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segunda-feira, 7 de março de 2011

A CIDADANIA, A EDUCAÇÃO, A GERÊNCIA E A VOCAÇÃO

“Enem dos professores

Parece fora de dúvida que a qualidade do ensino em qualquer país está diretamente relacionada com a dos professores. Estudos internacionais comprovam que os países que conseguem os melhores resultados na escolarização de crianças e jovens contam com média elevada de preparação e com reciclagem frequente de seus docentes. Relegada há décadas pela sociedade e pelos governos à condição de problema de menor importância, a atividade profissional de quem se dedica a enfrentar uma sala de aula há muito deixou de despertar o interesse dos jovens. Esquecido e mal pago, o professor tem hoje uma carreira preterida pela maioria dos brasileiros que chegam a um curso universitário. Estudo de 2008 da Fundação Lehman constatou que apenas 5% dos alunos que ficaram entre os 20% mais bem colocados no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) daquele ano cogitavam trabalhar como docentes. Não é sem motivo que 16,8% dos professores do 6º do ensino fundamental ao 3º do médio da rede pública em todo o país, segundo dados do Instituto Nacional de Ensino e Pesquisas Educacionais (Inep), têm preparo inferior ao exigido pela Lei de Diretrizes e Bases (LDB). Em seis estados – Bahia, Acre, Maranhão e Roraima, Pará e Alagoas –, pelo um terço dos docentes desse nível não concluiu um curso superior. Nenhum estado escapa dessa deficiência que, em Minas Gerais, chega a 10,41% do professores.

Diante desse quadro e cansado de dar vexame em todas as pesquisas e comparações internacionais sobre desempenho educacional em todos os níveis de ensino, era de se supor que as autoridades brasileiras já tivessem planos e programas preparados para atacar de frente e com urgência essa deficiência. Em vez disso, o Ministério da Educação (MEC) insiste na ideia de “ajudar” os estados a selecionar melhor seus mestres, por meio de uma espécie de “Enem dos professores”. Portaria publicada quinta-feira no Diário Oficial da União (DOU) institui esse exame, que, por enquanto, é de livre adesão de estados e municípios. A ideia é aplicar um teste único em todo o país e, a partir do desempenho dos candidatos a uma vaga de professor na rede pública, seria montado um banco de dados de profissionais teoricamente aptos a lecionar dos ensinos fundamental e médio.

Além da experiência recente do Ministério da Educação em Enem não sugerir boas expectativas, parece inoportuna tal iniciativa. Ela parte do pressuposto de que a grande dificuldade dos estados e municípios está em selecionar os melhores professores entre um imaginário vasto leque de opções de alta qualidade à disposição das secretarias de Educação. Qualquer um que faça o esforço de deixar os gabinetes de Brasília para conhecer de perto a realidade vai descobrir que o problema é outro. O que falta é salário para atrair e manter os que abandonam sua vocação para o magistério em troca de outras carreiras. E, para os que já estão no magistério, ao salário adequado é preciso acrescentar o acesso facilitado a cursos de atualização e aperfeiçoamento, uma boa maneira de valorizar e tirar partido da experiência desses mestres, que já demonstraram dedicação apesar do abandono a que têm sido relegados.”
(EDITORIAL do Jornal ESTADO DE MINAS, edição de 6 de março de 2011, Caderno OPINIÃO, página 6).

Mais uma IMPORTANTE e também PEDAGÓGICA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo e edição, Caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de GILSON E. FONSECA, Consultor de empresas, que merece INTEGRAL transcrição:

“Gerência e vocação

No século 19, com a grande industrialização em várias partes do mundo, Taylor, Fayol e Ford se destacaram com inovações gerenciais. O primeiro é considerado o pai da administração científica ao utilizar métodos cartesianos na gerência de empresas; o segundo contribuiu muito sobre as vantagens da supervisão funcional e a unidade de comando; e o terceiro, empresário brilhante, foi o pioneiro na produção de automóveis em série. Com o crescimento tecnológico exponencial, na segunda metade do século 20, livrarias lançaram inúmeros livros de sucesso sobre gerência, pois, dado o interesse do tema, compradores não faltavam. Lee Iacocca foi o executivo mais badalado, nesse período, ao salvar a Chrysler da falência.

Mesmo com farta literatura, cursos acadêmicos, seminários etc., não deixamos de constatar a incompetência gerencial, porque nem sempre os cargos são alcançados por vocação. Gente despreparada encontramos em qualquer área. Entretanto, pela importância, visibilidade e conseqüência, penso que nada se compara à área gerencial. Nas repartições públicas, onde a maioria das promoções é política e não meritória, a situação é pior. Na saúde pública, a mídia não se cansa de denunciar falhas administrativas, como falta de suprimento nos hospitais e ambulatórios que poderia salvar vidas, e tantas outras mazelas. Conceito mais interessante de gerência: “Gerenciar é obter resultados positivos, utilizando as pessoas”. Dessa forma, não há nenhum preparo científico, mesmo os cursos de doutorado que, sozinhos, superam a intuição e/ou o tino gerencial. Liderança democrática, a que é duradoura, capacidade de interação, empatia, visão de futuro etc., muitas vezes ganham do conhecimento, pois ao gerente eficiente compete explorar o preparo dos outros para retirar deles tudo aquilo que trará vantagens à corporação. O comando e controle que Fayol tanto pregava parece que traíram o empresário Sílvio Santos, até então considerado um gênio dos negócios. A derrapada do Banco Panamericano foi uma surpresa para todo o mercado, sobretudo pela magnitude do rombo contábil.

Sucessão consangüínea por si só é problemática, sobretudo pelas vaidades e ciúmes entre os pares, que, muitas vezes, valorizam mais o confronto do que a cooperação, e aí todos perdem. A maioria dos empresários sonha ver seus filhos suceder-lhe à frente dos seus negócios, independentemente de suas vocações. Procura dar-lhes a melhor formação acadêmica, com cursos até no exterior, mas fecha os olhos para as características que o gerente tem que ter. Quando há mais emoção do que razão, as providências são lentas ou deixam de ser tomadas. Portanto, o gestor eficiente não só cria, como enxerga os mecanismos de alerta para a correção de rumos quando há evidências de falhas. Quem não ouve seus auxiliares é sempre autossuficiente, não vai enxergar os sinais amarelos e deixa a empresa entrar no vermelho. O resultado pode ser a falência.”

Eis, portanto, mais páginas eivadas de REFLEXÕES e com GRAVE aceno à NECESSÁRIA e URGENTE priorização e PROBLEMATIZAÇÃO da GESTÃO DA EDUCAÇÃO, que por isso mesmo nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016 e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um mundo da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...