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segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A URGÊNCIA DA QUALIFICAÇÃO DA POLÍTICA E A LUZ DA ÉTICA PARA A HUMANIDADE

“Reforma política ou reforma dos políticos?
        A cada dia estamos mais próximos das eleições de 2018, e os brasileiros diariamente encaram uma realidade de dúvida e apreensão em suas televisões, jornais e qualquer meio de informação sobre a situação política do país. Em uma pesquisa realizada no início de 2017, pela Edelman Trust Barometer, é apresentado que 62% dos brasileiros perderam a confiança no sistema, sendo a corrupção o maior medo de 70% dos pesquisados. A descrença da população nas promessas constantes de melhorias e de reformas demonstra o grande desgaste em tudo que envolve o meio político.
         Infelizmente, a política passou a ser considerada uma escola para ficar rico da noite para o dia. Cada vez mais se veem pessoas que estão ali com o objetivo de dar uma guinada em sua própria vida. Em uma rápida pesquisa feita no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é possível constatar o grande crescimento de eleitores que se filiaram a algum partido para, assim, dar os primeiros passos na vida pública. Em 2017, já somam mais de 2.400.000 eleitores filiados na faixa etária entre 16 e 34 anos. Uma situação péssima para a população e para a imagem do governo. Essa visão de enriquecimento usando um cargo público é alimentada quando o sistema governamental é corrupto.
         Nesse cenário se enobrece a esperteza, fazendo com que a juventude brasileira seja incentivada a pensar que a possibilidade de que roubar vale a pena. E o que agrava ainda mais é fazer com que a sociedade acredite que ser honesto não traz nenhum benefício e acabará por levar o indivíduo à pobreza.
         Esse é o retrato que o homem público passa para a sociedade.
         Com essa imagem tão desgastada e sem credibilidade que os políticos no Brasil atualmente possuem, apresentar propostas de reforma política parece não ser suficiente para sanar todos os problemas escancarados para a população, durante todos esses anos. Um texto bíblico representa bem a situação do país. No livro de Ezequiel, é apresentado ao profeta um vale de ossos ressecados, e Deus o questiona: “Porventura viverão esses ossos?” – o trecho induz à reflexão sobre a ausência de esperança.
         Hoje, pela quantidade de escândalos que foram produzidos e acumulados em vários e vários anos, falar sobre a reforma não resolve a questão, precisamos falar sobre uma ressurreição política. E o que temos hoje são os ossos ressecados da profecia de Ezequiel na política brasileira.
         Então, o que seria a ressurreição política?
         A velha política está ressecada, mas continua esperta. Quando o tema reforma é debatido, parece que isso é feito apenas para garantir mais um mandato e fortalecer a si mesmo e, com isso, são construídas trincheiras para defender seus partidos. Estão legislando em causa própria, e tudo do que é proposto pelos políticos leva à ideia da literatura de que o papel aceita tudo. Mas a verdade é que a culpa da situação do governo e da sociedade brasileira não é do papel e nem da caneta, mas, sim, de quem escreve. O Brasil não precisa de uma reforma política, precisa de uma reforma do ser político, e isso é ressurreição. Ele deve entender que está lá para servir ao povo, e não para enriquecer.
         Para isso, devem-se restabelecer critérios do perfil do político, do parlamentar, do ministro, dos gestores e do próprio presidente. Para que a ressurreição política seja feita com sucesso, é preciso ver se é possível reviver como os políticos que estão ativos, ou preparar uma nova geração, e como fazer esse período de transição.
         Os ossos ressecados da política devem começar a ganhar a vida com a reforma do ser político, mas devem ir além, e também servir como motivadores da reforma do ser eleitor. A ressurreição vai realmente acontecer quando todos reverem os próprios conceitos, pensar em quem votar e o motivo que os levou a isso, reconhecendo a importância de exercer o seu direito como cidadão. Assim, será possível reconstruir a imagem dos homens públicos, e do governo do Brasil.”.

