quinta-feira, 5 de agosto de 2021

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A FORÇA TRANSFORMADORA DAS NOVAS TECNOLOGIAS NA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL E AS URGÊNCIAS E EXIGÊNCIAS DA FUNDAMENTAL RETOMADA DO ENSINO NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS NA SUSTENTABILIDADE

“As novas profissões e o mercado de trabalho

        Todos nós já paramos para pensar no nosso futuro como profissionais. Experimentamos um mundo digital acelerado, tecnologias sendo consideravelmente utilizadas nas empresas, o trabalho remoto surgindo como medida emergencial e fazendo as empresas repensarem seus contratos de trabalho. Ensino online buscando sua eficácia e manutenção da qualidade, novas temáticas inseridas nas competências exigidas pelo mercado como inteligência artificial e de dados, automatização de processos, metodologias ágeis etc.

         Será que a forma como estávamos acostumados a trabalhar – processos repetitivos, mapeamento de produções baseadas em variáveis previsíveis, atividades sequenciais – nos garante um futuro profissional? Hoje, as estruturas das empresas se articulam justamente no disruptor, em estruturas multidisciplinares em que se unem vários conhecimentos e competências diversificados. Nós, como profissionais, se já não estamos, precisamos nos reinventar com relação a nossas áreas de conhecimentos e competências.

         Segundo a Universidade de Oxford, 47% dos empregos atuais têm grandes chances de serem automatizados nos próximos 20 anos. Isso tem relação direta com as transformações digitais quanto comportamentais exigidos pelas novas experiências neste “Novo Mundo”, proposto pela indústria 4.0, e consequentemente com os novos perfis. É urgente o alinhamento entre os conhecimentos técnicos e competências pessoais relacionadas à comunicação e ao relacionamento interpessoal, denominado soft skills.

         Novas tecnologias: um caminho sem volta. Neste novo mercado, o conhecimento das novas tecnologias torna-se fundamental para agregar valor ao profissional. Conhecimentos que consideramos de outras áreas, hoje são comuns a diversas profissões. Citamos a inteligência artificial, inteligência de negócio e mercado com suas ferramentas como BI e Dashboards inteligentes.

         O conhecimento sobre as novas profissões é urgente, e quem planeja ingressar no mercado ou pretende recolocação deve se atentar para possibilidades como: designer de UX, voltado a melhores experiências dos usuários; analistas de business intelligence, profissional da área de dados voltados à tomada de decisões nas empresas; Community manager, uma espécie de analista de redes sociais e porta-voz das empresas; gestão de resíduos, profissional ligado às boas práticas ambientais; gestor de qualidade de vida, foco no bem-estar e na saúde dos funcionários; gestão de inovação, profissional com conhecimentos sobre o negócio e novas soluções; cientista de dados, trabalha com Big Data, analisa a complexidade dos dados, organiza e cria novas possibilidades.

         O cenário nos pede atenção ao novo, abertura às possibilidades e, mais do nunca, disposição às adaptações. Não é mais possível fazer mais do mesmo e aceitar o “sempre foi assim”. Neste novo mundo, antecipar-se às tendências e inovar é um caminho sem volta.”.

(Marcelo Vicente Freire Alves. Gerente de produto do Senac em Minas, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 2 de agosto de 2021, caderno OPINIÃO, página 17).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo e edição, caderno A.PARTE, página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:

“Aulas fundamentais

        A paralisação das aulas presenciais no ensino primário, que deverá cessar nesta segunda-feira, 2 de agosto – o sindicato dos professores permitindo –, gerou um problema ainda não visível, contudo devastador, para milhões de alunos, futuros adultos despreparados para enfrentar a vida.

         Com uma qualidade da educação muito abaixo da média dos principais países do planeta, e afundamento do ensino público (já queo privado voltou desde o começo de julho) recebeu um golpe de incalculável gravidade, que, mantendo-se a paralisação, ampliará a catástrofe educacional em Minas.

         A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou, em sua última pesquisa voltada à educação, um ranking mundial de qualidade do ensino. Entre os 76 países avaliados, o Brasil ocupa a 60ª posição. Em primeiro lugar, segundo a OCDE, está Singapura, seguido de Hong Kong e Coreia do Sul – todos esses, países do extremo oriente asiático; na última posição do ranking consta Gana, país do continente africano.

