“O aprendizado constante e seus benefícios
A
constante capacitação profissional é uma tendência do mercado atual, que passa
por muitas transformações. A pandemia da Covid-19 mostrou que as empresas e os
profissionais que buscam crescer devem se adaptar e se reinventar.
Nesse
sentido, existe um conceito que tem se tornado conhecido no meio corporativo e
que é importante para os que querem se desenvolver profissionalmente. O
“lifelong learning”, traduzido como “aprendizado ao longo da vida”, defende que
desenvolver conhecimentos e novas habilidades deve um hábito contínuo.
Segundo
o relatório Future of Jobs 2020, do Fórum Econômico Mundial, estar disposto a
aprender ativamente é uma das principais habilidades que o profissional do
futuro deve ter. o estudo ainda aponta que 94% dos líderes de negócios esperam
que os seus funcionários adquiram novas habilidades no trabalho até 2025.
Já é uma
realidade que o domínio de novas ferramentas e habilidades comportamentais seja
exigido no meio corporativo. Dessa forma, o profissional que não aplica o
lifelong learning tem grandes chances de perder oportunidades e ficar para
trás. É preciso encarar a aprendizagem como um processo sem fim, investir na
qualidade do estudo e se alinhar ao que o meio empresarial espera.
Vale
ressaltar que esse conceito não é uma novidade. Em 1960, o Conselho da Europa
já trabalhava com a ideia da “educação permanente”, que tinha o objetivo de
preparar a sociedade para atender as demandas da época. No entanto, foi em 1970
que a Unesco apresentou essa ideia como um conceito no Relatório Faure. Assim,
o mercado de trabalho sempre esperou que os profissionais se adaptassem, mas
com a pandemia, isso se tornou mais evidente.
Com
isso, saber como adotar uma postura de aprendizagem contínua é essencial para o
crescimento dos funcionários e organizações. Existem diversas formas de se manter
atualizado, e os cursos online são um grande aliado nessa etapa.
Para que
o estudo seja eficaz, é importante que se tenha um planejamento. Uma boa tática
é identificar na rotina de trabalho quais são as tarefas que estão mais
difíceis e quais as competências exigidas para realizá-las. Dessa maneira, se
torna mais fácil montar um cronograma e tornar o estudo mais prático.
O setor
de recursos humanos das empresas, também, pode um incentivador desse hábito. O
RH pode identificar, juntamente com os líderes, quais são as principais
dificuldades das equipes e propor atividades para desenvolver as habilidades
necessárias. A busca por aprender não é algo que deve partir só do profissional
ou da empresa., o ideal é que ambos “
Transformar
o lifelong learning em um hábito não é uma tarefa fácil. É um processo longo e
que exige dedicação, mas que trará bons resultados para a carreira profissional
e desenvolvimento das empresas. Para isso ocorrer, é necessário manter o foco e
ficar atento ao que o mercado busca.”.
(Rafael Dantas. Superintendente da Câmara
Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O
TEMPO Belo Horizonte, edição de 14 de agosto de 2021, caderno OPINIÃO,
página 23).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso
trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo
publicado no site www.domtotal.com,
edição de 13 de agosto de 2021, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO,
arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:
“Ternura
do abraço: amor da família deve ser ampliado à sociedade
A
Igreja Católica, ao celebrar a Semana da Família, faz coro, ainda mais
fortemente, com outras instituições da sociedade para mostrar a importância de
se investir na família. O contexto familiar é escola onde se deve aprender a
ternura que inscreve, em cada pessoa, o sentido da vida, dom inviolável. A
ternura ultrapassa simples consideração melosa. Estrutura a conduta social na
lei do amor e capacita cada ser humano para ser um dom na vida de seu
semelhante. A missão que Jesus confiou a seus discípulos se efetiva no
testemunho de pais e mães que, no dia a dia, permanecem fiéis ao mandamento
maior, a vivência do amor, oferecendo as suas vidas pela família. Deste amor
brotam a misericórdia e o perdão. O resultado é a fecundação do indispensável
tempero da ternura, com a sua luz própria, direcionando corações para o rumo
certo. Assim, reconhece-se um Evangelho da família, com capítulos que alicerçam
dinâmicas qualificadas no amor. A ternura do abraço guarda, pois, um potencial
estruturante – oferece à interioridade o equilíbrio nas relações interpessoais,
configurando-as na modulação do amor.
