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quarta-feira, 3 de outubro de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O PODER DO EU SUPERIOR ALIADO AO AMOR-SABEDORIA E A FORÇA DO SEU DINHEIRO NA SUSTENTABILIDADE (24/146)


(Outubro = mês 24; faltam 146 meses para a Primavera Brasileira)

“Como a cura interior pode 
manifestar-se no plano físico
        Estamos considerando, neste estudo, o nível físico-etérico como a primeira dimensão, o nível astral ou emocional como a segunda, o mental como a terceira e o mental abstrato, onde temos consciência do eu superior, como a quarta. Além dessas, há a dimensão intuitiva, seguida da espiritual e de outras mais elevadas.
         O que vale para o espírito é a intenção que o indivíduo tem de elevar-se, de transformar-se. Elevar-se quer dizer colocar a mente em motivos positivos, não egoístas. Deixar, aos poucos, de pensar no próprio bem e querer melhorar para tornar-se cada vez mais apto a ajudar o próximo. Essas são atitudes coerentes com a energia e com a vocação da alma. Assim se começa um processo de cura.
         A presença das enfermidades é própria dos níveis de consciência físico-etérico, emocional e mental – não existe além deles. É nesses três planos vulneráveis que também está localizada a parte pessoal de nossa consciência. Se o homem polariza sua atenção apenas nesses níveis, torna-se ainda mais suscetível à condição doentia dos níveis terrestres.
         Por longos períodos de tempo em que se desenvolvia a civilização terrestre atual, o homem habituou-se a identificar-se com os aspectos densos e pessoais do seu ser. Os eus superiores estiveram mais receptivos à realidade do mundo concreto do que ativos em outras direções.
         Havendo concordância entre a vontade profunda de um indivíduo e a vontade superficial do seu consciente, a cura pode operar-se. Ao harmonizar a personalidade com a própria vida, que é sua essência interior, a cura é processada, e seus efeitos tornam-se visíveis nos planos físico-etérico, emocional e mental – seja instantaneamente, seja a médio ou longo prazo. Há exemplos nos quais o indivíduo é curado sem que perceba: a alegria interior passa a estar presente em seu olhar e a carga de ansiedade deixa de existir em sua mente e em seu coração.
         Para que a cura interior ocorra, nem sempre são necessários intermediários aqui na Terra. Essencial é que construamos uma ponte de comunicação entre nosso eu consciente e o núcleo de amor-sabedoria que habita em nós. Essa energia, essência de cada ser, encontra-se no vórtice das forças evolutivas da quarta dimensão e é representada em cada um de nós pelo eu superior.
         O cultivo da alegria chamará o seu superior do homem a uma atividade positiva, que poderá manifestar-se inclusive no plano físico e nos fatos concretos de sua vida, porque encontra as vias abertas para sua expressão. Curar verdadeiramente é permitir que a alma flua sem impedimentos através dos corpos da personalidade. Essa cura interior dá também à pessoa a oportunidade de servir com altruísmo ao mundo. A doação que ela faz de si própria é a melhor forma para as energias universais começarem a nutrir o seu ser e para emergirem à superfície energias profundas e interiores.
         Tomar consciência de que existe uma vida totalmente saudável no nível das almas, e saber que essa vida pode refletir-se na Terra, é abrir a porta para a energia de cura. O que pode acontecer em seguida é imprevisível.”.

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 30 de setembro de 2018, caderno O.PINIÃO, página 20).
Nota do jornal: “Este é o último artigo póstumo de Trigueirinho (1931-20180. Para conhecer as obras do autor, acesse os sites
www.trigueirinho.org.br, onde estão disponíveis mais de 2.000 palestras gravadas e toda sua obra.”.

