quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O PODER DA CAPACITAÇÃO PESSOAL E A CIÊNCIA E AS TECNOLOGIAS NA SUSTENTABILIDADE

“Capacitação de pessoal
O desafiador cenário político e econômico atual tem levado muitas empresas a lutar pela competitividade e a rever seus custos. E quando se fala em redução de custos, uma das primeiras áreas a ter o orçamento cortado é a de recursos humanos. No entanto, a disputa pelo mercado cresce a cada instante e vencem as empresas que tiverem estratégias bem definidas.
Um grande erro estratégico em momentos de crise é esquecer-se da gestão de pessoas, justamente quando é necessário obter o melhor desempenho possível das equipes para o alcance dos resultados.
São as pessoas que promovem as mudanças e fazem a diferença dentro das organizações. Portanto, equipes capacitadas e com o direcionamento correto estarão melhor preparadas para enfrentar desafios e ajustes repentinos.
Costumo contar uma pequena história para quem opta pelo caminho mais fácil na redução de custos e tem dúvidas sobre treinar ou não treinar pessoal. Diversas empresas ainda temem investir em funcionários e perde-los para a concorrência. O grande problema, na verdade, é o efeito que a ausência de capacitação causa nas empresas que continuam com esses colaboradores por anos.
É momento de fazer mais com menos e usar a criatividade. Por isso, existem diversas alternativas para manter os funcionários atualizados com baixo ou nenhum custo. Treinamentos internos, compartilhamento de melhores práticas através de reuniões e fóruns na própria empresa e contar com parceiros de negócio para viabilizar capacitações são apenas algumas das inúmeras possibilidades. Além disso, diversas associações e entidades de classe promovem excelentes cursos de curta duração, alguns gratuitos e outros com valores módicos.
Em tempos de crise, inovação é a palavra-chave. E mesmo com o atual clima de maior confiança econômica, ainda não se sabe ao certo como o Brasil estará em 2017. Portanto, além das competências técnicas, o desenvolvimento de habilidades humanas também é essencial. Flexibilidade, trabalho em equipe, liderança e bom relacionamento interpessoal são características fundamentais para o profissional que deseja se destacar no mercado de trabalho. As pessoas devem ter ciência que não são contratadas para exercer estritamente uma função ou trabalhar no setor tal. São contratadas para dar resultados. É preciso adaptar-se.
Desde o fim do ano passado, estamos reimplantando o setor de RH e as políticas de gestão de pessoas no Colégio ICJ. Como instituição de ensino, nossa principal missão é educar. E por que não aplicar essa mesma lógica às equipes de colaboradores?
Iniciamos em 2016 o programa de treinamento e desenvolvimento de pessoal do Colégio ICJ e já promovemos treinamentos com o pessoal de portaria e recepção, limpeza, além dos funcionários do transporte escolar, livraria e lancheria. No mês de outubro, realizamos uma palestra para as equipes administrativa e pedagógica de todas as empresas do grupo, visando maior integração dos setores para encerrar o ano letivo de 2016 e chegar em 2017 mais alinhados e coesos. Em pouco tempo, já observamos melhorias. É hora de quebrar o paradigma da capacitação apenas como custo. Afinal, capacitação é o investimento cada vez mais necessário para quem quer sair na frente.”.

(CLAUDIA ABREU. Coordenadora de RH do Colégio ICJ, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 12 de dezembro de 2016, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 27 de outubro de 2016, mesmo caderno, página 9, de autoria de OLAVO MACHADO, presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Sistema Fiemg), e que merece igualmente integral transcrição:

