segunda-feira, 26 de julho de 2021

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DA CONSCIÊNCIA NA PROMOÇÃO DA SAÚDE INTEGRAL NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DA CREDIBILIDADE, VERDADE E DIÁLOGO NAS TRANSFORMAÇÕES CIVILIZATÓRIAS NA SUSTENTABILIDADE

“Quem é o protagonista da sua saúde?

        Saúde não é decidida com um simples jogar de moedas. Não é uma questão de sorte. Percorremos, mesmo sem saber, um caminho que pode nos levar a lugares bons ou ruins.

         Enquanto médica, sou responsável pela saúde das pessoas, não posso simplesmente prescrever um anti-hipertensivo para pressão ou um analgésico para artrose.

         Não posso retirar a responsabilidade de meu paciente em relação ao próprio futuro escolhendo dizer que seu problema degenerativo é genético e que não há nada que ele possa fazer. A própria nomenclatura “paciente” já parece retirar o indivíduo de uma situação de controle de sua saúde.

         Uma pessoa consciente de si mesma e disposta a se conscientizar é uma forte ferramenta de cura.

         Não existe um antídoto universal para todos os problemas do mundo, mas já conhecemos muito sobre o adoecimento e como evitá-lo. Portanto, envolver a pessoa no processo de construção de saúde é generoso, dessa forma ele se tornará protagonista de sua história e menos dependente de remédios e de médicos.

         A obesidade representa um risco para doenças crônicas severas: como diabetes tipo II, doenças cardiovasculares como hipertensão, acidentes vasculares cerebrais, alguns tipo de câncer, além de apresentar um agravo importante para dores causadas por artrose e problemas de coluna.

         Quanto maior o tempo que a pessoa passar com sobrepeso e quanto mais cedo adquirir maiores são os seus riscos de desenvolver adoecimento. Este, infelizmente, é um fator que reduz a expectativa de vida.

         Prevenir é sempre melhor do que remediar. Com o sobrepeso não é diferente.

         Uma relação honesta que implique amorosamente o indivíduo com a sua história é muito importante para mudar esse jogo.

         Frequentemente eu repito a frase: evite remédios, tome atitudes.

         É claramente frustrante para o paciente perceber que ele tem responsabilidade no processo do próprio adoecimento. Muitas vezes ele chega até a assumir uma postura desafiadora em relação à medicina, mas, quanto paciente e médico se deslocam da dinâmica “vítima-salvador”, o processo que se constrói é muito mais verdadeiro e sustentável.

         Fazer uma consulta médica é prestar uma consultoria de saúde, é avaliar o caminho realizado e apontar novas possibilidades. Apenas usar um medicamento que anule os sintomas do corpo, quanto se trata de doenças crônicas degenerativas, é prendê-lo em dependências progressivas até chegar em insuficiências.

         Mais nobre que tratar doenças é orientar o indivíduo para não as ter. ainda estamos muito distantes desse modelo de relacionamento entre médico e paciente, mas devemos buscá-lo tanto para evitarmos problemas degenerativos como para evitar a obesidade, que é um fator que potencializa a maior parte delas.

         A simples conduta de incluir uma porção de vegetais e frutas na dieta já faz uma enorme diferença.

         O “paciente” consciente tem muito mais poder sobre sua própria saúde do que ele imagina.”.

(Meira Souza. Médica e escritora, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 24 de julho de 2021, caderno OPINIÃO, página 17).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 23 de julho de 2021, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Palavra credível

        Agora é ainda mais urgente dar ouvidos à palavra credível – e vale outro pronunciá-la. Seja cultivada a capacidade para ouvir discursos com credibilidade e invista-se também na habilidade para pronunciamentos que, efetivamente, estejam alicerçados na verdade. A sociedade precisa ser interpelada por palavras credíveis, necessárias aos processos de reconstrução e recomposição de seu tecido sociopolítico.

