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sexta-feira, 10 de novembro de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS PODEROSAS ARMAS DO MARKETING E AS NOVAS COMPETÊNCIAS DO PODER

“Mais do que a propaganda
         A mística da propaganda ainda continua em muitas empresas. Mas ter um produto bom e anunciá-lo na mídia certa, com o número certo de inserções, não basta para se obter o sucesso empresarial. Estão tendo maior sucesso as organizações que buscam trabalhar de maneira equilibrada, utilizando o composto de marketing. A propaganda é um dos itens importantes para o sucesso de um produto ou serviço, mas ela é parte de um conjunto maior de esforços que precisam ser desenvolvidos. Cada vez se torna mais evidente que os resultados positivos dependem de um conjunto de atividades que precisam ser realizadas em função do cliente. Muitas empresas têm feito propagandas e publicidade de maneira efetiva, mas nem sempre têm correspondido à promessa feita quando chega a hora da verdade, ou seja, o momento em que o cliente está no ponto de venda sendo atendido.
         É fundamental que todas as atividades, ligadas direta ou indiretamente aos clientes, sejam harmônicas e se complementem. Ter os produtos ou serviços disponíveis, oferecer facilidades de acesso, ter pontos de vendas com o visual e o clima emocional adequados ao público-alvo, equipes de vendas capacitadas e motivadas para prestar o melhor atendimento possível às necessidades e desejos dos clientes são, entre outros fatores, a chave do sucesso.
         Muitas empresas têm feito o lançamento de seus produtos apenas disponibilizando-os nos pontos de vendas através de um trabalho eficiente e eficaz de distribuição, colocando-os aos olhos dos clientes e facilitando-lhes o acesso à compra. É preciso reconhecer que a chamada mídia boca a boca tem um grande poder dentro do marketing empresarial. Se um produto ou serviço tem qualidade, está disponível aos clientes nos pontos de vendas, e ali recebe o adequado tratamento de merchandising, promoção de vendas e venda pessoal, ele será experimentado, aprovado e sugerido pelos usuários a outros possíveis clientes. A propaganda é muito importante, mas ela não funciona sozinha. Tenho recomendado constantemente às empresas que busquem avaliar de maneira contínua qual estratégia ou conjunto de estratégias poderá ser mais eficaz para o oferecimento do seu produto e procurem trabalhar com o máximo de ferramentas de marketing possível, reduzindo assim o seu grau de incerteza.
         Tornar um produto conhecido, desejado e não tê-lo disponível no ponto de venda é um dos maiores erros que se pode cometer em marketing. Isso cria normalmente uma forte irritação nos clientes, que, muitas vezes, acabam optando por produtos da concorrência, eliminando aquele da sua mente. A recuperação desse cliente torna-se uma ação cara e demorada.
         A venda deve ser vista não somente como um objetivo da empresa, mas como um consequência natural dos esforços efetivos de marketing. Sendo assim, treinar e capacitar a equipe de vendas, preparando-a para agir de forma sempre mais profissional, utilizando um trabalho eficiente de envolvimento emocional do cliente no ponto de venda, através de esforços inteligentes de merchandising, implementar promoções de vendas criativas capazes de atrair os clientes para a compra, inclusive a compra por impulso, são iniciativas fundamentais para se atingirem resultados positivos.
         A prática do marketing exige a utilização de um conjunto de ações. Exige administrar a demanda, ter o conhecimento do ambiente e do público que se quer atender, exige pesquisar formal e informalmente os mercados, identificando suas possibilidades e tendências de curto, médio e longo prazos. Além disso, é questão sine qua non trabalhar ininterruptamente para a construção de uma marca forte, para se obter uma vantagem estratégica essencial.
         Vale lembrar que promessa efetuada em propaganda deve estar coberta também por um atendimento capaz de superar as expectativas das pessoas. Se invertermos o raciocínio, o trabalho de campo deve contribuir para tornar a propaganda mais crível. A junção da promessa da propaganda com uma linha de frente excepcional sob o ponto de vista do cliente cria um posicionamento muito positivo para a imagem das organizações.
         Dependendo da situação, a propaganda pode se tornar uma armadilha para a empresa, pois ela dá entrada direto na mente do cliente, e deve ser positiva para ali ficar por muito tempo e levá-lo a comprar os produtos ou serviços com naturalidade.
         O marketing tem uma arma poderosa que é a propaganda, mas tem vários fatores que vão muito além dela.”.

