sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A FORÇA DA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL E O IMPULSO DOS SONHOS E DO APRENDIZADO

“O verdadeiro diferencial
        Há muito tempo se fala em diferencial. Aquele algo a mais que torna uma pessoa realmente melhor do que as outras, que faz com que um seja escolhido para uma vaga de emprego, ou, talvez, a razão do sucesso de um empreendedor diante de tantos outros que fracassaram.
         “Pessoa diferenciada”, o “colaborador como diferencial das organizações”, “ele tem um diferencial”. Escutamos frases como essas corriqueiramente. Isso me fez pensar: afinal, qual é o verdadeiro diferencial que uma pessoa pode ter para superar outras? Afinal, vivemos num mundo extremamente competitivo.
         Obter acesso à informação não é mais um grande desafio. Jornais, revistas, livros, apostilas, e vários outros, mas, principalmente, internet estão acessível a um número cada vez maior de pessoas e a um custo cada vez mais baixo. Hoje, podemos ter acesso a inúmeros materiais impressos que, se não de graça, quase de graça. Já existem vários projetos de cidades digitais em que todo o território urbano contará com rede de internet sem fio banda larga gratuita. Basta um celular, palm ou notebook, acessórios cada vez mais populares, que o usuário poderá ter acesso ao conteúdo praticamente infinito de informação disponível na internet.
         Cursos de graduação, pós-graduação, MBA, doutorado, pós-doutorado etc. vêm se espalhando vertiginosamente, e, também, a um custo cada vez menor. Aliás, isso é um dos benefícios do capitalismo, produtos melhores a custos mais baixos continuamente. Temos um sem-número de universidades, faculdades, e, consequentemente, vestibulares. Há alguns anos, era raríssimo encontrar vestibulares com menos de 10 candidatos por vaga. Hoje, à exceção das opções públicas, são raros os concursos que apresentam mais de sete, oito candidatos por vaga.
         Assistimos, lemos, ouvimos, diversas informações valiosas. Por que não as colocamos em prática, em uso? Por que não nos beneficiamos dessa enorme quantidade de informação que temos disponível? Em minha opinião, o maior problema, e que consequentemente se torna o maior diferencial, chama-se disciplina. Todos temos acesso a dados, pesquisas, biografias, cases etc. Mas só alguns poucos usarão essas informações e as colocarão em prática a seu favor. Só a disciplina faz com que aquilo que você escutou naquela palestra, que faz total sentido, que é verdadeiro, seja levado adiante, e gere uma real mudança de comportamento. Pouquíssimos saem diferentes de uma palestra ou curso, com alguma atitude diferente para determinado assunto.
         Todos sabemos do poder das indicações num processo de vendas. Quantos vendedores, depois de concretizada uma venda, pegam por escrito no mínimo três indicações, por exemplo, com seu cliente. Cliente esse que, obviamente ficou satisfeito com o atendimento recebido, senão não teria efetuada a compra. E não o fazem porque não têm a disciplina de criar uma sistemática em que isso seria um padrão a ser seguido.
         Alemanha e Japão sabem bem o poder da disciplina na competição mundial. Países arrasados por guerras, com poucas riquezas naturais, mas que de alguma forma figuram entre as quatro maiores economias mundiais há anos, e são referência quando o quesito é disciplina. Essa qualidade faz com que o indivíduo busque, estude e analise as melhores práticas existentes para determinado processo e se beneficie disso.
         Até mesmo para a nossa saúde, disciplina é o fator fundamental. Todos sabemos quais hábitos levam a uma vida saudável e quais não levam. No entanto, grande parte da população é obesa ou tem sérios problemas de saúde.
         E você, leitor, ao ler esse artigo vai ter a disciplina necessária para mudar? Aperfeiçoar-se, buscar o melhor no assunto de seu interesse e colocar em prática? Se sim, meus parabéns, você realmente tem diferencial em relação às outras pessoas.”.

