quarta-feira, 4 de maio de 2011

A CIDADANIA, A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E A ARTE DO OFÍCIO

“03/05: DIA MUNDIAL DA LIBERDADE DE IMPRENSA

A Liberdade de Imprensa é pré-requisito fundamental da democracia. A Declaração Universal dos Direitos Humanos traz em seu artigo 19: ‘Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras’. No cumprimento deste direito, a mídia tem importância decisiva. Como é salutar a atuação de uma imprensa livre, que não sofra pressões de quaisquer interesses, políticos ou econômicos! Com informações isentas, corretas e precisas, todos ganham: o indivíduo, a sociedade, o planeta.”

(Frei GUSTAVO WAYAND MEDELLA, OFM).

Outra IMPORTANTE e OPORTUNA contribuição para o nosso trabalho de MOBILIZAÇÃO PARA A CIDADANIA E QUALIDADE vem de EDITORIAL do jornal ESTADO DE MINAS, edição de 29 de abril de 2011, Caderno OPINIÃO, página 10, que merece INTEGRAL transcrição:

“Educação profissional

É mais do que razoável a preocupação do governo da presidente Dilma Rousseff em oferecer uma resposta da União à dramática falta de mão de obra qualificada no país. Essa escassez, que vem se acentuando com a manutenção de taxas anuais de crescimento da economia acima de 4% nos últimos tempos – exceto durante a recessão de 2009, provocada pela crise internacional –, já é uma ameaça real ao cumprimento do cronograma de obras e serviços destinados à Copa do Mundo de 2014. Durante décadas, o país incentivou mais a formação acadêmica de nível superior, deixando em segundo plano o ensino técnico profissional. Isso não apenas tem retardado o ingresso de jovens no mercado profissional como acabou reduzindo a oferta de cursos profissionalizantes de nível médio, tanto públicos como privados. Dados do Ministério da Educação (MEC) revelam que para 6 milhões de matrículas no ensino superior há apenas 1 milhão no ensino técnico. E o país, ao viver fase de aquecimento da atividade econômica, já cogita até mesmo importar técnicos, inclusive de nível médio.

É nesse contexto que deve ser inserido o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego (Pronatec), lançado ontem pela presidente Dilma Rousseff. Mas não deve faltar ao governo atenção a alguns aspectos que podem anular os resultados desejados, bem como em relação às estruturas públicas de boa qualidade já existentes e que, se forem mais bem equipadas, poderão ampliar a contribuição que dão à preparação técnica dos jovens. É o caso do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG), instituição que tem brilhado em praticamente todos os rankings oficiais de qualidade do ensino médio no país. A ampliação de sua capacidade, com o desdobramento em novas unidades, poderia dar resultados mais rápidos e a custo compatível com o nível oferecido. Isso não significa evitar a expansão da rede pública de ensino técnico, conforme previsto no Pronatec, que pretende acrescentar 120 unidades às 81 escolas técnicas atualmente em implantação.

O programa prevê também a inclusão das escolas particulares no aumento de matrículas no ensino profissionalizante. Para tanto, anuncia o governo a intenção de expandir o programa de financiamento estudantil (Fies) a essa modalidade de ensino, já que hoje se dedica praticamente só ao nível superior. O financiamento das matrículas poderá ser também concedido a empresas que queiram desenvolver programas de capacitação técnica de seus funcionários. O que não pode ser esquecido é que não há um padrão de qualidade mínima definido pelas autoridades da educação para o ensino médio técnico profissionalizante. Tampouco se tem notícia de fiscalização permanente e rigorosa do MEC nessas escolas, de modo a credenciá-las a receber alunos mantidos com verbas públicas. Essas duas deficiências já são bastante graves para indicar a necessidade de o MEC não ficar só no discurso de lançamento de mais que, embora oportuno e bem-vindo, corre o risco de dar resultados inferiores aos de que o país precisa.”

E mais uma também IMPORTANTE e ADEQUADA contribuição para o nosso trabalho, vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 28 de abril de 2011, Caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de OLAVO MACHADO, Presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Sistema Fiemg), que merece igualmente INTEGRAL transcrição:

“A arte do ofício

No mundo do trabalho, o Brasil vive hoje um cenário de grandes contradições: nunca se empregou tanto como nos últimos anos – são 92 milhões de pessoas contratadas, o que representa mais de 90% dos brasileiros em idade e condições para trabalhar e que formam a chamada população economicamente ativa (PEA). Nos próximos cinco anos (2011/2015), caso o país cresça a uma taxa de 4,6% ao ano – e isso é o mínimo que se pode esperar –, serão abertas oportunidades para 8 milhões de trabalhadores, educados e qualificados para assumir todo tipo de função, das mais simples às mais sofisticadas. Na outra ponta, coincidentemente, ainda temos 8 milhões de desempregados e não serão eles os ocupantes das vagas que serão criadas nos próximos cinco anos, por uma razão muito simples: este exército de brasileiros, desempregados foi sumariamente excluído do mercado de trabalho por absoluta falta de qualificação, por mínima que seja.

