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segunda-feira, 5 de setembro de 2016

A CIDADANIA, OS DESAFIOS DOS TALENTOS PARA AS EMPRESAS E A DIGNIDADE HUMANA NA SUSTENTABILIDADE

“Por que os talentosos abandonam as empresas?
        Recentemente, recebi a ligação de um empreendedor pedindo ajuda sobre como convencer um colaborador a permanecer em sua empresa. Ela já havia pedido demissão e havia assinado contrato com a concorrência. Era um profissional dedicado e com larga experiência na empresa. Durante o telefonema, o meu amigo me explicava: “Ele era um exímio colaborador, responsável, leal e há 5 anos se dedicava à nossa empresa. Por que eu perdi o mais talentoso colaborador de minha empresa? E, pior, ele está saindo agora para receber menos do que recebe aqui.”
         Passei a conversar mais com líderes e profissionais de outras empresas e fiquei espantado com as constatações que eu ia colhendo. Pessoas desmotivadas, em conflitos com os colegas, problemas de relacionamento e de comunicação, falta de visão e direcionamento, projetos desacreditados, problemas com a liderança e vários outros fatores se juntavam à lista. Para minha surpresa, a primeira constatação que eu tive foi que as pessoas não reclamavam da falta de uma sala de jogos ou de um ambiente descontraído como Google ou Facebook. Poucos reclamavam de salários ou de horários inflexíveis. As pessoas reclamavam basicamente das pessoas, e quase tudo desembocava em gestão de pessoas. Baseado na experiência e nas constatações que fui tendo, passei então a observar os seguintes pontos.
         A visão da empresa precisa ser compartilhada com todos. As pessoas podem contribuir mais se souberem onde estão indo. A visão compartilhada permite construir um senso de compromisso coletivo e criar uma imagem de futuro visando estimular o compromisso de todos os envolvidos.
         A empresa precisa ter uma missão clara. A missão deve ser dita de uma forma clara, esclarecer o que a empresa pretende ser, onde quer chegar, qual é a sua área de negócios, como vai atuar e qual posição deseja ter no mercado. Os melhores profissionais são movidos a desafios: um dos principais ingredientes da motivação é o desafio dado, que precisa ser na medida certa e compatível com as competências.
         Feedback como ferramenta de valorização. Todos os colaboradores devem ser acompanhados por avaliação de desempenho. Essa avaliação deve ser feita, inicialmente, entre o colaborador e seu líder imediato, dando oportunidade para que o avaliado conheça seus pontos fortes e seus pontos a melhorar. Nunca dar feedback negativo em público. Elogie em público, chame a atenção no particular.
         Empresa (e líder) precisa entregar resultados: os resultados, o lucro e as vendas são relevantes na motivação da equipe. Sim, as pessoas estão interessadas em que a empresa tenha lucro. As pessoas querem ver seus projetos avançando e sendo bem-sucedidos.
         Um ambiente propício ao desenvolvimento de ideias: permitir o erro, premiar projetos e possibilitar que os próprios colaboradores proponham ideias para resolver os problemas de seu dia a dia. Os valores desta empresa são compatíveis com os meus? É muito comum erros no processo de admissão. Se os valores básicos do profissional não “baterem ou compatibilizarem” com a liderança ou com o capital estrutural da empresa, então não haverá nada que se possa fazer após a contratação.
         Oportunidade de crescimento a todos: a motivação é o combustível que alimenta os colaboradores e os desafios fazem parte de seu dia a dia. Para isso, a empresa precisa sempre dar oportunidade de crescimento aos seus colaboradores. Antes de buscar um talento externo, as vagas precisam ser divulgadas internamente para dar oportunidade para a prata da casa, desde que o perfil atenda aos requisitados solicitados para a vaga disponibilizada. Pessoas querem líderes e não chefes: pessoas seguem pessoas, não seguem máquinas ou robôs. Pessoas precisam de ícones para se desenvolver. Se os colaboradores não tiverem um nível mínimo de admiração por seu líder, dificilmente irão segui-lo.
         Os profissionais precisam de um ambiente de trabalho estável e alegre: os colaboradores precisam de desafios, porém, necessitam de um ambiente estável de trabalho. Visão sistêmica: a visão do todo, ou seja, ver todas as coisas que acontecem à sua volta. Isso faz o colaborador conhecer melhor a empresa, planejar sua carreira, e promover as melhorias e crescimento necessários na organização e em sua vida pessoal e profissional. Esses são elementos fundamentais para garantir o desenvolvimento e assegurar a retenção de seus talentos.”.