(ROGÉRIO TOBIAS. Mestre e especialista em marketing; administrador. Professor dos cursos de MBA e pós-graduação em marketing na Fundação Getúlio Vargas (FGV), Newton Paiva e UMA. CEO da RT Consultoria e Treinamento. Palestrante e coach. Autor do livro 121 artigos de marketing, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 29 de outubro de 2017, caderno NEGÓCIOS & OPORTUNIDADES CLASSIFICADOS, coluna MARKETING, página 4).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 3 de novembro de 2017, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Fragilidade no poder
        As reflexões sobre o poder são permeadas de argumentos e contestações, em um amplo percurso histórico-filosófico. Muitas disciplinas tratam desse tema, que reúne abrangente campo semântico. E os diferentes estudos sobre poder partilham a convicção de seu caráter determinante na dimensão existencial do ser humano – da configuração da cultura à forma como a sociedade lida com seus problemas. Por isso mesmo, a partir das importantes contribuições dos diferentes campos do saber, é preciso compreender melhor o poder, com seus desdobramentos políticos na história, e os interesses envolvidos no seu exercício. Perceber o modo como o poder é exercido pelo indivíduo e no âmbito institucional permite enxergar soluções para os desafios. Além das pertinentes análises teóricas, torna-se fundamental reconhecer uma inegável situação: a configuração do poder revela fragilidade em seu exercício.
         O campo político restringiu toda essa realidade a um pífio desempenho na dinâmica partidária, o que compromete resultados e não gera a força necessária para as conquistas. Com frequência, pessoas “caem de paraquedas nas cadeiras do poder”. Os que se tornam “autoridade” não se dedicam a exercer adequadamente o papel de representantes do povo. Ao se definirem nomes para as instâncias de decisão, invariavelmente os requisitos de caráter pessoal são desconsiderados. Na ocupação de cadeiras, lugares, distribuição de títulos, têm mais influência os interesses cartoriais. Consequentemente, torna-se difícil transformar sistemas organizacionais – de instituições, segmentos civis ou religiosos – e romper dinâmicas interesseiras que não almejam o bem coletivo.
         Há, pois, um vácuo entre o poder e a real situação das autoridades, que se revela nos desempenhos medíocres. Essa mediocridade incide no exercício dos poderes constituídos e também no cotidiano de cidadãos comuns. Percebe-se que o poder aparece incontestavelmente fragilizado. Tudo em decorrência da falta de preparo profissional e humanístico, espiritual e cultural para o exercício da autoridade.
         Prova dessa triste realidade é a corrupção que se mostra de diferentes modos no contexto social. Há uma dificuldade para tratar, de forma adequada, o bem comum. Falta envergadura para evitar assaltos aos cofres públicos e, ao mesmo tempo, convive-se com a incapacidade para inovar. Todos sofrem com as mais diversas consequências – déficits estruturais, equívocos na definição de prioridades e ausência de respostas capazes de alargar horizontes. Perdem as pessoas e as instituições, que, deliberadamente, ou pela força dos medos e preconceitos, permanecem na rigidez, temendo o que é novo e diferente.
         O exercício da autoridade deve incluir sobretudo o compromisso com a verdade, a competência e a disposição para promover os avanços culturais e as conquistas. Fundamental é vencer a incompetência, o autoritarismo, a rigidez, as obscuridades e tudo o que reveste o poder de fragilidades.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em setembro/2017 a ainda estratosférica marca de 332,38% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 321,29%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses chegou a 2,54%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...  

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...      