Dados (2009) do Sistema Nacional de Emprego (Sine), órgão vinculado ao Ministério do Trabalho, confirmam esse cenário preocupante: 1,6 milhão de vagas oferecidas nas agências públicas de emprego não foram preenchidas, e o principal motivo foi exatamente a falta de qualificação da mão de obra, o que engloba baixo nível de escolaridade, carência de preparo técnico e pouca ou nenhuma experiência. As conseqüências são dramáticas: de um lado por absoluta falta de capacitação de milhões de pessoas, sobretudo jovens, são postos à margem do mercado de trabalho, condenados a viver de biscates ou da solidariedade alheia; de outro, a escassez na oferta de trabalhadores qualificados para preencher os empregos oferecidos pelas empresas brasileiras – em todos os setores e, principalmente, na indústria – em já é considerada um gargalo comparável às deficiências de infraestrutura e logística de apoio ao setor produtivo e também à carga tributária vigente no país.

Neste cenário, a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) acaba de criar o Programa Escola Móvel Sesi/Senai. O que nos move é a crença de que tão importante quanto formar profissionais de nível superior em todas as áreas, com mestrado e doutorado, é resgatar a antiga e tão bem-sucedida prática de ensinar aos jovens brasileiros a arte do ofício, que, historicamente, sempre foi a melhor porta de entrada para o mercado de trabalho. Bons aqueles em que pais, tios e vizinhos pegavam pelas mãos os jovens em idade de trabalhar e os iniciavam em suas profissões – pedreiro, bombeiro, carpinteiro, marceneiro, serralheiro, eletricista, costureira, bordadeira, quituteira e tantas outras profissões, das quais muitas “morreram”, por desuso ou pelo avanço da tecnologia, como se pode ver no Museu de Artes e Ofícios, na Praça da Estação, em Belo Horizonte. Muitos, depois, se formavam em cursos superiores, outros se desenvolviam na própria profissão.

Não é nenhum saudosismo, registre-se. Do ponto de vista do cidadão, o que o Projeto Escola Móvel Sesi/Senai se propõe a fazer é exatamente formar mão de obra profissional básica para a inclusão imediata dos alunos no mercado de trabalho, desenvolvendo habilidades que lhes possibilitem gerar renda. Do ponto de vista do estado e de sua economia, o objetivo é contribuir para reduzir a carência de mão de obra qualificada, aumentando o desenvolvimento social no entorno das indústrias. Também se pretende passar aos alunos conhecimentos importantes, como incentivo ao hábito da leitura, a melhoria da saúde mediante o ensinamento de técnicas de higiene e cuidados corporais, e estimular um estilo de vida mais saudável, por meio da prática sistemática de esportes.

O mais importante é que, por suas características de mobilidade, o projeto atenderá jovens e adultos em localidades absolutamente carentes no que se refere a oportunidades de educação profissional, constituindo-se em ferramenta eficaz de transformação e inclusão social. Da mesma forma, a amplitude dos cursos oferecidos assegura o atendimento das mais variadas vocações, nas áreas da indústria da panificação, elétrica, mecânica, mecânica diesel, vestuário, alimentos, informática, refrigeração, soldagem, construção, hidropneumática, instrumentação e controle e caldeiraria. Nossa ideia é que estes cursos possibilitem aos alunos da Escola Móvel Sesi/Senai condições de continuar o aprendizado em centros regionais maiores. Assim, vamos trabalhar para identificar, por meio de profissionais treinados, os alunos com maior preparo e levá-los para a cidade-polo mais próxima e matriculá-los em uma escola do Senai. E é preciso agir rápido. Em 2010, só para atuar no Rio de Janeiro, entraram no país 22 mil trabalhadores, especializados em profissões que antigamente eram aprendidas em casa.”

Eis, pois, mais páginas de SIGNIFICATIVO conteúdo PEDAGÓGICO acenando para a que se pontifica como PRIORIDADE ABSOLUTA – a EDUCAÇÃO, em toda sua ABRANGÊNCIA – e o desafio é GIGANTESCO e INDESVIÁVEL... Mas que ainda mais nos MOTIVA e nos FORTALECE nesta grande CRUZADA NACIONAL pela CIDADANIA E QUALIDADE, visando à construção de uma NAÇÃO verdadeiramente JUSTA, ÉTICA, EDUCADA, QUALIFICADA, LIVRE, DESENVOLVIDA e SOLIDÁRIA, que possa PARTILHAR suas EXTRAORDINÁRIAS RIQUEZAS e POTENCIALIDADES com TODOS os BRASILEIROS e com TODAS as BRASILEIRAS, especialmente no horizonte de INVESTIMENTOS BILIONÁRIOS previstos para eventos como a CONFERÊNCIA RIO + 20 em 2012, a COPA DAS CONFEDERAÇÕES de 2103, a COPA DO MUNDO DE 2014, a OLIMPÍADA DE 2016, as obras do PAC e os projetos do PRÉ-SAL, segundo as exigências do SÉCULO XXI, da era da GLOBALIZAÇÃO, da INFORMAÇÃO, do CONHECIMENTO, das NOVAS TECNOLOGIAS, da SUSTENTABILIDADE e de um NOVO mundo, da PAZ e FRATERNIDADE UNIVERSAL...

Este é o nosso SONHO, o nosso AMOR, a nossa LUTA, a nossa FÉ e a nossa ESPERANÇA!...

O BRASIL TEM JEITO!...

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