“O
verdadeiro diferencial
Há muito tempo se fala
em diferencial. Aquele algo a mais que torna uma pessoa realmente melhor do que
as outras, que faz com que um seja escolhido para uma vaga de emprego, ou,
talvez, a razão do sucesso de um empreendedor diante de tantos outros que
fracassaram.
“Pessoa
diferenciada”, o “colaborador como diferencial das organizações”, “ele tem um
diferencial”. Escutamos frases como essas corriqueiramente. Isso me fez pensar:
afinal, qual é o verdadeiro diferencial que uma pessoa pode ter para superar
outras? Afinal, vivemos num mundo extremamente competitivo.
Obter
acesso à informação não é mais um grande desafio. Jornais, revistas, livros,
apostilas, e vários outros, mas, principalmente, internet estão acessível a um
número cada vez maior de pessoas e a um custo cada vez mais baixo. Hoje,
podemos ter acesso a inúmeros materiais impressos que, se não de graça, quase
de graça. Já existem vários projetos de cidades digitais em que todo o
território urbano contará com rede de internet sem fio banda larga gratuita.
Basta um celular, palm ou notebook,
acessórios cada vez mais populares, que o usuário poderá ter acesso ao conteúdo
praticamente infinito de informação disponível na internet.
Cursos
de graduação, pós-graduação, MBA, doutorado, pós-doutorado etc. vêm se
espalhando vertiginosamente, e, também, a um custo cada vez menor. Aliás, isso
é um dos benefícios do capitalismo, produtos melhores a custos mais baixos
continuamente. Temos um sem-número de universidades, faculdades, e,
consequentemente, vestibulares. Há alguns anos, era raríssimo encontrar
vestibulares com menos de 10 candidatos por vaga. Hoje, à exceção das opções públicas,
são raros os concursos que apresentam mais de sete, oito candidatos por vaga.
Assistimos,
lemos, ouvimos, diversas informações valiosas. Por que não as colocamos em
prática, em uso? Por que não nos beneficiamos dessa enorme quantidade de
informação que temos disponível? Em minha opinião, o maior problema, e que
consequentemente se torna o maior diferencial, chama-se disciplina. Todos temos
acesso a dados, pesquisas, biografias, cases
etc. Mas só alguns poucos usarão essas informações e as colocarão em
prática a seu favor. Só a disciplina faz com que aquilo que você escutou
naquela palestra, que faz total sentido, que é verdadeiro, seja levado adiante,
e gere uma real mudança de comportamento. Pouquíssimos saem diferentes de uma
palestra ou curso, com alguma atitude diferente para determinado assunto.
Todos
sabemos do poder das indicações num processo de vendas. Quantos vendedores,
depois de concretizada uma venda, pegam por escrito no mínimo três indicações,
por exemplo, com seu cliente. Cliente esse que, obviamente ficou satisfeito com
o atendimento recebido, senão não teria efetuada a compra. E não o fazem porque
não têm a disciplina de criar uma sistemática em que isso seria um padrão a ser
seguido.
Alemanha
e Japão sabem bem o poder da disciplina na competição mundial. Países arrasados
por guerras, com poucas riquezas naturais, mas que de alguma forma figuram
entre as quatro maiores economias mundiais há anos, e são referência quando o
quesito é disciplina. Essa qualidade faz com que o indivíduo busque, estude e
analise as melhores práticas existentes para determinado processo e se
beneficie disso.
Até
mesmo para a nossa saúde, disciplina é o fator fundamental. Todos sabemos quais
hábitos levam a uma vida saudável e quais não levam. No entanto, grande parte
da população é obesa ou tem sérios problemas de saúde.
E
você, leitor, ao ler esse artigo vai ter a disciplina necessária para mudar?
Aperfeiçoar-se, buscar o melhor no assunto de seu interesse e colocar em
prática? Se sim, meus parabéns, você realmente tem diferencial em relação às
outras pessoas.”.
(EVANDRO VEIGA NEGRÃO DE LIMA JUNIOR. Vice-presidente de Comunicação Social do Sindicato da
Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), em
artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS,
edição de 4 de dezembro de 2016, caderno LUGAR
CERTO CLASSIFICADOS, coluna
MERCADO IMOBILIÁRIO, página 2).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de
14 de novembro de 2016, caderno OPINIÃO,
página 7, de autoria de MARCELO VIANNA,
sócio-diretor da Conquest One, empresa especializada em contratação de
profissionais especializados em TI, e que merece igualmente integral
transcrição:
“Carreira
dos sonhos e aprendizado
Ao longo dos anos nos
questionamos sobre as melhores e mais eficientes maneiras de motivar e engajar
um funcionário. E a cada nova geração, os objetivos mudam, se adaptam à
realidade do país, à situação econômica, política e a mais uma série de outros
eventos. Depois de 15 anos pesquisando as empresas mais desejadas pelos
profissionais brasileiros, as empresas DMRH e a Cia de Talentos decidiram mudar
e, segundo o que considero ser o melhor caminho, optaram por mudar a pesquisa
Empresa dos Sonhos 2016 para Carreira dos Sonhos 2016.