         

sexta-feira, 28 de julho de 2017

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A LUZ DO MARKETING GOVERNAMENTAL E A POLÍTICA A SERVIÇO DA SAÚDE NA SUSTENTABILIDADE

“Atendimento pelas empresas públicas
        A visão de marketing precisa estar presente em todas as empresas privadas, pois é um pressuposto de sua existência. À medida que uma empresa não desenvolve adequadas estratégias de marketing, ela, por não ter muitos caminhos, tantas bases para se segurar, fecha as suas portas e acaba por deixar caminhos a serem percorridos por outras organizações mais competentes que ela.
         Quando se trata de empresas governamentais, essa realidade muda bastante, pois a visão de marketing que elas deveriam adotar raramente existe, mas, em vez de deixar o mercado, por inabilidade, elas têm o Estado como tutor, e a necessidades essencial do cidadão como abono para sua existência.
         É muito complexo fazer uma avaliação fidedigna, uma pesquisa de mercado válida dentro do setor público, uma vez que os respondentes dão suas respostas baseados em uma realidade restrita, em grande parte sem poder de comparações. Muitos serviços que deveriam ser avaliados e comparados são prestados tão somente por um fornecedor e, assim, não facilitam avaliações por parte do público que não tem outras referências.
         É comum que gestores e funcionários de órgãos governamentais se amparem nas normas e burocracias a que estão submetidos e assim se sintam confortáveis em dizer não aos cidadãos, porquanto, não precisam enxergá-los como pessoas isoladas. Outro fator reconhecido que tira o interesse do atendimento é o fato de que os impostos que eles pagam não irem direto para as áreas prestadoras, mas, sim, para outros órgãos governamentais de distribuição de verbas.
         Nesse cenário, o cidadão, de maneira geral, não tem atendimento nem de médio padrão e considera isso normal, pois ele convive com suas limitações pessoais, atracado pela burocracia que domina todo o contexto e pelo medo de não ser atendido e ficar a dever ao Estado. Alguns órgãos tratam o cidadão pressupostamente como alguém que está errado, irregular, fazendo cada vez mais exigências, e não oferecendo de volta o que ele realmente precisa. Filas inumanas, taxas e tarifas, exigências burocráticas e prazos extensos para respostas são características de grande parte dos serviços públicos prestados.
         Muito se fala contra a ideia do cliente-cidadão. Ao se levar esse termo ao “pé da letra”, sempre se acharão argumentos para que se arquitrave essa ideia, que já se tenta aplicar há algum tempo. Para consultores do mundo governamental, essa questão não precisa ser levada ao nível rígido das teorias sobre o Estado. Basta querer fazer esforços para atender bem melhor o cidadão e lhe oferecer serviços de alta qualidade. Se chamamos a isso de cidadão-cliente, habitante, cliente ou contribuinte, é a mesma coisa, o que se deve ser feito é melhorar o relacionamento e o padrão das soluções dadas a eles.
         É fundamental tornar a vida das pessoas mais digna e fácil de ser vivida, quando isso estiver diretamente sob a responsabilidade do Estado. Torna-se questão sine qua non que tudo isso seja tratado com menos teoria e mais situações positivas. Menos senões e mais buscas inteligentes e rápidas de soluções!
         Marketing governamental já é praticado em muitos países, com sucesso, e não deve ser confundido com marketing político. O primeiro, no Brasil, ainda é uma novidade, está em desenvolvimento lento e é bastante combatido por quem não quer sair do “quadrado aconchegante e sem correntes frias de ventos”. Ainda persiste o modelo burocrático da era industrial, em que eram entregues serviços de massa. Estamos agora na era da informação, vivendo no chamado mundo líquido, e cada cidadão é um ser único com necessidades específicas. Se não está assim, é hora de transformação rápida.
         Não se pode culpar os diversos tipos de crises vividas no país para dizer que agora não dá para transformar. Sempre é hora de atender melhor, de tornar melhor e mais rápida a burocracia mínima necessária. Sempre é o momento de aprimorar os serviços a serem prestados.
         O governo tem em mãos os mesmos instrumentos gerenciais que as empresas privadas e se souber administrar as limitações inerentes a qualquer empresa pública é possível utilizá-los de forma eficiente e eficaz.
         O processo de modernização e aumento da qualidade dos serviços prestados ao cidadão é uma questão de decisão e de uma visão de marketing que precisa a cada dia ser disseminada em todos os órgãos do governo. O Brasil tem tudo para melhorar extraordinariamente o atendimento ao cidadão, só falta efetivamente a vontade de começar.”.

(ROGÉRIO TOBIAS. Mestre e especialista em marketing; administrador. Professor dos cursos de MBA e pós-graduação em marketing na Fundação Getúlio Vargas (FGV), Newton Paiva e UMA. CEO da RT Consultoria e Treinamento. Palestrante e coach. Autor do livro 121 artigos de marketing,  em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 23 de julho de 2017, caderno NEGÓCIOS & OPORTUNIDADES CLASSIFICADOS, coluna MARKETING, página 4).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 24 de julho de 2017, caderno OPINIÃO, página 7, de autoria de FRANCISCO BALESTRIN, presidente da Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP), e que merece igualmente integral transcrição:

“Política faz mal à saúde
        Os bastidores da engrenagem política brasileira nunca estiveram tão expostos. Se antes o silêncio acobertava certas práticas, o estardalhaço nos faz, agora, perceber com mais nitidez a interferência da corrupção e de interesses isolados em nosso percurso como sociedade.
         Muito do que ocorre politicamente no Brasil acomete, com uma intensidade cruel, o bem da saúde. E essa intromissão se manifesta de algumas formas. Toda vez que um projeto de lei ou medida provisória é anunciado, por exemplo, as câmaras legislativas se movimento sobre esse tema. Alguns agem para defender o espírito do projeto – seja a diminuição de impostos, um novo benefício ao cidadão, uma discussão a respeito de normatização para operadoras de saúde ou um debate de patente de medicamentos. Mas há, também, grupos organizados à espreita de uma oportunidade para negociar contrapartidas financeiras.
         Não faltam exemplos de agentes políticos que abraçam uma causa exclusivamente para auferir alguma vantagem econômica, para si ou para o grupo a que pertencem, aproveitando-se de interesses industriais e que representam, muitas vezes, bilhões de reais de investimentos mundiais. O caso das empreiteiras, hoje em evidência, expressa perfeitamente essa dinâmica. Nós já estamos cansados de saber como isso funciona, não é verdade? E também sabemos que a saúde é um palco óbvio e frequente de tais práticas. Sentimos como nunca a conexão desses episódios com o futuro que nos alcança.
         Outra situação que atrasa os avanços no setor habita as chamadas agências reguladoras, que teoricamente deveriam minimizar a assimetria de informações e de poderes entre consumidores e indústria, ou provedores de serviços. Essas entidades têm o papel de atenuar as diferenças e, ao mesmo tempo, fomentar o segmento. No entanto, o que ocorre, atualmente, é a segregação de projetos, interesses e condutas entre as diretorias que compõem essas instituições. E o que mais elucida esta nossa reflexão: muitos estão lá por nomeação estritamente política.
         As duas grandes agências que regulam a saúde demonstram a mesma patologia política. Ainda que o sujeito seja indicado pelo setor e tenha todas as qualificações recomendadas para tal posição, sempre existe, no desenho atual, a necessidade de um padrinho. Se não há esse consentimento, a indicação, por mais técnica, competente e unânime que seja, provavelmente não irá muito longe.
         Essa é a famigerada nomeação usada para escambo político e empresarial. Com ela vem a constante incerteza de que a estrutura política que ampara a saúde representa, de fato, o cidadão.
         Quando tomamos consciência do estágio de nação e de setor que vivenciamos, a defasagem em relação aos debates internacionais é ainda mais notória. A exemplo das reuniões do board da International Hospital Federation (IHF), das quais participo, a mediação de interesses por órgãos reguladores, por exemplo, é um assunto de caráter técnico e assimilado. Já mais maduras, as discussões estão amparadas pelo entendimento de que toda ação tem por fim a garantia de cidadania e, claro, a estabilidade econômica como um todo. A pergunta feita nesses encontros é: como garantir uma assistência à saúde que seja satisfatória individualmente e que, ao mesmo tempo, cumpra com o pacto do acesso universal?.
         Eu gostaria de não mais precisar reforçar que a saúde é extremamente sensível a gastos desnecessários, corrupção e visões fragmentadas, até porquê movimenta trilhões de dólares em todo o mundo; que o aumento da longevidade do ser humano e das doenças terão impactos excepcionais na Previdência e no tratamento do paciente; que a revisão dos alicerces políticos é uma imposição. Mas, enquanto os cordões político, econômico e ideológico não tiverem uma visão ética e socialmente responsável como tecido condutor de suas operações, ainda teremos que falar sobre isso.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em maio/2017 a ainda estratosférica marca de 345,10% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 301,45%; e já o IPCA também no acumulado dos últimos doze meses, em junho,  chegou a 3,00%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
        



sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A LUZ NA GESTÃO DE PESSOAS E A FORÇA DA LEITURA NA SUSTENTABILIDADE

“Gestão de pessoas para projetos de sucesso
        Na área de gerenciamento de projetos, o componente humano é o mais complexo a ser gerido. E não é para menos que quatro da 10 áreas de conhecimento trabalhadas na gestão de projetos são diretamente relacionadas a pessoas – recursos humanos, comunicações, partes interessadas e aquisições (no âmbito da contratação de equipe terceirizada). E em praticamente todas as seis restantes podemos estabelecer fortes vínculos, ainda que indiretos. A estimativa de esforços e duração do trabalho na elaboração de um cronograma, por exemplo, está totalmente relacionada à expertise das pessoas envolvidas.
         Ainda assim, a realidade é que a grande maioria dos gerentes de projetos não está bem preparada para lidar com esses aspectos, o que corrobora para o alto índice de insucesso de projetos ainda contabilizados após anos de evolução das técnicas de gerenciamento de projetos. E nesse contexto, contar com o apoio de uma célula ou área especializada em gestão de pessoas pode representar um grande diferencial para a gestão de projetos bem-sucedidos.
         Um dos aspectos críticos observados em projetos de sucesso é, sem dúvida, a adequada seleção de pessoas. Poder contar com uma equipe qualificada é o ponto comum destacado em todas as pesquisas que listam os fatores relevantes para o bom resultado de um projeto. Por outro lado, um dos principais problemas do nosso mercado hoje é a escassez de talentos. E esse ponto dificulta a contratação, representando muitas vezes um gargalo na gestão do projeto. O apoio da área de gestão de pessoas nesse aspecto pode tirar essa carga do gerente de projetos e aperfeiçoar o processo.
         Uma das alternativas que as empresas encontram para esse problema, e que também pode contar com o apoio e o aprimoramento da área de gestão de pessoas é a capacitação interna. Essa opção vem sendo cada vez mais escolhida no âmbito dos projetos, mas ainda é feita de forma incipiente e pouco focada em capacitação nas chamadas “habilidades comportamentais”, como técnicas para melhoria de comunicação e liderança. Falta, ainda, as empresas entenderem que, mais do o know-how técnico, o engajamento e a mobilização das pessoas em prol do projeto são fatores vitais para o sucesso. E esse é justamente o papel desempenhado pelos líderes. A área de gestão de pessoas pode apoiar, não apenas provendo os treinamentos necessários ao projeto, mas também formando novos líderes para futuros projetos.
         Outro ponto crítico são as falhas na comunicação. A maioria dos gerentes de projetos atuantes tem gaps em relação a isso. Com a participação das áreas de comunicação propriamente ditas, a maioria dos pontos pode ser delegada aos especialistas. Importante frisar que existem dois tipos de comunicação no âmbito de projetos: interna (equipe, partes interessadas e escopo da organização) e externa (comunidades afetadas e imprensa). Visando a melhores resultados, é mais viável se todo o trâmite envolvendo imprensa, comunidade e organização for feito pela área especialidade, em alinhamento com o gerente de projeto, mas deixando este mais focado na equipe e nas partes interessadas.
         Por fim, sempre que falamos em projetos, um aspecto importante vem à tona: mudança. Projetos nada mais são do que intervenções organizadas visando adequar processos e produtos da empresa para o mercado, em função de um cenário específico. Eles impactam a maneira como as pessoas trabalham e seus paradigmas, alteram a estrutura presumida de poder, a exposição das pessoas, e, sobretudo, criam desconforto. Por isso, gerir os aspectos humanos e emocionais em cenários de mudanças organizacionais, principalmente em tempos de crise, tornou-se imprescindível. Garantir a adaptação às mudanças e o alcance dos resultados esperados significa conseguir engajamento e compromisso de toda a estrutura organizacional para que haja resultado.
         Diante desse contexto, destaca-se a importância da estrutura de gestão de mudanças organizacionais (GMO). O papel dela é, basicamente, conduzir da melhor forma possível os envolvidos na mudança através de um estágio de transição, partindo do estado atual em busca de um estado desejado. O caminho trilhado no estágio de transição pode ser tumultuado, passando pelos chamados “vales do desespero”. E um bom GMO facilita essa passagem e assegura que, apesar de possíveis conflitos, todos trabalhem em prol do objetivo. Uma área de gestão de pessoas que consiga entregar aos gerentes de projeto uma estrutura de GMO, sem dúvida, minimiza os desafios.”.

(RUAN ALMEIDA. Presidente do Projetc Management Institute (PMI – MG), em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 13 de dezembro de 2016, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de EMMANUEL SILVEIRA MENDES, bibliotecário do Centro Universitário Una – Câmpus Linha Verde, e que merece igualmente integral transcrição:

“Livros para que te quero
        Instituições de ensino promovem ações, diariamente, em prol do desenvolvimento pessoal. O aluno que se aventurar a expandir seu campo de visão poderá aproveitar o máximo dos recursos disponíveis ao seu redor. Podem-se citar ações culturais, palestras, debates, monitorias, entre tantos outros. Cabe destacar aqui um setor de grande apoio: a biblioteca.
         A biblioteca é considerada um local propício à geração de conhecimento. Em seu ambiente cercado de estantes cheias de materiais para leitura, como livros, revistas, jornais e tantos outros meios impressos e digitais, aguarda apenas a visita do leitor.
         Os benefícios da leitura são irrefutáveis. Melhorar a escrita, o vocabulário, formas de se expressar, a clareza da comunicação, o próprio aprendizado, a interpretação, a criatividade, entre muitos outros. A biblioteca, fruto das instituições de ensino no cotidiano, são fontes gratuitas para quem quiser ter maior contato com os livros.
         Historicamente, os empenhados em descobrir as maravilhas de um mundo oculto entre as palavras consumiam muito tempo apenas se deslocando, pois precisavam viajar pelas cidades para ter contato com o conhecimento registrado. Essa prévia exemplifica que a relação entre leitor e livro sofreu mudanças com o avanço das mídias, ampliando os meios de acesso. A facilidade da disseminação de textos via internet propiciou a todos, independentemente da classe social, acesso a obras completas e sem necessidade de deslocar-se. Uma imensidão de conteúdo para ser lida. A prática da leitura literária entre os jovens é importante, pois familiariza os mesmos com o texto e seus ganhos de forma descontraída. Porém, o que dizer de nossos universitários?
         Sabe-se que a vida acadêmica não é fácil. Exige-se muito do estudante universitário e espera-se que o mesmo possa alcançar sua meta. Ainda existem aqueles que conciliam trabalho e estudo. Pilhas de textos são necessárias para fixar o saber apresentado durante o semestre, causando, assim, uma tendência para fazer apenas o básico. Por outro lado, percebe-se a procura pela literatura como forma de lazer por alguns, o que comprova o seguinte: o interesse propicia tempo para desfrutar do que consideramos importante.
         Os grupos de leitura nascem nesse contexto e justamente desse interesse de compartilhar informações. De serem protagonistas. Observemos que a forma mais comum e efetiva de reforço na aprendizagem é estar entre pessoas com interesses comuns. Logo, esta relação favorece o crescimento pessoal, ao mesmo tempo em que laços entre os participantes são consolidados. Ficando claro que muitos contribuem entre si para finalizar seus livros, ou mesmo estudos. O que se torna um hábito dificilmente será extinguido.
         O que seria dos grupos sem uma nomenclatura, sem uma identidade, não é mesmo? Clube do Livro é um nome simples, entre muitos outros, para definir um grupo voltado a discutir assuntos sobre o que foi lido. Aquele que pertence ao clube encontrará pessoas com a mesma motivação e poderá debater os mais diversos assuntos. Quem desejar saber mais ou até mesmo montar seu grupo verá que não há segredo, pois fazemos isso o tempo todo: grupos familiares, de estudo, de amigos, de viagem etc. Vamos ler mais.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro a ainda estratosférica marca de 475,8% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial  registrou históricos 328,9%; e já em novembro o IPCA acumulado também nos últimos doze meses chegou a 6,99%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...  
        
