terça-feira, 30 de agosto de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DAS HABILIDADES SOCIOEMOCIONAIS, TECNOLOGIAS, INOVAÇÃO E CRIATIVIDADE NA QUALIFICAÇÃO DAS LIDERANÇAS E A TRANSCENDÊNCIA DA HUMILDADE, ALTRUÍSMO, PLENA CIDADANIA E HUMANISMO INTEGRAL NA NOVA ORDEM SOCIAL, POLÍTICA E ECONÔMICA NA SUSTENTABILIDADE

“Talentos dos líderes mais bem capacitados

       Com o boom de novos talentos da era da transformação digital, um termo tem sido bastante mencionado nos últimos tempos: o ‘talenteísmo’. Cunhado pelo fundador do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab, o conceito diz respeito ao indivíduo mais bem qualificado pelas suas habilidades técnicas, por sua criatividade e capacidade de inovação em oposição ao modelo atual, que visa ‘automatizar’ grande parte dos empregos.

         Defendido pelo presidente Marcos Troyjo do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), instituição ligada ao acrônimo Brics (grupo de países de economias emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o “talenteísmo”, na visão dele, é uma forma de inovação sensível para profissionais estarem em pontos de destaque voltados para estratégias dentro de qualquer empresa, sendo ela de pequeno, médio ou grande porte.

         Unir a criação de ideais que vão impactar sociedades juntos a tecnologia é continuar a fazer a velha pergunta: “Aonde o ser humano deseja chegar?”. A tecnologia, atrelada às redes sociais e às buscas por novos conceitos de trabalho e investimento, somados aos talentos que muitos jovens e adultos possuem, é dado como um diferencial para as empresas.

         Aqueles indivíduos que não se qualificarem dentro de um patamar menos operacional serão substituídos por programas ou robôs que poderão fazer a mesma tarefa, só com um custo bem menor do que um ser humano. A busca pela evolução por meio da educação precisa ser constante na sociedade contemporânea.

         Pesquisa feita no início deste ano pela Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e de Tecnologias Digitais (Brasscom) apontou que,e em 2021, os empregos no setor de Tecnologia da Informação (TI) cresceram cerca de 14,4%. A empresa Catho, site brasileiro de classificados de empregos, revelou no primeiro semestre do ano passado que 18% das vagas abertas para profissionais de TI não encontrava candidatos qualificados. A pesquisa feita pela Brasscom revelou, ainda, que o déficit de profissionais nessa área deve chegar a 797 mil até 2025. O motivo é a formação de pessoas que não acompanham a demanda de um mercado que exige melhor qualificação na hora de contratar, conhecimento dos serviços, graduações e cursos com novas visões e tendências para os profissionais de TI.

         Dessa maneira, criar ambientes atrativos pode ser uma forma de trazer melhor engajamento ao principal ativo de uma empresa que são os seus funcionários. Cabe também ao empregado se atualizar e estudar tendências, fazer leituras diárias sobre o que o mercado que o cerca tem feito de inovador e o que o profissional precisa para se enquadrar. Exemplo disso foi a mudança radical pela qual passou o setor de comunicação nos últimos anos. Os jornalistas, publicitários e relações públicas (RPs) tiveram que se atualizar em função das rápidas mudanças trazidas principalmente pela internet e as redes sociais e buscar novas formas de atrair as novas gerações.”.

(Rafael Dantas. Superintendente da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 27 de agosto de 2022, caderno OPINIÃO, página 19).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 26 de agosto de 2022, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Rivalizai-vos em atenções

       Este é um conselho antigo e sempre oportuno: ‘Rivalizai-vos em atenções’. Conselho vindo da escrita do sábio apóstolo Paulo, escrevendo aos Romanos, a partir da preocupação pastoral e espiritual com o relacionamento humano. A dimensão relacional tem importância determinante e incidente no conjunto da vida social e política, bem como no ambiente familiar e profissional. Já aos Gálatas, Paulo escrevia lembrando o mandamento maior – amar ao próximo com a si mesmo. O mandamento maior, sublinha o apóstolo, é a única inspiração correta para não incorrer, conforme diz Paulo, na abominação de morder e devorar uns aos outros. Os seres humanos precisam agir com fidelidade ao mandamento do amor para não se consumirem mutuamente, acentuando o caos que leva a fracassos e prejudica a vida, dom precioso e sagrado que habita cada pessoa. Importa deixar-se guiar pelo Espírito de Deus, o mestre espiritual que ensina o ser humano a ‘rivalizar-se em atenções recíprocas’.

