quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS URGÊNCIAS E DESAFIOS DA QUALIFICAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DA ESCUTA AMOROSA, ESPIRITUALIDADE CONCILIADORA E DESENVOLVIMENTO INTEGRAL NOS CAMINHOS DA PAZ NA SUSTENTABILIDADE

“Antigos alunos, novos desafios

        Estamos à beira de concluirmos mais um ano letivo marcado pelas sequelas da pandemia, como as regras de convivência social. Diversos foram os desafios enfrentados ao longo de 2020 e 2021, sobretudo no campo da saúde pública e dos impactos financeiros, que foram devastadores para muitas famílias e para a economia do país, de modo geral.

         Diante dessas adversidades, a escola foi pega de surpresa, fazendo com que em poucos dias mudasse seu sistema presencial e entrasse em um processo nunca vivenciado por estudantes, famílias e professores. Assim como o processo de adaptação para o modelo remoto foi um grande desafio, o retorno ao modelo presencial, que ocorre definitivamente desde o mês de novembro, abre precedentes para novas discussões e adversidades.

         Os estudantes são os mesmos, mas os obstáculos são novos.

         Por causa do distanciamento social, os impactos relacionados à ética de relacionamentos e à convivência em grupo acabaram se abalando, ao ponto de muitos jovens perderem alguns referenciais.

         A própria noção do público e privado acabou por ser afetada, sobretudo pela ampliação do uso das redes sociais e dos dispositivos móveis. Se antes a separação entre escola, trabalho e casa era bastante evidente, agora a escola e o trabalho “entraram” em nossos lares, fazendo inclusive com que a relação que possuímos em casa e a forma como nos relacionamos no trabalho acabe por afetar as relações com o mundo por trás das câmeras. Porém, neste momento de retorno presencial, é necessário resgatarmos as regras e etiquetas sociais que foram abaladas pela pandemia para que a convivência em sociedade possa ser harmoniosa e, sobretudo, respeitosa.

         A constituição do ser humano sempre se deu na parceria entre família, escola e sociedade. Entretanto, ao longo desses quase dois anos, a escola e a sociedade participaram do processo de forma paralela, e as consequências estão sendo sentidas apenas agora, no período em que os estudantes retornaram ao modelo presencial. O contato com algumas regras e desafios ocorre de maneira conflituosa, sobretudo porque estavam sendo vivenciadas dentro de suas próprias casas e ditadas por sua família.

         Mas como resgatamos comportamentos que ficaram “esquecidos” ao longo desse período? Qual o papel da família diante disso?

         É evidente que todos que foram envolvidos no processo de aulas remotas conquistaram novos aprendizados. Essa prática gerou uma nova experiência de relacionamentos interpessoais na aprendizagem dos estudantes, maior autonomia, organização do tempo, do espaço e, portanto, maior gerenciamento de sua vida acadêmica. E aos pais, uma reorganização de sua rotina, maior empatia e cooperação em partilhar seus equipamentos tecnológicos com os filhos e cônjuges.

         A volta às aulas presenciais está demandando dos profissionais da educação direcionadores e orientações pontuais junto às famílias sobre os comportamentos e atitudes esperados dos estudantes. É um caminho a ser construído por todos. Neste momento é necessária a presença ainda mais efetiva da família, que é quem está ao lado dos jovens, porém sempre amparada e acompanhada pela escola.

         A prática de esportes, atividades coletivas, práticas de escuta, terapia comportamental e presença significativa da família são excelentes ferramentas para amparar e reparar os reflexos trazidos pelo isolamento em um período de formação intelectual e social dos adolescentes. Afinal de contas, a escola é imprescindível para a humanização, e os laços familiares colaboram para esse processo, independentemente do contexto em que vivemos.”.

(Carlos Dorlass* e Thiago Cachatori**

*Diretor geral e **coordenador do ensino médio do Colégio Marista Arquidiocesano de São Paulo (SP)

em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 3 de dezembro de 2021, caderno OPINIÃO, página 25).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 08 de janeiro de 2022, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Caminhos da paz

         Paz remete a bens indispensáveis em respeito e gratuidade à dignidade de toda pessoa. Compreende-se a dramaticidade dos tempos atuais quando grande parte da humanidade se encontra privada desses bens. Os cenários de miséria, fome, migrações de populações inteiras – situações que configuram o clamor dos pobres desta terra – confirmam essa realidade. O clamor dos pobres incomoda muitas pessoas, mas precisa ser ouvido. Aqueles que se incomodam reagem com indiferença, dedicam frio tratamento às urgências contemporâneas. Apesar dessas reações, a voz dos pobres, insistentemente, indicará: a humanidade precisa mudar. E sem a escuta desse clamor, sempre se correrá da insensibilidade que inviabiliza a coragem de questionar e renunciar a privilégios – não há dedicação aos processos de transformação social. A escuta do clamor dos pobres não é bálsamo, mas remédio que interpela, podendo curar indiferenças e a mesquinhez, produz inspirações na correção de rumos e sensibilizações intuitivas, a partir do sonho de se consolidar a igualdade social.

