"A cura como expressão de uma realidade interna
A vida, a cura e a
purificação, que em outros tempos eram simbolizadas pelo elemento água, devem
ser hoje reencontradas nas correntes de energia sutis, espirituais.
A água
pode abrigar em si a essência dessas energias, mas é bom saber que na realidade
não é ela que vivifica, cura ou purifica. É a abertura e as aspiração do
indivíduo que, ao fazê-lo contar as energias que permeiam o elemento água,
permitem que elas se fundam nas do seu próprio ser, elevando-o.
As
energias que são atraídas por um instrumento de cura, seja esse instrumento a água ou qualquer outro,
abrangem uma faixa bem ampla de vibrações, da qual cada um irá absorver o que
lhe corresponde. Essa filtragem é feita pela consciência interna da pessoa, que
permite penetrar em sua aura somente o impulso que lhe for adequado.
A água
é símbolo universal da vida no qual estão implícitas, entre outras, as
qualidades de pureza, transparência e abundância.
É quando
um indivíduo se desliga dos limites formais, quando vai mergulhando na sua
própria essência, que ele passa conhecer a Vida em cura, como uma realização
suprema. Só então o conceito de cura, que normalmente se encontra na mente, vai
sendo substituído pelo conhecimento de que a cura é a possibilidade de
expressão de uma realidade interna, de um padrão de perfeição que temos dentro
de nós. Sendo esse padrão saudável retirado dos níveis de escuridão e
densidade, tendo a pessoa abdicado de lidar com as energias desses baixos
níveis, ela passa a viver o cumprimento de uma Lei Maior, divina, e deixa de
buscar realizações materiais. A pessoa pode ser então erguida do poço das
dores, dos sofrimentos e das doenças para o trabalho com as energias da cura. A
cura passa a ser vista como um ajuste daquilo que não exprime o padrão divino,
como um processo que aproxima a criatura do arquétipo que lhe corresponde.
Momento
a momento, do Cosmos chegam à Terra energias curativas. O homem deve contribuir
para realizar a sua cura, onde quer que ele viva. Se puder tornar-se o que
interiormente é em seu íntimo, irradiará essas energias, pois todo ser,
consciência ou partícula vivente que realiza em si o que é destinado, torna-se
curador.
O
curador exprime em si a perfeição da vida. Sendo a energia de cura o que leva a
vida à perfeição, como poderia ela ser veiculada por alguém que não a tem
realizada em si mesmo?
No que
se refere à cura nos níveis físicos, há uma chave para o reconhecimento da
importância da ordem e da perfeita manutenção dos ambientes externos que
espelhem a harmonia. Seguramente as pessoas que hoje buscam a cura interior já
devem ter percebido esse fato.
Compreendendo
o sentido da Criação, o homem poderá ter as chaves para harmonizar a si mesmo e
tudo o que o circunda. Há muito foi dito que o macrocosmos reflete-se no
microcosmos. Assim, o corpo dos Cosmos reflete-se no corpo planetário e no
corpo humano. Mas, para exprimir a harmonia de esferas cósmicas, o homem deve
ter sua consciência na busca dos planos em que a vida cósmica se encontra.
Isso
tudo é uma questão de abertura para o contato com o mundo interior, a alma, que
pode levar ao despertar da consciência. E quando o processo de despertar
interno tem início em um indivíduo, é necessário que ele siga as indicações que
passa a receber desse mundo interior; caso contrário, ele não absorverá
devidamente os ensinamentos que cada etapa do caminho lhe traz.
(TRIGUEIRINHO.
Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 17 de maio de 2015, caderno O.PINIÃO, página 18).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 25 de maio
de 2015, caderno OPINIÃO, página 7,
de autoria de CARLOS ALBERTO DI FRANCO, jornalista,
e que merece igualmente integral transcrição:
“Âncora
da democracia
Não há um único assunto
relevante que não tenha nascido numa pauta do jornalismo de qualidade. Os temas
das nossas conversas são, frequentemente, determinados pelo noticiário e pela
opinião dos jornais. A imprensa é, de fato, o oxigênio da sociedade. As redes
sociais reverberam, multiplicam, agitam. Mas o pontapé é sempre das empresas de
conteúdo independentes. Sem elas, a democracia não funciona. O jornalismo não é
“anti nada”. Mas também não é neutro. É um espaço de contraponto. Seu
compromisso não está vinculado aos ventos passageiros da política e dos
partidarismos. Sua agenda é, ou deveria ser, determinada por valores perenes:
liberdade, dignidade humana, respeito às minorias, promoção da
livre-iniciativa, abertura ao contraditório. Por isso, os jornais são
fustigados pelos que desenham projetos autoritários de poder. O jornalismo
sustenta a democracia não com engajamentos espúrios, mas com a força
informativa da reportagem e com o farol de uma opinião firme, mas equilibrada e
magnânima. A reportagem é, sem dúvida, o coração da mídia.
