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quarta-feira, 27 de setembro de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A TRANSCENDÊNCIA DA LIBERDADE HUMANA E O PODER DA ESPIRITUALIDADE NA SUSTENTABILIDADE

“Livre-arbítrio, um estágio 
intermediário da evolução humana
        O livre-arbítrio existe apenas num estágio intermediário da evolução humana na Terra. Na verdade, enquanto primitivo, o homem não escolhe; segue os impulsos das forças que compõem os seus corpos, e seu destino é traçado de maneira estrita pela lei cármica material. Não há, ainda, participação do eu interior na determinação do eu interior na determinação desse destino. Já no indivíduo de evolução média, cujas forças do desejo e do pensamento disputam entre si a soberania sobre suas ações, o livre-arbítrio atua. Essa confronto permanece até que o pensamento prevaleça e, vencendo, renda-se à vontade do espírito, numa etapa mais avançada.
         Nos seres em que a alma assumiu um controle relativamente seguro sobre a personalidade, o livre-arbítrio, apesar de ainda existir, deixa de preponderar, pois os fatos de real importância, seja para a evolução deles, seja para o serviço que devem prestar, são determinados pelos seus núcleos mais profundos e pelas Hierarquias que os conduzem; assim, leis superiores passam a reger os passos desses indivíduos, substituindo a lei do carma material.
         Inúmeros níveis de evolução coexistem na Terra e elevam-se à medida que a consciência dos homens penetra e se estabiliza em patamares superiores. Essas elevações expandem a abertura do planeta às emanações cósmicas que lhe revelam realidades insondáveis. Assim, informações sobre as leis superiores são transmitidas aos homens não para aumentar o seu acervo de conhecimentos, mas para que possam servir melhor e tornar-se então colaboradores no cumprimento da Meta do Universo.
         Veja-se:
         Após uma forte chuva, o mundo pôde contemplar a beleza de um arco-íris. Resplandecendo de um a outro ponto do horizonte, era uma profunda e singela expressão de harmonia. Porém, o Verde que ressaltava em seu meio começou a se perguntar se aquele era realmente o seu lugar e decidiu deixar sua posição para ir ao encontro do que julgava caber-lhe.
         Feito isso, de imediato as folhas de todas as plantas perderam a cor, enquanto a esmeralda dos mares profundos e das flores de rochas perdeu a vivacidade. O Verde iniciou uma caminhada pelo mundo procurando a si mesmo e sua meta. Muito peregrinou sem que pudesse conseguir uma síntese definitiva. Cada vez ficava mais perdido, pois ao decidir fazer o que lhe parecia conveniente e ao procurar uma referência externa não deixava surgir sua real expressão, gerada pela simplicidade do viver.
         Aconteceu, todavia, de após uma forte chuva o Verde olhar para o céu e nele ver separados dois blocos do arco-íris: de um lado estavam o Vermelho, o Laranja e o Amarelo; do outro, o Celeste, o Azul Profundo e o Violeta. Surpreso com essa disparidade, perguntou o que havia ocorrido. O Amarelo, então, respondeu-lhe:
         - Não vês que ao te retirares, tu que és a ligação entre mim e o Azul, não mais podemos estar todas as cores unidas? Onde andaste que não tinges os campos e os mares, as pedras e as mesclas de tons que o crepúsculo cria nas tardes de verão?
         - Estive procurando a mim mesmo e a minha realidade...
         - Onde pensaste encontrar o que és, senão naquilo para que foste criado?
         E, assim, o Verde pôde saber que todos são parte de uma mesma obra da Criação e que cada um poderá reconhecer sua verdade quando abdicar de suas dúvidas, quando viver com alegria o que lhe for oferecido. Afinal, de que vale criar uma imagem do que não tem forma apenas para contentar a mente?”.

