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segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A FORÇA DAS LETRAS NA PROMOÇÃO HUMANA E AS LUZES DA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL NA SUSTENTABILIDADE


“Homenagem a um antigo pós-moderno
        ‘O que se deve exigir do escritor, antes de tudo, é certo sentimento íntimo que o torne homem do seu tempo e do seu país, ainda quando trate de assuntos remotos no tempo e no espaço’. A fórmula lapidar de Machado de Assis é aplicável com a máxima justiça a um novo mestre cuja obra se destaca no horizonte da nossa literatura: Jacyntho Lins Brandão. Helenista reconhecido internacionalmente, a relevância da sua obra vem receber o merecido destaque com a eleição à Academia Mineira de Letras, em cerimônia que acontece hoje, às 20h, onde assume a cadeira 25 (antes ocupada pelo ex-governador de Minas Gerais Francelino Pereira dos Santos).
         Professor titular da Faculdade de Letras (Fale) da UFMG desde 1977, onde leciona língua e literatura grega, além de pesquisador, tradutor, crítico literário, romancista e dramaturgo, Jacyntho possui uma carreira que alia a prática docente à atividade literária, sempre atento à necessidade de assumir responsabilidades pessoais: diretor da Fale por duas vezes (1990-1994 e 2006-2010) e vice-reitor da UFMG (1994-1998), atuou ainda como professor visitante em várias instituições estrangeiras.
         A maior parte dos seus livros transita pelas áreas de teoria, crítica e história da literatura, ensino de grego antigo, filosofia e tradução. Defensor da tese de que as origens da ficção estariam na própria Antiguidade, Jacyntho escreveu obras que se tornaram referências incontornáveis, como Antiga Musa: arqueologia da ficção (2 ed., Relicário, 2015) e A Invenção do romance (Ed. UnB, 2005). Além disso, trabalha, incansavelmente, pela divulgação entre nós da obra de Luciano de Samósata, um importante escritor da Antiguidade tardia, cuja influência se estende sobre nomes tão relevantes quanto os de Rabelais, Voltaire, Dostoiévski e até Machado de Assis. O seu principal estudo sobre este autor “pós-antigo” é ainda A poética do hipocentauro (Ed. UFMG, 2001), embora títulos mais recentes complementem a sua bibliografia sobre o assunto: Como se deve escrever a história (Tessitura, 2009) e Biografia literária (Ed. UFMG, 2015) oferecem traduções de importantes textos de Luciano, constituindo uma fonte inestimável para quem se interessa por um diálogo que – segundo Mikhail Bakhtin – atravessa séculos sob o nome de “tradição luciânica”.
         Como não poderia deixar de ser, o próprio Jacyntho faz parte de tal tradição, posto que as suas obras ficcionais abusam de elementos luciânicos e revelam que o riso é coisa para ser levada muito a sério. Seja no romance O fosso de Babel (Nova Fronteira, 1997), seja na peça Que venha a Senhora Dona (Tessitura, 2007), um complexo jogo intertextual se vale de inúmeras estratégias narrativas para criar uma trama em que o humor coloca em xeque as certezas do leitor e o leva a uma profunda reflexão crítica.
         Em plena era digital, Jacyntho começa a se dedicar também ao estudo de civilizações antigas do Médio Oriente e tem decifrado os segredos inscritos em tabuinhas de argila de povos tão antigos quanto os acádios, os assírios e os babilônicos. Um primeiro fruto dessas pesquisas é a sua tradução comentada da epopeia de Gilgámesh (composta por Sin-léqi-unnínni): primeira versão em língua portuguesa traduzida diretamente do acádio, o livro – indicado ao Prêmio Jabuti na categoria tradução em 2018 – saiu com o título Ele que o abismo viu (Ed. Autêntica, 2017).
         Se a sua eleição à Academia Mineira de Letras, hoje, vem coincidir com a aposentadoria na carreira docente – em momento de profundas dúvidas quanto ao futuro da educação e dos educadores no Brasil –, permanece a certeza de que, tratando de “assuntos remotos no tempo e no espaço”, Jacyntho se mostrará sempre “homem do seu tempo e do seu país”, como Luciano e o próprio Machado já haviam se mostrado antes dele.”.