(RABINO SAMY PINTO. Especialista em educação, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 18 de fevereiro de 2018, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de SACHA CALMON, advogado especializado em direito tributário e constitucional, e que merece igualmente integral transcrição:

“Povos sem pátria
        Por volta de 620 a.C. os babilônios destruíram o Reino de Judá, na parte montanhosa sul da planície costeira palestina. Antes disso, os assírios arrasaram em 730 a.C. o Reino de Israel, ao norte, e dispersaram sua população pelo Egito, passando pela Mesopotâmia, até o Cazaquistão, para erradicar a cultura tribal de adoração a Eli (Deus em aramaico), que entronizaria Israel como o rei de todos os reis da terra no apocalipse, próximo a ocorrer.
         Desde então, e até depois da Segunda Guerra Mundial – século 21 –, tirante a curta independência dos romanos no período dos macabeus, os judeus e israelitas viveram sem pátria, conservando seus valores baseados na Torá, que nós chamamos de Velho Testamento.
         Para os estudiosos, a ligação se tornou obrigatória, para os cristãos, embora não desejada, porque Jesus, o doce rabi da Galileia, vivia invocando “o pai” (Javé). Pregava o amor e a temperança, mas apenas para o povo judeu, tanto que relutou em operar a cura de uma menina de Tiro (cidade portuária libanesa) ao argumento de que sua missão era reunir piedosamente ao seu povo “as ovelhas tresmalhadas de Israel”. Ao cabo, por insistência da mãe da menina, a curou, segundo reza o evangelho. Como Jesus nunca se declarou Deus, muito pelo contrário, e todas as inserções para vê-lo como tal são comprovadamente falsas, feitas décadas depois da sua crucificação, com sua humanidade já assentada por nascer do ventre de mulher, foi preciso dizer que era o Deus-filho, encarnado como homem, porém gerado pelo Deus-pai, por obra e graça de uma terceira entidade, da qual só se ouvira falar na Pérsia, o Espírito Santo (Ormuz). Daí o dogma da Santíssima Trindade cristã (algo inverossímil do qual é proibido duvidar).
É justamente por isso que o cristianismo não conseguiu desvencilhar-se do judaísmo, que a literatura ocidental religiosa difundiu pelo mundo que pertencemos a uma suposta “civilização judaico-cristã”, em que pese as perseguições seculares aos operosos judeus e o Holocausto protagonizado por Hitler, em nome da pureza da raça ariana, cuja origem é o Irã, ponto de dispersão da raça branca (caucasiana).
Pois bem, apesar de todas as controvérsias, o Ocidente implantou em parte da Palestina um Estado judeu após a Segunda Guerra Mundial, criando uma enorme tensão geopolítica no Oriente Próximo, a perdurar até hoje. Os judeus são 29 milhões, supõe-se, mas apenas cinco milhões, se tanto, moram lá. O restante prefere cidades como Nova York, Londres, Paris, dado ao cosmopolitismo que a diáspora decretada pelo romanos proporcionou. As comunidades judaicas estão espalhadas mundo afora.
Outro povo sem pátria, com costumes e religião milenares, são os medos (curdos) de raça ariana, e que sempre viveram nas montanhas e planaltos adjacentes hoje pertencentes a quatro países: Irã, Iraque, Síria e Turquia. Ao tempo de Ciro, o Grande, o império era medo-persa. Com a sua fragmentação, aparece outro império, igualmente ariano, o de Alexandre, o Grande, da Macedônia, impondo o grego a todo o mundo antigo. A morte prematura de Alexandre faz seu império dividir-se em quatro, que logo seriam todos conquistados pelo maior e duradouro império que o mundo conheceu, ou seja, o romano (700 anos no Ocidente e 1.600 no Oriente, até a queda de Constantinopla, hoje Istambul).
Os curdos, que hoje somam 41 milhões, foram engolfados pelas turbulências da história e tornaram-se populações dentro desses países, com identidade própria. Ao norte da Síria e do Iraque somam 25 milhões. No Irã, são três milhões. O resto está na Turquia.
Na Síria/Iraque, sempre ao norte, os pershemegas, guerreiros curdos, foram os únicos a enfrentar em terra o Estado Islâmico (EI). Os EUA deles se aproveitaram. Nenhum americano ousou botar o pé no chão, somente a sua endeusada força aérea. A Rússia mudou o curso da guerra na Síria em favor de Assad e manteve intactas suas bases, uma aérea e outra naval, naquele país. Agora, o tirano turco Erdogan, com aquiescência de Trump, o louco, está bombardeando os pershemegas da Síria/Iraque (agressão nem seque considerada pela ONU) ao argumento de que um possível Estado curdo no norte da Síria/Iraque poderá fortalecer “os terroristas” curdos em seu território, esquecido que os persegue e nega-lhes direitos dentro da Turquia.
O mundo precisa conhecer a história do valente povo curdo. E fazer manifestações antes que outra tentativa de genocídio, atingindo civis, mulheres e crianças, seja perpetrada pela Turquia, herdeira do feroz império Otomano, desmantelado no começo do século 20 (os armênios que o digam).
O tempo das invasões por razões geopolíticas e econômicas está chegando ao fim. A humanidade, cada vez mais soldada, está a exigir ou a sentir que a ética tem dimensões políticas que envolvem o planeta inteiro. E cada vez mais! Há um sensível mal-estar em nossos corações.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em dezembro/2017 a ainda estratosférica marca de 334,55% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial se manteve em históricos 323,01%; e já o IPCA, em janeiro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 2,85%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.







quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, OS CAMINHOS DA LUZ, DO AMOR E DA SABEDORIA E OS DILEMAS DO JORNALISMO NA SUSTENTABILIDADE

“A energia crística nos oferece 
a purificação da consciência
        Uma energia de poder e beleza ocultos, de irradiação silenciosa, porém resoluta, permeia cada partícula do universo planetário, penetra toda abertura que acolha o fulgor que dela emana. Com seu inefável Amor renova tudo o que toca e, como o fermento do pão, multiplica as virtudes dos seres para que por meio delas alimentem de luz esta Terra sofrida.
         Ainda que relativamente o homem se rende à verdade, o Espírito envia-lhes impulsos de luz, de amor, de paz e de sabedoria. Se recebidas com gratidão, essas energias lhe ensinarão a colher flores das rochas e a transformar com sua beleza a face da Terra.
         Há dois mil anos, em Jesus, a energia crística esteve presente em meio à humanidade, expressando-se da maneira mais plena que então era possível por intermédio de um ser encarnado no nível físico da superfície da Terra; a maioria dos homens, porém, não quis acolhê-la.
         Na época atual processo semelhante ocorre, e de toda a humanidade da superfície apenas dez por cento responde positivamente ao chamado crístico, ao chamado do Amor, que, ecoando desde milênios, nesta transição da Terra reapresenta-se de modo peculiar.
         Os que respondem são discípulos da Luz, do Amor e da Sabedoria. Sua coligação com essa Luz independe de crenças, dogmas ou religiões organizadas. Está embasada na unificação do ser à essência crística, que é cósmica.
         A energia crística não se oculta aos olhos de ninguém, está presente nos menores fatos da vida dos seres, indicando-lhes o caminho à Unidade, procurando dissolver a separatividade e a disputa, fato bem pouco compreendido mesmo entre seus pretensos seguidores.
         Sua suprema sabedoria busca despertar nos homens a consciência de que a verdadeira existência, o Reino, encontra-se além dos limites da mente. A vida do Espírito é o portal dessa existência e, por caminhos traçados pelo Amor Infinito, a ela é conduzido o indivíduo; porém, só aquele que continuamente renuncia à violência própria do ego consegue cruzar esse portal.
         Inúmeras vezes um ser é colocado diante da Verdade, da Luz e da Vida pela Lei do Amor. Em algumas dessas oportunidades, consegue romper os densos véus de ilusão que lhe obscurecem a consciência, evocando do seu mais íntimo núcleo interior uma resposta positiva, uma abertura e um passo em direção à vida espiritual. Porém, essa ainda frágil adesão ao chamado interno facilmente é negada quando surgem situações de provas.
         O ser humano muitas vezes esquece-se de que a manifestação de uma nova existência requer obras e atos em conformidade com o que ela inspira. As bases dessa nova existência só podem emergir de um coração onde o amor transcendeu as expressões pessoais, em um coração que reconheceu que todo esse amor provém d’Aquele que alenta os universos e a Ele deve ser oferecido. O homem que se integra a esse amor nada teme, no céu ou na terra comunga da união com a Fonte.
         A história da Terra, entretanto, revela que o ser humano não compreendeu essas simples leis espirituais. A influência que os objetos e conceitos concretos exercem sobre ele é mais forte do que sua fé na Providência Divina. Teme pelo efêmero, afastando-se do essencial. Propala sua crença, porém pouco a confirma em seus atos.
         As trilhas rumo ao Espírito sempre estiveram abertas a todos os homens; entretanto, a maioria preferiu as falsas promessa da vida material.”.

