segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A FORÇA TRANSFORMADORA DAS NOVAS TECNOLOGIAS E STARTUPS NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E AS LUZES DA SOBRIEDADE E SOLIDARIEDADE DO NATAL NA PROMOÇÃO DA NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE (62/108)

(Janeiro/22 = mês 62/ faltam 108 meses para a Primavera Brasileira)

“Técnicas de startups para uma empresa tradicional

        São muitos os aprendizados que as empresas jovens e ágeis trazem ao mercado tradicional. Assim como também são muitas as lições que o mundo tradicional traz como experiência de sucesso. No plano do desenvolvimento de startups, que acompanho há mais de 20 anos, temos muito proveito a tirar como desenvolvimento dessa nova economia híbrida, que integra visões e jeitos.

         Temos diversos bons exemplos na área, um deles é a Amazon, que começou vendendo livros online em 1994. Agora os servidores Amazon Web Service (AWS) alimentam uma grande parte da internet, geram mais de US$ 35 bilhões em receita anual e um valor de mercado próximo a US$ 1 trilhão.

         Há também a Google, que começou puramente como um mecanismo de busca na garagem de seus fundadores em 1998. Nas últimas duas décadas, eles adicionaram e-mail (Gmail), análises (Analytics), telefones, sistemas operacionais, navegadores, realidade aumentada, serviços em nuvem, publicidade e muitos mais produtos à sua linha.

         Outro exemplo inspirador: imagine em 2004 um empreendedor abrindo uma loja virtual para vender equipamentos de snow board (skate no gelo) online a partir do Canadá, em um site de comércio eletrônico chamado Snowdevil, projetado por ele mesmo, Tobias Lüke, uma vez que julgou ruins todas as plataformas de vendas online disponíveis.

         Tempos depois, com a visão de sempre buscar um melhor modelo de negócio, como todo bom empreendedor, percebeu que a locação desses sites para outras empresas que quisessem usar como o serviço daria mais dinheiro e era um mercado maior. Morria a Snowdevil e nascia a Shopfy, em 2006. Hoje a Shopfy tem um valor de mercado em bolsa de valores superior a US$ 190 bilhões.

         Essa percepção de mudança e oportunidade é extrema, mas muito comum no mundo das startups em proporções variadas. Diferente de uma empresa tradicional, uma startup está sempre “olhando no olho” do cliente e do mercado e percebendo como se adaptar. Sem ficar presos a um plano de negócio rígido, os bons empreendedores de startups estão sempre em busca de aprimorar seu modelo de negócio.

         Por isso que, no mundo da inovação, perceber o que há de melhor na cultura e no jeito das startups pode fazer muita diferença para seu negócio viver, melhorar ou definhar e morrer. O mundo da Tecnologia da Informação (TI) e do software evoluiu muito desde então e todas essas mudanças estão disponíveis como lições de empresas incríveis logo aqui na nossa frente, em Minas e no mundo.

         Algumas empresas são referência em adaptabilidade, mas isso sempre é determinado pela forma de pensar do empreendedor, do empresário. No Sindinfor, por exemplo, sempre defendemos e levamos as soluções de transformação digital e novas tecnologias de gestão dos associados a milhares de empresas tradicionais.

         Vivemos em uma era na qual o ciclo da mudança está cada vez mais curto e, como dizia Darwin, o mundo não é dos mais fortes, mas dos que sabem se adaptar.”.

(Fábio Veras. Presidente do Sindicato da Indústria de Software e da Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 10 de dezembro de 2021, caderno OPINIÃO, página 19).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.cnbb.org.br, edição de 27 de dezembro de 2021, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“SOBRIEDADE DO NATAL

        Natal é tempo de aprender e reaprender lições, oportunidade para recuperar sentimentos perdidos e desgastados. Os embates do dia a dia, com o peso de seus descompassos, ferem a interioridade humana, contaminada, sobretudo, por uma indiferença em relação àqueles que padecem com a forma ou com a solidão. Sejam, pois, aproveitadas as celebrações litúrgicas e as confraternizações que reavivam a grandeza e a especialidade do Natal para modular o coração humano, especialmente qualificando-o para conquistar a sobriedade. Trata-se de uma exigência, principalmente neste contexto em que milhões de brasileiros sofrem por não ter o que comer. O cultivo da sobriedade é gesto solidário, com propriedade para configurar um urgente estilo de vida, essencial a assegurar mais igualdade, para que todos sejam respeitados nos parâmetros das garantias constitucionais de uma democracia balizada por valores humanísticos, que busca o desenvolvimento integral.