(LEONARDO DOS REIS VILELA. CEO da Cedro Technologies, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINA, edição de 2 de setembro de 2016, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Perplexidades cidadãs
        A política brasileira tem configurado cenários que deixam os cidadãos perplexos. Palco de muitas aventuras e disparates, a política, que deveria ser instrumento de construção do bem comum, é vivida de modo inadequado. E as consequências são evidentes: inúmeros prejuízos que pesam sobre os ombros do povo. Candidatar-se é fácil, e talvez nem seja tão difícil obter algum sucesso no processo eleitoral. Exigente é cultivar a competência para garantir o bem do povo, por meio da execução de projetos que busquem o desenvolvimento integral. Essa fragilidade no perfil de representantes eleitos surpreende ao assistirmos a muitos deles exercerem a função de juízes sem a necessária competência e seriedade moral. Faz até lembrar o conhecido episódio dos conterrâneos religiosos de Jesus que trouxeram uma mulher, surpreendida em flagrante adultério, para que fosse condenada. Bastou uma indicação do Mestre – “Quem não tiver pecado, atire a primeira pedra” – para que todos eles, um a um, se afastassem da condição de juiz.
         Os vícios terríveis no mundo da política, dos conchavos à defesa de privilégios e benesses, que injustamente corroem o erário, emolduram o conjunto das peças que produzem outra perplexidade cidadão: a falta de credibilidade nos discursos dos representantes do povo. A política parece ser o lugar da falácia, em vez de ambiência marcada pela transparência e honestidade. Grande é a perplexidade diante das feridas que vão sendo abertas na democracia, em razão de operações que ferem legalidades. Faz-se o que se quer, por interesses partidários e eleitoreiros, e o pior: verifica-se a perversidade quando se passa por cima de pessoas e histórias, desrespeitando a população. Vale tudo para se alcançar a vitória partidária. Prevalecem os interesses particulares ou de pequenos grupos. Em segundo plano fica o compromisso com o desenvolvimento integral.
         Há uma miopia que satisfaz governantes, políticos e construtores da sociedade no leito de suas garantias e deixa o Brasil paralisado, convivendo com a vergonha da miséria e das exclusões, com a carência de infraestrutura e a incompetência para valorizar as riquezas do país. Esse cenário de atrasos alimenta a violência, o ódio e a discriminação rancorosa, vingativa. Agrava feridas abertas que deveriam fazer com que muitos assumissem suas responsabilidades – especialmente os que detêm poder e influência. Mas, para isso, a primeira indicação é cultivar a simplicidade de uma postura séria no exercício da política e em diversas outras circunstâncias. Uma qualidade que define competências para se buscar o bem comum. Com seriedade, é possível eliminar certos hábitos culturais de quem tem gosto por assentar-se em inverdades. Sem seriedade, cedo ou tarde haverá ruína de projetos, o comprometimento de serviços e o enfraquecimento da democracia.
         É ilusão achar que há força democrática em muitas situações ocorridas no mundo político. Por isso, com frequência, o povo não identifica credibilidade em seus representantes, inclusive quando os eleitos ocupam-se da tarefa de julgar. Julgar, pelo bem da verdade e da justiça, é um ato de extrema nobreza. Porém, esse exercício exige seriedade e, sobretudo, moralidade pública. Caso contrário, sobram hipocrisias, hegemonias de grupos, riscos de retrocessos, visões ultrapassadas e comprometedoras do bem maior. O exercício da política só merecerá crédito quando se tornar efetiva a prática que busca solucionar as causas estruturais da pobreza e de outros descompassos vergonhosos.
         Política que não resolve os problemas enfrentados pelos mais pobres permanece mergulhada na lama de mazelas que tornam a sociedade e sua democracia muito frágeis. Consequentemente, faz surgirem novas crises. É incontestável que a desigualdade é a raiz de todos os males sociais. Por isso, diante de tantas perplexidades advindas da política, espera-se que a promoção da dignidade de cada pessoa seja reconhecida como pilar. E esse caminho começa pela via da seriedade, única forma de eliminar as perplexidades cidadãs.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a educação – universal e de qualidade –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em julho a ainda estratosférica marca de 470,7% para um período de doze meses; e, ainda em julho, o IPCA acumulado nos doze meses chegou a 8,74% e a taxa de juros do cheque especial  registrou históricos 318,4%...); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a   Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do Pré-Sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Cidadania e Qualidade...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
        