(RAFAEL GUIMARÃES SILVA. Doutorando em estudos clássicos, UFMG, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 11 de dezembro de 2018, caderno OPINIÃO, página 7)

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de DANIEL MEDEIROS, mestre e doutor em educação histórica pela UFPR, professor do Curso Positivo, e que merece igualmente integral transcrição:

“O trabalho no futuro
        Vivemos na era das incertezas. Essa expressão tornou-se comum não porque as incertezas tenham passado a existir só agora, mas porque se multiplicaram exponencialmente nas últimas décadas. Como sabemos, nunca tivemos certeza de nada, exceto da morte. Agora, nem isso. Já se fala em escaneamento da consciência, uma espécie de pen drive que seria conectado a um androide e permitiria que vivêssemos e vivêssemos long time. Ficção científica? Não. A ficção tornou-se o nome do que ainda não foi realizado e não mais do fantasioso e do mirabolante. E todas as mudanças mudarão as pessoas e as coisas em volta delas. Como entender e participar desse mundo?
         É fato que há 30 ou 40 anos, quando pensávamos no futuro, apareciam na tela de nossa imaginação não mais do que umas seis ou sete possibilidades de trabalho: médico, engenheiro, advogado, militar, funcionário do Banco do Brasil ou de algum cartório, motorista de ônibus ou ajudar o pai na loja (lembrando que astronauta e arqueólogo eram profissões desejadas em um tempo ainda mais remoto). Agora, o problema é que, diante da mesma pergunta, são dezenas as profissões possíveis, muitas das quais ainda nem têm nome, outras conhecemos de ouvir falar, mas não sabemos exatamente quais habilidades seriam necessárias para exercê-las: energias renováveis, inteligência artificial, manipulação genética, robótica, internet das coisas etc. e tal. Jovens miram perplexos o horizonte dos próximos anos e se perguntam: vai ter lugar para mim?
         Tudo vai sendo virado de cabeça para baixo e as tradições que ancoraram tantas práticas sociais, conceitos e valores do mundo do trabalho, rapidamente vão se tornando obsoletas. Isso gera um desconforto, quando não um sentimento de revolta. Mas a saída continua a ser uma só: buscar entender as mudanças em vez de maldizê-las. Quanto maior a compreensão do que está acontecendo, maiores as chances de assumir um protagonismo nesses novos tempos. E então, o que está acontecendo? Como um jovem de hoje pode ter chance de uma boa colocação profissional no mundo de amanhã?
         Em primeiro lugar, compreendendo que precisa aprender o tempo todo e precisa se comunicar com o mundo. Ou seja: a ideia de “estar formado” em algo, de “ter feito seus estudos” em tal lugar, de “ter terminado a escola” em tal ano não tem mais nenhum futuro. Viver é aprender permanentemente e da maneira mais heurística possível. Heurística? É, trata-se do aprendizado constante e do uso intensivo da imaginação, da criatividade, do pensamento disruptivo. Disruptivo? Sim, refere-se ao pensamento que rompe com o padrão da normalidade, que rastreia novos paradigmas, que está sempre atento para outras maneiras de associação, composição, reorganização dos fatos e dos saberes.
         Além de aprender o tempo todo, é preciso também poder se comunicar com todo mundo. Daí a importância de dominar as linguagens: línguas estrangeiras, linguagens da programação, mas também a linguagem social do network, a linguagem emocional das negociações, a linguagem afetiva das parcerias. Em resumo: conectividade e capacidade de tradução, esses são os dois pilares do trabalho no futuro.
         A escola, em algum momento, vai precisar contribuir para essa reconstituição de saberes, rompendo com a ideia de que há coisas que precisam ser aprendidas porque são coisas importantes. Não é assim que funciona. Tudo o precisa ser aprendido não é importante por si, mas porque tem um papel no processo de transformação constante do mundo. A linguagem matemática é fundamental, assim a compreensão histórica ou o conhecimento dos seres vivos, mas apenas à medida que estão inseridos no contexto da descoberta, que é o lugar da problematização; da justificação, que é onde se analisam os dados e apresentam-se as conclusões; e da aplicação, quando esses conhecimentos agem como ferramentas de transformação da realidade.
         Assim, pensar uma escola a partir de cases, de questionamentos, de problematizações, associando diversas disciplinas com diferentes mentes de diversas idades, estimulando a formulação de hipóteses, sendo rigoroso na apresentação e verificação dos dados, premiando o esforço, a criatividade e o espírito de equipe são os passos para colocar a escola no lugar de relevância para as exigências desse tempo, que é o de olhar o horizonte e não enxergar o que há, mas imaginar o que haverá lá. Um tempo cujo futuro será uma invenção do presente.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro a ainda estratosférica marca de 275,68% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial se manteve em históricos 300,37%; e já o IPCA, em novembro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,05%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
57 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2018)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.



