“A
evolução principal é a do amor; sem ela, a religião capenga
A evolução (do latim
“evolutione”) é uma das leis mais importantes da natureza. E é uma das grandes
constatações como um grande realidade que salta aos nossos olhos. Ela é até uma
lei divina, pois, se é uma lei da natureza, é uma lei natural, e se é uma lei
natural, ela tem no fundo Deus como seu criador e sustentador. Ela é também de
certo modo tal qual a lei de Lavoisier: “Nada se cria, nada se perde, tudo se
transforma”.
Há
muitos estudiosos da evolução que são contrários a ela, dizendo que ela é
materialista, pois seria contrária à doutrina bíblica do criacionismo, que
sustenta que o mundo foi criado por Deus. Mas isso não é verdade, já que, como
dissemos, ela é até divina. Portanto, nós podemos ser criacionistas e, ao mesmo
tempo, seguidores do evolucionismo, aceitando normalmente que o mundo foi
criado por Deus e que evolui. É que Ele não criou as coisas já totalmente prontas,
mas em estado potencial, isto é, como o germe da transformação, transformação
para melhor, o que é a própria evolução. Por exemplo, quando Deus criou o
homem, foi com o germe de, um dia, o homem ser capaz de fazer as proezas
científicas ou tecnológicas avançadas de hoje, no século XXI. Daí a capacidade
fantástica que o homem tem atualmente nas áreas da informática, das
astronáutica, da medicina etc. O homem chegou a esse nível assombroso de
progresso, exatamente, pelo germe da inteligência evolutiva com o qual foi
criado e pelo qual vem evoluindo e criando essas proezas
científico-tecnológicas ao longo dos séculos.
Essa
evolução material acontece paralelamente ao progresso espiritual e moral do
homem, ou mais precisamente, do seu Eu maior ou personalidade geral, chamada
também de personalidade congênita, isto é, do que espírito que ele é e
habitando, inúmeras vezes, um corpo carnal aqui, no nosso mundo físico,
justamente para aperfeiçoar-se, buscando o progresso espiritual e material.
Aliás, o ser que mais evolui é justamente o espírito com seu intelecto. É só
olharmos para o homem das cavernas e o de hoje, para que constatemos a grande
evolução ou o grande progresso intelectual que esse homem de hoje conseguiu em
relação ao homem daquele longínquo passado. E, se não houvesse a reencarnação
para aqueles espíritos que mais pareciam bichos do que gente, é como se Deus os
discriminasse, dando tanto conforto para os homens de hoje e nenhum conforto
para aqueles homens primitivos!
O
progresso espiritual (moral) deveria ser equivalente ao material, mas,
geralmente, o material vai mais rápido. Isso porque, primeiramente, temos que
ter conhecimento da verdade, para depois optarmos entre ela e o erro. Por isso,
o excelso Mestre disse: “Conhecereis a verdade, e ela vos libertará”. Porém
existem pessoas, moralmente, muito atrasadas, isso porque são espíritos humanos
mais novos.
A
principal evolução é a do espírito, seja no campo espiritual e moral, seja na
área material ou tecnológico-científica. E quando se fala em progresso moral e
espiritual, trata-se da evolução ou crescimento da prática do amor cristão, que
é o efeito da verdadeira e da mais importante evolução do espírito.
E as
religiões capengam quando não buscam colocar em primeiro plano o progresso da
prática da doutrina cristã, ou seja, do amor a Deus sobre todas as coisas e ao
próximo como a si mesmo, doutrina que, embora com outros nomes, está presenta
em todas as crenças!”.
(JOSÉ REIS
CHAVES. Teósofo e biblista, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 19 de
janeiro de 2015, caderno O.PINIÃO, página
16).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 20 de janeiro
de 2015, caderno OPINIÃO, página 7,
de autoria de CHRISTINA FABEL, Diretora
Pedagógica do Colégio ICJ, e que merece igualmente integral transcrição:
“Individualidade
emocional
As palavras de ordem da
nova geração parecem ser “inteligência emocional”. Fala-se muito sobre a
necessidade de controle e equilíbrio das emoções em situações como vestibulares
e no mercado de trabalho. O novo imperativo do século sempre existiu, porém, só
começou a ser levado em conta pelos profissionais de psicologia e educação
nesta década. Entender como cada estudante reage a situações rotineiras é o
primeiro passa para preparar as crianças e adolescentes para atuarem de forma
ponderada em qualquer ambiente.
