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quinta-feira, 25 de outubro de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A LUZ DO ENCANTAMENTO E INOVAÇÃO NAS ESCOLAS E O PODER DOS VALORES E PRINCÍPIOS NA SUSTENTABILIDADE


“Escola pública: encantamento e inovação
        Um movimento de renovação tem permeado as mudanças propostas pelo governo e pela sociedade em direção ao que a escola deve ensinar para reparar os alunos, de forma mais humana, para um mundo em constante transformação. Para enfrentar tantos desafios, as novas gerações terão de desenvolver logo cedo, na primeira infância, características como resolução colaborativa de problemas, empatia, tolerância, resiliência e pensamento analítico. Isso se aplica também ao ensino público, que historicamente enfrenta obstáculos estruturais para garantir que os alunos realmente aprendam.
         Sabemos que o Brasil gasta 6% do Produto Interno Bruto (PIB) na educação pública por ano, índice superior à média da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), que é o de 5,5%. Ainda assim, vemos todos os dias na mídia notícias sobre o desempenho ruim de alunos da rede pública em diferentes avaliações. Os últimos dados divulgados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), referentes ao ano de 2017, apontam que os anos iniciais do ensino fundamental da rede pública atingiram a meta do país, crescendo 37% em 10 anos e no ensino médio, o desempenho de estudantes da rede pública segue abaixo da média nacional.
         Isso comprova que há muito a ser feito para transformar a escola pública em espaço de encantamento. Porém, quando analisamos os dados com a intenção de cobrar a esfera pública a respeito de suas responsabilidades diante de um direito previsto na Constituição, que é a educação, esquecemos de olhar para aquilo que vem sendo feito de positivo. Escolas de diferentes regiões do país têm se mobilizado, por meio de gestores e professor inspirados, em aplicar de forma criativa soluções pedagógicas que contribuem para desenvolver as competências exigidas na educação do século 21.
         As competências socioemocionais, um dos conjuntos de habilidades que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) prevê nos currículos das escolas até 2021, têm sido exploradas de diferentes formas em escolas da rede pública há anos. Uma das ferramentas para isso são jogos de raciocínio, que permitem aos alunos experimentar em um contexto controlado situações da vida real.
         Muitas vezes, a visão de ensino se restringe às disciplinas tradicionais e nos esquecemos de que brincar, colaborar, construir e reconstruir são atos inerentes ao ser humano e que podem ser aplicados, de formas relativamente simples, para conferir significado ao que é aprendido na escola. Quando conectamos o conteúdo à realidade cotidiana, o que fica na mente dos alunos é muito mais duradouros. E nas escolas públicas não é diferente. A capacidade de engajar e surpreender não depende apenas de recursos bem aplicados, mas, acima de tudo, da vontade coletiva de fazer diferente.”.

(SIDNEY ORTEGA. Head comercial do setor público da Mind Lab, empresa líder mundial em pesquisa e desenvolvimento de soluções educacionais inovadoras, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 26 de setembro de 2018, caderno OPINIÃO, página 9).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 19 de outubro de 2018, mesmo caderno, página 7, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Voltar aos princípios
        O crescimento de extremismos e polarizações é um fenômeno que impacta ambientes diversos, inclusive os contextos religioso e político. A situação é grave e indica urgente necessidade: que a sociedade brasileira recupere princípios perdidos. E existe uma nascente cristalina que deve ser revisitada: o evangelho de Jesus Cristo. É nessa fonte inesgotável dos valores que promovem a vida que as pessoas devem se banhar.
         O mundo necessita de princípios que favoreçam o diálogo, com força terapêutica capaz de corrigir atitudes que ameaçam a vida cotidiana. E neste momento eleitoral, particularmente, a sociedade brasileira carece dos valores cristãos, pois está desafiada a reconstruir a democracia. A retomada de princípios do evangelho é essencial para promover ajustes nos funcionamentos governamentais, pois faz com que a promoção do bem comum torne-se, efetivamente, o objetivo a ser buscado. Quem age à luz dos valores cristãos busca superar situações de exclusão e de discriminação, trabalha para construir uma sociedade solidária, com mais igualdade.
