segunda-feira, 16 de agosto de 2021

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DA APRENDIZAGEM CONTÍNUA E CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DA FAMÍLIA, SOLIDARIEDADE E FRATERNIDADE NO DESENVOLVIMENTO INTEGRAL NA SUSTENTABILIDADE

“O aprendizado constante e seus benefícios

        A constante capacitação profissional é uma tendência do mercado atual, que passa por muitas transformações. A pandemia da Covid-19 mostrou que as empresas e os profissionais que buscam crescer devem se adaptar e se reinventar.

         Nesse sentido, existe um conceito que tem se tornado conhecido no meio corporativo e que é importante para os que querem se desenvolver profissionalmente. O “lifelong learning”, traduzido como “aprendizado ao longo da vida”, defende que desenvolver conhecimentos e novas habilidades deve um hábito contínuo.

         Segundo o relatório Future of Jobs 2020, do Fórum Econômico Mundial, estar disposto a aprender ativamente é uma das principais habilidades que o profissional do futuro deve ter. o estudo ainda aponta que 94% dos líderes de negócios esperam que os seus funcionários adquiram novas habilidades no trabalho até 2025.

         Já é uma realidade que o domínio de novas ferramentas e habilidades comportamentais seja exigido no meio corporativo. Dessa forma, o profissional que não aplica o lifelong learning tem grandes chances de perder oportunidades e ficar para trás. É preciso encarar a aprendizagem como um processo sem fim, investir na qualidade do estudo e se alinhar ao que o meio empresarial espera.

         Vale ressaltar que esse conceito não é uma novidade. Em 1960, o Conselho da Europa já trabalhava com a ideia da “educação permanente”, que tinha o objetivo de preparar a sociedade para atender as demandas da época. No entanto, foi em 1970 que a Unesco apresentou essa ideia como um conceito no Relatório Faure. Assim, o mercado de trabalho sempre esperou que os profissionais se adaptassem, mas com a pandemia, isso se tornou mais evidente.

         Com isso, saber como adotar uma postura de aprendizagem contínua é essencial para o crescimento dos funcionários e organizações. Existem diversas formas de se manter atualizado, e os cursos online são um grande aliado nessa etapa.

         Para que o estudo seja eficaz, é importante que se tenha um planejamento. Uma boa tática é identificar na rotina de trabalho quais são as tarefas que estão mais difíceis e quais as competências exigidas para realizá-las. Dessa maneira, se torna mais fácil montar um cronograma e tornar o estudo mais prático.

         O setor de recursos humanos das empresas, também, pode um incentivador desse hábito. O RH pode identificar, juntamente com os líderes, quais são as principais dificuldades das equipes e propor atividades para desenvolver as habilidades necessárias. A busca por aprender não é algo que deve partir só do profissional ou da empresa., o ideal é que ambos

         Transformar o lifelong learning em um hábito não é uma tarefa fácil. É um processo longo e que exige dedicação, mas que trará bons resultados para a carreira profissional e desenvolvimento das empresas. Para isso ocorrer, é necessário manter o foco e ficar atento ao que o mercado busca.”.

(Rafael Dantas. Superintendente da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 14 de agosto de 2021, caderno OPINIÃO, página 23).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 13 de agosto de 2021, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

 “Ternura do abraço: amor da família deve ser ampliado à sociedade

        A Igreja Católica, ao celebrar a Semana da Família, faz coro, ainda mais fortemente, com outras instituições da sociedade para mostrar a importância de se investir na família. O contexto familiar é escola onde se deve aprender a ternura que inscreve, em cada pessoa, o sentido da vida, dom inviolável. A ternura ultrapassa simples consideração melosa. Estrutura a conduta social na lei do amor e capacita cada ser humano para ser um dom na vida de seu semelhante. A missão que Jesus confiou a seus discípulos se efetiva no testemunho de pais e mães que, no dia a dia, permanecem fiéis ao mandamento maior, a vivência do amor, oferecendo as suas vidas pela família. Deste amor brotam a misericórdia e o perdão. O resultado é a fecundação do indispensável tempero da ternura, com a sua luz própria, direcionando corações para o rumo certo. Assim, reconhece-se um Evangelho da família, com capítulos que alicerçam dinâmicas qualificadas no amor. A ternura do abraço guarda, pois, um potencial estruturante – oferece à interioridade o equilíbrio nas relações interpessoais, configurando-as na modulação do amor.

