“Talentos dos líderes mais bem capacitados
Com
o boom de novos talentos da era da transformação digital, um termo tem sido
bastante mencionado nos últimos tempos: o ‘talenteísmo’. Cunhado pelo fundador
do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab, o conceito diz respeito ao indivíduo
mais bem qualificado pelas suas habilidades técnicas, por sua criatividade e
capacidade de inovação em oposição ao modelo atual, que visa ‘automatizar’
grande parte dos empregos.
Defendido
pelo presidente Marcos Troyjo do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB),
instituição ligada ao acrônimo Brics (grupo de países de economias emergentes
formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o “talenteísmo”, na
visão dele, é uma forma de inovação sensível para profissionais estarem em
pontos de destaque voltados para estratégias dentro de qualquer empresa, sendo
ela de pequeno, médio ou grande porte.
Unir a
criação de ideais que vão impactar sociedades juntos a tecnologia é continuar a
fazer a velha pergunta: “Aonde o ser humano deseja chegar?”. A tecnologia,
atrelada às redes sociais e às buscas por novos conceitos de trabalho e
investimento, somados aos talentos que muitos jovens e adultos possuem, é dado
como um diferencial para as empresas.
Aqueles
indivíduos que não se qualificarem dentro de um patamar menos operacional serão
substituídos por programas ou robôs que poderão fazer a mesma tarefa, só com um
custo bem menor do que um ser humano. A busca pela evolução por meio da
educação precisa ser constante na sociedade contemporânea.
Pesquisa
feita no início deste ano pela Associação das Empresas de Tecnologia da
Informação e de Tecnologias Digitais (Brasscom) apontou que,e em 2021, os
empregos no setor de Tecnologia da Informação (TI) cresceram cerca de 14,4%. A
empresa Catho, site brasileiro de classificados de empregos, revelou no
primeiro semestre do ano passado que 18% das vagas abertas para profissionais
de TI não encontrava candidatos qualificados. A pesquisa feita pela Brasscom
revelou, ainda, que o déficit de profissionais nessa área deve chegar a 797 mil
até 2025. O motivo é a formação de pessoas que não acompanham a demanda de um
mercado que exige melhor qualificação na hora de contratar, conhecimento dos
serviços, graduações e cursos com novas visões e tendências para os
profissionais de TI.
Dessa
maneira, criar ambientes atrativos pode ser uma forma de trazer melhor
engajamento ao principal ativo de uma empresa que são os seus funcionários.
Cabe também ao empregado se atualizar e estudar tendências, fazer leituras
diárias sobre o que o mercado que o cerca tem feito de inovador e o que o
profissional precisa para se enquadrar. Exemplo disso foi a mudança radical
pela qual passou o setor de comunicação nos últimos anos. Os jornalistas,
publicitários e relações públicas (RPs) tiveram que se atualizar em função das
rápidas mudanças trazidas principalmente pela internet e as redes sociais e
buscar novas formas de atrair as novas gerações.”.
(Rafael Dantas. Superintendente da Câmara
Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O
TEMPO Belo Horizonte, edição de 27 de agosto de 2022, caderno OPINIÃO,
página 19).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no site www.domtotal.com,
edição de 26 de agosto de 2022, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO,
arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:
“Rivalizai-vos em atenções
Este
é um conselho antigo e sempre oportuno: ‘Rivalizai-vos em atenções’. Conselho
vindo da escrita do sábio apóstolo Paulo, escrevendo aos Romanos, a partir da
preocupação pastoral e espiritual com o relacionamento humano. A dimensão
relacional tem importância determinante e incidente no conjunto da vida social
e política, bem como no ambiente familiar e profissional. Já aos Gálatas, Paulo
escrevia lembrando o mandamento maior – amar ao próximo com a si mesmo. O
mandamento maior, sublinha o apóstolo, é a única inspiração correta para não
incorrer, conforme diz Paulo, na abominação de morder e devorar uns aos outros.
Os seres humanos precisam agir com fidelidade ao mandamento do amor para não se
consumirem mutuamente, acentuando o caos que leva a fracassos e prejudica a
vida, dom precioso e sagrado que habita cada pessoa. Importa deixar-se guiar
pelo Espírito de Deus, o mestre espiritual que ensina o ser humano a
‘rivalizar-se em atenções recíprocas’.
O
apóstolo Paulo focaliza a importância de se investir, com humildade, na mudança
da própria mentalidade. Assim, sempre e incondicionalmente, abrir-se ao bem. O
apóstolo constrói um itinerário precioso para convencer que esse investimento é
dimensão fundamental do verdadeiro culto dedicado a Deus, com consequentes desdobramentos
que qualificam a vida, superando circunstâncias que promovem a morte, o terror,
a violência e as disputas fratricidas, em razão de rancores e ódios.
Circunstâncias criadas também por convencimentos mesquinhos, quando se busca
vencer “a todo custo”, mesmo que a consequência possa significar prejuízos ao bem comum e à sacralidade da
vida. Ao invés dessa perspectiva egoísta, Paulo orienta cada pessoa a não ter
sobre si uma ideia muito elevada, mas uma justa estima, para evitar que o
orgulho contamine escolhas, posturas e modos de se expressar. Cultivar
excessiva estima sobre mesmo compromete a indispensável humildade, pode levar à
mesquinhez, gerar a insolência, motivas vinganças, na contramão do amor
fraterno.
Quem
guarda excessiva estima por si mesmo acha-se no direito de formular argumentos
para defender o próprio lado ou partido, mesmo que isto signifique distanciar-se
da verdade. Corre, ainda, o risco de gerar comprometimentos que atingem a
dignidade do próximo, prejudicando o bem maior, mais importante que o brio
individual ou os interesses particulares. Importa decisivamente ter bom senso,
não comprometendo, instrui o apóstolo Paulo, a medida da fé que Deus deu a cada
um. A compreensão a respeito dessa medida pode ser aprofundada a partir da
metáfora do corpo, detalhada pelo apóstolo em alguns de seus escritos. Ele
sublinha que todas as pessoas são membros de um só corpo. Cada um exercendo
função diferente. Assim, embora muitos, todos, em Cristo, são “um só corpo”.
Reconhecendo-se parte dele, precisa alegrar-se por promover a vida, sem apegos
ou disputas, sem se morder e devorar-se uns aos outros.
Ganha
sentido e grande alcance, considerados os muitos conflitos que geram prejuízos
na contemporaneidade, o conselho precioso “rivalizai-vos em atenções”. Isto não
significa, obviamente, dedicar-se a cortesias que são demagogias interesseiras,
ou motivadas pelo simples cultivo da boa imagem sobre si. Acolher o conselho do
apóstolo Paulo é exercício capaz de qualificar o tecido da cultura
contemporânea. Uma urgência ante os muitos cenários – das relações globais às
regionais, dos contextos políticos e cidadãos à vida em família – onde a
fraternidade está sendo substituída por belicosidades. Gestos violentos e
irresponsáveis, falas agressivas, entrincheiramentos e disputas fecham corações
e poluem mentes. Consideradas as necessidades de mudança, não basta
simplesmente exigir adequadas estratégias governamentais ou eficazes
funcionamentos da organização social e política. Há uma responsabilidade
determinante e insubstituível de cada cidadão, que precisa rivalizar-se em
atenções recíprocas.
Nesse
sentido, a Doutrina Social da Igreja Católica, fundamentada no Evangelho de
Jesus Cristo, é referência para fecundar práticas transformadoras, com
incidência na organização de instituições sociais e, também, na qualificação da
subjetividade humana. Dentre os princípios reunidos na Doutrina Social da
Igreja está o da igualdade de natureza entre todas as pessoas. Reconhecer essa
igualdade debela preconceitos e discriminações, criando condições para a
superação das vergonhosas desigualdades sociais. Trata-se de importante passo
na direção do humanismo integral, investimento da Igreja Católica, em parceria
e interface com outras instituições da sociedade civil.
O
investimento no humanismo integral não se efetiva a partir de subjetivismos ou
da desconsideração da complexa realidade social, política, cultural e
econômica. Ao invés disso, exige esta atitude humanística de cada pessoa:
rivalizar-se em atenções recíprocas, dedicando-se ao próximo, contribuindo para
o bem de todos, com a política melhor e com o qualificado exercício da cidadania.
Vale a humildade de ser aprendiz da prática de “rivalizar-se em atenções”, para
que floresçam solidariedades, diálogos e intuições dos passos novos,
impulsionando a recomposição de tecidos sociopolíticos, por uma nova
configuração civilizatória.”
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 132 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da
fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Isto
posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos
a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
60
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o
poder é para amar, servir e edificar!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído
com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.
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