segunda-feira, 30 de maio de 2011

A CIDADANIA, A EDUCAÇÃO, A SUSTENTABILIDADE E A LIÇÃO DA MEDITAÇÃO

 “Avançar na educação

Vivemos uma crise de valores e de capacitação dos nossos jovens. Nossa sociedade, nossas famílias, as escolas e universidades não estão preparando pessoas com os valores necessários e capacitadas a enfrentar os problemas do mundo contemporâneo. Não presenciamos nenhuma ação eficaz por parte dos governantes, preocupando-se e colocando em prática planos de ação para capacitar as crianças e os jovens com as competências necessárias que os levarão de fato a fazer a diferença no mundo atual.

Batas olhar os currículos das nossas escolas e universidades para constatar que, em sua maioria, há uma enorme disparidade entre o que é ensinado e as competências que esses jovens precisarão para ser bem-sucedidos na vida e em seu futuro profissional. Os currículos, quase sempre, foram idealizados há 20 ou 30 anos, baseados nas teorias e práticas da era industrial. E há muito tempo já estamos na era do conhecimento, em que outras possibilidades são necessárias.

Sem falar na falta de planejamento e estímulo à formação de educadores. Você conhece jovens que sonham em se tornar professores? Infelizmente, são muito poucos. Há um apagão de professores e não há plano de ação para mudar esse cenário. Como diria Augusto Cury (médico, psiquiatra e escritor), os professores que deveriam ser os profissionais mais importantes na nossa sociedade estão desvalorizados, tanto perante os nossos governantes quanto perante a sociedade. Nem os pais nem os alunos respeitam mais os professores. Precisamos resgatar o prestígio e o respeito pelos educadores para ressuscitarmos a educação do nosso país. Sem ótimos professores não vai haver ótimas escolas.

O Brasil tem se desenvolvido economicamente, porém, o que dizer dos nossos índices educacionais? Estamos entre os piores do mundo nesse quesito. De que adianta termos cerca de 30 bilionários brasileiros na recém-divulgada lista da revista Forbes, se nenhuma universidade do país figura entre as 200 melhores do mundo, segundo o recente ranking da publicação educacional britânica Times Higher Education? Precisamos exigir que nossos representantes políticos sejam avaliados pelo que realmente fazem, e que percam os seus mandatos se não trabalharem pelos principais interesses da população, principalmente na área da educação. Temos de incentivar a adoção de práticas de meritocracia na educação e na política. Se não agirmos logo, poderá ser tarde demais.”

(RICARDO MESQUITA CHIOCCARELLO, Gestor da Escola Internacional de Alphaville, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 26 de maio de 2011, Caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma IMPORTANTE, OPORTUNA e PEDAGÓGICA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 28 de maio de 2011, Caderno PENSAR, página 2, de autoria de JOÃO PAULO, que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“Dentro e fora



Há mais de 40 anos a obra de Leonardo Boff se apresenta como um desafio à inteligência contemporânea. Com mais de 80 livros publicados, nas áreas mais diversas, da teologia à política, passando pela antropologia, mística, ecologia, literatura, psicologia e história, o pensador, no entanto, não deixa nunca de surpreender. Na casa dos 70 anos, depois de uma vida dedicada a pensar questões essenciais de nosso tempo, em seu livro mais recente, Meditação da luz (Editora Vozes), parece fazer um movimento em direção ao centro de si mesmo. Como seguindo a lição agostiniana das Confissões, depois de muito procurar, descobre que a beleza, antiga e nova, habita seu interior: “Tu estavas comigo e eu não estava contigo”.

Para quem acompanha a trajetória de Leonardo Boff não é incomum se deparar com a coragem de proceder grandes viradas, reviravoltas teóricas e existenciais, destemor em debater com contendores poderosos.Alguns estudiosos de seu pensamento identificam esses momentos como mudanças de paradigmas, mas é possível pensar que mesmo nas grandes transformações há sempre uma base que permanece, menos como resposta e mais como enquadramento de uma nova questão. Se o primeiro momento da teologia de Boff foi marcado pelo reflexão sobre o papel da Igreja, a partir das mudanças trazidas ao mundo pelo Concílio Vaticano II, sua obra foi se espalhando em outros temas teológicos, de uma nova configuração política do papel de Cristo a temas de escatologia, como o sentido da morte.

Identificado com a Teologia da Libertação, que ajudou a criar teoricamente e realizar na prática pastoral, Leonardo Boff pagou preço de pensar a liberdade em tempos de grande disciplina. Seu livro mais consistente em termos filosóficos, Igreja: carisma e poder, deu a ele, além de audição em todos os campos do pensamento teológico mundial, a punição do silêncio e, anos depois, traçou o caminho que o levaria a manter seu pensamento fora da oficialidade da Igreja. Mais que uma obra de teologia, o livro se revelaria um instrumento poderoso de compreensão da realidade brasileira. O Brasil e a Igreja saem comprometidos do livro.

O que era política explícita, muitas vezes inspirada pelo pensamento dialético – em sua busca de compreensão das injustiças e da constatação de uma forma de poder que cinde em vez de reunir, levando à perpetuação das injustiças –, vai se tornando ainda mais profundo. Não que a política deixe de ter sentido, mas passa a ser guiada por outros elementos que surgem no horizonte do nosso tempo, sobretudo pelas questões postas pela ecologia.

