Mostrando postagens com marcador Israel. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Israel. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A URGÊNCIA E EXIGÊNCIAS DO DEBATE PLURAL E AS LUZES DA VERDADE E SABEDORIA NA ESCUTA AMOROSA DA HUMANIDADE NA SUSTENTABILIDADE (37/133)

(Novembro = mês 37; faltam 133 meses para a Primavera Brasileira)
“Hora do debate plural
        É possível aferir avanços da civilização por meio de diversos elementos: tecnologia, expansão do conhecimento, média de vida do ser humano, conscientização da sociedade etc. Nas democracias, um dos aspectos mais evidentes é a racionalidade. Com boa pontuação nesse capítulo, um povo mostra que seu sistema de decisão é lógico, denso e justo. É quando o voto sai do coração e sobe à cabeça. O eleitor evita a síndrome do touro: pensa com o coração e arremete com a cabeça.
         Esse introito convida-nos a imaginar o grau civilizatório da atualidade brasileira. Evidentemente não somos uma sociedade racional, com nossa cultura banhada pela emoção. Somos uma gente calorosa, vibrante, que toma partido de tudo e decide mais pelo coração do que pela cabeça.
         Porém, expande-se o conceito de autogestão usado, particularmente, pela cultura anglo-saxã. Seu lema: a pessoa define metas e objetivos e escolhe meios e formas para atingi-los.
         Do fim dos anos 80, sob uma Constituição garantidora de direitos individuais e sociais, avançamos na trilha da pressão sobre os Poderes até oestágio da mobilização de 2013. Entidades intermediárias – gênero, minorias, defesa corporativa e categorias profissionais – mostraram força nas ruas. Chegamos ao momento em que o país, dividido e polarizado, quebra paradigmas e elege dirigentes fora do velho jogo, enquanto contingentes agem de forma autônoma. Assim o país avança na direção da racionalidade. Por isso, não dá mais para aceitar negociatas por baixo do pano, projetos e portas trancadas, burocratas plasmando reformas em círculo fechado. É hora do debate plural, sem redomas. O Brasil de hoje exige transparência.
         Grupos nomeados por ministros ou secretários de pastas, que não debatem seus projetos com a sociedade organizada, estarão sujeitos à execração social e condenados por desconexão com a realidade. O Brasil requer o jogo aberto de ideias, ponto e contraponto.
         Reformas estão em gestação no governo e no Congresso. Entre elas a da Previdência, que não merece ser partilhada nas barganhas dos congressistas. Há também a reforma tributária, e todos os setores devem ser ouvidos, não apenas a indústria. Vejam o que diz o economista Raul Velloso: “A reforma tributária mexe com a tributação de setores da economia, aumentando a de uns e reduzindo a de outros... mas é uma reforma em favor da indústria e contra o setor de serviços”.
         Prepara-se a reforma sindical: montou-se um conselhão do trabalho composto por tradicionais lideranças, sem participação de representantes de novos segmentos da empregabilidade.
         Esperemos também pelas reformas administrativa e política. A primeira só será eficaz se for racional, enxugando estruturas, treinando quadros, reduzindo a burocracia.
         Já a reforma política, pelo menos em relação ao voto, precisa encarnar melhor a vontade popular, o que não ocorrerá sem o crivo do cidadão, o verdadeiro dono do mandato. Todo poder emana do povo e em seu nome deve ser exercido.”.
(Gaudêncio Torquato. Jornalista, professor (USP) e consultor político, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 20 de outubro de 2019, caderno O.PINIÃO, página 19).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 01 de novembro de 2019, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:
“Ouve, Israel
Essa evocação, presente na tradição bíblica, é uma convocação na vida do povo de Israel e torna-se referência a um princípio vital para enfrentar o processo destrutivo que se abate sobre a humanidade na atual virada antropológica, responsável por mudar cenários em todo o mundo. Trata-se de um chamado para que o povo se aproxime mais de Deus e, assim, seja reconfigurada a vida em seus diferentes aspectos – culturais, políticos, religiosos e ambientais. Sabe-se que as dinâmicas das grandes transformações antropológico-culturais, como a que ocorre na contemporaneidade, desafiam as sociedades, incidem sobre identidades institucionais, abalam convicções. Nesse contexto, corre-se o risco de se negociar o inegociável, de se adotar práticas que desorientam e levam à perda de rumos, obscurecendo metas importantes para a salvaguarda do bem comum, da verdade, do amor e, consequentemente, da justiça. O desafio é continuar, como um caçador, a buscar a verdade nos seus princípios, com humildade e esperança.
