quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DAS NOVAS TECNOLOGIAS E PEDAGOGIA DA GAMIFICAÇÃO NA QUALIFICAÇÃO DA GESTÃO CORPORATIVA NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DA CIÊNCIA E EMPATIA NA PRESERVAÇÃO DA VIDA NA SUSTENTABILIDADE

“A gamificação como ferramenta na área gerencial

        O mercado vive em constantes mudanças e evolução. Com isso, as empresas precisam ficar atentas para o surgimento de novas tecnologias e modelos de negócios para se manterem competitivas e em destaque. Após dois anos de pandemia, os empresários devem ter em mente quais os rumos que devem ser tomados para que a empresa siga sendo competitiva e crescendo de forma sustentada.

         Para 2022, algumas tendências na área de gestão devem estar no radar das organizações. A primeira delas é a necessidade adotar soluções vinculadas ao modelo ESG, sigla em inglês para boas práticas ambientais, sociais e de governança corporativa. O mercado exige que as empresas atuem de forma mais responsável em toda sua cadeia de produção e, para isso, é fundamental mudar a cultura de muitas delas. Existe também a tendência da internacionalização, ou seja, as organizações brasileiras que desejam expandir os seus negócios já percebem que o investimento em tecnologia é fundamental para alcançar o mercado externo.

         No entanto, uma tendência que está chegando forte é a gamificação, conceito difundido pelo programador e game designer Nick Pelling nos anos 2000, que se tornou popular ao utilizar estratégias de jogos para que a empresa alcance os resultados esperados. O grande objetivo dessa ação é promover jogos que oferecem aspectos semelhantes com a atividades da empresa na qual o colaborador possa se engajar e receber recompensas pelo seu esforço.

         A estratégia de gamificação estimula as equipes e fazem com que elas atinjam um alto nível de desempenho por meio de técnicas de motivação e feedback em tempo real. Uma empresa que ilustra o uso desse conceito é a Microsoft. Para certificar que as traduções de seus sites estavam corretas, ela desenvolveu o jogo “Qualidade de Linguagem”, no qual os colaboradores identificam erros na tradução de forma mais dinâmica e ganham bonificações por isso. Além disso, recentemente, a organização comprou a empresa de games Activision Blizzard, indicando que investirá nesse segmento não só internamente, mas junto aos consumidores também.

         Para aplicar esse conceito, as empresas precisam pensar em seis pilares. Os dois primeiros são as regras e as metas. Por se tratar de um jogo é esperado que a organização saiba quais são os objetivos e o caminho para que a estratégia funcione. O feedback, também, é de extrema importância já que uma das grandes intenções da gamificação é que os colaboradores recebam um retorno em tempo real das suas atividades. Vale ressaltar que, quando a estratégia é bem executada, o colaborador tem mais vontade de colaborar de forma espontânea e, por isso, a participação voluntária se torna o quarto pilar da gamificação.

         Por fim, o aprendizado que o jogo gera e a premiação são elementos-base para que esse conceito funcione. Esse método não deve ser utilizado só como forma de descontrair, mas com o objetivo que o empregado colabore, se capacitando e adquirindo novos conhecimentos, que poderão ajudá-lo na sua rotina de trabalho. Essa estratégia pode ser utilizada de diferentes formas, como em processos seletivos ou na comunicação interna. Cabe à empresa identificar como a gamificação pode ser inserida no seu contexto corporativo e acompanhar as novidades do setor.”.

(Rafael Dantas. Superintendente da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 22 de janeiro de 2022, caderno OPINIÃO, página 15).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal FOLHA DE S.PAULO, edição de 15 de julho de 2020, caderno opinião, coluna TENDÊNCIAS / DEBATES, página A3, de autoria de Paulo Lotufo, epidemiologista, é professor titular de clínica médica e diretor do Centro de Pesquisa Clínica e Epidemiológica da Faculdade de Medicina da USP, e que merece igualmente integral transcrição:

“Contar mortes na Covid-19

   é um ato de empatia

A pandemia da Covid-19 nos obriga a contar as mortes dia a dia. O governo federal se incomoda com o foco nos óbitos. Incialmente, comparavam mortes devido ao coronavírus com aquelas devido às doenças crônicas.