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 24 de setembro de 2017, caderno O.PINIÃO, página 18).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal SUPER NOTÍCIA, mesma edição, caderno OPINIÃO, página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:

“O Grande Irmão
        Um ser humano pertence a uma família, a um povo, a uma raça; sua atuação neste mundo depende diretamente da filiação a tal conjunto. Também ser caráter está umbilicalmente relacionado a isso. Existe um destino de família, tribo e assim por diante, como existe um caráter de família, de tribo, de nação, que unem e formam uma “alma grupal”, uma entidade invisível, mas perceptível, que determina o destino de imensos contingentes humanos.
         Para o indivíduo limitado a seus sentidos mais grosseiros, esses conceitos não chegam ao nível de percepção consciente, permanecem como “ideias inúteis”, abstrusas e incômodas. As sutilezas não se ensinam nas escolas, elas aparecem no decorrer de um extenso período de disciplina física e moral, que permite desvencilhar-se do nível egoístico e animalesco.
         Não se pode desistir ante os fracassos incontáveis, é preciso perseverar e afinar o ouvido à voz da consciência ou do silêncio que deixa ouvir a sabedoria. Abster-se de cálculos egoístas, falsidades, simulações, deslealdades que ofuscam e impedem o chegar das forças positivas que movem o reino de Deus.
         O estudioso do lado oculto aprende a conhecer mundos superiores, dos quais as personalidades individuais são os membros, tanto quanto braças, pernas e cabeça são membros do ser humano. E na vida de uma família, de um povo ou de uma raça também atuam, além das pessoas individuais, as autênticas almas das famílias, dos povos, os espíritos de raça. Em certo sentido os indivíduos são apenas órgãos executores das almas das famílias e dos povos.
         Podemos sentir que a alma de um povo se serve das almas de indivíduos escolhidos, pertencentes a ele, para levar a cabo seus trabalhos. Os heróis são a representação material desses escolhidos pela alma maior.
         A percepção da alma de um grupo se oblitera no rasteiro plano da nossa vida dos sensos humanos. Ela se encontra em nível superior e harmoniza-se com infalível justiça como cupins do mesmo cupinzeiro, como abelhas da mesma colmeia.
         A partir do momento em que o indivíduo se enxerga como ator desses destinos, amplia extraordinariamente seus horizontes e passa participar conscientemente do trabalho evolutivo. Aguarda o sinal e o chamado para executar as tarefas dessa inteligência anímica superior.
         O que importa é se manter na verdade, na lealdade, suprimindo o egoísmo e procurando a via do serviço. Um indivíduo deve estar à disposição, e não se impor pela vaidade pessoal.
         Nessa visão, uma eleição é a escolha daquilo que um grupo “mereceu”, e, se merece sofrer para evoluir, a escolha recairá sobre o governante, que executará os castigos necessários.
         O livre-arbítrio pessoal também entra em jogo e poderá ajudar e se insinuará como justiça, podendo levar o escolhido na cruz entre dois ladrões.
         O pensador materialista olha com desdém para o pesquisador que investiga o lado espiritual, que se alcança pelo estoicismo.
         Na tradição de todos os povos e religiões se encontra a figura do “messias”, do “avatar”, do “redentor” como manifestação dessa lei superior, oculta à visão da maioria. Do “ungido”. Nas religiões mais antigas, o Manus era o grande enviado. Para os índios da América do Norte, é Manitu, o Messias judaico, o Mahatma hindu, o Mago, o Moisés, que conduz o povo pelo deserto e entre as águas do mar Vermelho. E “mano” é “irmão”. Por incrível que seja, o Big Brother (Grande Irmão) tem a pretensão de executar a “escolha” desse redentor.
         Na realidade, a eleição política é mesmo um processo de escolha de um Grande Irmão, dessa figura mítica a serviço da evolução do grupo. Uma “eterna” e mítica personagem enviada que atende a regra do merecimento dos castigos e dos prazeres.
         Neste momento se consolidam as condições que determinarão os eleitos de 2018, e qualquer boa ação e pensamento fazem bem a esse processo.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em julho/2017 a ainda estratosférica marca de 399,05% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 321,30%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, em agosto/2017, chegou a 2,46%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
        



quinta-feira, 5 de abril de 2012

A CIDADANIA, A JUVENTUDE, A CRUZ E A PÁSCOA

“Os jovens e a cruz

A Igreja Católica prepara-se para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em julho de 2013, no Rio de Janeiro. Para isso, volta cada vez mais sua atenção para os jovens, em sintonia com toda a sociedade, consciente do quanto é importante entender bem a juventude e comprometer-se com o seu presente e futuro. A opção preferencial da Igreja pelos jovens tem raízes na 3ª Conferência dos Bispos da América Latina, em 1979, em Puebla, México. Um exemplo da especial atenção da Igreja é a utilização da sua consolidada experiência na promoção da Campanha da Fraternidade, durante a quaresma de cada ano: em 2013, vamos retomar o tema fraternidade e juventude.