        

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

A CIDADANIA E A PLANÍCIE QUE OLHA O PLANALTO EM BUSCA DE REFORMAS

“A planície olha o planalto

Não sou daqueles que acham que o mundo piorou. Nem sou com o Plangloss, de Voltaire, que dizia que estamos no melhor dos mundos e tudo vai pelo melhor. Dona Clemência, que nasceu e viveu muito tempo na roça, ficou viúva cedo e sobreviveu graças as trabalho braçal, testemunha os avanços da humanidade que tornaram mais fácil o cotidiano das pessoas. Outro dia mesmo ela recebeu um marca-passo, que lhe devolveu disposição para continuar distribuindo alegria.

Não penso que muita informação signifique conhecimento. Assim, na medida do possível, vou filtrando o excesso de fatos, notícias e opiniões que os meios novos e antigos de comunicação nos oferecem. Aqui do meu canto discreto, cercado de livros, discos e pessoas que valem a pena, nessa passagem de janeiro para fevereiro, assim ao rodízio de chuvas pesadas e céu azul, medito sobre o nosso país e seu destino.

As oportunidades construídas em quase 20 anos com o esforço coletivo apontam para um horizonte mais rico, solidário e justo. Aproveitaremos isso ou, mais uma vez, a vitória nos escorrerá pelos dedos igual água? Sou otimista, mas faço algumas reflexões sobre o que pode nos esperar. Diante da complexidade dos obstáculos que precisamos superar, só a esperança não basta. Qualquer brasileiro de cultura média sabe que o maior entrave para o nosso sucesso é a educação. Os analfabetos e os semi são um peso que não dá para carregar. Incluídos no conhecimento, com sua força o país seria mais leve de levar. Além da educação, tem a saúde e o saneamento, essenciais para que o nosso lugar de morar caminhe. Estou falando o óbvio quando acrescento a moradia e a segurança. Os governos têm dinheiro e competência para realizar essas tarefas? Aqui da planície, olhando bem, respondo que dinheiro tem e competência muito pouca. Coitada da Dilma. O empresário Gerdau lhe dá conselhos para tornar o governo eficiente, mas ela não consegue reduzir os ministérios. Tenta reformar a gestão com executivos que estão abaixo, politicamente, dos ministros. Pode dar certo? Não sei. Tomara, pois o que está em jogo é a vida dos milhões de brasileiros.

Há um fato, além dos partidos e ideologias: o Estado é incapaz de fazer o que o povo necessita. Estradas, portos, toda a estrutura complexa e cara, hoje inexistente ou ineficiente, deveria ser regulada e fiscalizada pelo poder público, mas transferida à iniciativa privada. Sem roubo ou desvios, vigiada com olhos atentos e honestos de bons governantes. Aí o dinheiro público sobraria para que se fizesse o que deve ser feito.