A entrada em cena da ecologia vai mudar o eixo ou a “centralidade” do pensamento de Leonardo Boff. É preciso deixar claro de que ecologia se trata. Muito além da mera defesa ambientalista contra a dilapidação da natureza, para o teólogo trata-se de uma nova forma de compreensão do mundo exterior e interior, com ambição de chegar à totalidade do ser. O novo paradigma, que pode ser batizado de teoantropocósmico, traz assim um pouco de cada uma das dimensões que o constitui: é busca de Deus, do homem e da natureza, a partir de um olhar unitário, agregador, com vocação para a totalidade. Neste sentido, as obras mais recentes de Leonardo Boff englobam uma nova visão do fenômeno humano, da sociedade e da Terra, como partes constituintes do mesmo Deus.

No entanto, nada seria menos “ecológico” do que entender a obra de Leonardo Boff como um caminho em direção ao alto, ao mais complexo, a um ponto final de síntese ou superação. Essa tendência ao finalismo, na qual o último momento é sempre humilde e necessária da procura. Leonardo Boff pode ter abandonado a forma do ensaio erudito de seus primeiros livros de teologia e buscado uma comunicação mais singela e direta com o leitor. Mas em nenhum momento abriu mão das questões essenciais que, ontem como hoje, dão sentido ao seu caminho teórico e existencial. Como homem tocado pela boa ecologia, sabe que vivemos no tempo e no espaço, mas sabe também, alimentado pela ciência contemporânea e pela política, que são muitos os tempos e diversos os espaços. Se há algo que nos dá o solo de continuidade é exatamente a certeza de que somos mutáveis e datados.

FÍSICA E MÍSTICA Talvez seja esse o patamar que dá sentido ao livro Meditação da luz, o mais recente e instigante livro do autor. Numa constatação madura, o caminho que surge de uma vida tão completa aponta, nessa altura do caminhar, para o pensamento místico, para a humildade dos exercícios de autoconhecimento, para a singeleza do melhor caminho, para a fusão de ciência e religião. Para um convite à comunhão a partir de uma certa entrega ao sagrado que há no homem. Neste sentido, não há nada mais político que a meditação.

Meditação da luz – O caminho da simplicidade é um livrinho diferente e poderoso. Não tem a pegada teológica das primeiras obras do autor, não se preocupa em incorporar a ecologia de forma explícita, não traz interpretações políticas para o pensamento católico, não tem projetos sociais em seu horizonte mais imediato. Mas tem um pouco de cada uma dessas vertentes. É um livro de mística, um manual de meditação, um convite à oração pessoal. O que destaca a obra, além de sua vocação para a interioridade, é sua abertura a todas as formas de pensamento e tradições religiosas.

Não há fronteira quando se trata do homem. Leonardo Boff apresenta um projeto de desenvolvimento de vida interior, buscando lições de sabedoria e simplicidade (talvez as duas coisas sejam apenas uma, como nos mostra os verdadeiros sábios, sempre simples) da ioga, do budismo, do tao, da mística cristã, da física quântica, da neurologia.

O livro tem como projeto ampliar a vida espiritual (não necessariamente religiosa, no sentido confessional), por um método descrito pelo autor: a meditação da Luz Beatíssima. Para chegar até a prática, ele desenvolve de forma sumária e compreensível temas ligados à cosmologia, às neurociências e aos caminhos desenvolvidos pela meditação nas tradições do Oriente e Ocidente. Assim, antes de chegar aos exercícios espirituais (que podem ser feitos em qualquer tempo e lugar, até durante um engarrafamento de trânsito), Boff ensina um pouco de budismo, misticismo medieval, chacras, ioga, kundalini, energia, física da luz e funcionamento do sistema neurológico. O mais importante: tudo como realização do mesmo princípio único.

A meditação é a mais ecológica das realizações humanas. Só ela é capaz de dar à energia seu melhor destino. Usina de espiritualidade, o homem ainda precisa aprender a domar seu potencial, não para explodir como uma bomba de consumo e exterioridade, mas para também se tornar luz. Que um homem sábio e simples como Leonardo Boff chegue à plena maturidade mirando para dentro é um lição que precisa ser reciclada por cada um de nós.”

Eis, portanto, mais PRECIOSAS e OPORTUNAS abordagens e REFLEXÕES que acenam para a NECESSIDADE IMPOSTERGÁVEL e URGENTE da pontificação da EDUCAÇÃO como PRIORIDADE ABSOLUTA do PAÍS, em vista especialmente da COMPLEXIDADE e FASCÍNIO exercidos pelas NOVAS exigências existenciais.

São GIGANTESCOS DESAFIOS que ainda MAIS nos MOTIVAM e nos FORTALECEM nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que permita a PARTILHA de suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS, OPORTUNIDADES e POTENCIALIDADES, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS (RIO + 20) em 2012, a COPA DAS CONFEDERAÇÕES DE 2013, a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016, as OBRAS do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigência do SÉCULO 21, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ e FRATERNIDADE...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

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