            

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

A CIDADANIA, A EDUCAÇÃO INTEGRAL E HUMANÍSTICA E A RIQUEZA DO LEGADO OLÍMPICO

(Setembro: mês das Paralimpíadas)

“Uma lição do que não fazer
        Como educadora, o triste episódio envolvendo o atleta Ryan Lochte chamou-me muito a atenção. Ele mostra como buscamos exemplo de conduta em todas as suas ações, e, mais do que isso, também nos desperta para o fato de que disciplina e educação formal não são responsáveis, exclusivamente, por uma boa formação de caráter de nossos ícones.
         Trabalhando em uma instituição confessional, acredito piamente que a educação acadêmica no nível superior não é suficiente para que a pessoa alcance uma boa performance em sua vida profissional. Mas, professora, a verdade é essa? Às vezes, passamos décadas numa faculdade em busca das mais diversas titulações (graduação, pós-graduação lato sensu ou MBA, pós-graduação stricto sensu em seus diversos níveis, como mestrado e doutorado), para ao final descobrir que não é esta a chancela necessária para um bom desempenho profissional.
         Que se dirá dos atletas de alto nível? Não é o treino em si que os diferencia dos comuns? Dia após dia, sacrifícios e dedicação exaustiva a fim de conseguir ser o melhor, de se destacar para chegar ao ápice desta carreira: participar de uma Olimpíada e ser campeão!
         Sim, tudo isso é, sem dúvida, muito importante. É inegável que o conhecimento acadêmico edifica, que horas e horas de exaustivos treinos podem gerar um profissional ou atleta de destaque, mas o que vai realmente nos diferenciar é o nosso caráter, os nossos valores.
         Ryan Lochte perdeu alguns de seus principais patrocinadores pessoais e alguns milhões: Speed, Ralph Loren, Airweave e Syneron Candela, que não querem atrelar suas marcas a um profissional que tem uma reação tão inesperada e frustrante diante da expectativa de milhares de pessoas do mundo inteiro. Se esperássemos dele apenas a performance no esporte, digamos que ele tenha tirado nota máxima. Veio e honrou os compromissos com todos os seus parceiros e espectadores: competiu, disputou suas provas e ainda levou medalhas olímpicas. No entanto, esperamos mais. De nossos atletas, políticos, chefes, líderes, familiares, amigos, cônjuges, namorados...
         Esperamos que as pessoas não tenham somente a postura de campeão nas piscinas, quadras e outros cenários profissionais, mas que tenha condições de brilhar em todas as áreas da inteligência humana, que englobam, além da aptidão profissional, gentileza, honestidade, compaixão e verdade.”