Mais que oportuno, é urgente a priorização da juventude nas agendas das igrejas, dos governos e de todos os segmentos da sociedade. Os jovens e adolescentes ainda constituem a grande maioria de nossa população. É um enorme potencial para o presente e o futuro da Igreja e dos povos. Os jovens são chamados a ser ‘sentinelas do amanhã’, como disse o bem-aventurado João Paulo II, por ocasião de uma das edições da Jornada Mundial da Juventude.

Essa consideração patenteia o grau de responsabilidade que todos temos junto aos jovens. Intensifica-se a responsabilidade e crescem as exigências quando se considera a tarefa do enfrentamento das seqüelas da pobreza gerando sua exclusão, afetados, em larga escala, por uma educação de baixa qualidade, com horizontes de vida estreitados pelos reducionismos e outros descompassos da sociedade contemporânea. Preocupante é o problema das drogas, criando dependências, dizimando vidas, impedindo o desabrochar da juventude sob o impulso inspirador de valores e princípios ancorados no amor, na justiça e na solidariedade.

A Jornada Mundial da Juventude é, pois, um percurso que convoca e põe a Igreja em estado de missão entre os jovens, proporcionando-lhes a centralidade do encontro com Jesus Cristo, o maior bem da vida, e trabalhando, nos que diz respeito à mancha de óleo que é a dependência química, na prevenção, acompanhamento e apoio a políticas governamentais para reprimir essa pandemia.

A prevenção se faz com processos educativos, com incidência para introduzir as novas gerações no âmbito do valor da vida e do amor, despertando a consciência da própria dignidade de filhos de Deus. O Documento de Aparecida nº 424 reza que “a Igreja deve promover luta frontal contra o consumo e tráfico de drogas, insistindo no valor da ação preventiva e reeducativa, assim como apoiando os governos e entidades civis que trabalham nesse sentido, exortando o Estado em sua responsabilidade de combater o narcotráfico e prevenir o uso de todo tipo de droga”.

A Jornada Mundial da Juventude no Brasil, já em curso com a peregrinação da cruz e ícone de Nossa Senhora, é experiência de espiritualidade, reconhecendo a religiosidade como fator de proteção e recuperação importante para o usuário de drogas. Também é um evento de grandes proporções para mobilizar a juventude em torno de temas, preocupações e questões decisivas para a vivência de cada dom. Os jovens, portanto, merecem e requerem um caminho percorrido com eles em busca dessas conquistas e na consolidação de uma vida vivida no amor e na justiça.

A preparação e vivência da Jornada Mundial da Juventude começou em setembro, lá em São Paulo, e chegou neste mês a Minas Gerais, seguindo Brasil afora até julho de 2013 no Rio de Janeiro. A referência central é a cruz peregrina – a cruz de Cristo Rei. É a cruz que a Arquidiocese de Belo Horizonte, neste sábado (19/11), vai iluminar no terreno da futura Catedral Cristo Rei, com a bênção de sua pedra fundamental. É a cruz que de patíbulo de suplício condenatório, por nela ter morrido Cristo, o salvador do mundo, se torna o trono de um rei servidor que dá sua vida para que todos tenham vida.

O símbolo da cruz, para todos os que a contemplarem, é lição estampada ao ar livre, publicamente, chamando todos à aprendizagem e vivência dessa lição mais importante da vida: servir. A cruz é o altar da eucaristia, memória da oferta que Cristo faz de seu corpo e sangue, a salvação da humanidade. É o poder e a sabedoria de Deus, sua manifestação eminente e garantia de como tornar operante a ressurreição na vida terrena do cristão.

A cruz é uma espiritualidade que orienta a fixar o olhar n’Ele, Cristo, mestre e senhor da vida. A cruz de Cristo Rei da futura Catedral é sinal da centralidade de Cristo, rei porque servidor e redentor. É um monumento a essa profissão de fé, com a tarefa de ser lugar do encontro com Ele e do compromisso com a vida plena para todos. Esta é hora de profunda comunhão e generosidade, de entendimento clarividente para que se construa a catedral e seja fecundada nossa opção preferencial pelos jovens.”
(DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 18 de novembro de 2011, Caderno OPINIÃO, página 9).