         Ora, não basta simplesmente dizer o que se quer ou o que se pensa, nem opinar a partir das estreitezas de uma determinada perspectiva. Revitalizar o protagonismo da palavra credível é obrigação cristã, remédio às opiniões polarizadas e aos posicionamentos que desagregam. A cidadania qualificada reconhece: a credibilidade nos discursos representa uma necessidade para o diálogo social que é capaz de edificar nova cultura.

         Nessa perspectiva e considerando as disputas eleitorais no horizonte da sociedade brasileira, os diálogos sobre política não devem se restringir aos nomes de candidatos. Ao invés disso, o processo eleitoral precisa ser oportunidade para amplo diálogo, a partir da compreensão de que a participação cidadã não termina com a conclusão da etapa eleitoral.

         Infelizmente, há um entendimento equivocado sobre o campo político que impõe limites e cegueiras a muitas pessoas, permitindo hegemonias e domínios que atrasam transformações civilizatórias inadiáveis. Esses limites e cegueiras são fortalecidos por equívocos do contexto partidário, grande responsável na difusão de inadequado entendimento sobre a política. Dessa forma, muitos desconsideram o papel da política na configuração de uma cidadania capaz de dar rumos novos à sociedade, desde o âmbito da representatividade parlamentar e governamental àquele que permite aos cidadãos e cidadãs uma interação inteligente, colaborativa, necessária à promoção da igualdade social.

         A política, em seu sentido amplo, relacionado ao permanente exercício da cidadania, é protagonista na construção de uma nova cultura, tecida a partir do compromisso social de se promover a palavra credível. O papa Francisco tem insistido: é urgente e inegociável investir na cultura do encontro para superar aquelas dialéticas que resultam, simplesmente, em desavenças – “uns contra os outros”.

         Note-se que a política partidária no Brasil tem se tornado uma promotora de polarizações, anulando possíveis avanços que dependem da capacidade para o diálogo. Por isso mesmo, é necessário priorizar a palavra credível. Um caminho que se efetiva aprendendo o que canta Vinícius de Morais, no Samba da benção, citado pelo papa Francisco, na sua Carta Encíclica Fratelli Tutti: “A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro na vida”. Interpelante é a imagem ali evocada, ao falar de um estilo de vida onde as diferenças podem conviver, integrando-se enriquecendo-se e iluminando-se reciprocamente.

         Sempre se pode aprender algo com o outro – ninguém pode ser desconsiderado. A reverência a esse princípio cidadão aponta a importância singular de cada encontro, ancorado na fidelidade à palavra credível – que significa respeito ao outro e ao cumprimento fraterno da tarefa de se exercitar a capacidade da escuta.

         Eis um caminho para constituir nova cultura, fruto de dinâmicas relacionais marcadas por falas e escutas que busquem alcançar respostas novas, qualificar escolhas, distanciando-se da ânsia de impor opiniões pessoais, não raramente resultado de cristalizações subjetivas, interesses balizados pela mesquinhez e pela ganância.

         Sejam cada vez mais cultivados o entusiasmo e a aspiração pelo contato que configura a colaboração entre as pessoas, objetivando a construção de uma sociedade mais justa e solidária, capaz de vencer a exclusão social. Nesse necessário processo de colaboração, a palavra credível é um discurso capaz de construir novas narrativas que promovam a paz – superando aquelas delineadas nas disputas partidárias interesseiras.

         A palavra credível, sincera, transparente e indissociável da capacidade para escutar pode levar à cultura do encontro. Essa palavra jamais irá comprometer a sinceridade e a verdade. É urgente reconhecer: a palavra credível, bem diferente dos discursos populistas, manipuladores, regidos por interesses cartoriais, consegue promover o encontro. Desencadeia dinâmicas que contribuem para a civilização tornar-se “capaz de recolher as diferenças”, conforme diz o papa Francisco, que acrescenta: “Armemos os nossos filhos com as armas do diálogo. Ensinemos-lhes a boa batalha do encontro” – somente exequível por meio do compromisso sério com a palavra credível.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 131 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em maio a estratosférica marca de 329,62% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 122,12%; e já o IPCA, em junho, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 8,35%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 521 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)

 

(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

 Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 “VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos! 

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

    

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