terça-feira, 9 de agosto de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DAS PRIMÍCIAS ALIMENTARES E DA VIDA INTEGRAL NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DA POLÍTICA, DIGNIDADE HUMANA, JUSTIÇA SOCIAL E DEMOCRACIA PARA A QUALIFICAÇÃO DA CIDADANIA NA SUSTENTABILIDADE

“A vida no bico do peito

       Desde o nascimento, a vida manifesta a necessidade de se abastecer com elementos básicos, essenciais para sua condição, como alimento, proteção, carinho e cuidado. E o leite materno é a união de todos esses ingredientes. Ao falar da amamentação, que ganha destaque ainda maior durante o Agosto Dourado, poderíamos debruçar sobre a importância do leite materno como o responsável por estabelecer o vínculo entre mãe e bebê – um aspecto sobre o qual a psicologia debruça com intensidade.

         Também é possível destacá-lo com a visão da obstetrícia, que defende que a amamentação na primeira hora de vida protege a mão de contrações uterinas ainda existentes no pós-parto, evitando assim riscos de hemorragias. Mas é essencial também apontar a importância do alimento para o bebê, dentro daquilo que a pediatria e a nutrição exploram. Simplesmente não há, na natureza, qualquer outro alimento que seja potencialmente mais rico para o ser humano que o leite materno.

         Isso pode ser observado na sua composição, e de maneira tal que não é possível inserir tudo num pequeno artigo. Mas basta apontar que há desde glóbulos brancos, anticorpos e enzimas, que fortalecem o sistema imunológico da criança, passando pela presença de várias vitaminas (A, B12, C, D, E e K) e ainda outras substâncias promotoras do desenvolvimento infantil, como cálcio, sódio, zinco, fósforo, potássio e ferro.

         A vastidão de propriedades do leite materno é tão extensa que a ciência ainda realiza, com certa frequência, novas descobertas sobre sua importância. Uma das mais recentes, feita por cientistas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), mostrou que o leite de uma mãe vacinada contra o coronavírus foi capaz de curar um paciente portador de imunodeficiência genética e com quadro crônico de Covid-19).

         Outros estudos, também recentes, sugerem que o alimento pode conter células-tronco que são fundamentais para o desenvolvimento cerebral, atuando no fortalecimento cognitivo do bebê. Uma terceira descoberta, feita na Alemanha, mostra que a alarmina, molécula presente em grande quantidade no leite materno, é uma importante influenciadora no abastecimento de micro-organismos na flora intestinal da criança. Essa descoberta pode desencadear novas pesquisas que ajudem a fornecer esses recursos de forma processada para bebês que não conseguem amamentar.

         Ainda que haja tantas propriedades, o aleitamento materno hoje parece ser um mero privilégio da minoria da população mundial. Dados da Unicef revelam que apenas 39% das mães nutrem seus bebês exclusivamente com leite materno nos seis primeiros meses de vida, o que significa que temos uma margem muito grande e preocupante de bebês com possíveis deficiências nutricionais.

         O Agosto Dourado vai muito além do incentivo ao aleitamento, ele vai de encontro ao apoio que a mulher precisa receber neste momento, que por vezes, é delicado. Muitas querem amamentar, mas não conseguem por diversos motivos, como retorno ao trabalho, falta de apoio tanto do parceiro quanto da família, além de questões psicológicas, relacionadas a fragilidade deste momento. O objetivo principal é apoiar e incentivar, não julgar aquelas que de alguma forma têm dificuldade de exercer a amamentação.

         Por isso, o mês que promove a amamentação também faz referência à adoção de políticas públicas em prol da saúde, dotando as mães de condições adequadas para amamentar. Aquelas que não conseguem de forma nenhuma exercer esse aleitamento, há fórmulas que podem suprir os nutrientes encontrados no leite materno. Por isso, é importante o acompanhamento médico nessa fase, pois ele saberá indicar a melhor maneira de tratar em cada caso.”.