Mais uma IMPORTANTE, ADEQUADA e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 4 de abril de 2012, Caderno OPINIÃO, página 9, de autoria de FREI BETTO, Escritor, autor do romance Um homem chamado Jesus (Rocco), entre outros livros, e que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Viver a Páscoa

Hélio Pellegrino, psicanalista e escritor dizia que não há nada mais radical do que crer na ressurreição da carne, conforme professa o dogma cristão. E registrou isso no texto “Aposta pascal”. O que significa acreditar, hoje, na ressurreição da carne? Carne significa, para a doutrina cristã, a consistência material do universo. Segundo o apóstolo Paulo, não apenas os seres humanos ressuscitarão com Jesus, mas toda a criação (Carta aos romanos, 8).

Por mais fantasiosa que essa crença ressoe aos ouvidos de quem não tem fé, o fato é ela é a única possibilidade de derrotar o nosso inimigo inelutável: a morte. Essa dama da foice que, à luz da razão, diz a última palavra, ainda que a ciência se empenhe em prolongar a nossa existência (haja cirurgias e malhação!), é subjugada pela esperança de que há luz no fim do túnel.

A Páscoa, na sua origem hebraica, é um fato político: sob o reinado do faraó Ramsés II, em 1250 a.C., liderados por Moisés, os hebreus se libertaram da escravidão no Egito. Basta isso para que, hoje, ela seja comemorada como incentivo a combater toda forma de opressão, preconceito e discriminação.

Nascemos do mesmo modo, ao morrer teremos todos o mesmo destino e, no entanto, as desigualdades imperam em nosso modo de viver. Diferenças de condições sociais e culturais incutem em nós deturpadas e, em geral, criminosas em relação ao outro. É o caso do homem que se julga superior à mulher, do branco que discrimina o negro, do heterossexual com preconceito ao homo, do rico indiferente ao pobre. Exemplos atuais são a criminalização dos imigrantes pelos países ricos, a suspeita de que todo muçulmano é um terrorista em potencial e os discursos eleitorais dos pré-candidatos republicanos às eleições nos EUA.

A Páscoa, para os cristãos, além do ato político encabeçado por Moisés, é sobretudo a proclamação de que Jesus, assassinado em Jerusalém por volta dos anos 30 de nossa era, condenado por dois poderes políticos, venceu a morte e manifestou a sua natureza também divina. Uma fé que comporta a crença na divindade de um pregador tido como subversivo pelas autoridades de seu tempo, deve ao menos se perguntar: por que o assassinaram? Não era um homem tão bom? Não fez apenas o bem?

A fé esvazia o sentido da ressurreição de Jesus quando não se pergunta pela razões de sua morte. Ele não queria morrer, suplicou a Deus, a quem tratava com a intimidade relacional de filho para pai, que afastasse dele aquele cálice de sangue. Teve medo. Refugiou-se numa plantação de oliveiras. Preso, não negou o que havia feito e pregado, e pagou com a vida a sua coerência.

Assassinaram Jesus porque ele queria o óbvio. Esse óbvio é tão óbvio que, ainda hoje, muitos fingem não enxergá-lo: vida em plenitude para todos (João 10,10). Ora, não é preciso saber economia, basta a elementar aritmética, para de se dar conta de que há suficiente riqueza no mundo para assegurar vida digna a seus 7 bilhões de habitantes.

A renda per capita mundial é, hoje, de US$ 9.390. Porém, basta olhar em volta para ver nossos semelhantes jogados nas calçadas, catando lixo para se alimentar, morando em favelas, submetidos ao trabalho escravo. Basta ligar a TV para se deparar com o rosto cadavérico dos africanos famintos. Basta abrir o jornal para ler que dois terços da humanidade ainda vivem abaixo da linha da pobreza. E 20% da população mundial concentram em suas mãos 84% da riqueza global.

Páscoa significa passagem, travessia. Domingo, nós, cristãos, iremos à igreja celebrar essa que é mais importante festa litúrgica. E o que muda em nossas vidas? Vamos sair do comodismo para ajudar a quebrar as amarras da opressão? Vamos deslocar a nossa ótica do lugar do opressor para encarar a realidade pelos olhos do oprimido, como sugeria Paulo Freire?

