quinta-feira, 26 de agosto de 2021

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS URGÊNCIAS E DESAFIOS DAS NOVAS HABILIDADES E COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E AS LUZES DA ÉTICA, MORAL, PRINCÍPIOS E VALORES NA QUALIFICAÇÃO INTEGRAL DAS LIDERANÇAS NA SUSTENTABILIDADE

“Educação contínua em tempos de pandemia

        A pandemia do novo coronavírus virou o mundo de ponta-cabeça. A sua chegada em meados de março de 2019 ao Brasil fez a economia retrair e o índice de desemprego aumentar.

         Um novo cenário exigiu adaptabilidade e reinvenção daqueles que estão dentro e fora do mercado de trabalho. A educação também passou por transformação.

         O que antes era presencial se tornou digital, fazendo com o setor se curvasse a uma nova realidade pensada para o futuro. A escola tendo que migrar o seu ensino para a plataforma digital em tempo hábil para que o conhecimento continuasse no movimento fluido e contínuo.

         Nas faculdades, o sonho do aluno continua o mesmo: formar-se e obter ascensão profissional e social por meio do estudo. Mas a pandemia acelerou as transformações em todas as esferas, inclusive a do trabalho. O mercado educacional mudou, o protagonista desta vez é o aluno, que precisa desempenhar um papel importante na curadoria das suas escolhas, procurando desenvolver profissionalmente e buscando a educação contínua como forma de manter-se atualizado e presente no mercado.

         Do mundo Vuca (do inglês volatility, uncertainty, complexity e ambiguity – volátil, incerto, complexo e ambíguo), agora falamos de mundo Bani (brittle, anxious, nonlinear and incomprehensible – frágil, ansioso, não linear e incompreensível). Dessa forma, somos exigidos a manter a roda da busca pelo conhecimento girando. O conceito de egresso perde o sentido e deve ser evitado. As instituições de ensino superior devem estar preparadas para retroalimentar a sua base de “novos alunos” com aqueles que estão concluindo o ciclo atual.

         Um levantamento inédito realizado pela Person em nove países, incluindo o Brasil, ouviu 21,5 mil pessoas com idades entre 14 e 70 anos em agosto de 2020.

         O estudo identificou que 84% dos brasileiros empregados maiores de 18 anos observam a educação continuada, como apoio para terem maiores oportunidades de promoções e aumentos em seu trabalho atual, e, ainda, 51% informaram que continuar estudando é importante para prosperar, sendo a educação continuada importante nesse processo.

         É neste contexto que (re)ingressar na faculdade ou curso de pós-graduação pode criar e manter perspectivas de futuro e possibilidades, já que o conhecimento é investimento.

         Finalizo aqui com uma frase: “Pouco conhecimento faz com que as pessoas se sintam orgulhosas. Muito conhecimento. Que se sintam humildes” (Leonardo da Vinci).”.

(Marco Túlio Correa Barcelos. Gerente de Campus da Una Itabira, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 25 de agosto de 2021, caderno OPINIÃO, página 17).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 23 de agosto de 2021, caderno A.PARTE, página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:

“O atraso na educação

        Precisando como nunca de estadistas, o Brasil enfrenta a praga dos oportunistas, encravados no vértice do cenário político nacional. O país ficou refém da mediocridade e da hipocrisia que sequestram o potencial de progresso e crescimento social, econômico e moral.

         A prioridade não é mais o bem do país, a superação do atraso e da pobreza, a melhoria dos sistemas de saúde, de educação, mas o enriquecimento injusto, sem trabalho, de alguns, em desfavor da maioria.

         A corrupção disseminada em várias formas e dissimulada na burocracia, na capilaridade da máquina pública, na artificialidade jurídica, no abuso de prerrogativas funcionais desfigurou a função do Estado. Este não está mais para servir à população, mas para se locupletar, prevaricar, dificultar, sem esconder o avanço da tendência ao empoderamento perverso, que se traduz “em criar dificuldades para vender facilidades”.

         Não há como condenar alguém em especial pela derrota dos princípios constitucionais e pela consequente frustração das esperanças das últimas gerações.