(Dra. Lúcia Morgado. Médica pediatra e coordenadora do Núcleo de Pediatria do Hospital Felício Rocho, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 8 de agosto de 2022, caderno OPINIÃO, página 16).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 05 de agosto de 2022, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Política e força moral

       O ano eleitoral de 2022 precisa incluir a importante tarefa de olhar o conjunto da comunidade política: não se pode considerar somente o Poder Executivo Federal. A indispensável conscientização política neste momento pede, dos cidadãos, essa tarefa – pois também é especialmente importante o conjunto de cargos eletivos que compõem as assembleias legislativas e o Congresso Nacional. A definição do voto não pode se pautar ainda, simplesmente, pelas polarizações ou “paixões” costumeiras, sob pena de inadequado discernimento para escolhas tão importantes. Para efetivar uma política melhor, alicerçada no bem, sem submissão a interesses cartoriais e oligárquicos, capaz de ajudar na reconstrução da sociedade brasileira nos parâmetros da justiça e da paz, é fundamental escolher pessoas com envergadura moral e competência política. Neste horizonte, deve-se também observar e identificar aqueles que têm compromisso explícito, claro e comprovado com o sistema democrático.

         A fidelidade aos princípios democráticos define a autoridade e a força moral dos candidatos. A Igreja Católica, em sua Doutrina Social, sublinha a importância da democracia, que assegura a participação dos cidadãos na vida política, a possibilidade de os governados elegerem e controlarem seus governantes. Por isso mesmo, neste ano eleitoral, sejam incansavelmente reafirmados os valores da democracia, irradiando uma luz que se acende na escuridão. Ao promoverem os valores democráticos, reconheça-se que uma autêntica democracia, conforme ensina a Doutrina Social da Igreja, é bem mais que a inegociável dimensão do respeito formal às regras das instituições. Contempla a convicta aceitação dos princípios essenciais ao fortalecimento do sistema democrático, que incluem o respeito à dignidade da pessoa humana e de seus direitos, a promoção do bem comum como fim e critério regulador das atividades políticas. E nesse horizonte, deve-se considerar a indissociável vinculação entre os campos social e ambiental, nos ricos parâmetros da ecologia integral, magistralmente apresentados pela Papa Francisco na Carta Encíclica Laudato Si’ – sobre o cuidado com a casa comum.

         Se não há fidelidade aos valores democráticos não se pode merecer a confiança do voto, pois desrespeita-se o verdadeiro sentido da democracia, comprometendo a sua estabilidade. O relativismo ético, que desconsidera critérios universais, a exemplo dos valores democráticos, é sério risco para o pleno exercício da cidadania. Seja, pois, observada a trajetória de cada candidato, para identificar se há fidelidade a entendimentos indispensáveis para o exercício da representação política. Quem assume a responsabilidade ocupar cargos nas instâncias do poder, a partir do processo eleitoral, não pode subestimar a dimensão moral de sua representação. Isto significa, em primeiro lugar, que os políticos precisam ser realmente sensíveis às necessidades da população, procurando soluções para problemas sociais e ambientais.

         O exercício do poder político, quando não é orientado a partir de adequados princípios morais, contribui para gerar deformações no sistema democrático – a exemplo da corrupção política, das manipulações interesseiras, da defesa de grupos oligárquicos, traindo os valores da justiça social. A carência de respeito à dimensão moral explica porque há, na atualidade, uma crescente desconfiança relacionada à política. Fundamental é buscar uma reação, “encantar” a política definindo os quadros que exercerão a representatividade dos cidadãos nas instâncias do poder, observando um aspecto que vai além de simpatias, favores recebidos ou paixões cegas: a corrida eleitoral pede a avaliação da dimensão moral de candidatos para efetivar escolhas capazes de contribuir com o fortalecimento da democracia, essencial à promoção de uma “primavera” de justiça social.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 132 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a estratosférica marca de 355,19% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,60%; e já o IPCA, em julho, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 10,07%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

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