“Descobrindo
a gestão de pessoas
A gestão de pessoas
compreende o conjunto de métodos e habilidades políticas, técnicas específicas
e práticas definidas que têm como objetivo administrar comportamentos internos
para potencializar os recursos humanos de uma empresa, instituição ou de um
grupo de trabalho. Mas o que ela propõe? Potencializar os recursos pessoais e
individuais das pessoas para obter resultados mais produtivos que, além da
produtividade, também está relacionado com satisfação pessoal no trabalho
desenvolvido.
Em
vários setores a gestão de pessoas é aplicada, não somente em empresas e
instituições que apresentam características afins. O objetivo maior é a atuação
na gestão individual, o que caracteriza todo o contexto pessoal e
organizacional.
Existem
alguns métodos eficazes para alcançá-las, que são: definir metas precisas e
pontuais para cada setor; planejar detalhadamente como desenvolver estratégias
para atingir as metas propostas e definidas; manter o foco durante todo o
processo de desenvolvimento, avaliar criteriosamente possíveis problemas que
impeçam o planejamento desejado; estar atento para avaliar os resultados
durante todo o processo de desenvolvimento; e ser flexível para possíveis
fatores externos que possam aparecer e alterar de alguma forma o processo.
Entretanto, nessa condição é importante manter-se focado e determinado para
atingir o resultado final planejado.
Essas
orientações trazem um diferencial para pessoas e empresas a obtenção de bons
resultados, de forma mais rápida e efetiva, com menores custos e maior
satisfação pessoal dos indivíduos envolvidos no processo. O processo de gestão
de empresas e gestão de pessoas pode parecer algo lógico e simples. Poder ser
observado que realmente é um processo lógico, porém nem tão simples de ser
realizado, pois envolve conhecimento interdisciplinar de várias áreas, como
estratégias de relacionamento interpessoal, técnicas de planejamento, administração
financeira e psicologia.
O
primeiro passo é querer a mudança, mudar a si mesmo para que o outro mude. O
segundo é acreditar na mudança, apesar das dificuldades e das consequências
possíveis, e ter um bom senso de questionamento. A partir daí, a gestão
acontece e uma liderança capacitada ajudará nas melhoras individuais e
coletivas de cada um de nós.”.
(WILLIAM
FERRAZ. Master coach especialista em inteligência emocional do Instituto
IDEAH de São Paulo, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 29 de junho de 2016, caderno OPINIÃO, página 7).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 8
de julho de 2016, mesmo caderno, página 9, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo
Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:
“Ano
eleitoral desafia
Situações muito
complexas no ambiente sociopolítico emolduram este ano de eleições – com riscos
de fracassos que poderão afetar ainda mais seriamente as dinâmicas da
sociedade. O quadro de candidaturas não é promissor quando se toma conhecimento
dos cenários que estão se configurando nos municípios todos, dos maiores aos
menores. Quando não se investe em líderes lúcidos, capazes de priorizar o bem
comum e de agir com a velocidade indispensável para solucionar graves
problemas, paga-se alto preço. Por isso, é fundamental que todos os cidadãos se
comprometam com o processo eleitoral, interessando-se pelo assunto, superando o
consequente desânimo que se abate sobre o conjunto da sociedade, em razão das
derrocadas e desarticulações ocorridas, especialmente, nestes últimos anos.
“Virar as costas” para o processo eleitoral é um risco, pois favorece os
“aventureiros”, as escolhas inadequadas. Desconsiderar a importância das
eleições significa menosprezara a força que só o povo tem, de exigir dos
políticos novas posturas.
A
direção correta é a participação clarividente em discussões e reflexões sobre
política. A dedicação a esse tema pode promover uma participação popular mais
adequada, com a adoção de critérios que favoreçam as eleições destituídas de
emocionalismos e, sobretudo, dos interesses partidários e cartoriais que têm
marcado o modo de fazer política no Brasil. Nesse sentido, corrigir as
dinâmicas que definem o universo da política é um modo eficaz de debelar a
corrupção, freando interesses pequenos e grupais que prejudicam o bem comum, o
equilíbrio social e econômico. Por isso mesmo, as igrejas, as escolas, a mídia,
os segmentos culturais e artísticos, associações e grupos organizados da
sociedade civil, de todo tipo, têm o dever de se mobilizar para que o ano eleitoral
não seja marcado pela apatia dos cidadãos.