(THAÍS DE ABREU LACERDA. Coordenadora de direito da Faculdade Batista de Minas Gerais, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 1º de setembro de 2016, caderno OPINIÃO, página 11).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 29 de agosto de 2016, mesmo caderno, página 7, de autoria de CARLOS ALERTO DI FRANCO, jornalista, e que merece igualmente integral transcrição:

“Olimpíada: uma reflexão jornalística
        A Olimpíada do Rio de Janeiro foi um sucesso. Indiscutível. O desastre anunciado não se confirmou. A violência não teve a última palavra. A cordialidade brasileira virou o jogo. A autoestima do nosso povo, tão testada e machucada nos últimos tempos, foi revigorada. O Brasil, independentemente de limitações e falhas pontuais, fez bonito. Soube mostrar a um mundo cansado, talvez demasiadamente cético, marcantes exemplos de tolerância, superação e alegria.
         Thiago Braz, medalha de outro no salto com vara e recordista olímpico (saltou 6,03 metros), é um exemplo dessa superação. Sem mágoa. Sem ódio. Sem confronto. O atleta brasileiro foi abandonado pela mãe ainda menino. Os avós foram responsáveis por sua criação. Passou dias esperando a mãe com sua mochila nas costas. Ela nunca apareceu. Os avós viraram referência: “Todas as qualidades que tenho hoje vieram dos ensinamentos deles, que foram meus pais na realidade”. Apesar de ter 22 anos, Thiago é casado há quase dois anos. Em 2014, ele subiu ao altar com Ana Paula Oliveira. Os dois se conheceram no ambiente do atletismo. Thiago e Ana formam um casal descontraído e, ao que parece, praticam a sua fé. São a cara do Brasil real.
         A Olimpíada gerou pautas positivas. Verdadeiras. Necessárias. O Brasil não é só corrupção, violência e incompetência. Tem muita coisa boa acontecendo, gente empreendendo, histórias brilhantes quicando na nossa frente. Não podemos priorizar uma agenda depressiva. A vida é feita de luzes e sombras. Impõe-se apostar no equilíbrio informativo.
         Impressiona-me o crescente espaço destinado à violência nas nossas reportagens, sobretudo no telejornalismo. Catástrofes, tragédias e agressões, recorrentes como chuvas de verão, compõem uma pauta sombria e perturbadora. A mídia, argumentam os aguerridos defensores do jornalismo realidade, retrata a vida como ela é. Teria, contudo, o cotidiano do brasileiro médio tamanhas e tão frequentes manifestações de violência e aberrações patológicas? Penso que não. Há uma evidente compulsão para pinçar os aspectos negativos da vida.
         A violência não é uma invenção da mídia. Mas sua espetacularização é um efeito colateral que deve ser evitado. Não se trata, por óbvio, de sonegar informação. Mas é preciso contextualizá-la. A overdose de violência no jornalismo pode gerar fatalismo e uma perigosa resignação. Não há o que fazer, imaginam inúmeros leitores, ouvintes, telespectadores e internautas. Acabamos, todos, paralisados sob o impacto de uma violência que se afirma como algo irrefreável e invencível. E não é verdade. Podemos, todos, jornalistas, formadores de opinião, estudantes, cidadãos, enfim, dar pequenos passos rumo à cidadania e à paz.
         O que eu quero dizer é que a complexidade da violência não se combate com espetáculo, atitudes simplórias e reducionistas, mas com ações firmes das autoridades e, sobretudo, com mudanças de comportamento. O que critico não é a denúncia da violência, mas o culto ao noticiário violento em detrimento de uma análise mais séria e profunda.
         Precisamos, ademais, valorizar editorial e informativamente inúmeras iniciativas que tentam construir avenidas ou ruelas de paz nas cidades sem alma. É preciso investir numa agenda afirmativa. A bandeira a meio pau sinalizando a violência sem-fim não pode ocultar o esforço de entidades, universidades e pessoas isoladas que, diariamente, se empenham na recuperação de valores fundamentais: o humanismo, o respeito à vida, a solidariedade. São pautas magníficas. Embriões de grandes reportagens. Denunciar o avanço da violência e a falência do Estado no seu combate é um dever ético. Mas não é menos ético iluminar a cena de ações construtivas, frequentemente desconhecidas do grande público, que, sem alerde ou pirotecnias do marketing, colaboram, e muito, na construção da cidadania.
         A Olimpíada não foi só um belo espetáculo. Projetou uma boa imagem do Brasil. Acariciou nossa autoestima. Quem sabe, assim espero, também tenha suscitado uma reflexão sobre o nosso modo de informar.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a educação – universal e de qualidade –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em julho a ainda estratosférica marca de 470,7% para um período de doze meses; e, em julho, o IPCA acumulado nos doze meses chegou a 8,74% e a taxa de juros do cheque especial  registrou históricos 318,4%...); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a   Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do Pré-Sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Cidadania e Qualidade...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
        