         A lição da sobriedade remete à revelação maior do amor: a encarnação do Verbo, Jesus Cristo, o Menino Deus, com um jeito de ser simples, que nasce igual aos seres humanos, em tudo, exceto no pecado. Deus é simples e a simplicidade é instrumento para fecundar a sobriedade, na margem oposta de todo tipo de soberba e ostentação. Por isso mesmo, tem força pedagógica a tradição cristã vivida há mais de oito séculos, iniciada por São Francisco de Assis: preparar nas casas, igrejas, praças públicas, em tamanhos diferentes, com peculiaridades artísticas variadas, em singulares belezas, os presépios. Uma arte que remete à simplicidade de Deus, corrigindo todo tipo de soberba e ostentação. A grandeza do amor se revela na simplicidade de uma manjedoura, apontando a possibilidade de se curar o orgulho que alimenta o apego mesquinho, mal que leva à defesa cega de interesses egoístas, gerando cenários em que muitos não têm o mínimo, enquanto outros, mesmo impondo sacrifícios a seus semelhantes, estão apegados ao supérfluo.

         Sem sobriedade não há simplicidade, precipitando as pessoas no hábito do desperdício e da ostentação. Buscar uma vida mais sóbria é exercício humanitário, espiritual e cidadão que leva mais rapidamente a uma alegria duradoura. Essa alegria confere mais clarividência ao ser humano, preparando-o para escolhas mais acertadas, para enxergar os rumos que conduzem a uma vida mais feliz. Na direção oposta, a falta de sobriedade, por não se buscar uma vida mais simples, aponta para vazios interiores. Uma carência que aprisiona pessoas em fantasias, levando-as a cometer verdadeiros desvarios, provocar descompassos e destruições de todo tipo, não raramente contando com amparo de leis. Assim, a falta de sobriedade pode levar à defesa de situações injustificáveis, até com argumentos aparentemente racionais, em nome da preservação de zonas de conforto, mesmo que isso signifique ferir o bem comum. Nesse sentido, não se compreende, nem pela racionalidade legislativa, a decisão de se reservar bilhões do erário público para um fundo eleitoral, quando milhões de brasileiros convivem com a miséria e a fome.

         Somente a sobriedade pode recuperar a imprescindível sensatez, perdida pela ganância, modulando mentes e corações para não se apegar a privilégios. Uma sociedade mais sóbria é capaz de corrigir cenários vergonhosos nos contextos políticos, econômico e cultural. Há, pois, expectativas de reconfigurações sistêmicas na política e na economia, mas essas intervenções devem ser acompanhadas de dinâmicas que garantam mais sobriedade na vida de todo cidadão. Mudanças que contemplem novos hábitos relacionados ao comer e ao beber, ao vestir-se e à moradia. Importante também cultivar mais sobriedade ao se expressar, evitando, dentre outros aspectos, os precipícios das polarizações, dos acirramentos ideológicos e dos preconceitos, por motivações político-partidárias ou descompassos nas estruturas afetivo-emocionais.

         O grande horizonte deste tempo de celebração do Nascimento de Jesus é a fraternidade universal que, para ser alcançada, exige da humanidade um longo caminho. Nesse trajeto, imprescindível é cultivar a sobriedade – disciplina humana e espiritual – para ir ao encontro do outro, especialmente do pobre. Uma vida mais sóbria precisa também contemplar o hábito de se lembrar dos famintos e com eles repartir o alimento da própria mesa, de não espalhar preconceitos ou futilidades, de viver a solidariedade, para ser capaz de novas escolhas, contribuindo para que o novo ano seja oportunidade para novos rumos. Natal, um convite à sobriedade, sem aglomerações ou gritarias, para não se correr mais riscos com a pandemia e nem ofuscar a chegada de Deus, que se faz notar pelo silêncio contemplativo, pela simplicidade. Deus ensina a lição da sobriedade no Natal, o verdadeiro Natal Feliz, com força para configurar um tempo novo, esperança para toda a humanidade.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 132 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em novembro a estratosférica marca de 346,12% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 129,64%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 10,74%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 521 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 “VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos! 

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

   

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