         Por tudo isso, é preocupante perceber que a sociedade distancia-se de princípios essenciais e cultiva polarizações. A história da humanidade ensina que as diferentes formas de extremismo nunca foram solução, pois acentuam os conflitos entre os que têm convicções e visões de mundo diferentes. As consequências são graves, prejudiciais à vida em sociedade. Seja, pois, substituído o cultivo do extremismo pela abertura ao diálogo. Um caminho que se faz observando os princípios do evangelho, obedecendo-os amorosamente. Assim, é possível recompor a sociedade e combater as fontes de violência.
         De modo particular, vale rever a indicação do sermão da montanha: “Bem-aventurados os que promovem a paz” (Mt 5,9). Uma lição de Jesus que é o ponto de partida determinante. Se cada indivíduo se empenhar na busca da paz, seria possível superar a rigidez excessiva, que motiva julgamentos, discriminações, exclusão, e a danosa permissividade – que leva à negociação de tudo, inclusive da vida. Se cada pessoa não assumir o compromisso de se tornar coração da paz, os acirramentos demolidores vão se multiplicar, impossibilitando o diálogo. As pessoas vão permanecer reclusas na própria mentalidade e visão de mundo, sem conseguir enxergar soluções para promover o bem comum.
         Gravitar entre a rigidez excessiva e a permissividade é processo desgastante, sem eficácia na construção de novos rumos que levem à fraternidade e à solidariedade. Por isso mesmo é urgente voltar aos valores do evangelho, com força para recompor o tecido sociopolítico do Brasil. Essa urgência é ainda mais evidente quando se considera o desgaste da política partidária, que sofre um processo histórico de degradação. Uma consequência dessa corrosão é a carência de líderes com competência humanística para conduzir processos de gestão que permitam construir um futuro melhor.
         Outra situação grave, que também é fruto do desgaste da política partidária, é o contexto eleitoral tristemente marcado pela raiva, com impactos, inclusive, nos relacionamentos familiares. Esse cenário alimenta preconceitos e outras formas de violência. Não há dúvida sobre a necessidade de uma reforma política, mas, para isso, os brasileiros devem se mobilizar para a promoção da democracia. Assim se conquista o desenvolvimento integral e sustentável, promovendo inclusão e bem-estar, principalmente, dos mais pobres.
         O ponto de partida para nós, bispos da Arquidiocese de Belo Horizonte, é indicado na mensagem dedicada ao contexto eleitoral que apresentamos nesta semana: sejam retomados os princípios do evangelho, garantia para a abertura de novos e promissores ciclos para a população brasileira. A Igreja Católica não recomenda candidatos, pois os cidadãos são livres para definir seus votos, mas orienta que sejam observados critérios capazes de promover a justiça, a fraternidade e a solidariedade. O convite é para que todos possam conhecer e partilhar a nossa mensagem, retomando os princípios do evangelho. Que a palavra de Deus ilumine a inteligência de cada cidadão, para que todos sejam capazes de identificar qual candidato reúne as melhores condições para construir um futuro melhor.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 128 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em agosto a ainda estratosférica marca de 274,0% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial se manteve em históricos 303,19%; e já o IPCA, em setembro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,53%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
57 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2018)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.





sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, OS DESAFIOS DA QUALIFICAÇÃO DA CIDADANIA E A FORÇA DA COP 23 NA SUSTENTABILIDADE

“Educação para novos cidadãos
        Cidadãos conscientes e globais, preparados para encarar os desafios da sociedade e transformar o mundo em um lugar mais justo, criativo e igualitário. Essa deveria ser a qualidade primordial dos nossos jovens e é por isso que as habilidades socioemocionais estão entre as 10 competências determinadas pela Base Nacional Comum Curricular, que estabelece um conjunto de diretrizes de aprendizagem comuns para todos os alunos do país. Sem deixar de contemplar as diferenças regionais, o novo modelo, que está em análise pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), propõe um passo rumo à igualdade e unificação do ensino, norteando professores para o desenvolvimento das competências exigidas e estabelecendo o conteúdo mínimo a ser garantido em comum a todas as escolas.