As
redes sociais e o jornalismo cidadão têm contribuído de forma singular para o
processo comunicativo e propiciado novas formas de participação, de construção
da esfera pública, de mobilização do cidadão. Suscitam debates, geram
polêmicas, algumas com forte radicalização, exercem pressão. Mas as notícias
que realmente importam, isto é, que são capazes de alterar os rumos de um país,
são fruto não de boatos ou meias-verdades disseminadas de forma irresponsável
ou ingênua, e sim de um trabalho investigativo feito dentro de rígidos padrões
de qualidade, algo que está na essência dos bons jornais. A confiança da população
na qualidade ética dos seus jornais tem sido um inestimável apoio para o
desenvolvimento de um verdadeiro jornalismo de buldogues. O combate à corrupção
e o enquadramento de históricos caciques da política nacional, alguns sofrendo
o ostracismo do poder e outros no ocaso do seu exercício, só são possíveis
graças à força do binômio que sustenta a democracia: imprensa livre e opinião
pública informada. Poucas coisas podem ter o mesmo impacto que o jornal tem
sobre os funcionários públicos corruptos, sobre os políticos que se ligam ao
crime, que abusam do seu poder, que traem os valores e os princípios
democráticos. Os jornais, de fato, determinam a agenda pública e fortalecem a
democracia. Políticos e governantes com desvios de conduta odeiam os jornais.
Mas eles são, de longe, os grandes parceiros da sociedade, a âncora da
democracia.
Navega-se
freneticamente no espaço virtual. Uma enxurrada de estímulos dispersa a
inteligência. Fica-se refém da superficialidade e do vazio. Perde-se contexto e
sensibilidade crítica. A fragmentação dos conteúdos pode transmitir certa
sensação de liberdade. Não dependemos, aparentemente, de ninguém. Somos os
editores do nosso diário personalizado. Será? Não creio, sinceramente. Penso
que há uma crescente demanda de jornalismo puro, de conteúdos editados com
rigor, critério e qualidade técnica e ética. Há uma nostalgia de reportagem. É
preciso recuperar, num contexto muito mais transparente e interativo, as
competências e o fascínio do jornalismo de sempre.
Jornalismo
sem brilho e sem alma é uma doença que pode contaminar redações. O leitor não
sente o pulsar da vida. As reportagens não têm cheiro do asfalto. As empresas
precisam repensar os seus modelos e investir poderosamente no coração. É
preciso dar novo vigor à reportagem e ao conteúdo bem editado, sério, preciso,
ético. É preciso contar boas histórias. É preciso ir além do factual,
contextualizar, aprofundar. A fortaleza do jornal não é dar notícia, é se
adiantar e investir em análise, interpretação e se valer de sua credibilidade.
Não é verdade que o público não goste de ler. Não lê o que não lhe interessa, o
que não tem substância. Um bom texto, para um público que adquire a imprensa de
qualidade, sempre vai ter interessados.”
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes,
incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise
de liderança de nossa história – que é de ética,
de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas
educacionais, governamentais, jurídicas,
políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de
modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais
livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente
desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de
questões deveras cruciais como:
a) a
educação – universal e de qualidade –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da
participação, da sustentabilidade...);
b) o
combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo levantamento da Associação
Nacional dos Executivos de Finanças – Anefac –, a alta de abril dos juros do cartão de crédito chegou a 295,48% ao ano...); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade –
“dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se
espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos
e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a simples divulgação do balanço
auditado da Petrobras, que, em síntese, apresenta no exercício de 2014 perdas
pela corrupção de R$ 6,2 bilhões e prejuízos de R$ 21,6 bilhões, não pode de
forma alguma significar página virada
– eis que são valores simbólicos –, pois em nossos 515 anos já se formou um
verdadeiro oceano de desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso
patrimônio...); III – o desperdício, em
todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos,
indubitavelmente irreparáveis (haja vista as muitas faces mostrando a gravidade
das crônicas paralisações de obras e serviços públicos, gerando perdas
bilionárias...);
c) a
dívida pública brasileira, com
projeção para 2015, segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de
exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,356 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e
refinanciamentos (apenas com esta rubrica, previsão de R$ 868 bilhões), a exigir imediata, abrangente, qualificada e
eficaz auditoria...
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência,
eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com
menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que,
de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e
nem arrefecem o nosso entusiasmo e
otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação
verdadeiramente participativa, justa,
ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos e que contemplam eventos como a Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os
projetos do Pré-Sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização,
da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da
inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo
mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com
equidade –, e da fraternidade
universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a
nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!
O
BRASIL TEM JEITO!...
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