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quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A URGÊNCIA E EXIGÊNCIAS DAS LIDERANÇAS QUALIFICADAS E HUMANAS E AS LUZES DA BOA GOVERNANÇA E CIVILIDADE NA SUSTENTABILIDADE


“O fator educação
        Nada define melhor o atual momento do que: VUCA (volátil, incerto, complexo e ambíguo). E como já disse o executivo Daniel Levy: “Antes tínhamos uma trajetória linear, fatos acontecendo com uma previsibilidade alta e gerenciável. Hoje, devido à tecnologia e a nossa evolução como indivíduo, há uma velocidade maior no ritmo de todas as coisas. E é isso que o VUCA traduz”. Essa é a peculiaridade do século 21, na qual todos devemos nos adequar.
         Assim, as empresas correm para enquadrar os seus negócios nessa nova realidade. Não é para menos. Afinal, as indústrias que mais crescem são a de tecnologia e a de treinamento. Quem não se lembra da chegada do computador? Na época, ele eliminou postos de trabalho que exerciam função básicas, como digitação. O que muitos não se deram conta até hoje é que um fator importante nesse processo é deixado de lado: a educação.
         É preciso atenção, pois, se os empregos que não exigem formação são eliminados, é melhor nos prepararmos para a previsão do antropólogo Darcy Ribeiro: “Se os governantes não construírem escolas, em 20 anos faltará dinheiro para construir presídios”. Trata-se de um círculo vicioso e para rompê-lo é preciso que o governo e as empresas invistam na educação dos seus profissionais, tratando-os como adultos. Caso contrário, terão que “descartá-los”. Já que a realidade pede novas habilidades. Logo, quanto mais forem descartados, mais presídios terão que ser construídos.
         Os líderes precisam entender que, quanto mais investirem na educação de talentos mais lucrativas serão suas empresas, já que terão ao seu lado funcionários que conhecem a cultura organizacional. Algumas companhias perceberam isso e criaram programas de treinamentos para os seus executivos. Empresas como Carrefour e GE têm desenvolvido em suas universidades corporativas programas de formação para Gestor-Coach, por exemplo. Mas essa é uma solução cara para muitas organizações.
         Então, o que fazer? Como solução, empresas menores estão criando redes de aprendizagem. Um exemplo é a Stone, empresa de meios de pagamentos, que tem cerca de 3 mil funcionários e desenvolveu um modelo de treinamento diferenciado, o TTT – Train The Trainers. O objetivo é colocar seus funcionários para ensinar uns aos outros, de forma estruturada. A estimativa é que o processo de aprendizagem seja potencializado em até 90%. Uma forma clara, simples e fluida de educar.
         Óbvio que sempre será possível contratar novos profissionais que possuam formação e habilidades exigidas pelo mercado, mas a que custo? Enfim, se as empresas não investirem em educação, vamos pagar os impostos para o estado construir mais presídios. Parece simples, mas é preciso vontade e ação para incentivar os profissionais a desenvolverem habilidades técnicas e uma visão sistêmica das relações humanas.”.

(ELIANA DUTRA. CEO da ProFitCoach, Master CoachCertified pela ICF e sócia-fundadora do Grupo Nikaia, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 15 de outubro de 2018, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 15 de dezembro de 2019, caderno A.PARTE, página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:

“Apac – Associação de Proteção e Assistência aos Condenados
        Ainda não fechou o exercício, mas já se comemora o melhor desempenho dos últimos oito anos no enfrentamento da criminalidade em Betim. Comparando os períodos dos 11 primeiros meses, de janeiro a novembro, dos últimos oito anos, se registra uma redução de homicídios de 167 em 2012 para 84 em 2019, e, se considerarmos em relação a 2016, a queda é de 195 para 84.
         Considerando-se a população de 388 mil em 2012, a de 427 mil em 2016, com os atuais 439 mil habitantes de 2019, chega-se a uma redução de 58,1% desde 2016.
         Dessa forma a cidade deixou o segundo lugar na classificação dos piores municípios de Minas Gerais, ocupado em 2016, e saiu do grupo dos dez piores no Estado.
         Vários fatores colaboraram. Em especial o comprometimento das forças de segurança: PM, Guarda Municipal e Polícia Civil, que se uniram na responsabilidade de alcançar metas traçadas com a ajuda do Ministério Público e do Judiciário. E com o firme engajamento da prefeitura.
         Sentiu-se também uma atmosfera diferenciada no primeiro ano de novos governos, federal e estadual, que sinaliza um combate eficiente ao crime organizado e a valorização das forças de segurança.
         A coisa mudou.
         A segurança ostensiva em Betim tomou conta dos bairros. Os principais locais de recorrência do crime vivem sob cerco cerrado, com bases móveis, meios especiais e de patrulhas. Uma firma atuação da Guarda Municipal, equipada e armada como nunca. Que não precisou dar um só tiro, mas conseguiu dar o recado de que não seria mera peça de prateleira em defesa da população.
         O clamor popular que cresceu nas últimas décadas, movido pela insegurança generalizada sentida pelo cidadão, fez chegar um batalhão de novos parlamentares provenientes das forças de segurança pública e do Exército às cadeiras do Congresso Nacional. Até um presidente da República.
         O tema de proteção da população civil entrou firmemente em pauta. 
         Os motivos da redução da criminalidade, entretanto, se limitaram às ações de repressão e cerceamento, mas pouco se trabalho em relação às causas sociais que alimentam a criminalidade.
         Em ordem de importância: a carência de educação; a falta de emprego e desenvolvimento sustentável que possa minimizar a miserabilidade de 25% da população brasileira.
         Passando pelo crivo, na população carcerária do Ceresp de Betim encontram-se 89% de indivíduos sem instrução mínima, analfabetos funcionais. Apenas um indivíduo entre dez pode ser considerado suficientemente alfabetizado e detentor de profissão.
         Cerca de 87% dessa população analfabeto, ao sair da prisão, já se sabe que retornará em alguns meses, e somente 13% encontrará uma inserção social longe do crime.
         Os detentos se dividem em idades entre 18 e 29 anos, 55%, entre 30 e 34 anos, 19%, e com mais de 35 são 26%.
         O período de reclusão, potencialmente útil para a regeneração do indivíduo, não é minimamente aproveitado. Os presídios são controlados pelas organizações criminosas e servem para arregimentar aqueles que por desventura aí são detidos.
         A forma “cientificamente” mais eficiente para recuperação dos condenados é o tratamento das causas que os levaram ao delito. Alfabetizar, profissionalizar, estimular a intelectualização, empregar o tempo de privação da liberdade em tarefas que sejam úteis aos apenados como pessoas físicas e à sociedade. Esta paga um alto preço por ser a vítima da violência e, ainda, por contribuir com os gastos de R$ 2.000,00 por mês por indivíduo encarcerado.
         Mais escolas, mais atenção à educação na primeira idade, que marca desde o começo da vida o indivíduo com falta de alimentação correta, de higiene, de estímulos à socialização, de exemplos cívicos e morais.
         Esses investimentos não são vistos com muito interesse por quem tem mandato eletivo de quatro anos. A preocupação com as próximas eleições apaga aquela com as próximas gerações.
         Uma medida que desponta como fundamental para atacar as causas é entregar o sistema prisional às Associações de Proteção e Assistência aos Condenados, conhecidas como Apac. Estas, ao contrário dos cárceres públicos, adotam instalações e métodos focados na recuperação dos indivíduos.
         Em Minas existem algumas Apacs que apresentam resultados importantes. Quem passa por elas retorna à sociedade alfabetizado, profissionalizado e durante a detenção trabalha em benefício da sociedade e para isso recebe remuneração, que se destina aos familiares. O custo é a metade daquele do cárcere convencional.
         Em Betim desenvolve-se um projeto pioneiro, diferenciado das Apacs existentes e aprovado pela FBAC. As obras iniciaram-se e deverão ser entregues em agosto de 2020, com 220 vagas entre regimes aberto, semiaberto e fechado. Com salas para cursos, oficinas de trabalho, a sede está inserida num distrito industrial entre 60 empresas que ocuparão os condenados.
         O custo mensal por indivíduo será a metade dos R$ 1.800,00 do sistema tradicional, e ainda boa parte dos alimentos consumidos será produzida em hortas e pomares da própria Apac.
         Pensando nos horizontes mais distantes, iniciamos uma nova rede de modernos centros infantis (15 com até 600 alunos, cada um em construção), escolas revistas e repaginadas (reformamos 110 unidades), cursos de profissionalização, ocupação nos serviços públicos de detentos (150 indivíduos), reforço de bibliotecas, de tempo integral para 2020. Poderemos dar partida a um município mais civilizado e bom para se viver.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro a ainda estratosférica marca de 317,24% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 305,89%; e já o IPCA, em novembro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,27%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

  

segunda-feira, 18 de abril de 2016

A CIDADANIA, A ESCOLA DE FORMAÇÃO DE LÍDERES E A FAMÍLIA COMO FONTE DA EDUCAÇÃO

“Coaching executivo: 
desenvolvendo líderes e driblando a ‘crise’
        O desenvolvimento tecnológico, a globalização, a alta competitividade e a atual “crise” vêm constituindo desafio para a sobrevivência dos negócios. Neste cenário, o diferencial competitivo são as pessoas que mantêm e promovem o sucesso das empresas. Mas, como lidar com as pessoas e conseguir o melhor delas? Como motivá-las? Como reter os talentos nas empresas?
         Para mobilizar e utilizar plenamente a capacidade dos indivíduos, as organizações estão revendo as suas práticas de gestão, pois a capacidade desenvolvida pelas empresas para alcançar a excelência em produtos e em serviços é decorrência direta da performance de seu corpo gerencial. A experiência na função gerencial, sem dúvida, contribui para o desenvolvimento de habilidades de liderança, assim como leituras, participação em cursos e treinamentos comportamentais. Porém, para um maior aprofundamento e alcance de resultados efetivos em curto espaço de tempo, o coaching executivo tem se mostrado eficaz para desenvolver líderes.
         Nos últimos anos, o coaching tem sido difundido e praticado em todo o mundo. Existem muitas abordagens, teorias, métodos e ferramentas. Coaching é um processo de aceleração do desenvolvimento pessoal ou profissional, que ocorre de uma relação de parceria e compromisso mútuo entre o coach (facilitador) e o coachee (cliente), com o objetivo de atingir determinado resultado. Coach é um profissional contratado pelo cliente (pessoa ou empresa) para trabalhar o processo chamado “Coaching”. O ICF (International Coaching Federation) define o coaching como: “Uma parceria continuada, que estimula e apoia o cliente a produzir resultados gratificantes em sua vida pessoal e profissional. Por meio do processo de coaching, o cliente expande e aprofunda sua capacidade de aprender, aperfeiçoa seu desempenho e eleva sua qualidade de vida”.
         O coaching pode ser utilizado para trabalhar aspectos individuais, como redirecionamento de carreira, mudança de emprego, abrir um negócio etc. Nesse caso, é chamado de self coaching e realizado em consultórios particulares. O coaching executivo é desenvolvido em empresas, normalmente envolvendo gerentes, diretores e outros ocupantes de cargos gerenciais e estratégicos. Pode ser definido como relação de ajuda formada entre um cliente com autoridade gerencial em uma empresa e um consultor que utiliza grande variedade de técnicas comportamentais para ajudar o cliente a alcançar um conjunto de metas de melhoria de desempenho e, consequentemente, aumentando a eficácia da organização.
         Entre as competências de liderança que o coaching executivo pode ajudar a desenvolver estão: comunicação, persuasão, capacidade para construir parcerias e influenciar pessoas; empatia (entender as necessidades da equipe e saber avaliar o impacto que as decisões provocam no ambiente de trabalho); autoconhecimento, fortalecimento dos pontos fortes e da autoestima; delegação (compartilhar responsabilidades); descobrir e aprimorar talentos e competências, motivar colaboradores e equipes a melhorar sua performance; planejamento, definir objetivos, metas e resultados, mobilizando a equipe; sinergia grupal, melhorar a qualidade dos relacionamentos interpessoais; obter equilíbrio de tempo, energia e satisfação entre vida e trabalho.
         Segundo levantamento realizado em 2004 pela UCE Origin Consulting, e apresentado no Congresso Internacional de Coaching no mesmo ano, os executivos participantes indicaram os seguintes ganhos com o Coaching Executivo: 79% desenvolveram capacidades individuais; 70% melhoraram a performance individual e 39% administraram mudanças e transições.
         O coaching executivo tem sido uma ferramenta muito utilizada pelas organizações bem sucedidas. Entre os benefícios do coaching para as empresas, destacam-se: alinhamento de objetivos, maior sinergia grupal, estímulo à criatividade, melhoria do processo de tomada de decisão, saúde dos profissionais, visto que há uma melhoria no ambiente de trabalho, retenção de talentos e desenvolvimento em cadeia, uma vez que um aspecto acaba influenciando outro. Podemos pensar em melhoria da produtividade, qualidade, lucratividade, fidelização de clientes etc.
         Implantar um programa de coaching executivo nos principais gestores de uma empresa em momento de crise representa, portanto, uma decisão estratégica para garantir o sucesso e a perenidade dos negócios.”

(CLÁUDIA SUELY DE ALMEIDA PINTO. Mestre em administração, psicóloga, coach e consultora de RH, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 10 de abril de 2016, caderno ADMITE-SE CLASSIFICADOS, coluna MERCADO DE TRABALHO, página 2).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 15 de abril de 2016, caderno OPINIÃO, página 11, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Educar pela vida familiar
        O papa Francisco, atento às dinâmicas da cultura contemporânea e após a realização de dois sínodos, traz pertinente interpelação com a exortação apostólica sobre o amor na família, Amoris laetitia. Com sua extraordinária sensibilidade humana e a partir da escuta do mundo católico, Francisco mostra que a grande meta é reavivar a consciência sobre a importância do matrimônio e da família. Desafio complexo que não permite tratamento superficial. São necessárias ações bem fundamentadas para não se correr o risco de obscurecer ou anular o determinante e indispensável papel da família – lugar da educação por excelência – particularmente essencial neste momento, quando se precisa configurar novo tecido cultural. E isso é imprescindível para a superação das crises muito desafiadoras, nos âmbitos da ética, política, economia e instituições.
         A Igreja, na unidade de doutrina e práxis, acolhe a indicação de que, em cada país ou região, é possível buscar soluções mais atentas às tradições e aos desafios locais. Longe de qualquer tipo de permissividade, o caminho é se debruçar sobre culturas diferentes, considerando a pluralidade que caracteriza cada sociedade. Essa tarefa exige acuidade, empenhos e profunda espiritualidade. Por isso, o papa Francisco recoloca, com destaque, alguns caminhos pastorais que elevam à construção de famílias sólidas, fecundas segundo o plano de Deus, com especial luz sobre a educação dos filhos.
         Não há mais tempo a perder diante da necessidade de se investir na família, referência singular com propriedades para edificar nova cultura humanística e espiritual que permita superar o atual momento social e político. Há uma complexidade própria na realidade da família, que precisa ser adequadamente compreendida e tratada. Para isso, as jaulas do egoísmo e da mesquinhez devem ser evitadas. Essas prisões nascem de individualismos perversos e da consequente perda de capacidade para gestos altruístas, indispensáveis na vida de todos, especialmente no exercício da cidadania. Em questão, portanto, está o desafio de se compreender, em profundidade, a importância da família.
         O desvirtuamento dos laços familiares é um real perigo alimentado por uma exasperada cultura individualista que pode parecer atraente, mas é caminho para prejuízos irreversíveis. É preciso conhecer mais profundamente a realidade familiar para não se negociar o inegociável. A liberdade de escolha, sublinha o papa Francisco, permite a cada pessoa projetar a própria vida e cultivar o melhor de si mesmo, mas, se não houver objetivos nobres e disciplina, se degenera numa incapacidade para a doação. O entendimento de que a liberdade individual garante o direito de julgar a partir de parâmetros próprios, como se não houvesse verdades, valores e princípios diferentes, é problemático. Cria a convicção de que tudo, desde que atenda ao interesse particular, é permitido. Contribui para que entendimentos sobre o matrimônio sejam achatados por conveniências e caprichos.
         Há um percurso longo para resgatar valores que foram perdidos. Sem essas referências, continuarão a surgir descompassos e a humanidade sofrerá com a perda de rumos. A trajetória a ser seguida exige entendimentos, recomposições e a necessária capacitação para a vivência de valores éticos e morais. E a família é, indiscutivelmente, a primeira escola desses valores. Lugar em que se aprende o bom uso da liberdade. A exortação apostólica lembra que há inclinações maturadas na infância que impregnam o íntimo de uma pessoa e permanecem pelo resto da vida como tendência favorável a um valor ou como uma rejeição espontânea de certos comportamentos.
         O aprendizado ético e moral no contexto educativo inigualável da família sustenta a vida, permeia atos e escolhas. Somente a instituição familiar tem propriedades para cumprir certas tarefas e metas na formação das pessoas, em razão de sua particular capacidade para alcançar e fecundar corações. De modo especial, é âmbito da socialização primária, em meio aos afetos mais profundos e tocantes, que possibilitam a aprendizagem da reciprocidade, do relacionar-se com o outro. Capacita para a escuta, a partilha, o respeito, a ajuda e a convivência.
         A humanidade é convidada a compreender e a investir na força educativa da família, criando condições sociopolíticas, humanísticas e espirituais para que essa escola primeira seja qualificada e se mantenha como vetor para as grandes mudanças.”