Essa ideia circula no meio do povo. Um taxista, outro dia, lembrando-se de serviços públicos que emperravam a vida de todos e hoje, em mãos privadas, trouxeram grandes facilidades, sugeriu que se privatizasse o Estado. Não concordo, pois o espaço do poder público é importantíssimo. Mas anotei.”
(FERNANDO BRANT, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 1º de fevereiro de 2012, Caderno CULTURA, página 10).

Mais uma IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 29 de janeiro de 2012, Caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de SACHA CALMON, Presidente da Associação Brasileira de Direito Financeiro (ABDF), parecerista, ex-professor titular de direito tributário das universidades federais de Minas Gerais (UFMG) e do Rio de Janeiro (UFRJ), e quem merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Reformas de base

Desde o governo de Jango fala-se em reformas de base. Naquela época, estiveram na moda a reforma agrária, a bancária, a tributária, a administrativa e a política. A deposição do presidente foi questão de tempo, fazendo brotar o regime autoritário da ditadura. Com a redemocratização do continente, ao tempo do presidente Carter, ruíram as ditaduras e a tese passou a ser a do consenso de Washington. Em meio a isto tudo, veio a lume a constituição cidadã de 1988, humanista, democrática, principiológica, defensora do Estado democrático de direito, garantidora dos direitos individuais e fundamentais. Foi o bastante para que se desencadeassem novamente as fúrias reformistas.

Os governos democráticos que se lhe seguira em vez de realizarem a Constituição, puseram-se a destruí-la. E as reformas que inventaram foram e são contra o povo. A reforma bancária, para reduzir os spreads escandalosos, dela nem se fala. A reforma agrária é conversa mole, pois o país urbanizou-se. Precisamos é planejar as metrópoles, como a China faz. Reforma administrativa não há, mas o gigantismo do Estado, incapaz de fazer o mínimo que dele se exige, em qualquer setor que se pense. A reforma tributária, em vez de racional e promotora do desenvolvimento, tornou-se arrocho fiscal ao nível de 37% do PIB, para gerar superávits fiscais, com que pagar a dívida às praças da agiotagem bancária nacional e internacional às expensas do Tesouro Nacional. Ano passado pagamos R$ 230 bilhões aos rentistas. Os investimentos em infraestrutura não chegaram a 10% da cifra acima. Que beleza!

A primeira reforma, a trabalhista, nem sequer foi posta em pauta. Contratar e dispensar no Brasil é um tormento. O pior é que o dinheiro que o trabalhador põe no bolso é pouco. O resultado é a falência da Previdência. Botaram o custo em cima da economia formal, dos funcionários e pensionistas, que tiveram suas pensões e aposentadorias reduzidas e ainda levaram o troco de uma tributação injusta e absurda. Aqui, tributaram os velhinhos e as velhinhas, sem dó nem piedade, e foi o governo do PT, o governo dos trabalhadores.

A reforma primeira que nós merecíamos seria a política, mas não pensem em nada sério, em renovado pacto federativo, em ética na política ou fidelidade partidária. No Brasil não existem partidos e sim facções. A reforma política começaria por tornar gratuita a vereança. Ser vereador é profissão. Em torno do vereador giram os cabos eleitorais, que empulham a população nos bairros e vilas das grandes e pequenas cidades. Os vereadores elegem os prefeitos e os prefeitos os deputados e governadores, e todos juntos elegem o presidente, com partidinhos de mentira e jogadas de mídia.

Houve um tempo em que os vereadores eram os homens bons das vilas e cidades do Brasil. Era uma função patriótica, o amor à polis, à moda grega. Polis é raiz de política e de polícia. Em latim temos civitas, a cidade, a civilidade, a civilização. O que se fez foi muito pouco, ou seja, diminuir o número de vereadores. Se a vereança fosse gratuita, começaríamos a destruir, a um só tempo, o populismo, o profissionalismo político, a influência do poder econômico e a mentira dos partidos políticos, que são muitos, mas são um só, a gravitar em torno do poder político maior, a Presidência da República. No Brasil, o presidente é o ápice da política, que começa nos bairros e nas vilas incivilizadas da nação. Os meus concidadãos que gratuitamente querem contribuir para o bem geral da nação não possuem as mínimas condições para se elegerem vereadores, deputados estaduais, federais ou senadores. Nós não temos péssimos políticos, nós somos péssimos eleitores.