É fácil ter religião e professar a fé em Jesus. O difícil é ter espiritualidade e ter a fé de Jesus. Feliz Páscoa!”

Eis, pois, mais páginas contendo IMPORTANTES, ADEQUADAS e OPORTUNAS abordagens e REFLEXÕES que apontam, em meio à MAIOR crise de LIDERANÇA de nossa HISTÓRIA – que é de MORAL, de ÉTICA, de PRINCÍPIOS, de VALORES –, para a IMPERIOSA e URGENTE necessidade de PROFUNDAS MUDANÇAS em nossas estruturas EDUCACIONAIS, GOVERNAMENTAIS, JURÍDICAS, POLÍTICAS, SOCIAIS, CULTURAIS, ECONÔMICAS, FINANCEIRAS e AMBIENTAIS, de modo a promovermos a inserção do PAÍS no concerto das POTÊNCIAS mundiais LIVRES, SOBERANAS, CIVILIZADAS, DEMOCRÁTICAS e SUSTENTAVELMENTE DESENVOLVIDAS...

Assim, URGE ainda a efetiva PROBLEMATIZAÇÃO de questões deveras CRUCIAIS como:

a) a EDUCAÇÃO – UNIVERSAL e de QUALIDADE, desde a EDUCAÇÃO INFANTIL (0 a 3 anos, em creches; 4 e 5 anos, em pré-escolas) até a PÓS-GRADUAÇÃO (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como PRIORIDADE ABSOLUTA de nossas POLÍTICAS PÚBLICAS;

b) o COMBATE, severo e sem TRÉGUA, aos três dos nossos MAIORES e mais DEVASTADORES inimigos que são: I – a INFLAÇÃO, a exigir PERMANENTE e DIUTURNA vigilância, de forma a manter-se em patamares CIVILIZADOS; II - a CORRUPÇÃO, como um CÂNCER a se espalhar por TODAS as esferas da vida NACIONAL, gerando INCALCULÁVEIS e INTOLERÁVEIS prejuízos e comprometimentos de variada ordem: III – o DESPERDÍCIO, em TODAS as suas MODALIDADES, também a impor INESTIMÁVEIS perdas e danos, inexoravelmente IRREPARÁVEIS;

c) a DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA, com projeção para 2012, segundo o ORÇAMENTO GERAL DA UNIÃO, de ASTRONÔMICO e INSUPORTÁVEL desembolso da ordem de R$ 1 TRILHAO, a título de JUROS, ENCARGOS, AMORTIZAÇÃO e REFINANCIAMENTOS, a exigir igualmente uma IMEDIATA, ABRANGENTE, QUALIFICADA e eficaz AUDITORIA...

Isto posto, torna-se absolutamente INÚTIL lamentarmos a FALTA de RECURSOS diante de monstruosa SANGRIA, que DILAPIDA o nosso já escasso DINHEIRO PÚBLICO, MINA a nossa ECONOMIA e a nossa capacidade de INVESTIMENTO e de POUPANÇA e, mais GRAVE ainda, AFETA a CONFIANÇA em nossas INSTITUIÇÕES, negligenciando a JUSTIÇA, a VERDADE e o AMOR da PÁTRIA, ao lado de extremas e crescentes DEMANDAS, NECESSIDADES, CARÊNCIAS e DEFICIÊNCIAS...

São, e bem o sabemos, GIGANTESCOS DESAFIOS que, de maneira alguma, ABATEM o nosso ÂNIMO nem ARREFECEM o nosso ENTUSIASMO e OTIMISMO nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, CIVILIZADA, LIVRE, SOBERANA, DEMOCRÁTICA, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos e que contemplam EVENTOS como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MUDANÇAS CLIMÁTICAS (RIO+20) em junho; a 27ª JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE no RIO DE JANEIRO em 2013; a COPA DAS CONFEDERAÇÕES de 2013; a COPA DO MUNDO de 2014; as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INTERNACIONALIZAÇÃO das EMPRESAS, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, da INOVAÇÃO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um POSSÍVEL e NOVO mundo da JUSTIÇA, da PAZ, da IGUALDADE – e com EQUIDADE –, e da FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA... e PERSEVERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...