“A
aprendizagem é contínua para
quem vê a sabedoria do universo
Perguntamos certa vez a
um Instrutor o que entendia por “estar aberto aos mundos sutis, espirituais e
aos processos de ajuda ao homem da Terra”. Respondeu-nos que basta querer
desenvolver a vibração espiritual em si próprio e permitir que se desenvolva
nos demais. Segundo ele, os homens terão cada vez mais inquietudes e precisarão
de auxílio.
Quando
um homem é espiritualmente “aliviado” pela irradiação das energias, o alívio no
plano físico vem como acréscimo. Mas para isso ele precisa aspirar, querer e
desejar tornar-se consciente dos níveis superiores da própria vida.
Compreender
as energias superiores, divinas, não é algo que se adquira nas escolas, sendo
que o homem desperta para o mundo interior quando não tem fanatismo. O
fanatismo não contém grandeza, porque impede o conhecimento de que a escalada
não tem fim. Faz com que o homem estacione em certo ponto e que se fixe ali
devido a forças de inércia mascaradas de amor e de grandeza de sentimentos.
Perguntamos
a esse Instrutor como se pode ajudar o semelhante a entrar em sintonia com as
realidades superiores, e ele nos deu a entender que a Verdade vai sendo
encontrada de modo natural, e não pela força de disciplinas. Exercícios
artificiais com os quais não se tem afinidade de nada servem. É preciso não ter
ambição, nem mesmo de crescimento espiritual. Assim, começa a haver expansão
das energias do interior do homem, e isso o leva a entrar em nova dimensão,
fora do tempo e do espaço conhecidos.
Os
contatos do homem terrestre com a vida superior baseiam-se em princípios bem
simples, e a mente deve aguardá-los serenamente. A psique deve adaptar-se às
realidades imateriais, sem se fixar em práticas de controle nem em rigidez de
conduta. É do trabalho de paciência e amor, feito como se o tempo não estivesse
passando, que surge a atenção perfeita a todos os fatos da existência.
Trata-se, em outras palavras, de não resistir à vida em si.
Pode-se
reconhecer os que entraram nessa corrente ao observar se sabem controlar as
próprias forças e se conhecem a Lei da economia, que os impede de não
dispersá-las com atividades inúteis. Os homens devem reunir as próprias energias
e reconhecer que não há outro caminho senão esse. Sabendo que a vida eterna é
uma pequena etapa da existência infinita, não devem temer olhar para a luz que
se encontra sempre além do ponto em que estão. Que aceitem, sem orgulho, a Mão
que os guia.
Apenas
com o tempo e à medida que vamos purificando e simplificando atos, sentimentos
e pensamentos é que vamos tendo o direito de saber certos detalhes a respeito
do Plano de Deus e de nosso papel dentro Dele. Antes de o homem ser provado e
examinado, ele mesmo não se conhece bem.
Aquele
que adere à lei do serviço pode fazer qualquer trabalho, pois por meio do que
quer que seja será capaz de gerar energia sintonizada com o ritmo da vida
cósmica. Seus nervos são restaurados e mantidos saudáveis não mediante
disciplinas, mas pela dedicação ao serviço. O Plano Divino não prevê para o
futuro deste planeta a existência de trabalhos forçados, dor, enfermidades,
ódios, fronteiras e bandeiras. Tudo isso ainda está presente apenas como
consequência do estado primário da maioria dos homens que hoje habitam a
superfície da Terra.
A
aprendizagem é contínua para todo aquele que se abre às obras divinas.”.
(TRIGUEIRINHO.
Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 13 de março de 2016, caderno O.PINIÃO, página 18).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 7 de março
de 2016, caderno OPINIÃO, página 7,
de autoria de CYNTHIA FREITAS DE
OLIVEIRA ENOQUE, diretora do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas do
UniBH, e que merece igualmente integral transcrição:
“Educação:
contemporânea?
Há algo de novo no ar.
Basta prestarmos atenção às demandas sociais, no mercado de trabalho, nas
pessoas, nas ferramentas que utilizamos, na forma como pensamos e enxergamos a
realidade, nos atuais problemas que nos desafiam. O mercado de trabalho, que
antes valorizava o especialista, agora demanda o profissional, ao mesmo tempo,
generalista e especialista, capaz de resolver variados problemas, de sua área
ou de afins, que ainda não existem.
A
sociedade, heterogênea e plural, compartilha de múltiplas crenças, demandas,
configurações e anseios de que a massificação não dá conta. As tecnologias
digitais, que se popularizaram depois da década de 1990, permitem uma nova
lógica de comunicação, em que aqueles que antes somente recebiam a informação
via TV, rádio, jornais e livros agora podem produzir informação, solitária ou
cooperativamente, pelos computadores, smartphones e tablets, que se comunicam
via rede.
Essas,
entre outras mudanças, impõem novas formas de lidar com o outro, educar, de
torná-lo sujeito. O homem social, desumanizado pela padronização industrial, aparece
pela primeira vez como um indivíduo que, na pluralidade referencial da
contemporaneidade, constitui-se autônomo, alguém que não quer tão somente
receber informações, mas deseja produzi-las também, conjuntamente com outros
sujeitos.