         Em tempos de tantas mudanças na sociedade, a escola muitas vezes ainda se encontra em descompasso, não acompanhando a nova realidade das crianças e jovens. Soma-se a isso a diversidade socioeconômica do país e temos um ambiente que parece ser a antítese daquilo que almejamos alcançar em um futuro próximo. Infelizmente, o Brasil ainda se encontra entre os piores indicativos dos estudos globais sobre a educação básica.
         A escola precisa se reinventar e se modernizar para atender às novas demandas dos dias de hoje. Assegurar que todos possam de fato aprender e vincular a aprendizagem a uma habilidade ou propósito, estimulando a aplicação prática do conhecimento em projetos dinâmicos e significativos em seus contextos. A Base Nacional Comum Curricular orienta o desenvolvimento de 10 competências, cognitivas e socioemocionais, não apenas para igualar o nível de aprendizagem, mas também para construir jovens cidadãos responsáveis, éticos, autônomos, inventivos, abertos às diferenças e conscientes a respeito de seu papel na sociedade. Por isso, um dos desafios que enfrentaremos será o investimento em formação humana, para que os professores tenham condições de estabelecer a ponte para uma educação mais profunda e humanística.
         Com aulas menos expositivas e mais participativas, o estímulo às competências socioemocionais será essencial para equilibrar emoções, pensamentos e sentimentos, incentivando o exercício do diálogo, da empatia, do autoconhecimento e do pensamento crítico. É permitir que os jovens possam ver florescer as suas habilidades. Para isso, é preciso levar melhores oportunidades a todas as regiões do país, mesmo as que enfrentam limitações estruturais, não apenas com o objetivo de transformar as instalações e materiais didáticos das escolas, mas também para que os estudantes se desenvolvam em sua plenitude e os pais possam participar mais ativamente da vida escolar dos filhos.
         Esse conjunto de mudanças pretende garantir aos jovens uma educação de qualidade para o século 21. Para que a reforma do ensino brasileiro tenha sucesso, é necessário que as escolas públicas e privadas se transformem em espaços de encantamento, tanto para os alunos como para os professores. Afinal, guardamos na memória de longo prazo aquilo que tem significado, que é revestido de emoção, vivência e relações com a vida. É preciso investir no professor, no fortalecimento da sua paixão por ensinar, para que dessa forma ele transforme a sua prática pedagógica em momentos profundos de crescimento.
         Não será um caminho fácil levar essa nova visão educacional às salas de aula, algo que requer o trabalho conjunto entre a iniciativa privada, os municípios e estados. Também não será simples superar os obstáculos históricos que dificultam a concretização de um ensino digno a todos. Por mais complexo que possa parecer, caso as ações que estão sendo planejadas sejam efetivamente implementadas, estaremos mais próximos da transformação da educação básica no Brasil.”.

(SANDRA GARCIA. Diretora pedagógica da Mind Lab, um dos líderes mundiais em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias educacionais inovadoras, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 3 de dezembro de 2017, caderno OPINIÃO, página 11).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 15 de novembro de 2017, mesmo caderno, página 7, de autoria de JOÃO DEWET MOREIRA DE CARVALHO, engenheiro agrônomo, e que merece igualmente integral transcrição:

“COP 23 e a existência futura
        A sabedoria verdadeira é construída sob o fogo das intempéries da vida. Requerendo milênios para que seja constituída ao tratar da cruel vida humana. Pois revela com lucidez todas as ilusões e contratempos concernentes ao viver diário. Tornando-se inquestionável apenas ao ser aceita e partilhada por gerações como inequívoca constatação da realidade humana.
         E toda essa riqueza sapiente chegou até os dias atuais preservada em alguns poucos livros. Entre todos, um dos mais antigos é o que conta o sofrimento de um homem íntegro e reto chamado Jó. Nesse relato, se encontra literariamente a realidade do mistério que permeia a vida diante da inclemência diária presente no ato de existir. E cujas explicações fogem ao limitado entendimento humano.