         Trata-se do resultado mais lógico de uma jovem democracia, de um conjunto humano sem capacidade de entender, escolher o que é melhor para ele e para uma nação.

         Para uma população educada, medianamente intelectualizada, profissionalizada, experiente, é mais fácil escolher, entre candidatos, o melhor, ou “o menos pior”. A qualidade insuficiente do ensino público para mais de 90% da população, notadamente a mais carente, gerou um abismo em relação às classes mais abastadas com acesso ao sistema educacional privado. A falta de ensino se reflete na baixa capacidade de escolha do futuro eleitor, na possibilidade de ser usado como massa de manobra eleitoral.

         Veja-se agora, no pós-pandemia, a impossibilidade de se encontrar consenso no retorno às aulas das escolas públicas, paralisadas há quase dois anos, enquanto as privadas estão funcionando há meses. Exatamente quem mais precisa é deixado para trás no seu legítimo direito à educação.

         Quem é educado e instruído saberá aproveitar melhor seu voto, e isso influenciará o bem-estar da nação.

         Se um conjunto de crianças, em sua ingenuidade, costuma avançar no bolo açucarado, sem entender a inconveniência para sua saúde, da mesma forma age um eleitorado sem noções mínimas de conhecimento. Nas eleições das últimas décadas, entre as opções disponíveis, escolheram-se bolos enfeitados em desfavor de uma comida saudável. Gatos por lebres, figuras de baixa escolaridade no lugar de figuras consistentes, com passado de realizações, de bagagem de realizações, de conhecimentos.

         Se o grande mestre Jesus Cristo se expressou por parábolas de profundo conteúdo moral e filosófico, que abriam a compreensão do mais humilde quanto a despertavam no mais intelectualizado, os candidatos que invadiram a cena eleitoral brasileira abusaram de promessas, sem ter projetos, planos, conhecimentos consistentes, experiência de sucesso. Apenas se mascaram suas lacunas, inclusive éticas e morais.

         Prometeram absurdos, apelaram enganosamente aos sentimentos mais pungentes, prometeram “o contrário” do que pensavam, consumando as piores traições, como corrupção e abuso.

         De denunciantes de imoralidade e da corrupção dos outros, acabaram por superá-las muitas vezes, destruindo as finanças públicas do país, desviando e subtraindo do povo o que se destinava às necessidades básicas de saúde, de educação, de infraestrutura, de oportunidades e, mais ainda, de exemplos de probidade, austeridade e ética.

         Como passageiros que ocupam um vagão que não dá acesso à cabine de comando, os eleitores acabaram por escolher condutores sem qualificação, que levaram à desgraça.

         O sistema democrático tem dificuldade de reconhecer os melhores, até porque os mais capacitados encontram formas seguras de se realizar em setores privados. Também cresceram demasiadamente o repúdio e o medo do sistema político, protagonista de escândalos colossais, após a retirada das cortinas sobre mensalões e petrolão.

         As disputas eleitorais excluem a parcela bem-intencionada e preparada da população. Aqueles que não desejam se confundir com a selva política dominante.

         Agora, mais do que nunca, a possibilidade de um indivíduo bom e preparado se dispor a concorrer com êxito numa eleição ficou mais limitada, especialmente depois da introdução do financiamento público de partidos e de campanhas. Deram-se recursos exorbitantes aos detentores de cargos e regras excludentes para os demais.

         Os mesmos que destruíram a credibilidade do Brasil, face à fragilidade intelectual do eleitorado, se reapresentam para mais uma rodada de horrores?

         A falta de reconhecimento dos riscos que se escondem atrás de certos repetirá os erros do passado?

         O ano eleitoral de 2022 vem aí, e poucos são os sinais de se poder avançar no desenvolvimento, na eliminação do sofrimento da população, da pobreza material e moral que atrasa tempos melhores. É lamentável, e a qualidade da educação pública precisa ser lembrada como uma causa excludente de milhões de indivíduos e de uma democracia mais fecunda e madura.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 131 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em junho a estratosférica marca de 327,48% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 125,57%; e já o IPCA, em julho, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 8,99%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 521 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)

 

(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

 Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 “VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos! 

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

 

 

 

       

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