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a educação – universal e de qualidade –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em março a ainda estratosférica marca de 432,24% para um período de doze meses; e mais, em fevereiro, o IPCA acumulado nos doze meses chegou a 10,36%...); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 515 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a   Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do Pré-Sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- Estamos nos descobrindo através da Cidadania e Qualidade...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  


        


         

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

A CIDADANIA, A INTELIGÊNCIA E A VIDA MORAL NAS CIDADES

“TUDO ESTÁ

INTERLIGADO

Com investimentos mundiais de US$ 34 bilhões, as cidades inteligentes despontam como solução para ajudar populações. Uso de redes sociais contribui para o sucesso do projeto

Rio de Janeiro – Quando a filipina Danica Mae Camacho e outras sete meninas da Índia nasceram no fim de outubro, elas não sabiam, claro, que disputavam a primazia de se tornarem o ser humano de número 7 bilhões. A chegada dessas crianças trouxe mais que um recorde para a população. Com elas, retornaram as preocupações de como o homem deve se comportar para ter um planeta duradouro – sem escassez de alimentos e água, por exemplo – e que garanta um lugar para todos morarem. Esses pontos importantes para a sobrevivência da raça têm ao seu lado um grande aliado: a tecnologia. E a aposta que possa garantir um futuro promissor para a Terra são as cidades inteligentes.

O conceito é bem simples: trata-se de qualquer área urbana que explore seus dados para otimizar a prestação de serviços. Assim, é possível monitorar, medir e gerenciar praticamente qualquer sistema físico, recolher e analisar informações em tempo real sobre tudo – dos transportes à rede elétrica, trazendo benefícios e facilidades para a população. Os investimentos nesse tipo de tecnologia devem chegar a US$ 34 bilhões até o fim de 2011 no mundo e atingir US$ 57 bilhões até 2014, segundo dados da consultoria de mercado IDC.

“Esse onda de urbanização apresenta um enorme desafio e também oportunidades para todos nós. A boa notícia é que temos capacidade, tanto tecnológica quanto política, para transformar as cidades e manter o progresso social”, afirma Sam Palmisiano, CEO da IBM, que promoveu na semana passada, no Rio de Janeiro, o fórum Smart Cities, dedicado a mostrar exemplos em todo o mundo. Em locais onde foram aplicadas algumas soluções das cidades inteligentes, conceito a partir do qual a IBM oferece sua tecnologia, foi possível constatar, por exemplo, uma redução no tráfego de automóveis em 18% e uma diminuição na emissão de CO2 de 14%, segundo a empresa.

Pelo Intelligent Community Forum (ICF), que estuda a organização das comunidades nos países, o Brasil tem três cidades inteligentes: Porto Alegre (RS), Curitiba (PR) e Piraí (RJ). Todas utilizaram a tecnologia, seja nos transportes coletivos (como em Curitiba), seja implementando a internet em locais públicos (como em Piraí), para tentar facilitar a vida da população.

Nesta lista, em breve, deve entrar a cidade do Rio de Janeiro. Desde o começo do ano está funcionando o Centro de Operações do Rio (COR). Com a ajuda da tecnologia da IBM, o COR é responsável por monitorar, principalmente, as áreas da cidade onde ocorrem mais inundações em decorrência das chuvas. Ele está integrado com as polícias, o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil. O COR conta com o auxílio de um sistema próprio de previsão do tempo, que afere a probabilidade de chuva em um raio de um quilômetro, enquanto os métodos tradicionais varrem uma área de nove quilômetros quadrados e são menos precisos. “Toda informação está interligada com os principais órgãos do estado, inclusive o prefeito. Os governos estão vendo que isto é importante”, explica Guru Banavar, vice-presidente para o setor público para o setor público global da IBM.

O cidadão pode acompanhar, por meio do Twitter (@operaçoesrio), como está a situação em áreas de risco, como o trânsito, e informar sobre acidentes na região. “Esses sistemas servem também para o controle de energia e água da população. Temos mais de 2 mil projetos em pequenas, médias e grandes cidades que garantem um funcionamento melhor”, afirma Banavar.

DEU CERTO O que o Rio de Janeiro acabou de conquistar é um pequeno passo diante das possibilidades das cidades inteligentes. Em Tigre, município da Grande Buenos Aires, Argentina, há pouco mais de 31 mil habitantes, e tecnologia para facilitar a vida do cidadão e eliminar parte da burocracia do governo. “Colocamos 80 quilômetros de cabos de fibra ótica pela cidade e distribuímos Wi-fi pelos pontos de maior movimentação, como praças, museu, escolas e pontos de ônibus. Temos, agora, uma interconectividade dos serviços”, explica Sergio Massa, prefeito deTigre.

Com o uso da internet, a população pode ver on-line quanto tempo vai demorar para o ônibus chegar, assim como o trajeto que ele vai fazer – os veículos foram equipados com GPS –, pagar impostos com apenas um clique e verificar, por meio do sistema de vigilância por câmeras, como está o bairro em que mora. Com a ajuda das redes sociais, os cidadãos podem informar a ocorrência de um roubo ou mesmo pedir ajuda em caso de doença. “Está tudo integrado. Temos que aproveitar ao máximo a tecnologia para o desenvolvimento sustentável das cidades”, ressalta Massa.

E A CAPITAL MINEIRA?