Buscar permanentemente a verdade é desafio constante, mas não se pode apegar à ilusão de ser possuidor dela. Considerar-se “dono da verdade” é postura que gera equívocos, fundamentalismos e polarizações. “Ouve, Israel” é, pois, referência que ensina: só um caminho de profunda escuta permitirá não perder a direção da verdade e do amor. Seja, assim, assumido o desafio humano e existencial de exercitar a competência para escutar. A escuta de Deus e de si mesmo alarga os espaços interiores para que os outros sejam escutados – particularmente, gera sensibilidade para reconhecer os clamores dos pobres e sofredores. De modo contrário, o comprometimento da capacidade para escutar é desastroso, pois alimenta a dureza de coração, obscurece até a razão, ou a direciona para gestos de indiferença, ameaçando a paz, por prejudicar a justiça e o inegociável princípio ético-moral de salvaguardar sempre o bem comum.
O exercício da escuta, no horizonte da convocação feita por Deus ao seu povo – “Ouve, Israel” –, constitui caminho único para encontrar sabedoria e recompor o tecido sociopolítico, para se conquistar o equilíbrio, a solidariedade e o sentido de viver. É muito fácil detectar os efeitos nocivos e demolidores advindos da incompetência para o exercício humano de escutar. Quem não escuta fala sempre, muito, de modo visivelmente desconectado da adequada interpretação da realidade. Produz, assim, resultados que pesam, atrasam processos e impedem o alcance de novas respostas exigidas em cada etapa da história. “Ouve, Israel” é princípio ético-pedagógico, convocação, determinação, correção e advertência.
O “rolo compressor” da viragem antropológico-cultural em curso, que causa angústias, multiplica depressões, revela destemperos humanos e exige novo humanismo só pode ser adequadamente enfrentado pelo exercício qualificador da capacidade para escutar. Caso contrário, as percepções serão equivocadas ou superficiais e não serão encontradas soluções até para os problemas mais simples. Comprometido estará o sentimento indispensável de que viver é dom precioso e vale lutar pelo bem, compromisso irrenunciável – até quando são exigidos sacrifícios e renúncias, na contramão da mesquinhez suicida que contamina a atualidade. “Ouve, Israel”. Todos acolham essa convocação para quebrar os terríveis e danificadores grilhões da autorreferencialidade, mal que cega a razão e os corações, inviabiliza percepções fundamentais, alimenta o carreirismo, o doentio apego ao dinheiro, a dominação pela dinâmica da disputa fratricida, e o mais grave: a perda da serenidade e da alegria de viver.
“Ouve, Israel” é a prioritária indicação de um exercício diário a ser feito por todos, para uma capacitação espiritual e humanística. Sem o exercício da escuta, os erros se multiplicarão, a fonte da compaixão secará, a teimosia será o leme e a mesquinhez, os trilhos.  Desenvolver a aptidão para escuta é fundamental na recuperação do esgarçado tecido sociocultural e religioso da contemporaneidade, de modo a evitar o caos, a superar os desequilíbrios ambientais, os descompassos políticos, os fundamentalismos e conservadorismos religiosos que levam à humanidade sem humanismo, à religiosidade sem Deus, ao mundo sem vida, a homens e mulheres sem alma.
Fale menos, ouça primeiro. Em busca de qualificar a capacidade para escutar, vale acolher, dentre tantas e preciosas indicações, o conselho de Santo Ambrósio, bispo no século quarto, explicitando o alcance da convocação “Ouve, Israel”: "Vossa palavra, Senhor, é estável como o céu (Sl 118,89). Vês que ela deve permanecer também em ti, pelo fato de permanecer estável no céu. Guarda, pois, a palavra de Deus e conserva-a em teu coração, de tal modo que não a esqueças. A meditação da lei nos dá a possibilidade de suportar serenamente os períodos de sofrimento, de humilhação e de qualquer adversidade, de modo a não sermos oprimidos nem pelo excesso de tribulação nem pela falta de coragem. Em uma palavra, o Senhor não quer que sejamos abatidos pelo sofrimento até o desespero, mas até a correção." Ecoe nos corações de aprendizes e peregrinos: “Ouve, Israel”!”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 129 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em setembro a ainda estratosférica marca de 307,82% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou em históricos 307,58%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 2,89%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2019, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,422 trilhão (43,6%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 758,672 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.