   

terça-feira, 30 de agosto de 2016

A CIDADANIA, A FORÇA DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA E O SUSTENTÁVEL LEGADO DA OLIMPÍADA

“Educação a distância
        O cenário de crise econômica tem obrigado muitas empresas brasileiras a reduzir e potencializar investimentos. Por outro lado, esse mesmo ambiente recessivo exige que as organizações sejam mais produtivas, o que passa, entre outros fatores, pela capacitação da mão de obra e uma otimização do tempo dos profissionais. Demandas que, somadas, têm gerado um aumento na busca por soluções de educação a distância no mercado corporativo, as quais reduzem os custos associados com viagens, deslocamentos e infraestrutura, ao mesmo tempo em que trazem mais comodidade e flexibilidade para os profissionais.
         Estima-se que, em média, o modelo de educação a distância tenha custos de 50% a 70% menores do que os cursos presenciais. Não à toa, o crescimento médio anual do setor no país tem sido de 15% e a Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed) projeta que, em até 10 anos, essa modalidade represente 50% de todas as ofertas de cursos para formação e especialização no país, seguindo uma realidade que tende a ser vivenciada em outros países desenvolvidos.
         Um importante vetor para a aceleração desse mercado está no avanço das tecnologias utilizadas para gerar uma melhor experiência e interação nos cursos on-line, como o uso da gamificação, com técnicas de jogos para garantir mais engajamento dos alunos, e a adoção de simuladores que utilizam a realidade virtual para garantir a experiência mais próxima da vivência presencial.
         Percebemos que o bom uso da tecnologia na educação a distância tem aumentado a captação de alunos, reduzido a evasão dos cursos on-line e incrementado o índice de satisfação e de qualidade das iniciativas. Graças à análise de dados e comportamentos, por exemplo, é possível identificar quando um aluno demonstra desinteresse por determinado conteúdo e, de forma proativa, oferecer um desafio adequado ao seu perfil para motivá-lo a permanecer no curso.
         Do lado dos profissionais, a aplicação de soluções tecnológicas na educação a distância também traz benefícios importantes. Isso porque reduz os custos e o tempo gastos para formação e capacitação de qualidade, fundamentais para o crescimento profissional e a permanência no mercado de trabalho.
         Na prática, se antes o formato de cursos on-line estava associado à formação e especialização barata, hoje o setor já venceu essa primeira barreira e desponta como uma alternativa de excelente qualidade para a educação tradicional. E, em breve, tende a transformar-se no modelo preferencial para alunos, empresas e instituições de ensino.”.

(LUIZ ALBERTO FERLA. CEO do DOT Digital Group, empresa brasileira especializada na oferta de soluções para educação a distância e MarTech, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 24 de agosto de 2016, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de JULIANO AZEVEDO, jornalista, chefe de redação da TV Alterosa/SBT Minas, mestrando em estudos culturais contemporâneos pela Universidade Fumec, professor universitário, escritor, e que merece igualmente integral transcrição:

