quarta-feira, 30 de março de 2016

A CIDADANIA, A UNIVERSALIDADE DA ENERGIA CRÍSTICA E A LUZ NA ECOLOGIA HUMANA E INTEGRAL

“A época do despertar do Cristo 
interno na humanidade
        Quando no ser humano foram despertadas as potencialidades mentais, uma dádiva rara estava-lhe sendo concedida: por intermédio delas ela poderia conectar-se com realidades internas e espirituais e relacionar-se com a vida material, segundo a compreensão de leis superiores, divinas, que então atuariam em auxílio ao desenvolvimento da humanidade em geral. Porém, essa dádiva encerrava uma prova: ela somente revelaria seu valor se o homem a utilizasse em favor da harmonia universal.
         A suprema Consciência, Deus, sempre enviou seus Mensageiros à humanidade, a fim de transmitir-lhe as verdades eternas e os preceitos que a conduziriam pelos caminhos da retidão, luz e paz. O ápice de uma importante fase desse processo, que ocorreu por ocasião da vinda do próprio Cristo aos níveis materiais, consuma-se no atual momento planetário e no que é chamado “o Reaparecimento do Cristo”, que diz respeito ao retorno da Energia Crística entre os homens, há muito profetizado. Esse despertar do Cristo interno já é uma realidade para muitos de nós.
         Em Jesus, a Energia Crística esteve presente em meio à humanidade, expressando-se da maneira mais plena que então era possível, por intermédio de um ser encarnado no nível físico da superfície da Terra; a maioria dos homens, porém, não quis acolhê-la.
         Na época atual, processo semelhante ocorre, e, de toda a humanidade da superfície, apenas 10% responde positivamente ao Chamado Crístico que, ecoando desde milênios, nesta etapa do planeta reapresenta-se de modo peculiar.
         Os que respondem são os discípulos da Luz, aqueles que reconhecem a Luz do Amor e da Sabedoria. Sua coligação com essa Luz independe de crenças, dogmas ou religiões organizadas. Está embasada na unificação do ser à Essência Crística, que é cósmica.
         Os caminhos para o Espírito sempre estiveram abertos a todos, mas a maioria preferiu as falsas promessas da vida material e, assim, negou o propósito de sua existência.
         O despertar da consciência é estimulado pela Energia Divina, Espiritual, que utiliza os mais adequados recursos disponíveis para auxiliar cada ser; também o Espírito usa os meios de maior penetração para alcançar o consciente do homem. Muitas vezes, porém, as aspirações da vida interior de um indivíduo não encontram abertura para se manifestar na existência da vida material. Como foi dito: “o Espírito na verdade está pronto, mas a carne é fraca”. (Mateus 26,41).
         Por terem optado pelo prazer dos sentidos e pelo poder terreno, os seres humanos foram influenciados por energias dissuasivas e, ofuscados assim pelas trevas, perderam a consciência de suas próprias ações. Iludidos, entregaram a vida planetária à destruição, contudo como disse Cristo: “O Filho do homem vai certamente, como está escrito Dele, mas aí daquele homem por quem será entregue o Filho do homem! Melhor fora se não tivesse nascido”. (Mateus 26,24).
         A Energia Crística não se oculta aos olhos de ninguém, está presente nos menores fatos da vida das pessoas, indicando-lhes o caminho à Unidade, procurando dissolver a separatividade e a disputa, fato bem pouco compreendido.
         A vida do Espírito é o portal dessa existência e, por caminhos traçados pelo Amor infinito, a ela é conduzido o indivíduo; porém, só aquele que continuamente renuncia à violência própria do ego consegue cruzar esse portal.”.