        

 




quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, OS CAMINHOS DA LUZ, DO AMOR E DA SABEDORIA E OS DILEMAS DO JORNALISMO NA SUSTENTABILIDADE

“A energia crística nos oferece 
a purificação da consciência
        Uma energia de poder e beleza ocultos, de irradiação silenciosa, porém resoluta, permeia cada partícula do universo planetário, penetra toda abertura que acolha o fulgor que dela emana. Com seu inefável Amor renova tudo o que toca e, como o fermento do pão, multiplica as virtudes dos seres para que por meio delas alimentem de luz esta Terra sofrida.
         Ainda que relativamente o homem se rende à verdade, o Espírito envia-lhes impulsos de luz, de amor, de paz e de sabedoria. Se recebidas com gratidão, essas energias lhe ensinarão a colher flores das rochas e a transformar com sua beleza a face da Terra.
         Há dois mil anos, em Jesus, a energia crística esteve presente em meio à humanidade, expressando-se da maneira mais plena que então era possível por intermédio de um ser encarnado no nível físico da superfície da Terra; a maioria dos homens, porém, não quis acolhê-la.
         Na época atual processo semelhante ocorre, e de toda a humanidade da superfície apenas dez por cento responde positivamente ao chamado crístico, ao chamado do Amor, que, ecoando desde milênios, nesta transição da Terra reapresenta-se de modo peculiar.
         Os que respondem são discípulos da Luz, do Amor e da Sabedoria. Sua coligação com essa Luz independe de crenças, dogmas ou religiões organizadas. Está embasada na unificação do ser à essência crística, que é cósmica.
         A energia crística não se oculta aos olhos de ninguém, está presente nos menores fatos da vida dos seres, indicando-lhes o caminho à Unidade, procurando dissolver a separatividade e a disputa, fato bem pouco compreendido mesmo entre seus pretensos seguidores.
         Sua suprema sabedoria busca despertar nos homens a consciência de que a verdadeira existência, o Reino, encontra-se além dos limites da mente. A vida do Espírito é o portal dessa existência e, por caminhos traçados pelo Amor Infinito, a ela é conduzido o indivíduo; porém, só aquele que continuamente renuncia à violência própria do ego consegue cruzar esse portal.
         Inúmeras vezes um ser é colocado diante da Verdade, da Luz e da Vida pela Lei do Amor. Em algumas dessas oportunidades, consegue romper os densos véus de ilusão que lhe obscurecem a consciência, evocando do seu mais íntimo núcleo interior uma resposta positiva, uma abertura e um passo em direção à vida espiritual. Porém, essa ainda frágil adesão ao chamado interno facilmente é negada quando surgem situações de provas.
         O ser humano muitas vezes esquece-se de que a manifestação de uma nova existência requer obras e atos em conformidade com o que ela inspira. As bases dessa nova existência só podem emergir de um coração onde o amor transcendeu as expressões pessoais, em um coração que reconheceu que todo esse amor provém d’Aquele que alenta os universos e a Ele deve ser oferecido. O homem que se integra a esse amor nada teme, no céu ou na terra comunga da união com a Fonte.
         A história da Terra, entretanto, revela que o ser humano não compreendeu essas simples leis espirituais. A influência que os objetos e conceitos concretos exercem sobre ele é mais forte do que sua fé na Providência Divina. Teme pelo efêmero, afastando-se do essencial. Propala sua crença, porém pouco a confirma em seus atos.
         As trilhas rumo ao Espírito sempre estiveram abertas a todos os homens; entretanto, a maioria preferiu as falsas promessa da vida material.”.