         Um absurdo equivalente ao de minimizar a tragédia de Brumadinho, em 2019, que vitimou 270 pessoas, comparando esse número de vítimas ao número equivalente de mineiros mortos por câncer durante quatro dias em 2018. No entanto, essa comparação deixou de ser interessante para o governo federal quando a Covid-19 passou a matar mais do que as 980 mortes por doenças cardiovasculares ocorridas diariamente nos anos anteriores.

         O novo artifício foi utilizar canhestramente a “morte por milhão”. Por serem neófitos em epidemiologia, eles se referem à taxa de mortalidade que é usualmente apresentada por 100 mil habitantes. A taxa de mortalidade é a razão do número de mortes pela população correspondente. Para se calcular uma taxa, condiciona-se que na população de referência (denominador) sejam contabilizadas as mortes de pessoas estariam incluídas nos casos (numerador). Por exemplo, a mortalidade materna é calculada sobre o número de mulheres em idade fértil, e não sobre todas as mulheres de uma localidade.

         Na pandemia, com temporalidades distintas atingindo diferentes regiões, as taxas devem ser calculadas pela população das regiões atingidas, e não pela população de todo o país. Assim, comparar taxas do Brasil com as da Bélgica, onde 100% do país foi atingido pela Covid-19, é um equívoco repetido.

         Outro ponto relevante é que taxas de mortalidade implicam necessariamente o ajuste por idade, principalmente em uma epidemia que atinge os mais idosos. Na comparação entre localidades, como entre os distritos da cidade de São Paulo, a comparação das taxas ajustadas por idade mostrou risco 58% maior nos bairros mais pobres, porque o risco de morte abaixo dos 60 anos de idade tem sido muito maior nos bairros pobres.

         A quantificação de mortes pode ser realizada por contagem simples dia a dia, e há instrumental estatístico apropriado, mas não utilizado, para verificar se as tendências são estatisticamente significativas ao apontarem aumento, estabilidade ou queda.

         No entanto, o mais importante para quantificar o impacto da epidemia na mortalidade de uma sociedade é comparar o número de mortes em uma localidade no período da epidemia com o número de óbitos ocorridos em períodos equivalentes em anos anteriores. Nós conseguimos mostrar que houve aumento estatisticamente maior em São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Manaus.

         Esse indicador é mais preciso do que o número de mortes por casos comprovados pela Covid-19, porque mostra a letalidade do coronavírus em outras condições que desconhecíamos, principalmente as cardíacas e renais. Além de permitir o efeito competitivo no atendimento médico hospitalar provocado pelo excesso de casos de Covid-19, em que pessoas que se acidentaram ou sofreram ataque cardíaco ou complicações de doenças crônicas não conseguem atendimento porque as salas de emergência e leitos de internação estão ocupados por pacientes com o coronavírus. Não foi à toa que órgãos de imprensa como Financial Times, The Economist e The New York Times utilizaram esse indicador. É interessante mostrar, por exemplo, que o excesso de mortes em São Paulo em 2020 nunca superou 70%, enquanto em Nova York atingiu 400%.

         Descrever o número de óbitos é exercício de compaixão. Um legado da pandemia atual será que a preservação da vida se tornou o objetivo principal da sociedade. Brasileiros, devemos nos orgulhar que não criamos critérios para salvar ou não salvar uma vida. Aqui não ocorreu o mesmo que na Itália, onde vagas em terapia intensiva foram negadas aos idosos.

         Umberto Eco distinguiu aqueles que “brigam pela vida” em contraposição àqueles que “vivem para a briga”. Os primeiros criaram redes de apoio para minimizar as mazelas de uma doença d valorizam a vida. Os segundos boicotam iniciativas, fazem troça da morte com enterros simulados em restaurantes gaúchos, em passeios paulistanos ou chutando cruzes em praias cariocas.

         A “taxa por milhão” utilizada para mostrar que o Brasil teria risco menor de Covid-19 do que Andorra ou San Marino é um marcador da falta de empatia. Os que dignificam a vida continuarão a contar morte a morte para monitorar a pandemia, para reverenciar aqueles que se foram e para consolar os seus familiares e amigos que nem sequer conseguiram honrá-los em velórios e enterros dignos pelas condições impostas pela contagiosidade da doença.

         A pandemia nos colocou em um outro marco civilizatório. Contar as mortes com critérios científicos é a melhor forma de honrar aqueles que partiram.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 132 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em novembro a estratosférica marca de 346,12% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 129,64%; e já o IPCA, em dezembro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 10,06%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 521 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 “VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos! 

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

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