sexta-feira, 5 de agosto de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES E DESAFIOS DO EMPREENDEDORISMO NA PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO INTEGRAL E A TRANSCENDÊNCIA DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO E VALORES E PRINCÍCIOS ÉTICO-MORAIS NA CONSTRUÇÃO DA NOVA ORDEM SOCIOPOLÍTICA E ECONÔMICA NA SUSTENTABILIDADE

“Melhorar o ambiente de negócios é criar o futuro

       Abrir e administrar um negócio no Brasil é um desafio que exige paciência, qualificação e uma boa dose de coragem. Os donos de micro e pequenas empresas enfrentam, diariamente, uma série de obstáculos burocráticos e tributários para se manterem em operação e gerando emprego e renda. A boa notícia é que o país tem avançado nos últimos anos e transformado gradativamente essa realidade. Em 2022, pela primeira vez na história, todos os Estados brasileiros conseguiram reduzir o tempo de abertura de negócios para menos de três dias. Esse resultado é fruto do trabalho coletivo da Redesim nas esferas federais, estaduais e municipais.

         Desde 2007, a criação da Redesim permite a abertura de empresas com mais celeridade, sem a necessidade de o empreendedor bater à porta de diversos órgãos e etapas. A Redesim está presente em 4.219 municípios brasileiros (cerca de 75% do total). Outra política importante de simplificação é o Balcão Único, lançado em 2021. O projeto, que foi iniciado em São Paulo e já se expandiu para 24 Estados brasileiros, integra, em apenas um portal digital gratuito, dados dos órgãos municipais, estaduais e federais, possibilitando a abertura da empresa no mesmo dia. Dessa forma, todos os passos necessários para o registro do negócio poderão ser realizados em um único procedimento.

         Outra medida importante foi a difusão das assinaturas avançadas, que são formas alternativas ao certificado digital para assinatura de documentos de forma digital. Uma parceria entre o Sebrae e as Juntas Comerciais está possibilitando a utilização dos selos de confiabilidade do Gov.br, reduzindo o custo e tempo para abertura de empresas.

         Entre os próximos desafios está o aumento da presença dos pequenos negócios nas compras públicas. Em que pese o crescimento de 93%, verificado entre 2018 e 2021, na participação das MPEs no fornecimento de bens e serviços para o governo federal, ainda precisamos evoluir no que diz respeito às negociações com os Estados e municípios. O Estado brasileiro é o maior comprador do país, e a compra pública rege o comportamento do mercado, movimentando a econômica local. Ao privilegiar os pequenos negócios locais nas aquisições do poder público, cria-se um círculo virtuoso, pois, ao ampliar seu mercado vendendo para o governo, os pequenos negócios têm mais chances de crescer e gerar mais empregos e renda e estimular o consumo no comércio local. Com isso, o município aumenta sua arrecadação e pode investir mais na qualidade de vida da população e melhoria do IDH.

         A Lei Geral da Micro e Pequena Empresa (LC 123/2006) garante que os pequenos negócios, inclusive MEI e pequenos agricultores, tenham tratamento diferenciado nos processos licitatórios, como exclusividade em compras de até R$ 80 mil. O Sebrae tem atuado na implementação da norma nos municípios e colaborado para o aperfeiçoamento e a modernização de ferramentas digitais disponíveis. Atualmente, 3.243 municípios, o que corresponde a 58,24% do total, estão cadastrados no sistema Compras.gov.br. nesse caso, as prefeituras participam das diversas modalidades de licitação por adesão, comprando junto com o governo federal.

         É fundamental continuarmos fomentando o uso de inteligência de dados para a formulação de novas políticas públicas que privilegiem as micro e pequenas empresas, seja na criação de novos mercados ou no aprimoramento do ambiente de negócios. Tornar o ato de empreender uma atividade mais simples e menos onerosa às micro e pequenas empresas significa cuidar do futuro. Os empregos que precisaremos gerar para as próximas gerações vão depender, fundamentalmente, das condições que estamos criando agora.”.