(TRIGUEIRINHO. Escritor, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição 20 de março de 2016, caderno O.PINIÃO, página 18).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 25 de março de 2016, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Rasgou-se o véu
        ‘Rasgou-se o véu do templo de alto a baixo, em duas partes!’ O evangelista Marcos registra assim a morte de Cristo, o Salvador, com força simbólica, no contexto da narração da Paixão de Jesus. Independentemente das diferenças e possíveis interpretações alusivas às rupturas com aristocracias políticas e religiosas, relativização de celebrações, tradições e cultos, firma-se o marco entre o antes e o depois. A história irremediavelmente passa a ser interpretada, entendida e contada de modo novo e diferente. Uma pessoa torna-se divisor de água para o mundo. Emoldura o horizonte da humanidade com o singular jeito de ser do Messias, Profeta e Salvador. Rasga-se o véu do templo pela força do forte grito de Jesus que entrega o seu espírito. Ele morreu! Uma morte vencida pela força do amor misericordioso de Deus.
         A história já não é mais a mesma. Abre-se nova perspectiva, balizada pela justiça e pelo amor, pela força de dinâmicas advindas dos valores do evangelho, que inova e transforma. Por esses valores, o tecido cultural de cada sociedade pode ganhar – como já ganhou e ganha – nova qualidade e força de congregação. Mudanças que permitem reconhecer e respeitar a dignidade de toda pessoa. O cristianismo é incontestavelmente uma via qualificada por balizar-se no diálogo, na força de transformação das diferenças em riquezas e pela sagrada consideração da sacralidade de cada indivíduo. Exige, por isso mesmo, uma ambientação sociopolítica que jamais sacrifique ou funcione na contramão dessa dignidade maior. A fé cristã tem força que aponta permanentemente para um compromisso político e cidadão: privilegiar dinâmicas que façam da convivência social uma modelagem baseada nos parâmetros da paz e da justiça. Não há espaço para feições autoritárias, absolutistas, mecanicistas e de fácil manipulação, que ameaçam o bem comum.
         A morte de Cristo é redentora e não, obviamente, um fracasso. É mergulho que resgata o ser humano para reabilitá-lo com força sustentadora e de plenitude. Neste dia, Sexta-feira Santa, os cristãos celebram a morte que fecunda a esperança, reestrutura compreensões e possibilita um entendimento que rompe as jaulas dos partidarismos, das miopias políticas e das estreitezas mesquinhas. A morte de Jesus é um horizonte novo, abertura para o desabrochar da vida. Uma conquista vitoriosa, que faz da morte uma porta de passagem para a plenitude. Oferece sentido ao viver em meio às circunstâncias desafiadoras da existência humana, inclusive as que se relacionam ao contexto social e político.
         O poder político que provocou a morte de Jesus, redentora pela vontade de Deus, projetou os acontecimentos que rasgaram, com força simbólica, o véu do templo, “de alto a baixo”. E de alto a baixo está rasgado também o véu da cidadania no Brasil. A política, particularmente a partidária, na sociedade brasileira, fez precipitar um terrível rasgão. Urgente é recompor essa ferida terrível que alentou esquemas de corrupção e obscureceu a nobreza do exercício da política partidária e representativa. Há um longo caminho a ser percorrido para recompor esse véu rasgado. O percurso exige competência política para alcançar a unidade cidadã capaz de dignificar os governantes, que devem ser representantes e servidores do povo.
         Na escuridão que paira está escondida a oportunidade para que se possa viver um recomeço. Assim, é preciso procurar a solução capaz de garantir à política brasileira uma qualidade própria. Para além de radicalizações e desordens, a cidadania brasileira está desafiada a pautar seu caminho à luz de valores que proporcionem o exercício permanente do diálogo, evitando ódios e execrações vingativas. É preciso cultivar a abertura para encontrar saídas e novas respostas. Isso é tarefa de todos. Acima de tudo, pela representatividade e alto grau de responsabilidade dos que integram os três poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário. Cada pessoa está desafiada a contribuir, a partir da lucidez de diálogos, para vencer as artimanhas interesseiras e o caos político. Somente assim a sociedade não se precipitará nos horrores e nos fundamentalismos. Que se consiga, com a participação cidadã, reconquistar a inteireza do véu que se rasgou de alto a baixo; seja preservada a democracia e, acima de tudo, o bem do povo.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a educação – universal e de qualidade –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a ainda estratosférica marca de 419,60% para um período de doze meses; e mais, também em fevereiro, o IPCA acumulado nos doze meses chegou a 10,36%...); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 515 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a   Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do Pré-Sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- Estamos nos descobrindo através da Cidadania e Qualidade...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  


  


Nenhum comentário: