(Janeiro/22 = mês 62/ faltam 108 meses para a Primavera Brasileira)
“Técnicas de startups para uma empresa
tradicional
São
muitos os aprendizados que as empresas jovens e ágeis trazem ao mercado
tradicional. Assim como também são muitas as lições que o mundo tradicional
traz como experiência de sucesso. No plano do desenvolvimento de startups, que
acompanho há mais de 20 anos, temos muito proveito a tirar como desenvolvimento
dessa nova economia híbrida, que integra visões e jeitos.
Temos
diversos bons exemplos na área, um deles é a Amazon, que começou vendendo
livros online em 1994. Agora os servidores Amazon Web Service (AWS) alimentam
uma grande parte da internet, geram mais de US$ 35 bilhões em receita anual e
um valor de mercado próximo a US$ 1 trilhão.
Há
também a Google, que começou puramente como um mecanismo de busca na garagem de
seus fundadores em 1998. Nas últimas duas décadas, eles adicionaram e-mail
(Gmail), análises (Analytics), telefones, sistemas operacionais, navegadores,
realidade aumentada, serviços em nuvem, publicidade e muitos mais produtos à
sua linha.
Outro
exemplo inspirador: imagine em 2004 um empreendedor abrindo uma loja virtual
para vender equipamentos de snow board (skate no gelo) online a partir do
Canadá, em um site de comércio eletrônico chamado Snowdevil, projetado por ele
mesmo, Tobias Lüke, uma vez que julgou ruins todas as plataformas de vendas
online disponíveis.
Tempos
depois, com a visão de sempre buscar um melhor modelo de negócio, como todo bom
empreendedor, percebeu que a locação desses sites para outras empresas que
quisessem usar como o serviço daria mais dinheiro e era um mercado maior.
Morria a Snowdevil e nascia a Shopfy, em 2006. Hoje a Shopfy tem um valor de
mercado em bolsa de valores superior a US$ 190 bilhões.
Essa
percepção de mudança e oportunidade é extrema, mas muito comum no mundo das
startups em proporções variadas. Diferente de uma empresa tradicional, uma
startup está sempre “olhando no olho” do cliente e do mercado e percebendo como
se adaptar. Sem ficar presos a um plano de negócio rígido, os bons
empreendedores de startups estão sempre em busca de aprimorar seu modelo de
negócio.
Por isso
que, no mundo da inovação, perceber o que há de melhor na cultura e no jeito
das startups pode fazer muita diferença para seu negócio viver, melhorar ou
definhar e morrer. O mundo da Tecnologia da Informação (TI) e do software
evoluiu muito desde então e todas essas mudanças estão disponíveis como lições
de empresas incríveis logo aqui na nossa frente, em Minas e no mundo.
Algumas
empresas são referência em adaptabilidade, mas isso sempre é determinado pela
forma de pensar do empreendedor, do empresário. No Sindinfor, por exemplo,
sempre defendemos e levamos as soluções de transformação digital e novas
tecnologias de gestão dos associados a milhares de empresas tradicionais.
Vivemos
em uma era na qual o ciclo da mudança está cada vez mais curto e, como dizia
Darwin, o mundo não é dos mais fortes, mas dos que sabem se adaptar.”.
(Fábio Veras. Presidente do Sindicato da
Indústria de Software e da Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais,
em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 10 de
dezembro de 2021, caderno OPINIÃO, página 19).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no site www.cnbb.org.br,
edição de 27 de dezembro de 2021, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE
AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente
integral transcrição:
“SOBRIEDADE DO NATAL
Natal
é tempo de aprender e reaprender lições, oportunidade para recuperar
sentimentos perdidos e desgastados. Os embates do dia a dia, com o peso de seus
descompassos, ferem a interioridade humana, contaminada, sobretudo, por uma
indiferença em relação àqueles que padecem com a forma ou com a solidão. Sejam,
pois, aproveitadas as celebrações litúrgicas e as confraternizações que reavivam
a grandeza e a especialidade do Natal para modular o coração humano,
especialmente qualificando-o para conquistar a sobriedade. Trata-se de uma
exigência, principalmente neste contexto em que milhões de brasileiros sofrem
por não ter o que comer. O cultivo da sobriedade é gesto solidário, com
propriedade para configurar um urgente estilo de vida, essencial a assegurar
mais igualdade, para que todos sejam respeitados nos parâmetros das garantias
constitucionais de uma democracia balizada por valores humanísticos, que busca
o desenvolvimento integral.
A lição
da sobriedade remete à revelação maior do amor: a encarnação do Verbo, Jesus
Cristo, o Menino Deus, com um jeito de ser simples, que nasce igual aos seres
humanos, em tudo, exceto no pecado. Deus é simples e a simplicidade é
instrumento para fecundar a sobriedade, na margem oposta de todo tipo de
soberba e ostentação. Por isso mesmo, tem força pedagógica a tradição cristã
vivida há mais de oito séculos, iniciada por São Francisco de Assis: preparar
nas casas, igrejas, praças públicas, em tamanhos diferentes, com peculiaridades
artísticas variadas, em singulares belezas, os presépios. Uma arte que remete à
simplicidade de Deus, corrigindo todo tipo de soberba e ostentação. A grandeza
do amor se revela na simplicidade de uma manjedoura, apontando a possibilidade
de se curar o orgulho que alimenta o apego mesquinho, mal que leva à defesa
cega de interesses egoístas, gerando cenários em que muitos não têm o mínimo,
enquanto outros, mesmo impondo sacrifícios a seus semelhantes, estão apegados
ao supérfluo.
Sem sobriedade
não há simplicidade, precipitando as pessoas no hábito do desperdício e da
ostentação. Buscar uma vida mais sóbria é exercício humanitário, espiritual e
cidadão que leva mais rapidamente a uma alegria duradoura. Essa alegria confere
mais clarividência ao ser humano, preparando-o para escolhas mais acertadas,
para enxergar os rumos que conduzem a uma vida mais feliz. Na direção oposta, a
falta de sobriedade, por não se buscar uma vida mais simples, aponta para
vazios interiores. Uma carência que aprisiona pessoas em fantasias, levando-as
a cometer verdadeiros desvarios, provocar descompassos e destruições de todo
tipo, não raramente contando com amparo de leis. Assim, a falta de sobriedade
pode levar à defesa de situações injustificáveis, até com argumentos
aparentemente racionais, em nome da preservação de zonas de conforto, mesmo que
isso signifique ferir o bem comum. Nesse sentido, não se compreende, nem pela
racionalidade legislativa, a decisão de se reservar bilhões do erário público
para um fundo eleitoral, quando milhões de brasileiros convivem com a miséria e
a fome.
Somente
a sobriedade pode recuperar a imprescindível sensatez, perdida pela ganância,
modulando mentes e corações para não se apegar a privilégios. Uma sociedade
mais sóbria é capaz de corrigir cenários vergonhosos nos contextos políticos,
econômico e cultural. Há, pois, expectativas de reconfigurações sistêmicas na
política e na economia, mas essas intervenções devem ser acompanhadas de
dinâmicas que garantam mais sobriedade na vida de todo cidadão. Mudanças que
contemplem novos hábitos relacionados ao comer e ao beber, ao vestir-se e à
moradia. Importante também cultivar mais sobriedade ao se expressar, evitando,
dentre outros aspectos, os precipícios das polarizações, dos acirramentos
ideológicos e dos preconceitos, por motivações político-partidárias ou
descompassos nas estruturas afetivo-emocionais.
O grande
horizonte deste tempo de celebração do Nascimento de Jesus é a fraternidade
universal que, para ser alcançada, exige da humanidade um longo caminho. Nesse
trajeto, imprescindível é cultivar a sobriedade – disciplina humana e
espiritual – para ir ao encontro do outro, especialmente do pobre. Uma vida
mais sóbria precisa também contemplar o hábito de se lembrar dos famintos e com
eles repartir o alimento da própria mesa, de não espalhar preconceitos ou
futilidades, de viver a solidariedade, para ser capaz de novas escolhas,
contribuindo para que o novo ano seja oportunidade para novos rumos. Natal, um
convite à sobriedade, sem aglomerações ou gritarias, para não se correr mais
riscos com a pandemia e nem ofuscar a chegada de Deus, que se faz notar pelo
silêncio contemplativo, pela simplicidade. Deus ensina a lição da sobriedade no
Natal, o verdadeiro Natal Feliz, com força para configurar um tempo novo,
esperança para toda a humanidade.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 132 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia,
da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade
universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
60
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes...
porque os diamantes são eternos!
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!”.
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