sexta-feira, 12 de agosto de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES E DESAFIOS DO COMPLIANCE E LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS NA QUALIFICAÇÃO HUMANA E CIDADÃ E AS URGÊNCIAS E EXIGÊNCIAS DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A SAÚDE INTEGRAL NA NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE

“Compliance e Lei Geral de Proteção de Dados

       Com a presença cada vez mais necessária da tecnologia para uma proteção efetiva, por meio do uso de sistemas informatizados de controle de acesso por portaria remota e de outras ferramentas, as pessoas podem ter a sensação de que estão dentro de “Big Brother”.

         Você já se perguntou quantas vezes seus dados pessoais já circularam em operações simples, como a realização de uma compra, e em outras mais complexas, como a abertura de um empréstimo bancário? E o que pode ocorrer com seu cadastro pessoal, por exemplo, no meio digital, se ele não tiver nenhum tipo de proteção?

         Mas não é bem assim. As empresas de segurança privada adotam medidas rigorosas, com base em programas de compliance e em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

         Sancionada em 2018, a LGPD que tem como ênfase o respeito aos direitos dos titulares no que tange ao tratamento e à segurança das informações. Uma legislação de vanguarda, que ganhou um capítulo fundamental em agosto de 2021, quando passaram a vigorar as sanções administrativas. A proteção dos dados agora está na Constituição.

         Um ano após entrarem em vigor as sanções administrativas, destacamos a importância de uma lei que veio para regulamentar, no Brasil, o tratamento de dados pessoais, seja em meio físico ou digital, com o objetivo de proteger a privacidade das pessoas. Os dados pessoais, que são aqueles referentes à origem racial ou étnica, convicção religiosa, opinião política, filiação a sindicato ou a organização de caráter religioso, filosófico ou político, saúde ou vida sexual, dado genético ou biométrico.

         Lidamos com muitos dados pessoais com muitos dados pessoais, sejam de cadastro de clientes, colaboradores e fornecedores, que são armazenados em mídias digitais, equipamentos DVRs (do inglês, Digital Vídeo Recorder) utilizados para o sistema de CFTV (Circuito Fechado de Televisão) ou mesmo em nuvem. Por isso, é imperativo empregar recursos técnicos, administrativos e organizacionais no armazenamento, descarte e compartilhamento, assegurando a privacidade de todos.

         Neste sentido, serviços como o da Portaria Ativa podem ter acesso ao nome e telefone de moradores para a prevenção de assaltos, furtos e demais riscos e ameaças. O fornecimento de nome e telefone ao operador de central é essencial para a autorização dos acessos de visitantes e prestadores de serviço nas residências. Vale frisar que esses dados são restritos aos funcionários que operam o sistema de validação e cadastros, os quais recebem treinamento quanto às práticas de segurança da informação e compartilhamento de dados sensíveis.

         Considerada um avanço no que diz respeito à proteção de dados individuais, a LGPD é um marco na história do direito. Isso porque preenche uma lacuna, por meio da regularização da forma como se deve usar as informações dos cidadãos: para protegê-los, resguardar as garantias fundamentais, corroborando a todos liberdade e privacidade.”.

(Bruno Torchia. Compliance officer do Grupo Anjos da Guarda, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 9 de agosto de 2022, caderno OPINIÃO, página 21).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição e caderno, página 22, de autoria de Dr. Leonardo Salles de Almeida, cirurgião bariátrico e do aparelho digestivo do Instituto Mineiro de Obesidade (IMO), e que merece igualmente integral transcrição:

“Pandemia acelera obesidade infantil

       O ganho de peso entre crianças e adolescentes dá sinais de alerta global há algumas décadas. Porém, o quadro se agravou nos últimos dois anos, com a pandemia da Covid-19. É o que indica estudo da revista norte-americana “Jama” realizado por pesquisadores da Universidade de Michigan com 191 mil crianças e adolescentes dos Estados Unidos.

         Na faixa etária de 5 a 11 anos, o índice de sobrepeso e obesidade saltou de 36,2%, em março de 2019, para 45,7%, em janeiro de 2021, uma média de 2,3 kg a mais por criança. Os percentuais com Índice de Massa Corporal (IMC) também ficaram bem acima do ideal entre adolescentes. De 12 a 15 anos, o índice subiu de 38,7% para 43,4%, com ganho médio de 2,31 kg; já entre 16 e 17, foi de 36,5% para 38,2%, com média de 1 kg a mais na balança.

         Segundo os pesquisadores, esse preocupante cenário está associado ao aumento do sedentarismo, indiretamente provocado pelo isolamento. Simultaneamente, a qualidade da alimentação também piorou, com a disseminação da ingestão de calorias vazias, os alimentos de baixo valor nutricional e alto índice de gordura e açúcar, representado pelos práticos pedidos de lanches e pizzas por delivery e os alimentos ultraprocessados, como biscoitos, macarrão instantâneo, sorvetes, salgadinhos de pacote, pratos industrializados congelados e sucos prontos.

         No Brasil, os dados mais recentes do ganho de peso em crianças e adolescentes são preliminares à pandemia. Mas não há risco em dizer que a tendência de alta global se repete por aqui, acompanhado pela repetição de comportamentos. Em 2019, já tínhamos 30,8% de crianças e 31,4% de adolescentes em situação de sobrepeso e obesidade, segundo dados do Ministério da Saúde. Agora, tudo indica que vivemos um cenário ainda pior, com maior risco à saúde coletiva por várias décadas adiante, com aumentos dos riscos do desenvolvimento de doenças como diabetes tipo 2, colesterol, AVC e determinados tipos de câncer, como o de estômago. Isso sem falar dos quadros de baixa autoestima e estado depressivo.

         Infelizmente, se não mudarmos nossos padrões de alimentação, daqui a menos de dez anos, o Brasil poderá ser o quinto país com maior número de crianças e adolescentes obesos, segundo previsão tenebrosa, mas bastante realista, da Sociedade Brasileira de Pediatria.

         Virar esse jogo exige implementar drásticas mudanças de hábito na rotina infantojuvenil. Entre eles, atividade física regular – por pelo menos 30 minutos diários, cinco vezes na semana –, restrição de alimentos de alto valor calórico e baixo valor nutricional, controle das porções de alimentos saudáveis, porém calóricos – como pães integrais e castanhas –, e aumento da ingestão de legumes, verduras, frutas e de refeições com preparos mais naturais.

         Em casos crônicos, a criança e o adolescente obesos também podem necessitar do acompanhamento de psicólogo, para tratar de possíveis compulsões alimentares, ligadas à ansiedade. Medicações devem ser usadas para essa faixa etária somente depois de frustradas todas as alternativas, digamos, “orgânicas”. Recursos como o balão intragástrico e a cirurgia bariátrica só são permitidos no Brasil a adolescentes acima de 16 anos, sempre com exames acurados e atendimento médico especializado em obesidade.

         Também é fundamental que as autoridades criem políticas públicas de ataque à obesidade infantojuvenil, com planos de alimentação equilibrada nas escolas, leis mais rígidas para a indústria alimentícia e serviços e de saúde gratuitos a crianças e adolescentes acima do peso. Para o seu próprio bem coletivo, o país precisa se conscientizar dessa verdadeira epidemia de obesidade precoce, que pode comprometer seriamente o futuro.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 132 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a estratosférica marca de 355,19% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,60%; e já o IPCA, em julho, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 10,07%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 


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