(Carlos Melles. Presidente do Sebrae, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 3 de agosto de 2022, caderno OPINIÃO, página 16).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 29 de julho de 2022, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Palavras boas

       O apóstolo Paulo, grande educador e catequista nas primeiras comunidades cristãs, partilha heranças perenes, atualizados ensinamentos para mente e coração dos cristãos, dos homens e mulheres de boa vontade. Paulo disse, na bela e atual carta aos Efésios: “De vossa boca não saia nenhuma palavra maliciosa, mas somente palavras boas, capazes de edificar e fazer bem a quem ouve”. Essa recomendação preciosa é remédio que cura o exercício da cidadania em tempos de notícias falsas, emolduradas pelas facilidades e velocidades na circulação de opiniões, juízos e outros enunciados nas redes sociais. As lições de Paulo reforçam que o direito à liberdade de se expressar não desobriga os cristãos de cuidar daquilo que será dito, em qualquer circunstância.

         Reconheça-se a responsabilidade sobre o que se expressa, os possíveis impactos provocados por tudo aquilo que se diz. Todos, particularmente os cristãos, são instados a refletir e a discernir bem – antes de emitir juízos, pronunciar palavras, considerando a força determinante da linguagem. A palavra expressa, dentro da liberdade cidadã, tem consequências que não podem ser relativizadas. É capaz de edificar e de destruir, causar confusões e animosidades. O direito de expressão é sagrado, mas as palavras não devem estar contaminadas por sentimentos alinhados às estreitezas humanas, nem por visões parciais, manipuladas. A sociedade é edificada – com avanços na promoção do desenvolvimento integral, na superação de equívocos nos campos da política e da economia, na promoção da igualdade social – com a força de palavras que geram clarividências, indicando soluções na priorização do bem comum.

         As palavras tecem o tergiversar que é próprio da política, compõem discursos político-partidários. São essenciais na construção de entendimentos para discernir a respeito de escolhas. As palavras possibilitam a vivência civilizada, o relacionamento entre pessoas e grupos. A instrução do apóstolo Paulo precisa, pois, ser “regra de ouro”, especialmente quando se considera este ano eleitoral. Essa “regra de ouro” aplicada e vivenciada poderá reorientar a vida cidadã, contribuindo para a superação de amargos sociais. Sem o adequado uso das palavras, os atrasos se agravarão, não serão alcançadas soluções os problemas contemporâneos. A postura adequada, diz o apóstolo, é abandonar a mentira e sempre dizer a verdade. E dizer a verdade não significa se achar no direito de espalhar desaforos, de buscar vitórias ou a própria defesa a partir de discursos que alimentam o ódio, os preconceitos. Trata-se de uma irracionalidade a estratégia de se gerenciar a própria imagem, tentando conquistar credibilidade, a partir da disseminação de inverdades, de difamações sobre os outros.

         Especificamente quando se considera a tergiversação própria da política, todos os cidadãos, todos os cidadãos, especialmente os cristãos – por um compromisso de fé –, devem sempre buscar a promoção do bem, combatendo narrativas, e até mesmo providências legislativas, que buscam simplesmente manipular opiniões, por meio de dinâmicas destrutivas. A permanência de mentalidades e procedimentos dentro dessas dinâmicas das manipulações leva a atrasos civilizatórios, ao crescimento da violência, impondo prejuízos a todos, especialmente aos pobres. A sociedade precisa reconhecer que são favoráveis as condições para a abertura de novos ciclos, mas é imprescindível que sejam vencidos apegos pelo poder, por situações que beneficiam apenas oligarquias e, especialmente, sejam assumidas as responsabilidades pelas palavras expressas, para qualificar o relacionamento humano.

         Neste horizonte, os cristãos têm obrigação, por princípios e valores ético-morais, de contribuírem determinantemente para que a liberdade de expressão seja exercida sempre de modo adequado. Retoma o apóstolo Paulo, aconselhando: “Não se ponha o sol sobre vossa ira, e não deis lugar ao diabo”. O Apóstolo contribui para ser vivida a experiência espiritual e humana para ser vivida a experiência espiritual e humana de não fazer da própria boca “uma caverna” de palavras maliciosas, mas fonte de palavras que edificam, enraizadas na experiência de uma vida em Deus, pela paixão, morte e ressurreição de Cristo Jesus. Cada um priorize edificar, por gestos e palavras, a própria estatura segundo a estatura de Cristo. Um percurso que pode alcançar exitosamente ao obedecer a recomendação: “De vossa boca não saia nenhuma palavra maliciosa, mas somente palavras boas, capazes de edificar e fazer bem a quem ouve.””.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 132 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a estratosférica marca de 355,19% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,60%; e já o IPCA, em junho, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 11,89%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

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