Nesse
contexto, duas perguntas se fazem necessárias: estaria a escola preparada para
isso? Estaria a escola se preparando para isso? Hoje percebemos um sistema de
ensino que, com raras exceções, ainda se volta para a fragmentação de saberes,
segmentados em currículos estanques, que não permitem o diálogo entre áreas do
conhecimento. A formação e o discurso se pautam na linearidade que o processo
fabril exige. No entanto, fora dos muros da escola, todas as coisas estão
misturadas, são complexas, são orgânicas, estão vivas e em mutação, e produzem
desafios para os quais o aprendizado fragmentado e estritamente linear não dá
conta.
A
forma de lidar com o estudante ainda se pauta no sistema de massificação, em
que uma única fonte de conhecimento, o professor, “ilumina” (a palavra aluno
significa sem luz) uma classe aparentemente homogênea e passiva. É como se o
estudante, que usa o computador durante o resto do dia, produzindo informações,
assistisse a um “professor-TV” em sala de aula. A formação ainda se pauta na
produção de especialistas que acumulam informações, como se não houvesse
ferramentas poderosas, capazes de acumular dados e operar repetitivamente.
Em
termos discursivos, as relações sociais da atualidade demandam urgentemente
novos “hábitos comunicacionais”. A lógica fabril precisa ser superada. Por
analogia, não há mais espaço para a distribuição, em massa, de “verdades pré-fabricadas”
para um público de gostos e crenças padronizados. Da mesma forma, não haveria
mais a predisposição, por parte do espectador, para a mera recepção de
conteúdos veiculados pelos meios de comunicação de massa.
Percebemos
que os principais instrumentos que norteiam as práticas escolares já estão se
adequando a essa realidade. As diretrizes curriculares nacionais (DCNs), em
todos os níveis, já pontuam a necessidade de novas concepções de currículo, no
desenvolvimento de habilidades e competências, no protagonismo do estudante, no
professor como mediador do processo de aprendizagem, em uma escola mais
conectada com o mundo. No entanto, ainda padecemos de um problema: o paradigma
educacional em vigor. Ainda que os documentos que normatizam a prática escolar,
as ferramentas, o contexto, o mundo do trabalho tenham modificado, as crenças
tradicionais sobre o que significa ensinar e aprender permanecem.
Noutros
termos, não é somente a adoção de tecnologia de ponta que trará a escola para o
século 21. Não é somente a mudança de currículos ou o fomento de habilidades e
competências, por meio do uso de metodologias ativas, que fará a diferença.
Noutros termos, podemos ter uma educação do século 21 com tecnologias do século
passado. Mas não o contrário.
Sendo
assim, a verdadeira revolução não está no uso do computador, dos ambientes
virtuais de aprendizagem, da interdisciplinaridade, do desenvolvimento de “soft skills” (habilidades e
competências para além das técnicas). Está na compreensão do que significa
isso. Está na mudança de comportamento.
A
escola tem todo o ferramental normativo, tecnológico e cognitivo para se
contemporaneizar. No entanto, o professor-TV ainda continua concorrendo com os
computadores dos laboratórios de informática. Os currículos interdisciplinares
permanecem, na prática, disciplinares. As habilidades técnicas são
supervalorizadas, a memorização é confundida com compreensão, a lógica de
comunicação nas salas de aula se resume ao professor como fonte de conhecimento
e ao estudante passivo. Para uma educação genuinamente contemporânea, falta
mudar a concepção do que é educar e do que é aprender na atualidade.”
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a)
a educação
– universal e de qualidade –, desde a educação
infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas)
– e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos
de idade na primeira série do ensino
fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização,
mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade
absoluta de nossas políticas públicas (enfim, 125 anos depois, a República
proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução
educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do
país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da
justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da
sustentabilidade...);
b)
o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são: I – a inflação,
a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se
em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco
Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a ainda
estratosférica marca de 419,60% para um período de doze meses; e mais, também
em fevereiro, o IPCA acumulado nos doze meses chegou a 10,36%...); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa
promiscuidade – “dinheiro público versus interesses privados”
–, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando
incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a
lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato,
Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso
específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e
que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão
sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 515
anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a
corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar
inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo,
segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a
“... Desconfiança das empresas e das famílias é
grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase
nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses
recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à
ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de
infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de
planejamento...”;
c)
a dívida
pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e
municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do
Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros,
encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão
de R$ 1,044 trilhão), a exigir
alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente e eficaz auditoria...
(ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);
Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta
de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já
combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de
poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições,
negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à
pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas
e sempre crescentes necessidades de ampliação
e modernização de setores como: a gestão
pública; a infraestrutura (rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada,
esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística
reversa); meio ambiente; habitação;
mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda;
agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência
social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança
pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e
desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer;
turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e
operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade
– “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade,
competitividade); entre outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela cidadania e
qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que
possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e
potencialidades com todas as
brasileiras e com todos os
brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários
previstos e que contemplam eventos como a
Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do Pré-Sal, à luz das
exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das
organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
-
Estamos nos descobrindo através da Cidadania e Qualidade...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por
uma Nova Política Brasileira...
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