“Prioridade à educação
        A indústria brasileira sempre considerou a educação como uma de suas principais prioridades. É isso, certamente, o que explica a criação do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), em 1942, e logo em seguida, quatro anos depois, do Serviço Social da Indústria (Sesi), com a missão de cuidar, respectivamente, do ensino profissionalizante (Senai) e da educação básica (Sesi).
         Mais de sete décadas depois, estamos mais uma vez comemorando o acerto desse caminho, especialmente para Minas Gerais e para a Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), a partir dos resultados do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), reconhecido como a mais importante porta de acesso às principais universidades do país para milhares de jovens estudantes. Entre as 277 escolas Sesi de todo o país, as 12 primeiras colocações são de escolas do Sesi de Minas Gerais – e entre as 20 primeiras, 15 também são do nosso estado.
         São resultados relevantes para a indústria e decorrem dos investimentos realizados no Projeto Sesi Educação Integral, na capacitação de professores e equipe pedagógica, no processo de avaliação dos alunos, nas ferramentas utilizadas em sala de aula e na infraestrutura das escolas. O objetivo, sempre, é o de atender à indústria mineira com a formação de alunos capacitados a enfrentar um mercado de trabalho cada vez mais exigente e ávido por profissionais competitivos e inovadores.
         Esses resultados também decorrem do trabalho voluntário realizado em todo o estado pela Fiemg e, muito especialmente, por seus 138 sindicatos filiados, localizados nas mais diferentes regiões mineiras, onde representam milhares de empresas de todos os setores e segmentos industriais. O que move todos nós é a crença de que a educação é e sempre será fundamental para a construção de uma indústria forte, moderna, diversificada, inovadora, desenvolvedora de tecnologia e capaz de agregar valor ao produto industrial de Minas Gerais. Estes, sabemos todos, são diferenciais competitivos estratégicos em um mundo de economia globalizada e de concorrência cada vez mais intensa.
         Hoje, o Sesi de Minas Gerais é reconhecido como uma das maiores redes de ensino privado do estado, com resultados expressivos nos últimos cinco anos: 69 mil matrículas na educação básica e 32 mil alunos matriculados no programa Educação de Jovens e Adultos. Com o Programa Escola Móvel, o Sesi de Minas esteve presente em 301 municípios mineiros, nos quais formou 39 mil alunos, com taxa de empregabilidade de 79%. Vale dizer: dos 39 mil alunos formados pela Escola Móvel, 30.810 conseguiram trabalho.
         No campo do ensino profissionalizante, é relevante o desempenho das unidades operadas pelo Senai, incluindo 36 unidades operacionais com serviços tecnológicos, 28 laboratórios e mais de três mil empresas atendidas. No CIT – Câmpus Cetec (Centro de Inovação e Tecnologia) estão três institutos e cinco institutos de tecnologia, com 23 mestres e 24 doutores, R$ 149 milhões de investimento em estrutura e clientes do porte da ANP, Aperam, CBMM, Copasa, Fiat, GM, Gasmig, Gerdau, Igam, Iveco, Kinross, Petrobrás, Renault, Rio Tinto, Vale e Votorantim. Em Itajubá, no Sul de Minas, estamos implantando, com previsão de operação, o ISI CEDIIEE, com investimento de R$ 400 milhões, de nove laboratórios.
         Instalado no CIT – Câmpus Cetec, já está em funcionamento o Laboratório Aberto Senai, com atendimento, até agora, de 30 startups, 12 micro e pequenas empresas e 25 mensalistas makers. Também está em pleno andamento o Fiemg Lab, programa criado para funcionar com acelerador de empresas de base tecnológica e startups. O investimento é de R$ 9 milhões e, em uma primeira fase, serão analisados projetos de mais de 100 empresas. No campo da formação de técnicos qualificados para a indústria mineira, o Senai recebeu, no período de 2011 a 2016, 690 mil alunos matriculados em cursos de aprendizagem industrial, cursos técnicos, cursos de qualificação e cursos de aperfeiçoamento. Em 2014 e 2015, alunos, alunos do Senai de Minas Gerais conquistaram, respectivamente, o 1º lugar na Olimpíada do Conhecimento Nacional e na Worldskills, que é a maior competição mundial na área do ensino profissionalizante, com a crença de que educação gera conhecimento, inovação, tecnologia e competitividade.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro a ainda estratosférica marca de 475,8% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial  registrou históricos 328,9%; e já em novembro o IPCA acumulado também nos últimos doze meses chegou a 6,99%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
        
 
 





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