“A gamificação como ferramenta na área gerencial
O
mercado vive em constantes mudanças e evolução. Com isso, as empresas precisam
ficar atentas para o surgimento de novas tecnologias e modelos de negócios para
se manterem competitivas e em destaque. Após dois anos de pandemia, os
empresários devem ter em mente quais os rumos que devem ser tomados para que a
empresa siga sendo competitiva e crescendo de forma sustentada.
Para
2022, algumas tendências na área de gestão devem estar no radar das
organizações. A primeira delas é a necessidade adotar soluções vinculadas ao
modelo ESG, sigla em inglês para boas práticas ambientais, sociais e de
governança corporativa. O mercado exige que as empresas atuem de forma mais
responsável em toda sua cadeia de produção e, para isso, é fundamental mudar a
cultura de muitas delas. Existe também a tendência da internacionalização, ou
seja, as organizações brasileiras que desejam expandir os seus negócios já
percebem que o investimento em tecnologia é fundamental para alcançar o mercado
externo.
No
entanto, uma tendência que está chegando forte é a gamificação, conceito
difundido pelo programador e game designer Nick Pelling nos anos 2000, que se
tornou popular ao utilizar estratégias de jogos para que a empresa alcance os
resultados esperados. O grande objetivo dessa ação é promover jogos que
oferecem aspectos semelhantes com a atividades da empresa na qual o colaborador
possa se engajar e receber recompensas pelo seu esforço.
A
estratégia de gamificação estimula as equipes e fazem com que elas atinjam um
alto nível de desempenho por meio de técnicas de motivação e feedback em tempo
real. Uma empresa que ilustra o uso desse conceito é a Microsoft. Para
certificar que as traduções de seus sites estavam corretas, ela desenvolveu o
jogo “Qualidade de Linguagem”, no qual os colaboradores identificam erros na
tradução de forma mais dinâmica e ganham bonificações por isso. Além disso,
recentemente, a organização comprou a empresa de games Activision Blizzard,
indicando que investirá nesse segmento não só internamente, mas junto aos
consumidores também.
Para
aplicar esse conceito, as empresas precisam pensar em seis pilares. Os dois
primeiros são as regras e as metas. Por se tratar de um jogo é esperado que a
organização saiba quais são os objetivos e o caminho para que a estratégia
funcione. O feedback, também, é de extrema importância já que uma das grandes
intenções da gamificação é que os colaboradores recebam um retorno em tempo
real das suas atividades. Vale ressaltar que, quando a estratégia é bem
executada, o colaborador tem mais vontade de colaborar de forma espontânea e,
por isso, a participação voluntária se torna o quarto pilar da gamificação.
Por fim,
o aprendizado que o jogo gera e a premiação são elementos-base para que esse
conceito funcione. Esse método não deve ser utilizado só como forma de
descontrair, mas com o objetivo que o empregado colabore, se capacitando e
adquirindo novos conhecimentos, que poderão ajudá-lo na sua rotina de trabalho.
Essa estratégia pode ser utilizada de diferentes formas, como em processos
seletivos ou na comunicação interna. Cabe à empresa identificar como a
gamificação pode ser inserida no seu contexto corporativo e acompanhar as
novidades do setor.”.
(Rafael Dantas. Superintendente da Câmara
Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O
TEMPO Belo Horizonte, edição de 22 de janeiro de 2022, caderno OPINIÃO,
página 15).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no jornal FOLHA DE S.PAULO, edição de 15 de julho de
2020, caderno opinião, coluna TENDÊNCIAS / DEBATES, página A3, de
autoria de Paulo Lotufo, epidemiologista, é professor titular de clínica
médica e diretor do Centro de Pesquisa Clínica e Epidemiológica da Faculdade de
Medicina da USP, e que merece igualmente integral transcrição:
“Contar mortes na Covid-19
é
um ato de empatia
A pandemia da Covid-19 nos obriga a contar as mortes
dia a dia. O governo federal se incomoda com o foco nos óbitos. Incialmente,
comparavam mortes devido ao coronavírus com aquelas devido às doenças crônicas.
Um
absurdo equivalente ao de minimizar a tragédia de Brumadinho, em 2019, que
vitimou 270 pessoas, comparando esse número de vítimas ao número equivalente de
mineiros mortos por câncer durante quatro dias em 2018. No entanto, essa
comparação deixou de ser interessante para o governo federal quando a Covid-19
passou a matar mais do que as 980 mortes por doenças cardiovasculares ocorridas
diariamente nos anos anteriores.