         O remédio da ternura leva à cura das dores do cansaço e das feridas, conforme ensina a família de Nazaré – oportuno se lembrar daquele doloroso episódio, a violência praticada pela arbitrariedade de Herodes. A ternura da Sagrada Família projetou luzes nas sombras da perseguição que ainda hoje envolvem tantas pessoas – o sofrimento das famílias de refugiados e dos descartados da sociedade. Há, pois, um Evangelho da família, que deve emoldurar a experiência de cada pessoa, garantindo laços de fraternidade. A família educa para a abertura ao outro, uma grande escola da fé, da liberdade e da convivência humana. Trata-se de uma escola indispensável. Sua ausência representa grande lacuna, que prejudica competências humanas tão necessárias para o bem viver.

         A experiência da fraternidade na família possibilita o aprendizado sobre a necessidade do cuidado com o semelhante, desenvolvendo, ao mesmo tempo, o gosto por conseguir ajudar alguém e a humildade para, em momento de necessidade, não recusar a ajuda oferecida. O Evangelho da família inclui o cultivo da solicitude, da paciência e do carinho, possibilitando chegar ao princípio cristão determinante: o outro, para além de sua condição e das suas circunstâncias, é sempre mais importante. Torna-se, pois, evidente que nenhuma experiência pode substituir a singularidade da família com o seu Evangelho. No contexto familiar tem-se a oportunidade de crescer entre irmãos, uns cuidando dos outros, ajudando e sendo ajudados. Essa experiência forte da irmandade, embora com fadigas e desafios, capacita o ser humano para a sociabilidade, alicerçando a configuração das relações político-sociais. O círculo pequeno formado pelos cônjuges e seus filhos se alarga em uma grande família, possibilitando uma comunhão sempre mais profunda.

         O papa Francisco faz um apelo, na Carta Encíclica sobre a alegria do amor na família: a família ampliada de cada pessoa deveria acolher, com muito amor, as mães solteiras, as crianças sem pais, as mulheres abandonadas que devem continuar a educação de seus filhos, as pessoas com deficiência que requerem muito carinho e proximidade, os jovens que lutam contra uma dependência, as pessoas solteiras, separadas ou viúvas que sofrem com a solidão, os idosos e doentes que não recebem o apoio de seus filhos, incluir até mesmo os mais desastrados na condução de suas vidas. A Igreja tem a inegociável tarefa de anunciar o Evangelho da família, convocando para essa missão outras instituições. Uma tarefa que deve envolver, primordialmente, as famílias cristãs, testemunhando a alegria que enche o coração. Trata-se de importante semeadura, verdadeira obra de Deus. É preciso proporcionar a todas as famílias uma compreensão que lhes garanta a qualificação como escola de fé e de amor. O desafio permanente é não se contentar com o anúncio teórico e desligado dos problemas das pessoas. Deve-se oferecer a oportunidade do exercício da reciprocidade, na comunhão e na fecundidade. Esse exercício é um legado indispensável vivido com singularidade no contexto familiar. O equilíbrio humano e a competência na administração da vida estão profundamente vinculados à aprendizagem da reciprocidade.

         A ternura do abraço é muito mais do que uma simples situação de aconchego envolvendo pais e filhos. Trata-se de lição que amadurece o ser humano na experiência insubstituível da reciprocidade. Permite desenvolver a competência para o exercício da solidariedade, se sacrificando pelo bem do próximo, vencendo a mesquinhez. Quando não se aprende a reciprocidade carrega-se o peso do isolamento, do egoísmo, da inabilidade para seguir princípios morais. Reciprocidade não se aprende conceitualmente, mas a partir de vivências, particularmente aquelas que caracterizam a vida em família. Investir na família é, assim, imprescindível, oferecendo as condições materiais e humanas, espirituais e morais para que todos tenham a reciprocidade de alicerçar a vida na rocha invencível do amor – experimentado na fé e na grandeza da alma, na ternura do abraço.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 131 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em junho a estratosférica marca de 327,48% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 125,57%; e já o IPCA, em julho, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 8,99%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 521 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)

 

(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

 Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 “VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos! 

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

 

 

        

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