(EVANDRO VEIGA NEGRÃO DE LIMA JUNIOR. Vice-presidente de Comunicação Social do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 4 de dezembro de 2016, caderno LUGAR CERTO CLASSIFICADOS, coluna MERCADO IMOBILIÁRIO, página 2).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 14 de novembro de 2016, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de MARCELO VIANNA, sócio-diretor da Conquest One, empresa especializada em contratação de profissionais especializados em TI, e que merece igualmente integral transcrição:

“Carreira dos sonhos e aprendizado
        Ao longo dos anos nos questionamos sobre as melhores e mais eficientes maneiras de motivar e engajar um funcionário. E a cada nova geração, os objetivos mudam, se adaptam à realidade do país, à situação econômica, política e a mais uma série de outros eventos. Depois de 15 anos pesquisando as empresas mais desejadas pelos profissionais brasileiros, as empresas DMRH e a Cia de Talentos decidiram mudar e, segundo o que considero ser o melhor caminho, optaram por mudar a pesquisa Empresa dos Sonhos 2016 para Carreira dos Sonhos 2016.
         O estudo claro que, apesar de o mercado estar caminhando, ainda temos muito a aprender. E isso para todas as gerações, considerando o que a pesquisa dividiu em “jovens”, “média gestão” e “alta liderança”; o que podemos entender como as gerações dos baby boomers até a geração Z. E, de acordo com os resultados, é fácil compreender que vivemos uma mudança de era, a boa remuneração, apesar de desejada, não está mais no topo das aspirações, mas sim a qualidade de vida e o fato de trabalhar com propósito, sabendo exatamente o que se quer alcançar.
         Para os três grupos pesquisados o fator sucesso profissional foi elencado entre os três mais importantes; no caso dos jovens e da média gestão, esse sucesso está em primeiro lugar (67% e 62%, respectivamente); já para a alta liderança, ficou em segundo lugar, com 48%. Seguidos de boa relação familiar e do desejo de aproveitar a vida, viajar e conhecer novas culturas. O que faz total sentido, uma vez que jovens e média gestão estão em fases de experimentação e construção de trajetória profissional, e a alta liderança procura ter mais tempo para se dedicar à família.
         Obviamente que a paixão pelo que se faz e o prazer diário no trabalho fazem parte do chamado sucesso profissional, mas ainda mais importante do que isso é o fator de a realização pessoal dessas pessoas, o sucesso pessoal estar, de maneira unânime, ligado ao equilíbrio de vida. Primeira lição de casa: o que as empresas estão gerando para esses colaboradores?
         E se o dinheiro não fosse uma preocupação? Os três grupos responderam que fariam algo diferente. De maneira mais clara, 73% dos jovens, 83% da média gestão e 77% da alta liderança demonstram que o atual modelo de trabalho não satisfaz. Mas que modelo é esse oferecido pelo mercado? Como já dito, o salário é importante, mas equilíbrio de vida é ainda melhor.
         Entre as experiências desejadas, mais uma demonstração de que fazer algo diferente é um dos caminhos buscados: dos jovens à alta liderança, a opção de “abrir um negócio próprio” está presente. Mas como as empresas podem gerenciar e atrair talentos que já têm a veia do empreendedorismo? Eles são essenciais às companhias, uma vez que têm visão de negócios e senso de responsabilidade.
         A possível saída para isso são as lideranças inspiradoras, as que promovem a autonomia do colaborador e o instiguem a ter e a desenvolver ideias. Talvez por isso, nomes como Steve Jobs, Barack Obama, Jorge Paulo Lemann e Abílio Diniz estejam na lista.
         Um detalhe interessante é que cada vez menos profissionais têm uma empresa dos sonhos. O mundo hiperconectado e ansioso pela transparência fez com que o mundo corporativo repensasse políticas e estratégias na hora de atrair talentos. E dentro dos critérios que levaram os profissionais a escolher certas companhias, e que por sua vez irão retê-lo, estão o desenvolvimento profissional, elencado na lista dos três níveis, a boa imagem da empresa no mercado, os desafios e a realização de um impacto positivo na sociedade. Mais uma vez, o item remuneração/benefícios foi menos considerado. Ele aparece como última opção do grupo de média gestão. Já para a alta liderança, o interessante é o fato de que esse time continua a procurar empresas que prezem pelo seu crescimento e desenvolvimento profissional, mostrando que sempre há mais para aprender e desenvolver.
         É hora de entendermos que os padrões de comportamento estão caindo por terra. Padrões, que antes ditavam o que cada profissional devia ou não fazer estão mudando. E assim como no mundo do consumo, as empresas agora olham para a experiência dos seus funcionários. Afinal, engajamento e motivação são fundamentais para o sucesso de qualquer negócio e parceria entre colaborador e empresa.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro a ainda estratosférica marca de 475,8% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial  registrou históricos 328,9%; e também no mesmo período, o IPCA acumulado  chegou a 7,87%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
        
 
 

          


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