O
remédio da ternura leva à cura das dores do cansaço e das feridas, conforme
ensina a família de Nazaré – oportuno se lembrar daquele doloroso episódio, a
violência praticada pela arbitrariedade de Herodes. A ternura da Sagrada
Família projetou luzes nas sombras da perseguição que ainda hoje envolvem
tantas pessoas – o sofrimento das famílias de refugiados e dos descartados da
sociedade. Há, pois, um Evangelho da família, que deve emoldurar a experiência
de cada pessoa, garantindo laços de fraternidade. A família educa para a
abertura ao outro, uma grande escola da fé, da liberdade e da convivência
humana. Trata-se de uma escola indispensável. Sua ausência representa grande
lacuna, que prejudica competências humanas tão necessárias para o bem viver.
A
experiência da fraternidade na família possibilita o aprendizado sobre a
necessidade do cuidado com o semelhante, desenvolvendo, ao mesmo tempo, o gosto
por conseguir ajudar alguém e a humildade para, em momento de necessidade, não
recusar a ajuda oferecida. O Evangelho da família inclui o cultivo da
solicitude, da paciência e do carinho, possibilitando chegar ao princípio
cristão determinante: o outro, para além de sua condição e das suas
circunstâncias, é sempre mais importante. Torna-se, pois, evidente que nenhuma
experiência pode substituir a singularidade da família com o seu Evangelho. No
contexto familiar tem-se a oportunidade de crescer entre irmãos, uns cuidando
dos outros, ajudando e sendo ajudados. Essa experiência forte da irmandade,
embora com fadigas e desafios, capacita o ser humano para a sociabilidade,
alicerçando a configuração das relações político-sociais. O círculo pequeno
formado pelos cônjuges e seus filhos se alarga em uma grande família,
possibilitando uma comunhão sempre mais profunda.
O papa
Francisco faz um apelo, na Carta Encíclica sobre a alegria do amor na família:
a família ampliada de cada pessoa deveria acolher, com muito amor, as mães
solteiras, as crianças sem pais, as mulheres abandonadas que devem continuar a
educação de seus filhos, as pessoas com deficiência que requerem muito carinho
e proximidade, os jovens que lutam contra uma dependência, as pessoas
solteiras, separadas ou viúvas que sofrem com a solidão, os idosos e doentes
que não recebem o apoio de seus filhos, incluir até mesmo os mais desastrados
na condução de suas vidas. A Igreja tem a inegociável tarefa de anunciar o
Evangelho da família, convocando para essa missão outras instituições. Uma
tarefa que deve envolver, primordialmente, as famílias cristãs, testemunhando a
alegria que enche o coração. Trata-se de importante semeadura, verdadeira obra
de Deus. É preciso proporcionar a todas as famílias uma compreensão que lhes
garanta a qualificação como escola de fé e de amor. O desafio permanente é não
se contentar com o anúncio teórico e desligado dos problemas das pessoas.
Deve-se oferecer a oportunidade do exercício da reciprocidade, na comunhão e na
fecundidade. Esse exercício é um legado indispensável vivido com singularidade
no contexto familiar. O equilíbrio humano e a competência na administração da
vida estão profundamente vinculados à aprendizagem da reciprocidade.
A
ternura do abraço é muito mais do que uma simples situação de aconchego
envolvendo pais e filhos. Trata-se de lição que amadurece o ser humano na
experiência insubstituível da reciprocidade. Permite desenvolver a competência
para o exercício da solidariedade, se sacrificando pelo bem do próximo,
vencendo a mesquinhez. Quando não se aprende a reciprocidade carrega-se o peso
do isolamento, do egoísmo, da inabilidade para seguir princípios morais.
Reciprocidade não se aprende conceitualmente, mas a partir de vivências,
particularmente aquelas que caracterizam a vida em família. Investir na família
é, assim, imprescindível, oferecendo as condições materiais e humanas,
espirituais e morais para que todos tenham a reciprocidade de alicerçar a vida
na rocha invencível do amor – experimentado na fé e na grandeza da alma, na
ternura do abraço.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 131 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”).
Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
60
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes...
porque os diamantes são eternos!
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!”.
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