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 17 de setembro de 2018, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de RENATO EID TUCCI, responsável pela área de estratégia beta e integração ESG na Itaú Asset Management, e ALEXANDRE GAZZOTTI, analista de ESG na Itaú Asset Management, e que merece igualmente integral transcrição:

“Seu dinheiro e o mundo
        A Organização das Nações Unidas (ONU) lançou, em 2015, os 17 objetivos para o desenvolvimento sustentável (ODS), uma agenda compartilhada entre governos, setor privado, sociedade civil e investidores para mobilizar esforços e promover melhores condições sociais e ambientais para a humanidade, até 2030.
         Os ODS foram inspirados no sucessos dos objetivos do milênio, e se traduzem em 169 metas que podem ser acompanhadas por meio de 230 indicadores sugeridos pela comissão estatística das Nações Unidas. A ONU acredita que os ODS serão adotados até 2030, para permitir uma abordagem planejada entre os diversos atores públicos e privados.
         Mas qual o papel de investidores institucionais para os ODS? E qual o estágio do alinhamento entre investidores e a promoção de melhores práticas socioambientais em investimentos?
         O Fórum Econômico Mundial divulgou, este ano, a estimativa do estudo realizado pelo Business & Sustainable Development Comission de um gap anual de US$ 2,5 trilhões, de 2015 a 2030, para que os 17 objetivos sejam alcançados dentro do prazo estipulado. Como direcionadores de recursos financeiros para os mais variados setores econômicos, investidores institucionais podem ter um papel protagonista na viabilização dos ODS pelo setor privado.
         Em 2016, a organização do Reino Unido ShareAction entrevistou 52 investidores institucionais globais sobre seus planos em relação aos ODS. Os respondentes representavam US$ 5,9 trilhões em ativos sob gestão, cerca de seus vezes o total de ativos gerados profissionalmente no Brasil. A pesquisa identificou que 95% deles têm interesse em engajar com as empresas investidas sobre os ODS, enquanto 84% indicaram que alocariam capital para investimentos relacionados aos ODS.
         Um dos principais desafios no alinhamento entre investidores e a implementação dos ODS tem sido a integração destas ideias nas avaliações de investimento. Nesse sentido, a Princípios para Investimentos Responsáveis (PRI), organização de investidores parceira das Nações Unidas, promove, desde 2006, a integração de questões ambientais, sociais e de governança corporativa nas avaliações de investimento.
         A convicção de que a incorporação de questões ambientais, sociais e de governança corporativa (ESG, em inglês) nas decisões de investimento pode proporcionar retornos mais ajustados ao risco tem crescido, significativamente, e motivado gestores de recursos a se debruçar sobre os ODS para entender como refleti-los em seus processos de investimento.
         Apesar de ainda não haver um alinhamento na indústria de investimentos sobre como integrar temas ESG e os ODS em seus processos de investimento, investidores conscientes e que optam por alocar seu capital enquanto promovem um impacto socioambiental positivo vêm buscando desenvolver metodologias de avaliação de investimentos que levem esses temas em consideração.
         De acordo com o relatório Better Business Better World, da Comissão de Desenvolvimento Sustentável da ONU, alcançar os objetivos poderia gerar US$ 12 trilhões em oportunidades de mercado e criar cerca de 380 milhões de empregos. Isso representa, respectivamente, 8,5 vezes o PIB do Brasil de 2017 e mais de três vezes o total de pessoas atualmente empregadas.
         Desde 2010, a Itaú Asset Management realiza a integração dos aspectos ESG na avaliação de empresas por meio de seus modelo proprietário. Com o lançamento dos ODS, percebeu-se que há uma sobreposição entre os drivers ESG adotados no modelo proprietário e as metas dos ODS. Isso tem motivado as equipes do banco a explorar as sinergias entre as abordagens e seguir com o aprimoramento de modelo.
         Os gestores de recursos dos clientes têm a responsabilidade de investir de forma ética e responsável, buscando um completo entendimento das oportunidades e riscos envolvidos nas decisões de investimento.
         O modelo de integração ESG da Itaú Asset Management, por exemplo, incorpora os drivers ESG nos modelos de fundamentalistas de avaliação de empresas, dividindo questões ambientais e sociais em oito dimensões. Cada dimensão, por sua vez, compreende determinados fatores ESG, sendo que esses aspectos podem estar diretamente conectados a uma ou mais metas dos ODS.
         Um exemplo: ao analisar um dos ODS, entre as metas, encontramos: 1) aumentar substancialmente a participação de energias renováveis no mix de energia global e 2) dobrar a taxa global de melhora na eficiência energética. Ambos podem ser relacionados ao modelo na dimensão de “águas, energia e materiais”, uma vez que procuramos olhar os investimentos das empresas na promoção de energias renováveis, bem como para a redução do custo de produção pelo aumento da eficiência energética.
         Assim, entendemos que os ODS oferecem uma oportunidade para aprofundar a integração de temas ESG ao processo de investimento, bem como contribuir na identificação dos riscos e oportunidades oriundos dessas áreas.
         A preocupação em deixar um mundo melhor para as futuras gerações também pode estar relacionada à forma como você investe seu dinheiro. É importante procurar investir em gestores que compartilhem seus valores e visão de mundo.”;