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 26 de novembro de 2017, caderno O.PINIÃO, página 16).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 18 de dezembro de 2017, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de CARLOS ALBERTO DI FRANCO, jornalista, e que merece igualmente integral transcrição:

“Dilemas do jornalismo
        As rápidas e crescentes mudanças no setor da comunicação colocaram os antigos modelos de negócios em xeque. A dificuldade em encontrar um caminho seguro para a monetização dos conteúdos multimídia e as novas rotinas criadas a partir das plataformas digitais produzem um complexo cenário de incertezas.
         É preciso pensar, refletir profundamente sobre a mudança de paradigmas, uma vez que a criatividade e a capacidade de inovação – rápida e de baixo custo – serão fundamentais para a sobrevivência das organizações tradicionais e para o sucesso financeiro das nativas digitais.
         Mas é preciso, previamente, fazer uma autocrítica corajosa a respeito do modo como vemos o mundo e da maneira como dialogamos com ele.
         O consumo da informação mudou. A fragmentação dos conteúdos pode transmitir uma sensação de liberdade. Somos editores do nosso diário personalizado. Ao mesmo tempo, há uma demanda reprimida de reportagem. É preciso reinventar o jornalismo, num contexto muito mais transparente e interativo.
         É preciso contar boas histórias. Com transparência e sem filtros ideológicos. Sucumbe-se, frequentemente, ao politicamente correto. Certas matérias, algemadas por chavões inconsistentes que há muito deveriam ter sido banidos das redações, mostram o flagrante descompasso entre as interpretações e a força eloquente dos números e dos fatos.
         Mas vamos a um exemplo concreto de cobertura: Donald Trump.
         Não tenho entusiasmo por Trump. Assusta-me a exacerbação patológica do seu ego. Suas bravatas não preocupam tanto. São marqueteiras e oportunistas. Chuvas de verão. A vida real e os formidáveis freios e contrapesos da democracia norte-americana impedem aventuras muito coloridas.
         A cobertura sobre Donald Trump, um personagem complicado e polêmico, está mais para militância do que para jornalismo. Sobra opinião. Falta análise, contexto, capacidade de esclarecer o leitor. Jerusalém é a bola da vez. A imprensa caiu matando. A sanidade mental do presidente está em pauta. Pois bem, amigo leitor, Trump só fez confirmar a política externa norte-americana a respeito de Jerusalém. Clinton, Obama e Bush defenderam o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel. Mas ninguém disse isso ao leitor.
         Como bem lembrou o jornalista Hélio Gurovitz, no reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel, Donald Trump tomou o cuidado de não adotar a posição oficial do governo israelense. Num gesto destinado a atender a anseios de governantes do mundo árabe, para quem Jerusalém é uma questão sensível, as palavras escolhidas abrem margem para parte da cidade se tornar um dia capital de um eventual Estado palestino.
         “Os limites específicos da soberania israelense em Jerusalém estão sujeitos ao status final das negociações entre as partes”, diz o comunicado da Casa Branca. “Os EUA não estão tomando posição a respeito de limites ou fronteiras.” Embora não haja referência à demanda palestina pela parte oriental, o texto aproxima a posição americana adotada por países como Rússia ou República Tcheca, que reconhecem “Jerusalém Ocidental” como capital israelense e “Jerusalém Oriental” como capital palestina.
         Esses são os fatos que ficamos devendo aos nossos leitores. Não podemos brigar com a realidade. Gostemos ou não dela. Precisamos recuperar a capacidade de informar sem contrabando opinativo, mas com rigor e objetividade.
         A internet é um fenômeno de desintermediação. E que futuro aguarda os meios de comunicação, assim como os partidos políticos e os sindicatos, num mundo desintermediado? Só nos resta uma saída: produzir informação de alta qualidade técnica e ética. Ou fazemos jornalismo pra valer, fiel à verdade dos fatos, ou seremos descartados por um consumidor cada vez mais fascinado pelo aparente autocontrole da informação na plataforma digital.
         Com quem nós queremos falar? Com o Brasil real? Com o país que tem valores e olha para frente? Ou queremos falar com minorias ideológicas, à direita e à esquerda, articuladas e barulhentas? Façamos jornalismo. Nada mais.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em novembro/2017 a ainda estratosférica marca de 333,8% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial se manteve em históricos 323,73%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses chegou a 2,80%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!”.



