sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O PODER DAS TRANSFORMAÇÕES DIGITAIS E A LUZ DA PAZ E JUSTIÇA NA SUSTENTABILIDADE (16/154)

(Fevereiro = mês 16; faltam 154 meses para a Primavera Brasileira)

Transformação digital e as empresas
        O que tem em comum uma usina sucroalcooleira no Nordeste, um estaleiro do Rio de Janeiro e uma indústria siderúrgica? A moldagem das chapas e bobinas de aço, a relação climática envolvida em cada etapa do plantio e da colheita da cana-de-açúcar, a montagem de megablocos que compõem as estruturas onde serão incorporadas as tubulações, acessórios e equipamentos de grandes embarcações marítimas. Com processos produtivos de natureza totalmente diversa, cada um desses ramos de negócios, à sua maneira, maneja as peculiaridades e complexidades envolvidas em aspectos referentes à produção e aos seus mercados. Enfim, essas organizações, por maiores que sejam as diferenças de suas atividades, todas, sem exceção, precisam superar os seus desafios mais específicos, incorporar inovações em seus processos e produtos para aumentar a produtividade e a competividade. O que existe em comum a todos os players dos mercados e o que será determinante para o sucesso pode ser resumido a única palavra: gestão.
         E gestão, hoje, requer tecnologia. Não há como aumentar a eficiência e a competitividade neste mercado global sem incorporar ferramentas empresariais, algo que hoje já está além do conceito de ERP, como conhecido o software de gestão. Os recursos de tecnologia estão aptos a conectar as organizações a um mundo avançado e são capazes de trazer ao ambiente das organizações o poder de tecnologias como big data, analytics, IoT, machine learning, a inteligência artificial e a mobilidade com sua profusão de aplicativos. Para ter acesso a este universo de tecnologias que pode proporcionar o grande salto no patamar de gestão e eficiência, as empresas precisam contar com parceiros que, além de entender as suas singularidades de negócios, façam a ponte com as tecnologias mais avançadas do mercado mundial.
         Existem muitas consultorias no mercado dispostas a fazer este trabalho de transformação digital, mas é preciso mais do que nunca saber escolher aquela que de fato poderá prazer resultados efetivos para os negócios. Há quem se impressione com as marcas famosas e queira escolher grandes companhias internacionais, mas este caminho pode determinar o insucesso de um projeto que requeira, por exemplo, maior personalização, flexibilidade, rapidez e viabilidade orçamentária. Se o projeto for internacional, as consultorias globais podem fazer a diferença, mas nos locais, as brasileiras conhecem com maior profundidade as questões e regulamentações do nosso país.
         É fundamental que sejam consideradas na escolha do parceiro empresas que tenham conhecimento técnico reconhecido pelos fornecedores de tecnologia. Existem consultorias brasileiras com certificações elevadas, garantia de domínio tecnológico e competência para levar adiante projetos bem complexos. No ecossistema de atuação das plataformas tecnológicas líderes mundiais figuram algumas empresas brasileiras, instaladas até mesmo fora dos grandes centros, com expertise muito elevada. Consultorias nacionais com acesso aos conteúdos técnicos mais atualizados e às recentes evoluções tecnológicas. Essas empresas contam até mesmo com seus próprios laboratórios de testes que aplicam e testam as ferramentas internacionais de TI ao ambiente de negócios brasileiro. Tudo isso pode representar, hoje, um atalho muito seguro para que os clientes atinjam a almejada inovação.
         Portanto, a TI está muito mais acessível a todo tipo de organização que deseje ser moderna e competitiva. Não tem por que não lançar mão da transformação digital que está afetando drasticamente e impactando a gestão de todos os setores empresariais. São essas tecnologias inovadoras que estão moldando e aparelhando as empresas para vencerem a competição acirrada dos mercados no novo modelo econômico.”.

(LUCIANO FERNANDES. Diretor de negócios da AdopTI, consultoria com portfólio exclusivo e especializado na plataforma de gestão empresarial SAP, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 23 de janeiro de 2018, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 19 de janeiro de 2018, mesmo caderno e página, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Não há paz sem justiça
        Esta é uma verdade que deve inspirar os horizontes do povo brasileiro na construção de uma nova ordem social, econômica e política para se alcançar a paz: não há paz sem justiça. Sem esse entendimento, haverá um recrudescimento das diferentes formas de violência. A sociedade se transformará em um campo de guerras, de todo tipo, corroendo, cada vez mais, as riquezas do tecido cultural e histórico que caracterizam o país. A nova ordem a ser buscada exige o fim da inaceitável situação de injustiça que se escancara na forma de desigualdades sociais, se desdobrando em miséria, desemprego e indiferença com os que sofrem.
         Conviver com a desigualdade social e tantos outros males, que são frutos da injustiça, é particularmente vergonhoso para uma nação que tem “recursos de sobra”, bem mais que o suficiente para edificar e manter uma sociedade justa. Diante de tantas possibilidades, percebe-se que a grave situação atual, de desigualdade, não é “obra do acaso”. As análises históricas mostram que é opção deliberada, emoldurada pela incompetência de muitas pessoas. E o resultado é a injustiça, que compromete a paz.
         Assim, eis a tarefa ética que é da Igreja e de todos os que vivem os compromissos da fé: cada pessoa precisa guiar a própria vida a partir dos ensinamentos de Jesus Cristo com a urgente e laboriosa missão de não se omitir diante dos problemas sociopolíticos atuais. A desigualdade social e outros males evidenciam a carência generalizada de iluminação ética. Por isso, muito além de interesses partidários e grupais, o que deve ser priorizada é a dimensão ético-moral. Cuide-se, assim, para que igrejas não se tornem instrumentos para ações de partidos políticos. Em vez disso, devem contribuir substantivamente para as indispensáveis transformações necessárias neste momento.
         A Igreja é desafiada, sempre à luz de princípios do Evangelho, a auxiliar os diferentes segmentos sociais na adoção de critérios mais consistentes na elaboração de planejamentos, iniciativas e reformas. Daí a necessidade de debates, reflexões, para qualificar projetos e possibilitar escolhas inteligentes, capazes de impulsionar a sociedade rumo a um futuro melhor. A história mostra que não é possível avançar quando se tem apenas propostas demagógicas, como tantas que já induziram a população a opções ruinosas. Por isso, temas de reconhecida importância para o país precisam ser debatidos, com abertura, para alcançar entendimentos, a partir da participação de todos.
         Esse exigente e complexo processo requer um sentido pleno de justiça, alcançado a partir da conduta cidadã que deve nortear cada pessoa, em todas as instâncias – de governos e parlamentos ao mundo empresarial, das instituições religiosas aos campos da cultura, arte, ciência e tecnologia. Afinal, em construção está a paz que é tão preciosa para a sociedade. E essa construção é uma obra de justiça e de amor.
         O compromisso com a justiça é caminho que leva ao integral restabelecimento da ordem moral e social, tão ferida. Diz o projeta Isaías, apontando caminhos novos para o povo, que a paz é obra da justiça. E há de se reconhecer que a justiça é uma virtude moral, a garantia legal que vela sobre o respeito a direitos e deveres. Essa virtude é enfraquecida quando posturas ideológicas contaminam interpretações, pessoas passam a considerar somente o que interessa aos seus próprios grupos. Por isso, importante e urgente é fazer com que a prática da justiça seja mais abrangente. Ultrapasse a dinâmica comum aos tribunais para se tornar compromisso cotidiano de cada cidadão. Quando atitudes – simples ou com impacto mais amplo no contexto social – são pautadas pelos parâmetros da justiça, há uma efetiva contribuição para o restabelecimento da ordem social e política que equilibra as relações de um povo.
         O brasileiro convive com uma lista enorme de metas e compromissos a serem efetivados. Entre as necessidades está a urgente responsabilidade de debelar a miséria. Essa situação triste e tantas outros igualmente lamentáveis são produto da injustiça, alimentada pela ganância sem limites e pela mesquinhez. Combater a pobreza é, pois, um compromisso determinante que precisa da força da justiça – capaz de equilibrar o exercício dos direitos e deveres.
         Somente a justiça, instrumento para a construção da paz, pode reconfigurar fundamentalmente as posturas que geram desequilíbrio social e submetem grande parte da população a agressões à sacralidade da vida humana. Assim, a inteligência normativa que busca garantir o funcionamento justo da sociedade precisa ser fecundada pela lucidez de princípios sólidos, não imediatistas e utilitaristas. Investir na justiça é imprescindível para a conquista da paz.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em dezembro/2017 a ainda estratosférica marca de 334,55% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial se manteve em históricos 323,01%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 2,95%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2018, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,847 trilhão (52,4%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,106 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016)

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      

E P Í L O G O

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

“Oh! Deus, Criador e Legislador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.