Vale
lembrar o que ensina o papa Francisco: para o cristão é uma obrigação
envolver-se na política, não se pode lavar as mãos como Pilatos. O santo padre
afirma que “devemos nos envolver na política, pois a política é uma das formas
mais altas da caridade, porque busca o bem comum. E os leigos cristãos devem
trabalhar na política”. Francisco ainda apresenta a seguinte argumentação:
“Você, então, me dirá: ‘mas, não é fácil porque a política está suja’. E, então,
eu pergunto: a política está suja por quê? Não será porque os cristãos se
envolveram na política sem o espírito do evangelho? Faço-lhe outra pergunta: é
fácil dizer que a culpa é de outro, mas o que eu estou fazendo? É um dever
trabalhar para o bem comum, é um dever do cristão”.
Sem o
envolvimento cidadão de todos não será possível alcançar as metas de um país
democrático, economicamente justo, socialmente igualitário, sem corrupção, sem
violências, discriminação e com oportunidades iguais para todos. Por isso, não
se pode abdicar da participação na política. É preciso ir aonde está sujo para
limpar. E a etapa que precede as eleições, as campanhas eleitorais, é de grande
importância para que o voto seja escolha adequada. Para votar bem é
imprescindível conhecer os programas dos partidos, os candidatos e suas
propostas de trabalho. Oportuno lembrar também que o dever cidadão não se
esgota nas eleições, mas abrange outra fundamental fase: o acompanhamento dos
mandatos, tecendo culturas e práticas que possam comprometer os governantes a
estarem sempre a serviço do povo, do bem comum.
Muitas
são as iniciativas que agora precisam entrar em cena para a mobilização
participativa de toda a sociedade, com a promoção de debates, sabatinas,
apresentação e assinatura de cartas-compromisso, relacionadas a causas
relevantes para a comunidade. Ações que abrangem, até mesmo, a elaboração de
projetos de lei fundamentados no bem comum, solicitando o comprometimento de
candidatos para que, de fato, essas iniciativas sejam incorporadas ao sistema
legal. A democracia precisa ser fortalecida e as eleições municipais são uma
“oportunidade de ouro”. Para aproveitá-la, é preciso sair da apatia, promover a
participação, conhecer a vida dos candidatos, avaliar se “dão conta do recado”,
e se têm competência humanística. Trata-se de um desafio, mas ao mesmo tempo,
de grande chance para reverter o quadro calamitoso da política brasileira,
investindo em mudanças que já são tardias.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a)
a educação
– universal e de qualidade –, desde a educação
infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em
pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas
crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –,
até a pós-graduação (especialização,
mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade
absoluta de nossas políticas públicas (enfim, 125 anos depois, a República
proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução
educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do
país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da
justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da
sustentabilidade...);
b)
o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são: I – a inflação,
a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se
em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco
Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em maio a ainda
estratosférica marca de 471,3% para um período de doze meses; e, ainda em maio,
o IPCA acumulado nos doze meses chegou a 9,32%, e a taxa de juros do cheque
especial em históricos 311,3%...); II – a corrupção,
há séculos, na mais perversa promiscuidade
– “dinheiro público versus
interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da
vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária
ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da
Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor,
de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é
cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão sendo
apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já
se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a
corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar
inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo,
segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a
“... Desconfiança das empresas e das famílias é
grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase
nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses
recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à
ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de
infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de
planejamento...”;
c)
a dívida
pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e
municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do
Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros,
encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão
de R$ 1,044 trilhão), a exigir
alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente e eficaz auditoria...
(ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);
Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta
de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já
combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de
poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições,
negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à
pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas
e sempre crescentes necessidades de ampliação
e modernização de setores como: a gestão
pública; a infraestrutura (rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada,
esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística
reversa); meio ambiente; habitação;
mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda;
agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência
social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança
pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e
desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer;
turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e
operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade
– “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade,
competitividade); entre outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela cidadania e
qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que
possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e
potencialidades com todas as
brasileiras e com todos os
brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários
previstos e que contemplam eventos como a
Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do Pré-Sal, à luz das
exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das
organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
- 55
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...
-
Estamos nos descobrindo através da Cidadania e Qualidade...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por
uma Nova Política Brasileira...
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