          

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A SABEDORIA NA BUSCA DA VERDADE E A INTEGRAÇÃO DAS FRONTEIRAS NA SUSTENTABILIDADE

“Verdade verdadeira
        Continuo insistindo na era da pós-verdade, do boato acima dos fatos, porque é um assunto que causa confusão e equívocos, impedindo a formação de opinião consistente e julgamentos errôneos. E terminamos assim, como disse Sócrates com sua sabedoria: “Só sei que nada sei.” Só que neste caso sem a sabedoria.
         Na era da pós-verdade, circula nas redes sociais todo tipo de verdade e inverdades, e devemos partir para a certificação de tudo que repassamos a fim de diminuir o “achismo”. E também a onda de formação de ideias forjadas fazendo dos internautas massa de manobra manipulada por mal-intencionados.
         Agora mesmo, após a lamentável morte por acidente do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, continuamos sem saber se ele foi um herói para o país, contribuindo com as investigações da Lava-Jato, como anunciou o juiz Moro em seu discurso, ou se o que mais fez foi atrasar os processos em andamento com burocracias e procrastinações, já que tinha posicionamento de esquerda.
         Sabemos que a demora nas apurações faz parte da profissão de jurista, que investigações devem seguir etapas sólidas e legais, cabendo ao Judiciário zelar para que os processos tramitem da maneira correta. Nas redes sociais, publicaram em nome do filho de Zavascki várias notícias falsas.
         E também sofremos, nós, mortais, pois sé muito difícil saber que são os envolvidos e vê-los se sustentar em cargos públicos ainda por muito tempo, às vezes anos, para ver a Justiça agir, o que é tremendamente frustrante. Como foi o caso do ex-presidente da Câmara dos Deputado Eduardo Cunha, atualmente preso, e de muitos outras ainda soltos. Esperamos que a justiça seja feita ainda que tardiamente.
         No que diz respeito aos boatos que ganham corpo de verdade, são tantas ondas que jamais saberemos a verdade cabal e absoluta. E para complicar mais um pouco, não teremos a verdade porque não existe verdade única. A verdade é plural e depende do ângulo do qual é interpretada.
         Assim é para tudo. Tanto que numa família, enquanto um filho tem o pai com ressentimento e muitas críticas, outro o tem como aquele que lhe deu tudo o que tem. O pai não é o mesmo para todos os filhos, mas quando a discrepância é demais podemos verificar que há desvios na interpretação.
         A interpretação de um fato assume a tonalidade do afeto. E o afeto afeta. Afeta o julgamento. Portanto, a interpretação de alguém da direita dos fatos será sempre diferente dos de esquerda. Cabe a cada um apurar sua própria opinião, buscando fontes confiáveis e interpretações isentas de favoritismos, se isto é possível: eis a questão.
         A questão é que para cada um a verdade depende do posicionamento pessoal. Não se pode opinar sem se posicionar. Não se pode ser cidadão de fato sem antes ser sujeito, e cabe a este saber seu desejo e que ética escolherá abraçar.
         Para decidir sobre a ética deverá se posicionar, pois existem éticas diferentes de acordo com a crença. Vejam que a ética protestante mudou o mundo. Na ética religiosa, na ética cristã, em qualquer que seja ela, cada um segue os princípios ditados. A ética filosófica nos permitiu conhecer linhas completamente diferentes umas das outras. Cada uma tem em seu cabedal uma visão diferente e interpretação igualmente particular.
         A ética da psicanálise é a ética do inconsciente e, portanto, vai quase sempre na contramão das demais, pois trata-se da subversão do sujeito. O que aqui tem importância é a vida psíquica, o funcionamento do desejo e do inconsciente e, por isso, busca retificações subjetivas para abrir o caminho para o conhecimento do sujeito, e para o que cada um de nós é e não sabia.
         Nem sempre sabemos tudo sobre nós porque o inconsciente é como um estranho que habita na subjetividade e precisa ser desvelado. Assim, vemos que há uma multiplicidade de fatores que colaboram para a alienação em que vive a maioria das pessoas, pois desconhece primeiro a si próprio e, provavelmente, fará escolhas equivocadas, votará mal. Se equivocará menos, caso possa pensar sobre o que vê ocorrer e se tiver informações de fontes confiáveis do que ficar à mercê das bobagens que todo dia chega até nós e que só depois vemos que fomos enganados.
         Viver é preciso, disse Guimarães Rosa. E como podemos verificar, assim é.”.

(REGINA TEIXEIRA DA COSTA. Em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 29 de janeiro de 2017, caderno CULTURA, coluna EM DIA COM A PSICANÁLISE, página 2).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 2 de fevereiro de 2017, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de FERNANDO LUIZ LARA, PhD pela Universidade de Michigan, professor associado na Universidade do Texas e consultor do Lua Lab – Laboratório de Urbanismo Avançado, e que merece igualmente integral transcrição:

“Arquitetura para integrar fronteiras
        Desde o início de 2016, a campanha presidencial nos Estados Unidos teve a imigração como questão central. A proposta do presidente eleito Donald Trump de construir um muro entre o México e os Estados Unidos, e sua declarada intenção de deportar todos os imigrantes indocumentados, atraiu a atenção do mundo inteiro para os complexos problemas daquela região de fronteira. Fronteiras podem ser entendidas como entidades geográficas, barreiras políticas, ou outros limites de espaço. Fronteiras podem ser exploradas através de várias lentes conceituais.
         A análise da atual fronteira México-EUA revela a existência de três grandes indústrias que direcionam o discurso sobre, e em maior medida, toda a paisagem da fronteira.
         A primeira é a indústria da globalização, que movimenta 500 bilhões de mercadorias entre os EUA e o México a cada ano, e cujo objetivo é facilitar esse intercâmbio.
         A segunda é a indústria do trabalho mal remunerado que emprega milhões de trabalhadores hispânicos em todo EUA (legalmente ou não), interessados que estão em uma fronteira não exatamente fechada, mas tampouco totalmente aberta, mantendo assim os trabalhadores fronteiriços preocupados com a deportação e, portanto, dispostos a péssimas condições de trabalho.
         O terceiro setor é a indústria militar, que vende medo e banca a violência na área de fronteira com sua ineficiente guerra às drogas, justificando o gasto de bilhões de dólares em equipamentos, pessoal e infraestrutura num círculo vicioso que alimenta a si mesmo e consome vidas e recursos de ambos os governos.
         Tais indústrias são responsáveis pela insegurança e pelo assédio diário de milhões de pessoas que precisam ou querem atravessar a fronteira, sem, no entanto, conseguir controlar o fluxo de drogas rumo ao Norte ou de armas rumo ao Sul.
         A arquitetura, com seu poder de articular uma visão de um futuro melhor, tem a responsabilidade de trabalhar tais conflitos e ser parte da solução. Fernando Lara, professor associado da Universidade do Texas em Austin, convocou seus alunos de mestrado a pensar sobre a questão da imigração. A ideia foi desenhar soluções para uma fronteira México-EUA que fosse segura, sustentável e igualitária.
         O ateliê de projeto teve uma premissa básica: imaginar um fronteira em que as pessoas podem se mover livremente, mas que todo tipo de cargas seja detalhadamente inspecionado. Para tanto, torna-se necessário desconstruir as bases das três grandes indústrias descritas acima, e propor uma fronteira mais humana e funcional.
         Os 12 estudantes no ateliê da UT Austin, EUA, trabalharam em paralelo com ateliês da Universidad Autonoma Nuevo Léon em Monterrey, México. Os estudantes de ambos os lados da fronteira tiveram a oportunidade de interagir e trabalhar em conjunto para encontrar soluções para promover a integração em diferentes cidades fronteiriças.
         Os estudantes sugeriram que essas fronteiras, em vez de terrenos abandonados e militarizados, poderiam ter parques, estações de tratamento de água, instalações esportivas e centros comerciais. A presença ativa de pessoas em atividades de lazer e negócios inibiria o trânsito de armas e drogas e ajudaria a integrar as populações dos dois países.
         Os problemas que cercam qualquer fronteira são complexos. Mas a arquitetura e o urbanismo podem contribuir enormemente se atuarmos politicamente da forma correta. Governos devem criar integração comunitária e oportunidades econômicas para cidades-irmãs e suas populações-irmãs. Isso significa costurá-las e não segregá-las.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, em dezembro e no acumulado dos últimos doze meses, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu a estratosférica marca de 484,6%; a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 328,6%; e, finalmente, o IPCA chegou a 6,29%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...