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 26 de novembro de 2017, caderno O.PINIÃO, página 16).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 18 de dezembro de 2017, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de CARLOS ALBERTO DI FRANCO, jornalista, e que merece igualmente integral transcrição:

“Dilemas do jornalismo
        As rápidas e crescentes mudanças no setor da comunicação colocaram os antigos modelos de negócios em xeque. A dificuldade em encontrar um caminho seguro para a monetização dos conteúdos multimídia e as novas rotinas criadas a partir das plataformas digitais produzem um complexo cenário de incertezas.
         É preciso pensar, refletir profundamente sobre a mudança de paradigmas, uma vez que a criatividade e a capacidade de inovação – rápida e de baixo custo – serão fundamentais para a sobrevivência das organizações tradicionais e para o sucesso financeiro das nativas digitais.
         Mas é preciso, previamente, fazer uma autocrítica corajosa a respeito do modo como vemos o mundo e da maneira como dialogamos com ele.
         O consumo da informação mudou. A fragmentação dos conteúdos pode transmitir uma sensação de liberdade. Somos editores do nosso diário personalizado. Ao mesmo tempo, há uma demanda reprimida de reportagem. É preciso reinventar o jornalismo, num contexto muito mais transparente e interativo.
         É preciso contar boas histórias. Com transparência e sem filtros ideológicos. Sucumbe-se, frequentemente, ao politicamente correto. Certas matérias, algemadas por chavões inconsistentes que há muito deveriam ter sido banidos das redações, mostram o flagrante descompasso entre as interpretações e a força eloquente dos números e dos fatos.
         Mas vamos a um exemplo concreto de cobertura: Donald Trump.
         Não tenho entusiasmo por Trump. Assusta-me a exacerbação patológica do seu ego. Suas bravatas não preocupam tanto. São marqueteiras e oportunistas. Chuvas de verão. A vida real e os formidáveis freios e contrapesos da democracia norte-americana impedem aventuras muito coloridas.
         A cobertura sobre Donald Trump, um personagem complicado e polêmico, está mais para militância do que para jornalismo. Sobra opinião. Falta análise, contexto, capacidade de esclarecer o leitor. Jerusalém é a bola da vez. A imprensa caiu matando. A sanidade mental do presidente está em pauta. Pois bem, amigo leitor, Trump só fez confirmar a política externa norte-americana a respeito de Jerusalém. Clinton, Obama e Bush defenderam o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel. Mas ninguém disse isso ao leitor.
         Como bem lembrou o jornalista Hélio Gurovitz, no reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel, Donald Trump tomou o cuidado de não adotar a posição oficial do governo israelense. Num gesto destinado a atender a anseios de governantes do mundo árabe, para quem Jerusalém é uma questão sensível, as palavras escolhidas abrem margem para parte da cidade se tornar um dia capital de um eventual Estado palestino.
         “Os limites específicos da soberania israelense em Jerusalém estão sujeitos ao status final das negociações entre as partes”, diz o comunicado da Casa Branca. “Os EUA não estão tomando posição a respeito de limites ou fronteiras.” Embora não haja referência à demanda palestina pela parte oriental, o texto aproxima a posição americana adotada por países como Rússia ou República Tcheca, que reconhecem “Jerusalém Ocidental” como capital israelense e “Jerusalém Oriental” como capital palestina.
         Esses são os fatos que ficamos devendo aos nossos leitores. Não podemos brigar com a realidade. Gostemos ou não dela. Precisamos recuperar a capacidade de informar sem contrabando opinativo, mas com rigor e objetividade.
         A internet é um fenômeno de desintermediação. E que futuro aguarda os meios de comunicação, assim como os partidos políticos e os sindicatos, num mundo desintermediado? Só nos resta uma saída: produzir informação de alta qualidade técnica e ética. Ou fazemos jornalismo pra valer, fiel à verdade dos fatos, ou seremos descartados por um consumidor cada vez mais fascinado pelo aparente autocontrole da informação na plataforma digital.
         Com quem nós queremos falar? Com o Brasil real? Com o país que tem valores e olha para frente? Ou queremos falar com minorias ideológicas, à direita e à esquerda, articuladas e barulhentas? Façamos jornalismo. Nada mais.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em novembro/2017 a ainda estratosférica marca de 333,8% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial se manteve em históricos 323,73%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses chegou a 2,80%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!”.