“O legado da Olimpíada
        Instrumento de disputa política interna, alvo de manifestações por todo o Brasil, estratégia de marketing esportivo, o sonho de atletas, a realização de um projeto de vida. A Olimpíada é, na sua essência, o encontro de competidores de todo o mundo, o culto ao limite do corpo humano, a busca pela vitória, a conquista de medalhas, de recordes, de visibilidade. A união dos povos, dos continentes, das culturas. Um evento histórico que modifica a nação que a recebe. Para sempre ou somente durante uns meses. Um caso para ser analisado em diferentes óticas. Há perdas, há choros, há derrotas, há tretas e mutretas, há ouro, mas principalmente, há esperança. Os acontecimentos durante os jogos revelam isso.
         Alvo de críticas, porém, um fato, talvez aspiração única daqueles que treinaram por uma vida. Chegou ao fim. O resultado está no quadro de medalhas conquistadas. Os louros foram colhidos, outros virão nas próximas competições devido à responsabilidade adquirida após a subida no pódio. O que será daqui para a frente? Os olhos do mundo vigiaram o Brasil durante três semanas. E os brasileiros? O que fizeram? O que você fez? Torceu? Vibrou? Chorou? Nem se tocou que o maior evento esportivo estava sendo realizado no Rio de Janeiro? Dançou o samba no encerramento ou agradeceu ao futebol pela única vitória que faltava à seleção canarinho? Ou apenas reclamou que a novela mudou de horário por causa das transmissões? Não importa o que passou. É preciso pensar no amanhã. Naquilo que a Olimpíada deixa como legado.
         Rafaela Silva, vitoriosa no judô, é o espelho da nação. Sem vantagens, sem mídia, sem um defensor dos direitos garantidos pela Constituição, mesmo recebendo uma bolsa das Forças Armadas. Ela é, sobretudo, exemplo do voluntariado que move o país. Que não tem obrigação de fazê-lo, mas foi o jeitinho que a dignidade de um cidadão arrumou para tornar as terras tupiniquins um lugar melhor, por meio da prática esportiva. A judoca é fruto do voluntário que se dispõe a contribuir para a evolução daqueles a quem são negados os recursos dos impostos. Quem a formou sabe o valor de um incentivo. Luta para tirar crianças das ruas da amargura e do crime para que elas se tornem melhores, aprendendo valores que lhes foram negados de alguma maneira. Porém, e infelizmente, a oportunidade também não é para todos. A atleta merece o ouro pela sobrevivência.
         A batalha de vários participantes da Olimpíada é a mesma daqueles que pegam o ônibus lotado para garantir o pão na mesa. Daqueles que desafiam os limites em triplas jornadas em troca de uma miséria de salário, que custa a pagar o sal que tempera o pouco servido na cozinha. Dói ouvir que a medalha conquistada é do Brasil, quando os governantes pouco se interessam em aprovar projetos de investimento na educação, na cultura, no esporte. O ouro, a prata, o bronze devem ser distribuídos aos guerreiros do dia a dia.
         A Olimpíada é uma lição. De esforço, de superação, de domínio de técnicas. Entretanto, deve-se entender este evento como um marco de mudança, em que a gambiarra não é a maneira ideal para resolver problemas, mesmo sendo essa característica intrínseca ao gene brasileiro. Muito menos a corrupção, como quis fazer o nadador americano, acreditando que nas montanhas de Cabral tudo seria permitido. Milhões de dinheiros foram gastos na construção do parque olímpico, cuja promessa é a existência de um espaço para a formação de novos atletas. Neste momento político, de eleições municipais, é a hora de outra atitude cidadã. Espera-se que o brasileiro passe a olhar para o Brasil. Os Jogos deram o ensinamento. O eleitor será o atleta principal da competição nas urnas.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a educação – universal e de qualidade –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em julho a ainda estratosférica marca de 470,7% para um período de doze meses; e, em julho, o IPCA acumulado nos doze meses chegou a 8,74% e a taxa de juros do cheque especial  registrou históricos 318,4%...); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a   Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do Pré-Sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Cidadania e Qualidade...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
        


    
 