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em agosto a ainda estratosférica marca de 274,0% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial se manteve em históricos 303,19%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,19%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
56 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2017)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.



        


segunda-feira, 22 de maio de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A LUZ DOS TALENTOS NA GESTÃO E AS IMPRESCINDÍVEIS REFORMAS NA SUSTENTABILIDADE

“Empresas e seus talentos
        No atual cenário em que vivemos, com crise financeira em diversos países, catástrofes ambientais e diferenças sociais, engana-se quem acredita que esses problemas são exclusivos dos governantes. Está mais do que na hora de todos enxergarem que já ultrapassamos há tempos a era em que as iniciativas privadas não prestavam atenção nessas questões. E, mais, as empresas que não discutem e não se preocupam com os problemas do mundo ao seu redor estão fadadas ao fracasso.
         As companhias que pensam somente em gerar lucros têm de se reinventar. É preciso enxergar que empresas são agentes de mudanças, que também têm um real compromisso com a sociedade, devem participar ativamente, extrapolar as exigências do capitalismo e ter um reposicionamento de comportamento empresarial.
         A mudança de paradigma do sistema em que vivemos está em um termo conhecido como “talentismo” – ou seja, no fato de pensar no conjunto da obra, e não apenas na organização em si. A finalidade desse novo conceito é a capacidade de inovar e circular ideias por meio do talento, da educação e do empreendedorismo, sempre com uma visão clara de compromisso junto à sociedade, ao meio ambiente e às causas sociais que envolvem a realidade ao seu entorno, seja na cidade ou no país todo. Isso significa um reposicionamento do comportamento empresarial.
         Para compreender um pouco melhor, o Fórum Econômico Mundial reúne anualmente chefes de governo, representantes empresariais, de bancos, entre outros executivos, com o intuito de debater temas presentes e propor caminhos para o futuro. Porém, é claro, nada adiantará se essas questões não saírem do papel.
         Além de colocar as iniciativas em prática, as organizações precisam seguir os Dez Objetivos do Pacto Global, iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU) elaborada sobre os pilares dos direitos humanos, princípios e direitos fundamentais no trabalho, respeito e preservação do meio ambiente e o combate à corrupção. A missão do Pacto Global é engajar as empresas para que aceitem as metas propostas, apoiem e busquem alcançá-las dentro de suas dependências e também nas esferas de influência.
         O “talentismo” nada mais é que a valorização de uma empresa ao seu capital humano, seja ele parte da equipe de colaboradores, da carteira de clientes ou da comunidade que, de alguma forma, participa de sua atuação. Toda companhia que atua no cenário moderno do capitalismo precisa estar de acordo com esse conceito e perceber que as pessoas são mais importantes que o dinheiro.”.