O novo
artifício foi utilizar canhestramente a “morte por milhão”. Por serem neófitos
em epidemiologia, eles se referem à taxa de mortalidade que é usualmente apresentada
por 100 mil habitantes. A taxa de mortalidade é a razão do número de mortes
pela população correspondente. Para se calcular uma taxa, condiciona-se que na
população de referência (denominador) sejam contabilizadas as mortes de pessoas
estariam incluídas nos casos (numerador). Por exemplo, a mortalidade materna é
calculada sobre o número de mulheres em idade fértil, e não sobre todas as
mulheres de uma localidade.
Na
pandemia, com temporalidades distintas atingindo diferentes regiões, as taxas devem
ser calculadas pela população das regiões atingidas, e não pela população de
todo o país. Assim, comparar taxas do Brasil com as da Bélgica, onde 100% do
país foi atingido pela Covid-19, é um equívoco repetido.
Outro
ponto relevante é que taxas de mortalidade implicam necessariamente o ajuste por
idade, principalmente em uma epidemia que atinge os mais idosos. Na comparação
entre localidades, como entre os distritos da cidade de São Paulo, a comparação
das taxas ajustadas por idade mostrou risco 58% maior nos bairros mais pobres,
porque o risco de morte abaixo dos 60 anos de idade tem sido muito maior nos
bairros pobres.
A
quantificação de mortes pode ser realizada por contagem simples dia a dia, e há
instrumental estatístico apropriado, mas não utilizado, para verificar se as
tendências são estatisticamente significativas ao apontarem aumento,
estabilidade ou queda.
No
entanto, o mais importante para quantificar o impacto da epidemia na
mortalidade de uma sociedade é comparar o número de mortes em uma localidade no
período da epidemia com o número de óbitos ocorridos em períodos equivalentes
em anos anteriores. Nós conseguimos mostrar que houve aumento estatisticamente
maior em São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Manaus.
Esse
indicador é mais preciso do que o número de mortes por casos comprovados pela
Covid-19, porque mostra a letalidade do coronavírus em outras condições que
desconhecíamos, principalmente as cardíacas e renais. Além de permitir o efeito
competitivo no atendimento médico hospitalar provocado pelo excesso de casos de
Covid-19, em que pessoas que se acidentaram ou sofreram ataque cardíaco ou
complicações de doenças crônicas não conseguem atendimento porque as salas de
emergência e leitos de internação estão ocupados por pacientes com o
coronavírus. Não foi à toa que órgãos de imprensa como Financial Times, The
Economist e The New York Times utilizaram esse indicador. É interessante
mostrar, por exemplo, que o excesso de mortes em São Paulo em 2020 nunca
superou 70%, enquanto em Nova York atingiu 400%.
Descrever
o número de óbitos é exercício de compaixão. Um legado da pandemia atual será
que a preservação da vida se tornou o objetivo principal da sociedade.
Brasileiros, devemos nos orgulhar que não criamos critérios para salvar ou não
salvar uma vida. Aqui não ocorreu o mesmo que na Itália, onde vagas em terapia
intensiva foram negadas aos idosos.
Umberto
Eco distinguiu aqueles que “brigam pela vida” em contraposição àqueles que
“vivem para a briga”. Os primeiros criaram redes de apoio para minimizar as
mazelas de uma doença d valorizam a vida. Os segundos boicotam iniciativas,
fazem troça da morte com enterros simulados em restaurantes gaúchos, em
passeios paulistanos ou chutando cruzes em praias cariocas.
A “taxa
por milhão” utilizada para mostrar que o Brasil teria risco menor de Covid-19
do que Andorra ou San Marino é um marcador da falta de empatia. Os que
dignificam a vida continuarão a contar morte a morte para monitorar a pandemia,
para reverenciar aqueles que se foram e para consolar os seus familiares e
amigos que nem sequer conseguiram honrá-los em velórios e enterros dignos pelas
condições impostas pela contagiosidade da doença.
A
pandemia nos colocou em um outro marco civilizatório. Contar as mortes com
critérios científicos é a melhor forma de honrar aqueles que partiram.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 132 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da
fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias,
portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
60
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes...
porque os diamantes são eternos!
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!”.
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