Se não está no ranking feito pelo Intelligent Community Forum, Belo Horizonte foi considerado o município mais digital em levantamento feito em junho pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD). Conceitos à parte, experiências mostram que a capital dos mineiros trilha o caminho da inteligência artificial e já vivencia integração de serviços públicos. Mas há muitos desafios a serem vencidos.

US$ 57 BI

serão investidos em tecnologias para cidades inteligtentes até 2014, segundo a consultoria IDC.

_ QUATRO PONTOS

Sem revelar quais outras cidades estão nos planos da IBM para integrar o time das comunidades inteligentes, Pedro Almeida, diretor de estratégias das cidades inteligentes da IBM, disse que as dimensões do Brasil fazem com que quatro aspectos possam ser explorados:

1 A segurança, para identificar crimes mais rapidamente, defender a população e melhorar a resposta nas chamadas de emergência;
2 Os transportes, para melhorar o tráfego de informações e integrar os sistemas;
3 A infraestrutura, em que entram construções inteligentes de portos, aeroportos e prédios;
4 A energia para trazer um modelo mais sustentável ao país.”

(ATAÍDE DE ALMEIDA JR. – enviado especial – e SHIRLEY PACELLI, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 17 de novembro de 2011, Caderno INFORMÁTICA, página principal).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 21 de outubro de 2011, Caderno OPINIÃO, página 11, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Vida moral na sociedade

A quantidade e a complexidade de leis que regem a sociedade brasileira podem ser indicativas do desejo e procura da moralidade. Um valor que precisa e deve ser edificado no recôndito da consciência moral de cada pessoa.

A sociedade se sustenta também da vida moral de seus cidadãos. E as raízes dessa vida estão na subjetividade de cada pessoa. Esse núcleo recôndito da personalidade de cada um tem força determinante nos rumos da sociedade. Vale a lembrança, segundo narra o evangelista Mateus no capítulo 23, daquela advertência que Jesus mestre faz aos seus discípulos referindo-se aos escribas e fariseus. Jesus disse: “Os escribas e fariseus sentaram-se no lugar de Moisés para ensinar. Portanto, tudo o que eles vos disserem fazei e observai, mas não imiteis suas ações. Pois eles falam e não praticam. Amarram fardos pesados e insuportáveis e os põem nos ombros dos outros, mas eles mesmos não querem movê-los, nem sequer com um dedo”.

Falar não basta. Legislar não é suficiente. É indispensável cultivar uma ilibada vida moral, não só em função de méritos pessoais, mas como contribuição decisiva e determinante nos rumos da sociedade. No mistério e na dignidade de toda pessoa humana está uma fonte indispensável para se alcançar equilíbrio na sociedade e na configuração de sua cultura, marcada pelo sentido de respeito à vida e a convicção sobre o que a cidadania exige de cada um.

A cidadania não é uma opção como a que se faz por um time esportivo, que se pode renunciar, trocar, nutrir revoltas ou localizar-se na indiferença. A cidadania depende visceralmente da condição moral de cada sujeito. Sem comprometimento é pela vida na sociedade. Ora, a pessoa não pode ser entendida de maneira redutiva, unicamente como uma individualidade, edificada por si mesma ou sobre si mesma. Também não pode ser entendida apenas como papel funcional dentro de um sistema. Cada pessoa está integrada numa teia de relações. Essas relações não são uma simples e maquinal inserção no conjunto material, embora seja este o lugar de sua realização e da sua liberdade. Há, pois, uma característica de toda pessoa, que é sua abertura à transcendência. Trata-se de uma abertura ao infinito e a todos os seres criados. É uma abertura a Deus e aos outros.

Associada a esse entendimento está a dimensão única de cada pessoa. Essa singularidade remete ao seu núcleo constitutivo central, sua subjetividade, como centro de consciência e de liberdade. Essa singularidade pressupõe de todas as instituições um irrestrito respeito. E também um compromisso de ordem moral com a nucleação de princípios e valores que definem sua vida moral.