A partir de Itamar até Dilma, fatores benfazejos da conjuntura internacional e do Plano Real levaram o país à frente. Poderia ser três vezes maior se as reformas tivessem ocorrido. Mas a nação crê na sua grandeza. Entre as 20 mais desenvolvidas – e somos a sexta – ficamos como a segunda mais desigual. Em termos de crescimento era sermos a quarta maior economia à frente da Alemanha. É sonho de verão. Vejam as previsões da ONU de crescimento na América Latina para 2012: Argentina: 7,2%; Peru: 5,2%; Colômbia: 4%; Bolívia: 3,8%; Equador: 3,6%; Uruguai: 3,4%; Chile: 3,4%; Paraguai: 3,4%; Brasil: 2,7%; México: 2,5%; Venezuela: 2%. A China cresceu 9,2% em 2011 e crescerá ao menos 8,5% em 2012. Nosso Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é o 72º entre as Nações.

Não temos planejamento estratégico, queira ou não o senhor Maílson da Nóbrega, mas de governo. Governo de elites, desde a financeira até a sindical. E sem oposição consistente. E la nave vá! ao sabor das boas marés que chegam às nossas costas. Ao menos isso. Aqui em se plantando dá! Como no BBB, a pândega tropical. No ápice, Dilma cercada faz o que pode. Se profissionalizar a gestão pública, merecerá ode e retrato de estadista.”

Eis, pois, mais páginas contendo IMPORTANTES, GRAVES e OPORTUNAS abordagens e REFLEXÕES que acenam para a IMPERIOSA e URGENTE necessidade de PROFUNDAS MUDANÇAS em nossas estruturas EDUCACIONAIS, GOVERNAMENTAIS, POLÍTICAS, SOCIAIS, ECONÔMICAS, CULTURAIS e AMBIENTAIS de modo a promovermos a inserção do PAÍS no concerto das POTÊNCIAS mundiais LIVRES, SOBERANAS, DEMOCRÁTICAS e SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDAS...

Isto posto, URGE a efetiva PROBLEMATIZAÇÃO de questões deveras CRUCIAIS, ao lado de imprescindíveis reformas, como:

a) a EDUCAÇÃO – UNIVERSAL e de QUALIDADE, desde a EDUCAÇÃO INFANTIL (0 a 3 anos, em creches; 4 e 5 anos, em pré-escolas) até a PÓS-GRADUAÇÃO (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como PRIORIDADE ABSOLUTA das nossas POLÍTICAS PÚBLICAS;
b) o COMBATE, implacável e sem TRÉGUA, aos três dos nossos MAIORES e mais DEVASTADORES inimigos que são: I – a INFLAÇÃO, a exigir PERMANENTE e DIUTURNA vigilância, de forma a se manter em patamares CIVILIZADOS; II - a CORRUPÇÃO, um câncer se espalhando por TODAS as esferas da vida NACIONAL, e gerando INCALCULÁVEIS prejuízos e comprometimentos de variada ordem; III – o DESPERDÍCIO, em TODAS as suas MODALIDADES, da mesma maneira ocasionando INESTIMÁVEIS perdas e danos;
c) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, com projeção para 2012, segundo o ORÇAMENTO GERAL DA UNIÃO, de ASTRONÔMICO e INSUPORTÁVEL desembolso da ordem de R$ 1 TRILHÃO, a título de JUROS, ENCARGOS, AMORTIZAÇÃO e REFINANCIAMENTO, a exigir igualmente uma IMEDIATA, ABRANGENTE, QUALIFICADA e eficaz AUDITORIA...