     


terça-feira, 23 de agosto de 2016

A CIDADANIA, A FORÇA DA ECONOMIA CRIATIVA E OS TRANSFORMADORES LEGADOS OLÍMPICOS

“Economia criativa e oportunidades de mercado
        O Brasil é o quarto consumidor de jogos digitais do mundo, sendo um importante empregador de mão de obra especializada e se fixando como um mercado bilionário, com a expectativa de crescimento de 13,5% ao ano, segundo pesquisa encomendada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Com mais de 60 milhões de usuários, esse mercado vem ampliando o seu perfil de consumo, que até então era em sua grande maioria de público jovem masculino e, hoje, já conquista mulheres, crianças e idosos. Muito disso se explica pela facilidade de acesso aos smartphones e às redes sociais, além, é claro, da utilização de games em muitas outras áreas, como na educação, nos negócios e na medicina, não sendo mais uma exclusividade voltada apenas ao entretenimento.
         Outro mercado em ascensão é o de audiovisuais. Em 2011, foi regulamentada pelo Congresso Nacional a Lei 12.485, que determina a veiculação de conteúdos nacionais e inéditos na programação das televisões por assinatura. Com isso, além de valorizar a cultura local e a produção audiovisual no Brasil, o segmento ganhou ainda mais espaço e já se posiciona, em nível global, como a 12ª maior economia nesse mercado que responde por 0,57% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Em pesquisa realizada pela Agência Nacional de Cinema (Ancine), foi apontado um crescimento de 65,8% entre 2007 e 2013, um salto de R$ 8,7 bilhões para R$ 22,2 bilhões, evolução bem superior aos outros setores da economia.
         E liderando o ranking de crescimento no Brasil temos a indústria da moda. Nos últimos 10 anos, o varejo de moda fez com que o país saltasse da sétima posição para a quinta no ranking dos maiores consumidores mundiais de roupas. Uma pesquisa realizada pela A.T. Kearney, renomada empresa de consultoria empresarial norte-americana, aponta uma arrecadação de US$ 42 bilhões em vendas, sendo que 35% através de capturas on-line, sendo facilmente explicado pelo poder de influência das redes sociais e blogs de formadores de opinião dessa área.
         O mercado dos jogos digitais, do audiovisual e da moda são apenas três exemplos dos 13 segmentos que englobam o que chamamos de economia criativa. Um setor da economia que vem ganhando destaque e driblando o cenário atual de crise pelo qual o Brasil vem passando. São empresas que se destacam pelo talento e pela capacidade intelectual de seus empreendedores e funcionários, e que não dependem do tamanho da sua estrutura ou de quanto têm de capital.
         O Brasil, de certa forma, vem dando seus primeiros passos para se fixar nesta economia. Estados Unidos, China e Inglaterra já se consolidaram e, juntos, correspondem a 40% da economia criativa global. Muitas cidades no Brasil já têm iniciativas de estímulo à economia criativa, como por exemplo Recife, Porto Alegre e São Paulo. A cidade de Curitiba também se destaca como uma das mais atuantes e, por meio da Agência Curitiba de Desenvolvimento, circula por todo o ecossistema que engloba a economia criativa, conectando coworkings, startups, iniciativas públicas e privadas e estimulando o empreendedorismo de alto impacto.
         A economia criativa, que hoje já apresenta uma média de remuneração superior à de outros setores, será um dos grandes empregadores em um breve futuro. E as cidades que enxergarem essa oportunidade sairão na frente. O olhar sobre a formação de seus jovens, que é a geração que mais impulsiona este mercado, é um fator decisivo para o melhor aproveitamento de uma fatia do mercado na qual o maior recurso é o potencial criativo.”

