas estabelecidas na
interioridade, de onde vem o que é imprescindível para as relações
interpessoais, o exercício de papéis e para os desempenhos na ordem social.
Há uma
complexidade própria no processo de configuração da interioridade humana que
aponta para a importância do contexto na formação do indivíduo, mas também
explicita que manejar a subjetividade se constitui ciência própria. Quando,
pois, se considera a singularidade de cada pessoa, não se pode simplesmente
dizer que a sua trajetória e os seus ciclos de vida foram unicamente
determinados pela dimensão contextual. Deve-se considerar o peso e a qualidade
de sua unidade interior. O sofrimento, por exemplo, é inevitável, mas há
aqueles que são capazes de melhor lidar com a dor, com a luta que fere, mas que
também pode propiciar a intuição de um rumo novo, que leva a um ciclo diferente
e alimenta de sentido a vida. A batalha interior torna-se, assim, ápice
decisivo para encontrar razões que sustentam o viver, elã que possibilita nunca
desistir da vida, dom de Deus.
Na
narrativa do livro do Gênesis, Jacó, ferido no tendão da coxa, não admite
apartar-se do seu lutador sem receber a bênção que sustenta o seu viver, dando
sentido à sua existência. Ferido pelo embate da luta, Jacó exercita a sua
resiliência. Embora mancando, não desiste da sua vida. Deixa-se encantar por
ver a face de Deus, que o impulsiona a seguir na efetivação de sua
reconciliação com Esaú – o cumprimento de seu voto em Betel –, tendo sido
brindando com o exercício de uma paternidade que desenha, no futuro, o destino
reconciliado de um povo pelas mãos de um filho, José, selado com a referência
da misericórdia de Jacó, recolhida na memória de seu lugar interior que o
direcionou para o bem e não para a vingança, para a partilha e não para a
mesquinhez.
Todos
dependem e precisam da colaboração e sustentação das circunstâncias, no interno
da instituição de sua afiliação. As instituições têm corresponsabilidades
sérias e determinantes na existência da competência individual para manejar a
subjetividade. Os processos atinentes à emergência da subjetividade sofrem,
hoje, um esgarçamento pesado e desafiador. Constata-se que as mudanças
culturais, com a consequente relativização de valores e princípios, fenômeno
potencializado pelas novas tecnologias, especialmente pelas redes sociais,
constituem um desafio, por vezes alimentando contextos em que muitos desistem
de viver, ou vivem de modo inadequado – promovendo o mal na ordem social e
política. Mais do que simplesmente reconhecer subjetividades, o desafio é
qualificar cada pessoa para lidar com a própria interioridade. Uma aprendizagem
prioritária que envolve instituições, aliada ao despertar da responsabilidade
de cada um relacionada ao rumo que está dando à própria vida.
Manejar
a subjetividade é um aprendizado permanente, tarefa insubstituível de cada
pessoa, com o respaldo institucional, familiar, religioso, cultural, para que
sejam superados procedimentos que corrompem funcionamentos sociais e políticos.
É preciso aprender e, continuamente, exercitar-se no cuidado da subjetividade
para, assim, viver melhor. Contribuir para que a vida de todos seja
adequadamente tratada, reconhecida como dom de Deus – sem jamais desistir dessa
dádiva. Generosamente, continuar a caminhar, mesmo mancando como Jacó, mas sem
desistir, fazendo-se instrumento da bondade, recebendo e repartindo lições do
vem viver. Deve-se dedicar atenção para não se viver de modo superficial,
descuidando-se da interioridade, da espiritualidade, envolvendo-se em modismos,
pela sedução da exposição, com excessiva vaidade. Lidar inadequadamente com a
subjetividade, a partir de manipulação ou vitimização, é correr risco de perdas
irreversíveis, sem o direito de atribuir fracassos a terceiros. No conjunto de
prioridades para recompor, urgentemente, a sociedade no seu tecido social e
político, devem estar incluídos investimentos e aprendizagens para o bem se
manejar a subjetividade.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 131 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente
o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional
todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da
educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da
participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”).
Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
60
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes...
porque os diamantes são eternos!
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!”.
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