(WELLINGTON RODGÉRIO. Diretor financeiro do Grupo Sabará, empresa especializada no desenvolvimento de tecnologias, soluções e matérias-primas de alta performance, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 21 de janeiro de 2017, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 19 de maio de 2017, mesmo caderno, página 11, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Reformar é preciso
        A sociedade brasileira enfrenta uma das mais difíceis fases de sua história, indicativo incontestável de que reformar é necessidade urgente para abrir horizontes novos. Essa tarefa exige audácia capaz de promover dinâmicas, encontrar respostas e configurações normativas que tornem a sociedade mais civilizada, com igualdade e respeito à dignidade humana. Nessa direção, devem ser superados privilégios que causam exclusão. Também é momento para se cultivar o sentimento patriótico de pertencimento, que sustenta o relacionamento harmonioso entre diferentes segmentos da sociedade. Uma nova realidade que deve ser configurada com esforços dedicados à promoção de reformas arquitetadas com clarividência, comprometidas com a busca de solução para as aflições que pesam sobre todos e, de modo mais forte, na vida dos pobres.
         Instituições diversas podem e devem procurar o caminho das mudanças. A própria Igreja Católica tem na sua configuração o princípio Ecclesia semper reformanda, mencionado em documentos e contextos históricos, levando a Igreja a compreender-se como passível de revitalizações em sua dimensão institucional. A exigência de reformas é, desse modo, inquestionável, quando se busca oferecer respostas a novos desafios. O tratamento adequado e inteligente das demandas contemporâneas e a consideração da inevitáveis mudanças culturais requerem que organizações diversas desenvolvam novos planejamentos, avaliem impactos das transformações e adotem vetores diferentes, com o objetivo de alcançar equilíbrio e a sustentabilidade. Por isso, que fique bem claro: quando a Igreja Católica, nas suas configurações institucionais, a partir de diferentes líderes, questiona processos de reformas, não significa que é contrária às mudanças.
         A própria Igreja reconhece a importância de reformar-se para corresponder às necessidades dos fiéis, a seus propósitos missionários e fortalecer seus muitos serviços sociais de amparo aos pobres. Ao posicionar-se sobre o grave momento nacional da sociedade brasileira, apontando suas causas e consequências, a Igreja não se manifesta contrária às reformas. Diferentemente disso, coloca em questão processos, conteúdos e operações nos procedimentos das reformas propostas, pois muitos condutores das iniciativas de mudança sofrem com a falta de credibilidade, em razão de suas posturas pouco alicerçadas na moral. Esses condutores, que têm a força da voz e do voto, agem na sombra da falta de ética e do pouco apreço pela honestidade. Disso resulta um incalculável déficit na sociedade brasileira e a confusão se instala: as vozes desafinam, e as intuições interpretativas para propor as reformas inadiáveis ficam contaminadas, enfraquecidas.
         Olhar a realidade social e política da sociedade brasileira atual e não admitir reformas seria, minimamente, insanidade. Sem as mudanças, acelera-se o processo que leva ao colapso ou à inadequação das instituições, sejam civis, governamentais, culturais ou religiosas. Assim, não admitir reformas é prova da falta de inteligência. Só mesmo razões ideológicas, com parcialidades comprometidas – ou interesses coletivos e partidários, guiados pela tirania, por horizontes balizados na imoralidade, no desrespeito a princípios e valores – ignoram essa urgente necessidade. As reformas são a única saída para tirar a sociedade do lamaçal de práticas abomináveis que fazem o país submergir no fosso do fracasso da sua economia, política e cidadania. É preciso mudar, e com urgência! Não tem sentido ser contra reformas, nos mais diferentes âmbitos, mas elas precisam ser capazes de imprimir novos rumos, resolver gravíssimos problemas. Para isso, não se pode esperar que as transformações necessárias sejam conduzidas por mentes contaminadas ou condutas moralmente comprometidas.
         Conta agora estabelecer o amplo diálogo exigido, para limpar os trilhos de obstáculos advindos da desonestidade, e assim ser possível avançar rumo às inadiáveis reformas. Um percurso construído a partir das atitudes cidadãs de homens e mulheres competentes e com credibilidade. As reformas têm a urgente tarefa de começar a construir uma virada civilizatória e cultural no Brasil. O desafio maior é como efetivá-las, diante do momento abissal vivido no país, de fragilidade política e moral. Um contexto que exige ainda mais lucidez, sabedoria e sentido de cidadania. Trabalhe-se de modo cidadão pelas reformas, como a que resultou na Constituições Cidadã de 1988, no que pese seus limites e fragilidades, para efetivar amplas transformações e se construir um Brasil novo.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em março/2017 a ainda estratosférica marca de 490,3% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 328,0%; e já o IPCA também no acumulado dos últimos doze meses, em abril, chegou a 4,08%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...