(RONALDO CAVALHERI. Coaching de negócios e diretor-geral do Centro Europeu, escola pioneira em economia no Brasil, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 18 de agosto de 2016, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 19 de agosto de 2016, mesmo caderno e página, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Legados da Olimpíada
        Mergulhada ainda em graves crises, a sociedade brasileira precisa refletir a respeito dos legados da Olimpíada. Há uma avaliação de que foram alcançados alguns avanços em infraestrutura. Porém, os ganhos poderiam ser maiores se a medalha de ouro sonhada pelos governantes fosse o bem do povo. Os legados na cidade-sede são, de certa forma, incontestáveis, embora tenha se propalado, aos quatro ventos, que havia uma “quebradeira” na administração pública, por falta de recursos. Isso, na verdade, induziu o governo federal a investir mais na realização da Olimpíada, priorizando evento de tamanha social e política para o Brasil. Essa jogada de ouro faz pensar: demandas urgentes e óbvias, em diferentes regiões do país, relacionadas as estradas, habitação, mobilidade, saúde e educação merecem tratamento semelhante, com rápidas respostas.
         A população brasileira tem o direito de exigir que o espírito olímpico tome conta da cabeça e do coração dos governantes e dos construtores da sociedade. A meta deve ser a medalha de ouro que consiste na priorização daquilo que, efetivamente, promove o desenvolvimento de todas as regiões do Brasil, sem discriminações. Virar as costas para quem precisa mais, na ilusão de que o país alcançará voos maiores com número reduzido de localidades estratégicas – que teriam prioridade na destinação de recursos – é grave erro. As regionalidades do Brasil, com suas dimensões continentais, riqueza impactante, merecem tratamos específicos e investimentos adequados.
         Por isso mesmo, é necessário que administrações governamentais sejam aliadas a ações mais competentes dos políticos de cada região e microrregião. Esses representantes do povo devem cultivar um espírito olímpico que os faça lutar pelo bem de seus eleitores, evitando conchavos que objetivem resguardar privilégios de pequenos grupos ou garantir a longeva ocupação de cargos por quem não está capacitado para liderar. São pessoas incapacitadas justamente por terem perdido a credibilidade e por estar distantes da vida do povo, sem conseguir proporcionar melhorias para o seu estado e microrregião. Gente que se contenta em viver na mediocridade, sem força para promover mudanças culturais maiores, ou para valorizar riquezas que estão tão evidentemente à vista, a exemplo do patrimônio religioso e ambiental.
         O pódio que consiste no desenvolvimento integral não pode ser alcançado quando se caminha a passos lentos, no estreitamento e na pequenez sem fazer da luta do povo a própria luta. Assim, oportunidades são perdidas. E o pior: nesse cenário, a cultura perde força e se torna incapaz de impulsionar a sociedade rumo a novas direções, a partir da configuração de hábitos, da compreensão e tratamento adequado dos bens ligados à própria história, ao patrimônio ambiental-paisagístico-religioso. Permanece uma dinâmica que inviabiliza avanços nos índices de qualidade social e educativa. Para reverter esse quadro, é oportuno alimentar o espírito com as propriedades do que é olímpico e, consequentemente, buscar desempenhos melhores, resultados mais adequados, com a meta de conduzir ao pódio a própria região.
         Os legados da Olimpíada a uma cidade são consideráveis. Inclusive no que se refere à projeção internacional. Porém, o sonho fantástico da abertura dos Jogos Olímpicos, a beleza da harmonia que se verifica nas diferentes modalidades, a quebra de mitos e preconceitos relacionados a doenças e a violências apontam que as heranças mais significativas da Olimpíada para o Brasil são as lições inspirados no espírito olímpico. Elas indicam a importância da disciplina e da coragem para superar a exigente tarefa de configurar um tecido cultural mais consistente na sociedade brasileira.
         Emoldurando o horizonte dessas lições a serem aprendidas e praticadas aparecem os exemplos de Martine, Kahena, Thiago, Robson e Rafaela, e de tantos outros atletas que superaram dificuldades para representar o Brasil. Há de se imaginar a revolução que pode ocorrer se políticos, magistrados, formadores de opinião, religiosos, construtores da sociedade, educadores, todos se nutrirem com o espírito olímpico e, desse modo, vencerem a estreiteza perversa e buscar a medalha de ouro do bem comum, do povo e sua cultura valorizados e da igualdade solidária. Se cada pessoa agir com espírito olímpico, a sociedade brasileira poderá contabilizar, mais amplamente, os legados da Olimpíada.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a educação – universal e de qualidade –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em junho a ainda estratosférica marca de 470,9% para um período de doze meses; e, em julho, o IPCA acumulado nos doze meses chegou a 8,74% e a taxa de juros do cheque especial  registrou históricos 315,7%...); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a   Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do Pré-Sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Cidadania e Qualidade...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...