“Gestão
de pessoas para projetos de sucesso
Na área de
gerenciamento de projetos, o componente humano é o mais complexo a ser gerido.
E não é para menos que quatro da 10 áreas de conhecimento trabalhadas na gestão
de projetos são diretamente relacionadas a pessoas – recursos humanos,
comunicações, partes interessadas e aquisições (no âmbito da contratação de
equipe terceirizada). E em praticamente todas as seis restantes podemos
estabelecer fortes vínculos, ainda que indiretos. A estimativa de esforços e
duração do trabalho na elaboração de um cronograma, por exemplo, está
totalmente relacionada à expertise das pessoas envolvidas.
Ainda
assim, a realidade é que a grande maioria dos gerentes de projetos não está bem
preparada para lidar com esses aspectos, o que corrobora para o alto índice de
insucesso de projetos ainda contabilizados após anos de evolução das técnicas
de gerenciamento de projetos. E nesse contexto, contar com o apoio de uma
célula ou área especializada em gestão de pessoas pode representar um grande
diferencial para a gestão de projetos bem-sucedidos.
Um dos
aspectos críticos observados em projetos de sucesso é, sem dúvida, a adequada
seleção de pessoas. Poder contar com uma equipe qualificada é o ponto comum
destacado em todas as pesquisas que listam os fatores relevantes para o bom
resultado de um projeto. Por outro lado, um dos principais problemas do nosso
mercado hoje é a escassez de talentos. E esse ponto dificulta a contratação,
representando muitas vezes um gargalo na gestão do projeto. O apoio da área de
gestão de pessoas nesse aspecto pode tirar essa carga do gerente de projetos e
aperfeiçoar o processo.
Uma
das alternativas que as empresas encontram para esse problema, e que também
pode contar com o apoio e o aprimoramento da área de gestão de pessoas é a
capacitação interna. Essa opção vem sendo cada vez mais escolhida no âmbito dos
projetos, mas ainda é feita de forma incipiente e pouco focada em capacitação
nas chamadas “habilidades comportamentais”, como técnicas para melhoria de
comunicação e liderança. Falta, ainda, as empresas entenderem que, mais do o
know-how técnico, o engajamento e a mobilização das pessoas em prol do projeto
são fatores vitais para o sucesso. E esse é justamente o papel desempenhado
pelos líderes. A área de gestão de pessoas pode apoiar, não apenas provendo os
treinamentos necessários ao projeto, mas também formando novos líderes para
futuros projetos.
Outro
ponto crítico são as falhas na comunicação. A maioria dos gerentes de projetos
atuantes tem gaps em relação a isso. Com a participação das áreas de
comunicação propriamente ditas, a maioria dos pontos pode ser delegada aos
especialistas. Importante frisar que existem dois tipos de comunicação no
âmbito de projetos: interna (equipe, partes interessadas e escopo da
organização) e externa (comunidades afetadas e imprensa). Visando a melhores
resultados, é mais viável se todo o trâmite envolvendo imprensa, comunidade e
organização for feito pela área especialidade, em alinhamento com o gerente de
projeto, mas deixando este mais focado na equipe e nas partes interessadas.
Por
fim, sempre que falamos em projetos, um aspecto importante vem à tona: mudança.
Projetos nada mais são do que intervenções organizadas visando adequar
processos e produtos da empresa para o mercado, em função de um cenário
específico. Eles impactam a maneira como as pessoas trabalham e seus
paradigmas, alteram a estrutura presumida de poder, a exposição das pessoas, e,
sobretudo, criam desconforto. Por isso, gerir os aspectos humanos e emocionais
em cenários de mudanças organizacionais, principalmente em tempos de crise,
tornou-se imprescindível. Garantir a adaptação às mudanças e o alcance dos
resultados esperados significa conseguir engajamento e compromisso de toda a
estrutura organizacional para que haja resultado.
Diante
desse contexto, destaca-se a importância da estrutura de gestão de mudanças
organizacionais (GMO). O papel dela é, basicamente, conduzir da melhor forma
possível os envolvidos na mudança através de um estágio de transição, partindo
do estado atual em busca de um estado desejado. O caminho trilhado no estágio
de transição pode ser tumultuado, passando pelos chamados “vales do desespero”.
E um bom GMO facilita essa passagem e assegura que, apesar de possíveis
conflitos, todos trabalhem em prol do objetivo. Uma área de gestão de pessoas
que consiga entregar aos gerentes de projeto uma estrutura de GMO, sem dúvida,
minimiza os desafios.”.
(RUAN ALMEIDA.
Presidente do Projetc Management Institute (PMI – MG), em artigo publicado no
jornal ESTADO DE MINAS, edição de 13
de dezembro de 2016, caderno OPINIÃO,
página 7).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição,
caderno e página, de autoria de EMMANUEL
SILVEIRA MENDES, bibliotecário do Centro Universitário Una – Câmpus Linha
Verde, e que merece igualmente integral transcrição:
“Livros
para que te quero
Instituições de ensino
promovem ações, diariamente, em prol do desenvolvimento pessoal. O aluno que se
aventurar a expandir seu campo de visão poderá aproveitar o máximo dos recursos
disponíveis ao seu redor. Podem-se citar ações culturais, palestras, debates,
monitorias, entre tantos outros. Cabe destacar aqui um setor de grande apoio: a
biblioteca.
A
biblioteca é considerada um local propício à geração de conhecimento. Em seu
ambiente cercado de estantes cheias de materiais para leitura, como livros,
revistas, jornais e tantos outros meios impressos e digitais, aguarda apenas a
visita do leitor.
Os
benefícios da leitura são irrefutáveis. Melhorar a escrita, o vocabulário,
formas de se expressar, a clareza da comunicação, o próprio aprendizado, a
interpretação, a criatividade, entre muitos outros. A biblioteca, fruto das
instituições de ensino no cotidiano, são fontes gratuitas para quem quiser ter
maior contato com os livros.
Historicamente,
os empenhados em descobrir as maravilhas de um mundo oculto entre as palavras
consumiam muito tempo apenas se deslocando, pois precisavam viajar pelas
cidades para ter contato com o conhecimento registrado. Essa prévia exemplifica
que a relação entre leitor e livro sofreu mudanças com o avanço das mídias,
ampliando os meios de acesso. A facilidade da disseminação de textos via
internet propiciou a todos, independentemente da classe social, acesso a obras
completas e sem necessidade de deslocar-se. Uma imensidão de conteúdo para ser
lida. A prática da leitura literária entre os jovens é importante, pois
familiariza os mesmos com o texto e seus ganhos de forma descontraída. Porém, o
que dizer de nossos universitários?
Sabe-se
que a vida acadêmica não é fácil. Exige-se muito do estudante universitário e
espera-se que o mesmo possa alcançar sua meta. Ainda existem aqueles que
conciliam trabalho e estudo. Pilhas de textos são necessárias para fixar o
saber apresentado durante o semestre, causando, assim, uma tendência para fazer
apenas o básico. Por outro lado, percebe-se a procura pela literatura como
forma de lazer por alguns, o que comprova o seguinte: o interesse propicia
tempo para desfrutar do que consideramos importante.
Os
grupos de leitura nascem nesse contexto e justamente desse interesse de
compartilhar informações. De serem protagonistas. Observemos que a forma mais
comum e efetiva de reforço na aprendizagem é estar entre pessoas com interesses
comuns. Logo, esta relação favorece o crescimento pessoal, ao mesmo tempo em
que laços entre os participantes são consolidados. Ficando claro que muitos
contribuem entre si para finalizar seus livros, ou mesmo estudos. O que se
torna um hábito dificilmente será extinguido.
O que
seria dos grupos sem uma nomenclatura, sem uma identidade, não é mesmo? Clube
do Livro é um nome simples, entre muitos outros, para definir um grupo voltado
a discutir assuntos sobre o que foi lido. Aquele que pertence ao clube
encontrará pessoas com a mesma motivação e poderá debater os mais diversos assuntos.
Quem desejar saber mais ou até mesmo montar seu grupo verá que não há segredo,
pois fazemos isso o tempo todo: grupos familiares, de estudo, de amigos, de
viagem etc. Vamos ler mais.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas
abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa
história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da
participação, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em outubro a ainda estratosférica marca
de 475,8% nos últimos doze meses, e a
taxa de juros do cheque especial
registrou históricos 328,9%; e já em novembro o IPCA acumulado também
nos últimos doze meses chegou a 6,99%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade –
“dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se
espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos
e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do
procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A
Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o
problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu
caráter transnacional; eis, portanto,
que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas
simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de
suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do
nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas
modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente
irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na
Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das
empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é
desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas
tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25
somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de
logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à
corrupção e à falta de planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para
2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e
insuportável desembolso de cerca de R$
1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos
(ao menos com esta rubrica, previsão de R$
1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente e eficaz auditoria...
(ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);
Destarte,
torna-se absolutamente inútil lamentarmos
a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que
possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e
potencialidades com todas as
brasileiras e com todos os
brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários
previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além
de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do
século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da
informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da
sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da
paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
- 55
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por
uma Nova Política Brasileira...
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