         Quando escutado, o clamor dos pobres possibilita que sejam encontradas, com mais celeridade, soluções para os problemas sociais, qualifica a cidadania e promove a clarividência essencial às adequadas escolhas políticas – capazes de dar novos rumos à sociedade. Ao se reconhecer que incontáveis pessoas estão privadas de bens essenciais, busca-se, com mais intensidade, reconfigurações na organização sociopolítica, para que a civilização contemporânea se fundamente nos parâmetros do humanismo integral. No horizonte do entendimento bíblico, paz é justamente o nome do conjunto de bens essenciais indispensáveis à dignidade humana. Por isso mesmo, garantir o direito de cada pessoa ao que é essencial à vida digna é caminho para a paz, tornando-se responsabilidade de governantes, construtores da sociedade e cidadãos. Para bem exercer essa tarefam oportuno é retomar a lembrança que o Papa Francisco apresenta, na sua Mensagem para o Dia Mundial da Paz de 2022: conforme São Paulo VI, há um novo nome para a paz – desenvolvimento integral.

         A família humana padece em razão das parcialidades que contaminam os modos de se pensar o desenvolvimento. As lógicas que buscam simplesmente o lucro e o benefício de alguns, enquanto a grande maioria está sofrendo, sem o que é essencial à dignidade, prejudicam a efetivação do desenvolvimento integral. O Papa Francisco sublinha, especificamente, a importância do diálogo entre as gerações para que todos avancem rumo à paz. Dialogar torna-se desafio ainda maior no contexto estabelecido pela pandemia, quando muitos se refugiam da realidade, aprisionando-se em mundos paralelos, como se pudessem, assim, estar protegidos das muitas formas de violência e de ameaças.

         Aqueles que se fecham à realidade do mundo, de modo egoísta, são mais propensos a agir com indiferença em relação ao semelhante. Alimentam polarizações e protagonizam descompassos relacionais e existenciais. Distantes do diálogo, ficam com a mente e o coração obscurecidos, tornando-se obstáculos para o desenvolvimento integral, que exige a inclusão de todos na vida social e econômica. Causa perplexidade, para citar uma situação, a postura daqueles que, para alcançar seus propósitos, julgam-se no direito de promover a destruição dos outros. Agem como se o fracasso e a fragilidade do semelhante fossem degrau ou trampolim para conquistar objetivos. Trata-se de um modo de agir que sinaliza a confusão social, a ser corrigida por meio do diálogo. Ante as limitações de representantes do povo nas instâncias do poder, daqueles que ocupam cargos e funções em lugares estratégicos, há quem sinta certo desânimo para dialogar. Contudo, o diálogo é remédio para corrigir, ainda que a longo prazo, obtusidades e promover entendimentos lúcidos, iluminando a “mundividência” daqueles que estão aprisionados nos próprios estreitamentos.

         O Papa Francisco sublinha que dialogar significa “ouvir-se um ao outro, confrontar posições, pôr-se de acordo e caminhar juntos”. Diálogo, pois, é caminho para a paz, estabelecendo alianças urgentes, com a correção de descompassos – em falas e posturas – para que seja priorizado o bem comum. Nessa perspectiva, seja acolhida a indicação do Papa: os grandes desafios sociais e os processos de pacificação não podem prescindir do diálogo entre gerações, promovendo uma política sã – que não se contenta com remendos ou soluções rápidas. Ao invés disso, como forma eminente de amor pelo semelhante, busca projetos compartilhados e sustentáveis, construindo, a partir do diálogo, os caminhos da paz.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 132 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em novembro a estratosférica marca de 346,12% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 129,64%; e já o IPCA, em dezembro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 10,06%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 521 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,341 trilhões (49,64%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 “VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos! 

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

       

Um comentário:

mahmoudkackley disse...

Betway Casino CT | JT Hub
Betway 강원도 출장마사지 Casino CT features a wide selection 세종특별자치 출장안마 of sports betting 태백 출장안마 options, including futures, props, and games to choose from. 부천 출장마사지 From sports to poker 경상남도 출장샵 to live