sexta-feira, 19 de agosto de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS URGÊNCIAS E EXIGÊNCIAS DA PROMOÇÃO DA SAÚDE MENTAL NA QUALIFICAÇÃO DAS ESCOLAS PARA A TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E AS LUZES DO METAVERSO NA NOVA ORDEM POLÍTICA, SOCIAL E ECONÔMICA NA SUSTENTABILIDADE

“A saúde mental bate à porta da escola

       A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou, em 17 de junho último, sua maior revisão da saúde mental desde a virada do século. O trabalho detalhado fornece um plano para governos, acadêmicos, profissionais de saúde, sociedade civil e outros com a ambição de apoiar o mundo na transformação da saúde mental.

         De acordo com o mesmo documento da OMS, em 2019, quase 1 bilhão de pessoas – incluindo 14% dos adolescentes do mundo – viviam com um transtorno mental. O suicídio foi responsável por mais de uma em cada 100 mortes, e 58% dos suicídios ocorreram antes dos 50 anos. Pessoas com condições graves de saúde mental morrem em média 10 a 20 anos mais cedo do que a população em geral, principalmente devido a doenças físicas evitáveis. O abuso sexual infantil e a vitimização por bullying são as principais causas de depressão.

         Desigualdades sociais e econômicas, emergências de saúde pública, guerra e crise climática estão entre as ameaças estruturais globais à saúde mental. Além disso, segundo a Global Learning Survey 2022, pesquisa encomendada pela Pearson em diversos países, inclusive o Brasil, a depressão e a ansiedade aumentaram mais de 25% apenas no primeiro ano da pandemia.

         A percepção de que existe necessidade de as escolas não apenas abordarem, mas priorizarem a saúde mental, está crescendo. A Global Learning Survey 2022 revelou que no Brasil 96% dos pais gostariam que as escolas fornecessem serviços de saúde mental gratuito aos estudantes, porém somente 19% das escolas mencionadas pelos pais têm esse recurso. Globalmente, os índices ficam em 92% e 26%, respectivamente. Além disso, 67% dos brasileiros acreditam que as crianças deveriam ser introduzidas em programas e recursos de bem-estar e saúde mental desde os primeiros anos de vida escolar.

         Um estudo publicado em maio deste ano pelo governo americano e conduzido pela consultoria independente Institute of Education Science indicou que, desde o advento da Covid-19, 70% das escolas viram um aumento no número de alunos que procuram tratamento de saúde mental. Apesar de a associação entre a saúde mental e o desempenho acadêmico estar cada vez mais difundida, e de existir enorme demanda reprimida por tratamento, ainda há escassez de programas de saúde mental para escolares. Em alguns países, como Reino Unido e Canadá, a organização integrada dos sistemas públicas de saúde e de educação levou à implantação de serviços de saúde mental dentro das escolas. Nesses locais, a abordagem integrada entre educadores e profissionais da saúde mental tem permitido a resolução de problemas menos complicados dentro da própria escola, reduzindo a demanda por serviços especializados.

         Talvez, mais importante do que a pauta de onde esse serviço estará disponível, é o tópico de como e quando ele poderá ser acessado. É urgente pautarmos a discussão sobre como estenderemos serviços de saúde mental para os estudantes e professores brasileiros.”.

(Mônica C. Andrade Weinstein. Vice-presidente de pesquisa, desenvolvimento e impacto no Alicerce Educação, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 12 de agosto de 2022, caderno OPINIÃO, página 17).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 15 de agosto de 2022, mesmo caderno, página14, de autoria de Eduardo L’Hotellier, fundador e CEO do GetNinjas, maior aplicativo para contratação de serviços no Brasil, e que merece igualmente integral transcrição:

“Desmistificando o metaverso

       Desde que o Facebook anunciou o desenvolvimento de um projeto sobre o metaverso, muitas expectativas e teorias têm surgido sobre como esse movimento vai impactar a sociedade. Não fico surpreso com tamanha repercussão, pois este mercado representa uma oportunidade de receita de até US$ 13 trilhões até 2030, segundo o relatório Citi Metaverse and Money, de 2022. O fato é que, neste universo de inovação, a única certeza é que o metaverso consolida um movimento que já acontece há décadas: a digitalização da vida.

         Ainda de acordo com o relatório, a economia do metaverso pode se expandir significativamente, e uma das principais razões seria a adoção em massa da tecnologia. De forma mais clara, isso significa que aos amigos das redes sociais são mais presentes do que os amigos de porta, ou que as reuniões online vêm substituindo os longos trajetos de deslocamento até o trabalho. Além disso, os economistas estimam que cerca de 5 bilhões de pessoas podem fazer uso do metaverso no futuro, sendo que a população atual é de 8 bilhões.

         Porém, tenho notado que um dos maiores equívocos cometidos quando se aborda sobre o metaverso é defini-lo exclusivamente como um local virtual, quando, na verdade, trata-se primeiramente de um novo tempo. Explicando melhor, esse movimento todo não aconteceu da noite para o dia ou quando foi anunciado o investimento pelo Facebook, mas vem acontecendo de forma gradual há décadas, inclusive, concordo com uma citação feita por Shaan Puri e que foi publicada no Twitter, onde ele aponta que o metaverso é “o momento em que a nossa vida digital vale mais para nós do que a vida física”.

         Eventualmente, a distinção entre vida virtual e vida real será cada vez menos significativa. Os jogos têm servido de maior experimento para o uso do metaverso, mas esta não é a sua única finalidade. No âmbito corporativo, por exemplo, as empresas podem se beneficiar cada vez mais também, seja por meio da interação com o time interno, contato com parceiros, vendas, marketing, eventos, entre outros.

         Outro sinal perceptível desta mudança e que está relacionada ao nosso atual cotidiano é a forma de consumo. Em 2008, 45% das crianças de 6 a 12 anos praticavam esportes coletivos regularmente, segundo a Sports & Fitness Industry Association. Em 2018, apenas 38%. E em setembro de 2021, o número diminuiu para 28%. Em contrapartida, nos últimos anos a forma de nos relacionarmos com a tecnologia também mudou, sendo que estamos cada vez mais conectados. Para se ter uma ideia, mais de 70% dos brasileiros acessam regularmente alguma rede digital, e 97% deles utilizaram o celular como dispositivo de acesso à internet, segundo pesquisa da TIC Domicílios (2018).

         Percebemos uma transformação acontecendo no setor de serviços também, principalmente nos últimos dois anos. A pandemia impactou diretamente este segmento e intensificou a união do online com o offlline, que passaram a se complementar em seus aspectos mais positivos. Por um lado, durante o isolamento social, as pessoas começaram a perceber diversas vantagens ao ser atendido por um psicólogo ou fazer uma atividade física sem precisar sair de casa.

         O metaverso, em suas diversas facetas, vem possibilitando o uso da tecnologia de forma inovadora para resolvermos cada vez mais questões do dia a dia, sendo na verdade um recurso facilitador, assim como a contratação de serviços online que tende a se tornar ainda mais comum. E assim, gradativamente, vamos nos adaptando e notando as vantagens. Ah, e assim como hoje não nos referimos aos usuários de internet como “internautas”, provavelmente no futuro não falaremos que estamos no “metaverso” – será simplesmente a nossa realidade.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 132 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em abril a estratosférica marca de 364,0% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,7%; e já o IPCA, em julho, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 10,07%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

Nenhum comentário: