segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DA BOA GOVERNANÇA NA GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS PARA A TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E AS COLUNAS MESTRAS DA VERDADE, JUSTIÇA E LIBERDADE NO EDIFÍCIO DA PAZ NA SUSTENTABILIDADE

“A gestão de resíduos sólidos é assunto que importa

        O Brasil produziu, em 2020, um total de 82,5 milhões de toneladas em resíduos sólidos urbanos. Isso equivale a 390 kg gerados por habitante durante todo o ano passado. Um número bastante expressivo para o nosso país, mas devemos levar em conta a pandemia, que contribuiu, e muito, para o crescimento de lixo produzido, já que passamos a maior parte do tempo em casa. Diante disso, é primordial a necessidade de debatermos sobre a sua correta gestão.

         Esse tema da gestão de resíduos sólidos é uma das formas mais usuais para o desenvolvimento da consciência ambiental, uma forma de garantir a sustentabilidade, pois ela está em todos os ciclos da sociedade. Pensar e adotar práticas para o aproveitamento e o reaproveitamento, bem como para um descarte correto do que não é mais útil, está inserido no que denominamos de “economia ecologicamente correta”. Pensar nessa forma de economia é pensar no futuro.

         A maioria das pessoas, no seu dia a dia, pode não perceber a importância desse assunto, mas ele está intrinsecamente ligado ao bem-estar social, orientando o poder público para as suas ações, para o planejamento de suas políticas públicas.

         O gerenciamento de resíduos sólidos tem como principal objetivo o de reduzir o volume e dar tratamento adequado a eles, bem como conscientizar os responsáveis sobre as boas práticas ambientais, considerando a sua não geração – também para evitar as perdas –, a sua redução, reutilização, reciclagem e destino adequado como forma de minimizar os impactos negativos ao nosso meio ambiente.

         Um dos assuntos que podemos citar aqui é a respeito dos lixões e dos aterros sanitários, por vezes confundido pela população. O que é popularmente conhecido como lixão, um depósito sem cobertura, recebe resíduos de todo tipo de fonte, lixos residenciais, industriais e até hospitalares. Geralmente estão bem distantes dos centros urbanos, sendo alguns até clandestinos. Já o aterro sanitário tem o solo tratado e também impermeabilizado, com um sistema de drenagem. E, sendo assim, a sua importância torna-se cada vez maior. Mais, claro, não adianta termos aterros sanitários sem monitoramento, sem o controle necessário, lembrando sempre que a média de vida de cada aterro construído é de 20 anos. Por isso, sempre estaremos em busca de soluções para o descarte dos resíduos sólidos.

         Para além das construções de aterros sanitários, devemos priorizar uma educação mais assertiva e ofertar condições para a formação de profissionais capacitados, que tenham uma ampla visão do meio ambiente, que tragam novas e bem-vindas soluções.”.

(Mariana Babilone. Coordenadora do curso de engenharia da Uma Lafaiete, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 28 de dezembro de 2021, caderno OPINIÃO, página 17).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 03 de janeiro de 2022, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Mensageiros da paz

        Os votos de um ano novo abençoado precisam estar vinculados ao compromisso de ser mensageiro da paz. E para bem assumir essa tarefa, é preciso cuidar da própria interioridade, pois o coração humano é construtor da paz, com reflexos nas dinâmicas familiares, institucionais e sociais. Por isso mesmo, na abertura de um ciclo novo, no início do ano civil, deve-se cuidar do tecido interior, muitas vezes contaminado pela indiferença, ódio e insensibilidade, que destorem o sonho da paz. Esse sonho não se realiza pela influência das cores das roupas, nem por barulhos, fogos de artifícios, excessos de comida e bebida. É a interioridade de cada pessoa que tem força para impulsionar o nascimento de um tempo esperado por muitos.

         Convém, pois, emoldurar a festa da chegada do novo ano com o silêncio da oração, eivado por especial gratidão pelo dom da vida, dedicando particular reverência aos que já partiram. O novo ano necessita, particularmente, do compromisso, de todos, com a (re)construção da sociedade, desfigurada por vergonhosas desigualdades sociais, pela fome que sacrifica tantas pessoas. Compreende-se, pois, que o grande projeto da construção da paz é muito mais do que simplesmente buscar quietude, ou quietudes – não raramente sustentadas pelas comodidades e garantias alcançadas de modo egoísta. Ao invés disso, urge a consciência individual e comunitária dos que buscam ser mensageiros da paz.

         Tornar-se mensageiro da paz deve ser projeto de vida pessoal, sustentando articulações sociais e políticas para que a sociedade alcance rumos novos, a partir de escolhas acertadas em 2022. Para recuperar o que foi perdido, recompor aquilo que foi destruído, com consequências agravadas pela pandemia, por inabilidades governamentais e pelo inadequado exercício da cidadania é preciso inteligência, com o aprendizado de lições muitas vezes decorrentes do sofrimento. Pode-se, deste modo, reconhecer, na exemplaridade dos gestos solidários, uma alavanca para o desenvolvimento integral. Um propósito que demanda investimento na interioridade humana. Nesse sentido, a fé cristã indica práticas muito pertinentes, ensinando: o coração não pode ser hospedagem de sentimentos que abrem portas para fracassos e até mesmo para ilusórios progressos – aqueles que são incontestavelmente frutos de prejuízos e perversidades.

         Os mensageiros da paz estão desafiados a rever propósitos e a reconfigurar lógicas para promover a justiça e a igualdade social, essenciais à paz. Uma tarefa que demanda a coragem profética de redimensionar privilégios para corrigir os descompassos de uma sociedade altamente excludente e garantir o respeito à vida de todos. Um quadro de propósitos, pequenos e grandes, precisa ser configurado como compromisso cidadão de cristão, na singularidade da vida de cada pessoa, especialmente ouvindo os clamores dos pobres. Um exercício oportuno para a passagem de ano, que pode efetivar correções, escolhas mais adequadas e o amadurecimento pessoal, com desdobramentos para a vida social.

         Na lista de propósitos para o novo ano, inclua-se, de modo inegociável, o compromisso de trabalhar pelo diálogo, convocação do Papa Francisco, 1º de janeiro de 2022. O Papa Francisco cita o profeta Isaías, quando exalta os formosos pés do mensageiro que anuncia a paz, manifestando consolação e alívio para um povo extenuado pelas violências e abusos, exposto à infâmia e à morte. É indispensável e inadiável investir em diálogos construtivos, mesmo entremeados pela desolação dos confrontos entre nações. Promover diálogos entre segmentos sociais e políticos, superando manipulações interesseiras que prejudicam principalmente os pobres e o bem comum para satisfazer interesses egoístas de um modelo econômico na contramão da partilha solidária.

         Urge-se a habilidade para edificar mais frentes de diálogo, que não pode ser confundido com “conversa fiada” ou repetições demagógicas, comprovação da esterilidade de discursos. A indicação do Papa Francisco é preciosa ao lembrar que, em cada época, a paz é conjuntamente dádiva do Alto e fruto de uma dedicação partilhada por todos aqueles que constroem a sociedade: instituições e particularmente cidadãos, que podem edificar um mundo mais pacífico a partir do seu próprio coração e de suas famílias, com incidências no campo social, ambiental, nas relações entre povos e estados. Nesta passagem de ano, seja, pois, especialmente acolhida esta convocação: a partir da sincera escuta dos clamores dos pobres, todos procurem se tornar mensageiros da paz.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 132 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em novembro a estratosférica marca de 346,12% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 129,64%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 10,74%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 521 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,341 trilhões (49,64%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos! 

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

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