sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A LUZ NA GESTÃO DE PESSOAS E A FORÇA DA LEITURA NA SUSTENTABILIDADE

“Gestão de pessoas para projetos de sucesso
        Na área de gerenciamento de projetos, o componente humano é o mais complexo a ser gerido. E não é para menos que quatro da 10 áreas de conhecimento trabalhadas na gestão de projetos são diretamente relacionadas a pessoas – recursos humanos, comunicações, partes interessadas e aquisições (no âmbito da contratação de equipe terceirizada). E em praticamente todas as seis restantes podemos estabelecer fortes vínculos, ainda que indiretos. A estimativa de esforços e duração do trabalho na elaboração de um cronograma, por exemplo, está totalmente relacionada à expertise das pessoas envolvidas.
         Ainda assim, a realidade é que a grande maioria dos gerentes de projetos não está bem preparada para lidar com esses aspectos, o que corrobora para o alto índice de insucesso de projetos ainda contabilizados após anos de evolução das técnicas de gerenciamento de projetos. E nesse contexto, contar com o apoio de uma célula ou área especializada em gestão de pessoas pode representar um grande diferencial para a gestão de projetos bem-sucedidos.
         Um dos aspectos críticos observados em projetos de sucesso é, sem dúvida, a adequada seleção de pessoas. Poder contar com uma equipe qualificada é o ponto comum destacado em todas as pesquisas que listam os fatores relevantes para o bom resultado de um projeto. Por outro lado, um dos principais problemas do nosso mercado hoje é a escassez de talentos. E esse ponto dificulta a contratação, representando muitas vezes um gargalo na gestão do projeto. O apoio da área de gestão de pessoas nesse aspecto pode tirar essa carga do gerente de projetos e aperfeiçoar o processo.
         Uma das alternativas que as empresas encontram para esse problema, e que também pode contar com o apoio e o aprimoramento da área de gestão de pessoas é a capacitação interna. Essa opção vem sendo cada vez mais escolhida no âmbito dos projetos, mas ainda é feita de forma incipiente e pouco focada em capacitação nas chamadas “habilidades comportamentais”, como técnicas para melhoria de comunicação e liderança. Falta, ainda, as empresas entenderem que, mais do o know-how técnico, o engajamento e a mobilização das pessoas em prol do projeto são fatores vitais para o sucesso. E esse é justamente o papel desempenhado pelos líderes. A área de gestão de pessoas pode apoiar, não apenas provendo os treinamentos necessários ao projeto, mas também formando novos líderes para futuros projetos.
         Outro ponto crítico são as falhas na comunicação. A maioria dos gerentes de projetos atuantes tem gaps em relação a isso. Com a participação das áreas de comunicação propriamente ditas, a maioria dos pontos pode ser delegada aos especialistas. Importante frisar que existem dois tipos de comunicação no âmbito de projetos: interna (equipe, partes interessadas e escopo da organização) e externa (comunidades afetadas e imprensa). Visando a melhores resultados, é mais viável se todo o trâmite envolvendo imprensa, comunidade e organização for feito pela área especialidade, em alinhamento com o gerente de projeto, mas deixando este mais focado na equipe e nas partes interessadas.
         Por fim, sempre que falamos em projetos, um aspecto importante vem à tona: mudança. Projetos nada mais são do que intervenções organizadas visando adequar processos e produtos da empresa para o mercado, em função de um cenário específico. Eles impactam a maneira como as pessoas trabalham e seus paradigmas, alteram a estrutura presumida de poder, a exposição das pessoas, e, sobretudo, criam desconforto. Por isso, gerir os aspectos humanos e emocionais em cenários de mudanças organizacionais, principalmente em tempos de crise, tornou-se imprescindível. Garantir a adaptação às mudanças e o alcance dos resultados esperados significa conseguir engajamento e compromisso de toda a estrutura organizacional para que haja resultado.
         Diante desse contexto, destaca-se a importância da estrutura de gestão de mudanças organizacionais (GMO). O papel dela é, basicamente, conduzir da melhor forma possível os envolvidos na mudança através de um estágio de transição, partindo do estado atual em busca de um estado desejado. O caminho trilhado no estágio de transição pode ser tumultuado, passando pelos chamados “vales do desespero”. E um bom GMO facilita essa passagem e assegura que, apesar de possíveis conflitos, todos trabalhem em prol do objetivo. Uma área de gestão de pessoas que consiga entregar aos gerentes de projeto uma estrutura de GMO, sem dúvida, minimiza os desafios.”.

(RUAN ALMEIDA. Presidente do Projetc Management Institute (PMI – MG), em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 13 de dezembro de 2016, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de EMMANUEL SILVEIRA MENDES, bibliotecário do Centro Universitário Una – Câmpus Linha Verde, e que merece igualmente integral transcrição:

“Livros para que te quero
        Instituições de ensino promovem ações, diariamente, em prol do desenvolvimento pessoal. O aluno que se aventurar a expandir seu campo de visão poderá aproveitar o máximo dos recursos disponíveis ao seu redor. Podem-se citar ações culturais, palestras, debates, monitorias, entre tantos outros. Cabe destacar aqui um setor de grande apoio: a biblioteca.
         A biblioteca é considerada um local propício à geração de conhecimento. Em seu ambiente cercado de estantes cheias de materiais para leitura, como livros, revistas, jornais e tantos outros meios impressos e digitais, aguarda apenas a visita do leitor.
         Os benefícios da leitura são irrefutáveis. Melhorar a escrita, o vocabulário, formas de se expressar, a clareza da comunicação, o próprio aprendizado, a interpretação, a criatividade, entre muitos outros. A biblioteca, fruto das instituições de ensino no cotidiano, são fontes gratuitas para quem quiser ter maior contato com os livros.
         Historicamente, os empenhados em descobrir as maravilhas de um mundo oculto entre as palavras consumiam muito tempo apenas se deslocando, pois precisavam viajar pelas cidades para ter contato com o conhecimento registrado. Essa prévia exemplifica que a relação entre leitor e livro sofreu mudanças com o avanço das mídias, ampliando os meios de acesso. A facilidade da disseminação de textos via internet propiciou a todos, independentemente da classe social, acesso a obras completas e sem necessidade de deslocar-se. Uma imensidão de conteúdo para ser lida. A prática da leitura literária entre os jovens é importante, pois familiariza os mesmos com o texto e seus ganhos de forma descontraída. Porém, o que dizer de nossos universitários?
         Sabe-se que a vida acadêmica não é fácil. Exige-se muito do estudante universitário e espera-se que o mesmo possa alcançar sua meta. Ainda existem aqueles que conciliam trabalho e estudo. Pilhas de textos são necessárias para fixar o saber apresentado durante o semestre, causando, assim, uma tendência para fazer apenas o básico. Por outro lado, percebe-se a procura pela literatura como forma de lazer por alguns, o que comprova o seguinte: o interesse propicia tempo para desfrutar do que consideramos importante.
         Os grupos de leitura nascem nesse contexto e justamente desse interesse de compartilhar informações. De serem protagonistas. Observemos que a forma mais comum e efetiva de reforço na aprendizagem é estar entre pessoas com interesses comuns. Logo, esta relação favorece o crescimento pessoal, ao mesmo tempo em que laços entre os participantes são consolidados. Ficando claro que muitos contribuem entre si para finalizar seus livros, ou mesmo estudos. O que se torna um hábito dificilmente será extinguido.
         O que seria dos grupos sem uma nomenclatura, sem uma identidade, não é mesmo? Clube do Livro é um nome simples, entre muitos outros, para definir um grupo voltado a discutir assuntos sobre o que foi lido. Aquele que pertence ao clube encontrará pessoas com a mesma motivação e poderá debater os mais diversos assuntos. Quem desejar saber mais ou até mesmo montar seu grupo verá que não há segredo, pois fazemos isso o tempo todo: grupos familiares, de estudo, de amigos, de viagem etc. Vamos ler mais.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro a ainda estratosférica marca de 475,8% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial  registrou históricos 328,9%; e já em novembro o IPCA acumulado também nos últimos doze meses chegou a 6,99%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
        
 
 





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