Assim, portanto, torna-se absolutamente INÚTIL lamentarmos a FALTA de RECURSOS diante de tanta SANGRIA, que MINA nossa ECONOMIA e a nossa capacidade de INVESTIMENTO e POUPANÇA e, mais GRAVE ainda, afeta a CONFIANÇA em nossas INSTITUIÇÕES...

Lado outro, a extrema necessidade de AMPLIAÇÃO e MODERNIZAÇÃO de setores como: a INFRAESTRUTURA (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a MOBILIDADE URBANA (trânsito, transportes, acessibilidade); a EDUCAÇÃO; a SAÚDE; o SANEAMENTO AMBIENTAL (água TRATADA, esgoto TRATADO, resíduos sólidos TRATADOS, MACRODRENAGEM pluvial, logística reversa); ASSISTÊNCIA SOCIAL; PREVIDÊNCIA SOCIAL; SEGURANÇA PÚBLICA; FORÇAS ARMADAS; SEGURANÇA ALIMENTAR e NUTRICIONAL; ENERGIA; MORADIA; CIÊNCIA e TECNOLOGIA; PESQUISA e DESENVOLVIMENTO; PLANEJAMENTO (estratégico, tático e operacional); LOGÍSTICA; COMUNICAÇÕES; INOVAÇÃO; QUALIDADE (economicidade, produtividade, competitividade); AGREGAÇÃO DE VALOR ÀS COMMODITIES; CULTURA, ESPORTE e LAZER; EMPREGO, TRABALHO e RENDA; MEIO AMBIENTE, entre outros...

São, e sabemos bem, GIGANTESCOS DESAFIOS mas que, de forma alguma, ABATEM o nosso ÂNIMO nem ARREFECEM o nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, SOBERANA, DEMOCRÁTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para EVENTOS como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS (RIO+20) neste ano; a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE no RIO DE JANEIRO em 2013; a COPA DAS CONFEDERAÇÕES de 2013; a COPA DO MUNDO de 2014; a OLIMPÍADA de 2016; as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INTERNACIONALIZAÇÃO das EMPRESAS, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, da INOVAÇÃO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ, da IGUALDADE – e com EQUIDADE –, e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

A CIDADANIA E A ECOLOGIA INTERIOR

“Um homem que cultiva seu jardim, como queria Voltaire.
O que agradece que na terra haja música.
O que descobre com prazer uma etimologia.
Dois funcionários que num café do Sul jogam um silencioso xadrez.
O tipógrafo que compõe bem esta página, que talvez não lhe agrade.
Uma mulher e um homem que lêem os tercetos finais de certo canto.
O que acaricia um animal adormecido.
O que justifica ou quer justificar o mal que lhe fizeram.
O que agradece que na terra haja Stevenson.
O que prefere que os outros tenham razão.
Essas pessoas, que se ignoram, estão salvando o mundo”.
(JORGE LUÍS BORGES, in Os Justos)

Para nos ajudar em nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE encontramos mais uma BELA lição em artigo de FREI BETTO, publicado no Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 27 de maio de 2004, Caderno CULTURA, página 10, que também merece INTEGRAL transcrição:

“Ecologia interior

Por um minuto, esquece a poluição do ar e do mar, a química que contamina a terra e envenena os alimentos, e medita: como anda o teu equilíbrio ecobiológico? Tens dialogado com teus órgãos interiores? Acariciado teu coração? Respeitas a delicadeza de teu estômago? Acompanhas mentalmente teu fluxo sanguíneo? Teus pensamentos são poluídos? As palavras ácidas? Os gestos, agressivos? Quantos esgotos fétidos correm em tua alma? Quantos entulhos – mágoas, ira, inveja – se amontoam em teu espírito?

Examina tua mente. Está espoluída de ambições desmedidas, preguiça intelectual e intenções inconfessáveis? Teus passos sujam os caminhos de lama, deixando um rastro de tristeza e desalento? Teu humor intoxica-se de raiva e arrogância? Onde estão as flores do teu bem-querer, os pássaros pousados em teu olhar, as águas cristalinas de tuas palavras? Por que teu temperamento ferve com freqüência e expele tanta fuligem pelas chaminés de tua intolerância?