         No entanto, a sabedoria ali disponível em abundância se revela mais atual do que nunca, principalmente, quando diz a certa altura: “Porque há esperança para a árvore, pois, mesmo cortada, ainda se renovará, e não cessarão os seus rebentos. Se envelhecer na terra a sua raiz, e no chão morrer o seu tronco, ao cheiro das águas brotará e dará ramos como a planta nova”. Ou seja, fazendo uso de uma ilustração biológica, o autor desconhecido revela o aparente milagre do renascer.
         E tal veracidade pode ser transportada para a vida humana, pois nenhuma tragédia dura para sempre, nem existe vacilo algum que não possa ser restaurado. Tudo depende da reação manifestada diante dos tropeços da vida. Afinal, não existe outra atitude a ser tomada que não seja encarar os problemas e buscar soluções. Pois só assim a raiz seca brotará em novas oportunidades, visando um novo amanhecer. E com a possibilidade de a vida continuar existindo.
         E tudo se aplica ao adiantado estrago provocado no ecossistema do planeta, fruto de um desenvolvimento desordenado e ausente de sabedoria que preserve a futura existência das próximas gerações. Só restando hoje, ao mundo, uma retomada de consciência que nem todo e desregrado modo de vida humana deve ser apoiado.
         Isso é precisamente o que está em pauta até sexta-feira, em Bonn, na Alemanha, na Conferência da ONU sobre Mudança do Clima (COP 23). Tudo no intuito de discutir a implementação do Acordo de Paris e as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs, na sigla em inglês), visando colocar limites no aumento da temperatura global do planeta.
         Portanto, hoje mais do que nunca, a humanidade necessita urgentemente de uma nova esperança. Pois se continuar a destruição da natureza e dos recursos naturais, que se encontram a beira da exaustão, em breve a existência humana corre o risco de ser extinta. Pois os eventos extremos já estão presentes em quase todo o planeta. Conforme revela o relatório da ONU, onde as secas violentas e as tempestades devastadoras aparecem com números que revelam prejuízos incalculáveis. Já as ondas calor que têm dizimado vidas em lugares diversos são, às vezes, sucedidas por alagamentos que provocam, por sua vez, prejuízos ainda maiores. Além do apocalíptico alagamento que está será provocado pelo descongelamento dos polos. Que já se encontra em marcha. Onde muitas pequenas nações-ilhas desaparecerão. E todas as áreas litorâneas densamente povoadas serão atingidas com severidade.
         Por tudo isso, a luta pela existência futura não pode se restringir apenas a cerimônias produtoras de acordos, que na prática quase nunca são cumpridos. Na verdade, a urgência é tanta que só mesmo com a proposta de novos modelos de desenvolvimento econômico, que repense, erradicando ou amenizando bastante os fatores causadores desses terríveis efeitos climáticos, será possível resultar em uma solução de fato.
         Porque, quando se parte de ideias cristalizadas que a mudança de modelos de desenvolvimento econômicos, por parte das nações, promoverá desaceleração econômica, e consequentemente, desemprego, em verdade o que se está defendendo é que ideias erradas devem levadas à frente sem se importar com os custo maléficos delas advindos. Mesmo que sejam maiores que seus aparentes benefícios. Portanto, não resta outra opção aos estadistas de todo o mundo que não seja liderar uma radical mudança no modo de viver de toda a população. E isso exige enorme capacidade de liderança e imensa sabedoria.
         Pois, só assim será possível resgatar a esperança de um viver mais harmonioso e saudável. Preservando a vida futura em todo o planeta, antes que todos se tornem irrelevante passado. E isso não admite adiamentos. Pois, conforme ensina a sabedoria milenar, a vida passa rápido, tal qual a neblina do alvorecer, e logo se esvai.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro/2017 a ainda estratosférica marca de 337,94% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 323,73%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 2,70%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!”.