Cada pessoa pode configurar sua cidadania, nos balizamentos próprios de sua cultura e de seu complexo social e político, contribuindo com uma vida moral sustentadora da indispensável sociabilidade humana. Ao se compreender a pessoa como um ser social está se referindo à sua subjetividade relacional. Isso significa dizer que a consciência é iluminada pela compreensão que abarca a vivência de um ser livre e responsável, capaz de reconhecer e praticar a necessidade de integrar-se e colaborar com os próprios semelhantes. Isto é, tem uma vida moral que o capacita para a comunhão com os outros na ordem do conhecimento e do amor.

O catecismo da Igreja Católica define essa sociedade como “um conjunto de pessoas ligadas de maneira orgânica por um princípio de unidade que ultrapassa cada uma delas. Assembleia ao mesmo tempo visível e espiritual, uma sociedade que perdura no tempo; ela recolhe o passado e prepara o futuro”.

A vida comunitária se torna, então, uma característica própria na formação da sociedade. O agir social não é uma arbitrariedade ou a simples satisfação impulsiva dos próprios desejos, gerando manipulações ou cegando para o sentido de respeito e apreço pela dignidade do outro. Chamada à vida social, a pessoa humana constitui a sua cidadania nos alicerces da sua vida moral. Comprometida, a vida moral consequentemente compromete a cidadania. São inevitáveis os prejuízos danosos para a sociedade. Sem investimentos e cultivo da vida moral, a sociedade claudica.

É verdade que a sociabilidade humana, indispensável para a construção de uma sociedade justa e solidária, não desemboca, por si só, na comunhão das pessoas. Isso quando a vida moral está envenenada pela soberba, egoísmo, pelos fechamentos individualistas e a nefasta opressão do outro. A vida moral de cada cidadão dá à sociedade um rumo adequado, com mais justiça e solidariedade.”

Eis, portanto, mais páginas contendo RICAS, MODERNAS, EDIFICANTES e OPORTUNAS abordagens e REFLEXÕES que acenam para a IMPERIOSA necessidade de PROFUNDAS transformações na condução dos governos de nossas CIDADES e, consequentemente, da vida em SOCIEDADE, que permitam a inserção do PAÍS no concerto das POTÊNCIAS mundiais DESENVOLVIDAS, SOBERANAS e DEMOCRÁTICAS...

Assim, coloca-se como essencialmente PREMENTE a PROBLEMATIZAÇÃO de questões CRUCIAIS, entre elas:

a) a EDUCAÇÃO – UNIV ERSAL e de QUALIDADE, como PRIORIDADE ABSOLUTA de nossas POLÍTICAS PÚBLICAS;
b) a INFLAÇÃO, a exigir PERMANENTE e DIUTURNA vigilância;
c) a CORRUPÇÃO, que campeia por TODAS as esferas da vida NACIONAL, solapando impiedosamente nossos RECURSOS PÚBLICOS, já por demais escassos;
d) o DESPERDÍCIO, em TODAS as suas MODALIDADES;
e) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, que já consome o montante INSUPORTÁVEL, a título de ENCARGOS e SERVIÇOS, de R$ 200 bilhões anuais, também a exigir uma qualificada, competente e transparente AUDITORIA...

Sabemos, e bem, que são GIGANTESCOS DESAFIOS que, de forma alguma, ABATEM o nosso ÂNIMO nem ARREFECEM nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA e QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, SOBERANA, DEMOCRÁTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para EVENTOS como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS (RIO+20) em 2012; a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE NO RIO DE JANEIRO em 2013; a COPA das CONFEDERAÇÕES de 2013; a COPA do MUNDO de 2014, a OLIMPÍADA de 2016, as OBRAS do PAC e os projeto do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INTERNACIONALIZAÇÃO das EMPRESAS, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ, da IGUALDADE – e com EQUIDADE, e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!..

O BRASIL TEM JEITO!...