Não desperdiça a vida queimando a tua língua com as nódoas de teus comentários infundados sobre a vida alheia. Preserva o teu ambiente, investe em tua qualidade de vida, purifica o espaço em que transitas. Limpa os teus olhos das ilusões de poder, fama e riqueza, antes que fiques cego e tenhas os passos desviados para a estrada dessinalizada dos rumos da ética. Ela é cheia de buracos e podes enterrar o teu caminho num deles.

Tu és, como eu, um ser frágil, ainda que julgues fortes os semelhantes que merecem a tua reverência. Somos todos feitos de barro e sopro. Finos copos de cristal que se quebram ao menor atrito: uma palavra descuidada, um gesto que machuca, uma desconfiança que perdura.

Graças ao Espírito que molda e anima o teu ser, o copo partido se reconstitui, inteiro, se fores capaz de amar. Primeiro, a ti mesmo, impedindo que a tua subjetividade se afogue nas marés negativas. Depois, a teus semelhantes, exercendo a tolerância e o perdão, sem jamais sacrificar o respeito e a justiça.

Livra a tua vida de tantos lixos acumulados. Atira pela janela as caixas que guardam mágoas e tantas fichas de tua contabilidade com os supostos débitos de outrem. Vive o teu dia como se fosse a data de teu renascer para o melhor de ti mesmo – e os outros te receberão como dom de amor.

Pratica a difícil arte do silêncio. Desliga-te das preocupações inúteis, as recordações amargas, das inquietações que transcendem o teu poder. Recolhe-te no mais íntimo e ti mesmo, mergulha em teu oceano de mistério e descobre, lá no fundo, o Ser Vivo que funda a tua identidade. Guarda este ensinamento: por vezes é preciso fechar os olhos para ver melhor.

Acolhe a tua vida como ela é: uma dádiva involuntária. Não pedistes para nascer e, agora, não desejas morrer. Faze dessa gratuidade uma aventura amorosa. Não sofras por dar valor ao que não merece importância. Trata a todos como igual, ainda que estejam revestidos ilusoriamente de nobreza ou se mostrem realmente como seres carcomidos pela miséria.

Faze da justiça o teu modo de ser e jamais te envergonhes de tua pobreza, de tua falta de conhecimentos ou de poder. Ninguém é mais culto do que o outro. O que existe são culturas distintas e socialmente complementares. O que seria do erudito sem a arte da culinária da cozinheira analfabeta? Tua riqueza e teu poder residem em tua moral e dignidade, que não têm preço e te trazem apreço.

Porém, arma-te de indignação e esperança. Luta para que todos os caminhos sejam aplainados, até que a espécie humana se descubra como um só família, na qual todos, malgrado as diferenças, tenham iguais direitos e oportunidades. E estejas convicto de que convergimos todos para Aquele que, supremo Atrator, impregnou-nos dessa energia que nos permite conhecer a abissal distância que há entre a opressão e a libertação.

Faze de cada segundo de teu existir uma oração. E terás força para expulsar os vendilhões do templo, operar milagres e disseminar a ternura como plenitude de todos os direitos humanos. Ainda que estejas cercado de adversidades, se preservares a tua ecobiologia interior serás feliz, porque trarás em teu coração tesouros indevassáveis.”

Eis, pois, PÉROLAS que nos ANIMAM a tornar a vida nas CIDADES o grande ESPETÁCULO do ENCONTRO e da MOBILIZAÇÃO de TODOS em busca de uma SOCIEDADE verdadeiramente JUSTA, LIVRE, PRÓSPERA e FRATERNA, onde a PARTILHA promova o AMBIENTE da PAZ UNIVERSAL e da FELICIDADE. É a nossa LUTA, são os nossos SONHOS!...

O BRASIL TEM JEITO!...