         O apóstolo Paulo focaliza a importância de se investir, com humildade, na mudança da própria mentalidade. Assim, sempre e incondicionalmente, abrir-se ao bem. O apóstolo constrói um itinerário precioso para convencer que esse investimento é dimensão fundamental do verdadeiro culto dedicado a Deus, com consequentes desdobramentos que qualificam a vida, superando circunstâncias que promovem a morte, o terror, a violência e as disputas fratricidas, em razão de rancores e ódios. Circunstâncias criadas também por convencimentos mesquinhos, quando se busca vencer “a todo custo”, mesmo que a consequência possa significar  prejuízos ao bem comum e à sacralidade da vida. Ao invés dessa perspectiva egoísta, Paulo orienta cada pessoa a não ter sobre si uma ideia muito elevada, mas uma justa estima, para evitar que o orgulho contamine escolhas, posturas e modos de se expressar. Cultivar excessiva estima sobre mesmo compromete a indispensável humildade, pode levar à mesquinhez, gerar a insolência, motivas vinganças, na contramão do amor fraterno.

         Quem guarda excessiva estima por si mesmo acha-se no direito de formular argumentos para defender o próprio lado ou partido, mesmo que isto signifique distanciar-se da verdade. Corre, ainda, o risco de gerar comprometimentos que atingem a dignidade do próximo, prejudicando o bem maior, mais importante que o brio individual ou os interesses particulares. Importa decisivamente ter bom senso, não comprometendo, instrui o apóstolo Paulo, a medida da fé que Deus deu a cada um. A compreensão a respeito dessa medida pode ser aprofundada a partir da metáfora do corpo, detalhada pelo apóstolo em alguns de seus escritos. Ele sublinha que todas as pessoas são membros de um só corpo. Cada um exercendo função diferente. Assim, embora muitos, todos, em Cristo, são “um só corpo”. Reconhecendo-se parte dele, precisa alegrar-se por promover a vida, sem apegos ou disputas, sem se morder e devorar-se uns aos outros.

         Ganha sentido e grande alcance, considerados os muitos conflitos que geram prejuízos na contemporaneidade, o conselho precioso “rivalizai-vos em atenções”. Isto não significa, obviamente, dedicar-se a cortesias que são demagogias interesseiras, ou motivadas pelo simples cultivo da boa imagem sobre si. Acolher o conselho do apóstolo Paulo é exercício capaz de qualificar o tecido da cultura contemporânea. Uma urgência ante os muitos cenários – das relações globais às regionais, dos contextos políticos e cidadãos à vida em família – onde a fraternidade está sendo substituída por belicosidades. Gestos violentos e irresponsáveis, falas agressivas, entrincheiramentos e disputas fecham corações e poluem mentes. Consideradas as necessidades de mudança, não basta simplesmente exigir adequadas estratégias governamentais ou eficazes funcionamentos da organização social e política. Há uma responsabilidade determinante e insubstituível de cada cidadão, que precisa rivalizar-se em atenções recíprocas.

         Nesse sentido, a Doutrina Social da Igreja Católica, fundamentada no Evangelho de Jesus Cristo, é referência para fecundar práticas transformadoras, com incidência na organização de instituições sociais e, também, na qualificação da subjetividade humana. Dentre os princípios reunidos na Doutrina Social da Igreja está o da igualdade de natureza entre todas as pessoas. Reconhecer essa igualdade debela preconceitos e discriminações, criando condições para a superação das vergonhosas desigualdades sociais. Trata-se de importante passo na direção do humanismo integral, investimento da Igreja Católica, em parceria e interface com outras instituições da sociedade civil.

         O investimento no humanismo integral não se efetiva a partir de subjetivismos ou da desconsideração da complexa realidade social, política, cultural e econômica. Ao invés disso, exige esta atitude humanística de cada pessoa: rivalizar-se em atenções recíprocas, dedicando-se ao próximo, contribuindo para o bem de todos, com a política melhor e com o qualificado exercício da cidadania. Vale a humildade de ser aprendiz da prática de “rivalizar-se em atenções”, para que floresçam solidariedades, diálogos e intuições dos passos novos, impulsionando a recomposição de tecidos sociopolíticos, por uma nova configuração civilizatória.”

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 132 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em abril a estratosférica marca de 364,0% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,7%; e já o IPCA, em julho, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 10,07%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

 

      

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