O
estudo claro que, apesar de o mercado estar caminhando, ainda temos muito a
aprender. E isso para todas as gerações, considerando o que a pesquisa dividiu
em “jovens”, “média gestão” e “alta liderança”; o que podemos entender como as
gerações dos baby boomers até a geração Z. E, de acordo com os resultados, é
fácil compreender que vivemos uma mudança de era, a boa remuneração, apesar de
desejada, não está mais no topo das aspirações, mas sim a qualidade de vida e o
fato de trabalhar com propósito, sabendo exatamente o que se quer alcançar.
Para
os três grupos pesquisados o fator sucesso profissional foi elencado entre os
três mais importantes; no caso dos jovens e da média gestão, esse sucesso está
em primeiro lugar (67% e 62%, respectivamente); já para a alta liderança, ficou
em segundo lugar, com 48%. Seguidos de boa relação familiar e do desejo de
aproveitar a vida, viajar e conhecer novas culturas. O que faz total sentido,
uma vez que jovens e média gestão estão em fases de experimentação e construção
de trajetória profissional, e a alta liderança procura ter mais tempo para se
dedicar à família.
Obviamente
que a paixão pelo que se faz e o prazer diário no trabalho fazem parte do
chamado sucesso profissional, mas ainda mais importante do que isso é o fator
de a realização pessoal dessas pessoas, o sucesso pessoal estar, de maneira
unânime, ligado ao equilíbrio de vida. Primeira lição de casa: o que as
empresas estão gerando para esses colaboradores?
E se o
dinheiro não fosse uma preocupação? Os três grupos responderam que fariam algo
diferente. De maneira mais clara, 73% dos jovens, 83% da média gestão e 77% da
alta liderança demonstram que o atual modelo de trabalho não satisfaz. Mas que
modelo é esse oferecido pelo mercado? Como já dito, o salário é importante, mas
equilíbrio de vida é ainda melhor.
Entre
as experiências desejadas, mais uma demonstração de que fazer algo diferente é
um dos caminhos buscados: dos jovens à alta liderança, a opção de “abrir um
negócio próprio” está presente. Mas como as empresas podem gerenciar e atrair
talentos que já têm a veia do empreendedorismo? Eles são essenciais às companhias,
uma vez que têm visão de negócios e senso de responsabilidade.
A
possível saída para isso são as lideranças inspiradoras, as que promovem a
autonomia do colaborador e o instiguem a ter e a desenvolver ideias. Talvez por
isso, nomes como Steve Jobs, Barack Obama, Jorge Paulo Lemann e Abílio Diniz
estejam na lista.
Um
detalhe interessante é que cada vez menos profissionais têm uma empresa dos
sonhos. O mundo hiperconectado e ansioso pela transparência fez com que o mundo
corporativo repensasse políticas e estratégias na hora de atrair talentos. E
dentro dos critérios que levaram os profissionais a escolher certas companhias,
e que por sua vez irão retê-lo, estão o desenvolvimento profissional, elencado
na lista dos três níveis, a boa imagem da empresa no mercado, os desafios e a
realização de um impacto positivo na sociedade. Mais uma vez, o item
remuneração/benefícios foi menos considerado. Ele aparece como última opção do
grupo de média gestão. Já para a alta liderança, o interessante é o fato de que
esse time continua a procurar empresas que prezem pelo seu crescimento e
desenvolvimento profissional, mostrando que sempre há mais para aprender e
desenvolver.
É hora
de entendermos que os padrões de comportamento estão caindo por terra. Padrões,
que antes ditavam o que cada profissional devia ou não fazer estão mudando. E
assim como no mundo do consumo, as empresas agora olham para a experiência dos
seus funcionários. Afinal, engajamento e motivação são fundamentais para o
sucesso de qualquer negócio e parceria entre colaborador e empresa.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da
participação, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em outubro a ainda estratosférica marca
de 475,8% nos últimos doze meses, e a
taxa de juros do cheque especial
registrou históricos 328,9%; e também no mesmo período, o IPCA
acumulado chegou a 7,87%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa
promiscuidade – “dinheiro público versus interesses privados”
–, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando
incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a
lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato,
Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso
específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e
que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão
sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516
anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a
corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar
inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo,
segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a
“... Desconfiança das empresas e das famílias é
grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase
nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses
recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à
ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de
infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de
planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para
2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e
insuportável desembolso de cerca de R$
1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos
(ao menos com esta rubrica, previsão de R$
1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente e eficaz auditoria...
(ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas
do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);
Isto
posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos
a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que
possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e
potencialidades com todas as
brasileiras e com todos os brasileiros.
Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em
inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos
do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da
era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do
conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um
possível e novo mundo da justiça, da
liberdade, da paz, da igualdade – e com
equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
- 55
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por
uma Nova Política Brasileira...
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