A
inteligência emocional não é um dom para poucos. Ao contrário do que se
acredita, é possível desenvolver habilidades e competências emocionais ao longo
da vida. Nenhum ser humano é imutável e preserva em si as mesmas
características durante toda a existência. O que nos faz grandiosos é a
habilidade de nos adaptarmos a novas realidades à medida que elas ocorrem. Por
isso, o primeiro passo é o autoconhecimento. A capacidade de identificar os
talentos natos, pontos fortes e fracos, é essencial para quem deseja crescer e
se desenvolver.
As
habilidades emocionais acompanham o ser humano desde a gestação. Muitos
especialistas pesquisam como as situações vividas pela mãe, durante a gravidez,
são capazes de moldar a forma como a criança se portará depois do nascimento.
Por isso, é importante que esse período gestacional seja rico em experiências e
vivências positivas para a mãe e o bebê. A estrutura familiar é um fator
preponderante desde a fecundação.
Depois
do nascimento, a criança passará algum no seio familiar e logo será matriculada
em uma escola infantil. Nesse momento, a sua rede de relacionamentos se expande
e, com isso, aumentam as chances de o indivíduo ser contrariado ou exposto a
situações que podem se contrapor às suas vontades. Dividir um brinquedo ou a
atenção da professora com os colegas nem sempre é fácil para crianças criadas
em ambientes cujo único foco eram elas. Por isso, os desafios emocionais são
colocados em xeque.
Depois
de muitos anos, a pedagogia começa a entender que é preciso diferenciar o
desempenho de alunos pela forma como reagem a esse tipo de situação rotineira.
Antigamente, os estudiosos acreditavam que um bom aluno era aquele que tinha um
bom resultado em todas as matérias e excelente desempenho em exames e
vestibulares. Hoje, já se sabe que um estudante bom é aquele que utiliza a
inteligência emocional para extrair do conhecimento o que ele pode lhe dar de
melhor. Esse aluno nem sempre tem a melhor nota em todas as disciplinas, mas é
excelente em algumas, e usa sua capacidade emocional para lidar com as que tem
dificuldade, garantindo um desempenho satisfatório.
As
novas metodologias de ensino, baseadas na neurociência, aproveitam as situações
reais e os jogos para desenvolver esse tipo de habilidade desde a infância. É
importante dizer que nenhum tipo de curso, ou atividade de curta duração, é
capaz de tornar uma pessoa autossuficiente e equilibrada. A inteligência
emocional é desenvolvida por meio de situações e não de práticas. Vivenciar é a
melhor forma de desenvolver-se.
O
maior mérito dessa nova geração que chega ao mercado de trabalho é desenvolver
a profissão escolhida com excelência, partindo os princípios da autossegurança
e do equilíbrio entre razão e emoção. O caminho para alcançar essa estado de
espírito é a criatividade e a vivência social baseadas no autoconhecimento.
Quem não gostaria de trabalhar com o que gosta com leveza? Finalmente, as
escolas parecem ter encontrado o caminho para a formação profissional
fundamentada na individualidade e não somente nos cálculos estatísticos.”
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes,
incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise
de liderança de nossa história – que é de ética,
de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas
educacionais, governamentais, jurídicas,
políticas – a propósito, fala do
procurador-geral da República, Rodrigo Janot: “De nada adianta os órgãos
trabalharem na apuração de casos de corrupção se o sistema político baseia-se
em procedimentos corruptores e lesivos ao interesse público...” –, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres,
civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de
questões deveras cruciais como:
a) a
educação – universal e de qualidade –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas;
b) o
combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero; II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade –
“dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se
espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos
e comprometimentos de vária ordem; III – o desperdício,
em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e
danos, indubitavelmente irreparáveis;
c) a
dívida pública brasileira, com
projeção para 2015, segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de
exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,356 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e
refinanciamentos (apenas com esta rubrica, previsão de R$ 868 bilhões), a exigir imediata, abrangente, qualificada e
eficaz auditoria...
Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais contundente ainda, afeta
a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que,
de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e
nem arrefecem o nosso entusiasmo e
otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação
verdadeiramente participativa, justa,
ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos e que contemplam eventos como a Olimpíada de 2016; as
obras do PAC e os projetos do Pré-Sal, à luz das exigências do século 21, da
era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do
conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um
possível e novo mundo da justiça, da
liberdade, da paz, da igualdade – e com
equidade –, e da fraternidade
universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a
nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!
O
BRASIL TEM JEITO!
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