         O Brasil está mais próximo da cauda que da cabeça – ou do inferno que do paraíso – da educação. Isto se reflete numa insuportável e injustificada catástrofe social a nível de Estado e de país. Impacta o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que, desde sempre, anda de mão dada com a qualidade do ensino, e, por reflexo, causa lentidão dos desenvolvimentos pessoal e econômico.

         Educação insuficiente e de baixa qualidade, especialmente no âmbito do ensino público, colabora para abrir a distância entre classes abastadas e humildes, além de fomentar o desemprego e ampliar o número de desvalidos. O Estado deverá destinar altos valores do Orçamento Público para assistência de 50 milhões de pessoas abaixo da linha de pobreza (caracterizada quase integralmente pelo analfabetismo funcional). Não há para esta classe capacidade de se garantir a sobrevivência, que continuará triste e sofrida. Entretanto, com uma boa educação, será possível permitir a essa população encontrar por si só oportunidades de interagir e se inserir na sociedade, além de, desta forma, satisfazer autonomamente suas necessidades e alimentar sua autoestima e seu equilíbrio.

         Deve-se destacar também os gastos ingentes em saúde com uma população exposta aos riscos da pior insalubridade: a miséria.

         A qualidade da educação proporciona diretamente qualidade de vida e garantia de autossustentabilidade e fomenta acentuadamente os desenvolvimentos social, econômico e civilizatório, como se encontram nos países do Sudeste Asiático, primeiros do ranking de qualidade da educação. O atraso em países da América do Sul, como Brasil (60º) Argentina (62º), Colômbia (67º) e Peru (71º), afundou suas raízes na baixa e desconfortável qualidade do ensino.

         A relação direta de casualidade é incontestável: mais educação significa mais crescimento civilizatório.

         Com últimos dois anos praticamente perdidos, sem aulas presenciais – já que o ensino público remoto atingiu apenas 35% da população escolar, justamente aquela que tem o “luxo” da conectividade –, caminha-se para um desastre educacional.

         As aulas presenciais, além de imprescindíveis nessa faixa etária, são razão de esperança para as famílias mais carentes alcançarem outros patamares de bem-estar através de filhos preparados para a vida.

         O viés sensacionalista que circula nesta altura da pandemia gera fortes temores entre os pais de alunos. Uma sondagem apresenta uma divisão entre pais: uma metade querendo que os filhos retomem e outra que ainda alimenta temores de liberar seus filhos e prefere que eles permaneçam em casa.

         O dever de dar a possibilidade de uma decisão consciente aos pais passa por uma análise à luz dos números reais do contágio entre alunos de 6 a 14 anos, já que os trabalhadores da educação, aqui, em Minas Gerais, receberam ao menos a primeira dose da vacina – AstraZeneca ou Pfizer, que atestam um grau de imunização de 78% e 85%, respectivamente.

         Em Betim o setor de ensino fundamental, ou seja, de 6 a 14 anos, consta de 52 mil alunos, ou 2,1% da população nessa faixa etária em Minas Gerais. Nesse grupo, desde o início da pandemia, registraram-se três casos de óbitos. Desses, dois estão associados a graves comorbidades: uma jovem de 14 anos que recebeu transplante de coração em São Paulo e contraiu a Covid enquanto aguardava, internada, um segundo transplante; e outra, de 12 anos, que contraiu a Covid durante internação em hospital de Belo Horizonte, internada em estado de leucemia linfoblástica aguda. Há também o caso de um menino de 8 anos que faleceu num hospital de Contagem de hemorragia pulmonar, aparentemente sem comorbidades.

         Disso se deduz que ocorreu um só óbito, entre 52 mil alunos, associado a uma procura não tempestiva do sistema de saúde.

         Se o risco à vida é de uma morte em 52 mil vidas nessa faixa de idade, para os alunos do último ano do fundamental, de 14 anos, a perda das aulas presenciais de 2020 e 2021 ampliará o injustificável índice de analfabetismo funcional nessa fase, que coincide com a saída do sistema fundamental. Uma catástrofe que deve ser evitada para não destruir oportunidades de jovens que ficarão em segundo plano e sujeitos à marginalização.

         Parece, portanto, redundante reafirmar a imprescindibilidade do retorno às aulas e fazer um apelo ao bom senso e à consciência de todos que possam, direta ou indiretamente, ajudar na missão de preparar os jovens para a vida, especialmente os mais carentes e necessitados.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 131 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em junho a estratosférica marca de 327,48% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 125,57%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 8,35%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 521 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)

 

(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

 Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 “VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos! 

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

 

 

  

         

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