 
 





quarta-feira, 13 de julho de 2016

A CIDADANIA, O PATRONO DOS GOVERNANTES E DOS POLÍTICOS E A IMPORTÂNCIA DA CIÊNCIA

“Tomás More: 
patrono dos governantes e políticos
        O quingentésimo aniversário da publicação de A utopia, em 1516, em Lovaina, oferece grande incentivo para refletir sobre a vida e a obra de seu célebre autor, Tomás More. As múltiplas edições do livro em diversos idiomas e a excelente acolhida ao filme, de 1966, A man for all seasons (intitulado no Brasil O homem que não vendeu sua alma), de Fred Zinnemann, são eloquentes encômios a respeito dele.
         Filho de pais abastados e influentes, nasceu e faleceu em Londres (1478-1535). Com estudos em Oxford e em outros famosos educandários, tornou-se advogado. Do seu casamento com Jane Colt (1505-1511) nasceram quatro filhos. Seu lar acolhia genros, noras e netos e estava aberto a amigos e jovens à procura de orientação. Segundo biógrafos, foi de exemplar vida matrimonial.
         Em 1504, elegeu-se, pela primeira vez, parlamentar. Em 1521, foi galardoado com o título de Cavaleiro. Em 1523, tornou-se presidente da Câmara dos Comuns. Em 1529, Henrique VIII designou-o chanceler. Era estimado pela integridade moral, competência, sutileza de pensamento, afabilidade e cultura ímpar.
         Na primavera de 1515, a pedido do rei e de mercadores ingleses, juntou-se à delegação enviada a Flandres para negociar tratados comerciais e diplomáticos. Dificuldades para se reunir com os representantes da França e dos Países Baixos permitiram que More conversasse mais tempo com o amigo Erasmo de Rotterdam, autor de Elogio à loucura e de A educação de um príncipe cristão. No mesmo período, em visita à Antuérpia – cidade com feitoria portuguesa –, palestrou com o notável navegante  lusitano Rafael Hitlodeu. Ambos conheciam bem autores helênicos e romanos e interessavam-se pela organização política dos povos. Rafael havia muito viajado, quer com Américo Vespúcio quer separadamente. Visitou a Ilha “Utopia”. More registrou os seguintes comentários do seu interlocutor:
         [...] a justiça da Inglaterra e de muitos países se assemelha aos mestres que espancam os alunos em lugar de instruí-los. Fazeis sofrer os ladrões pavorosos tormentos; não seria melhor garantir a existência a todos os membros da sociedade a fim de que ninguém se visse na necessidade de roubar primeiro e de morrer depois? A principal causa da miséria pública reside no número do excessivo de nobres zangões ociosos, que se nutrem do suor e do trabalho de outrem e que para aumentar seus rendimentos mandam cultivar suas terras escorchando os rendeiros até a carne viva [...]
         Eles subtraem vastos tratos de terra da agricultura e os convertem em pastagens; abatem as casas, as aldeias, deixando apenas o templo para servir de estábulo para os carneiros.
         A honra de vosso senhor e a sua felicidade consistem na riqueza de seus súditos mais ainda do que na sua própria. Os homens fizeram os reis para os homens e nãos os homens para os reis; colocaram chefes à sua frente para que pudessem viver comodamente ao abrigo das violências e dos ultrajes; o dever mais sagrado do príncipe é velar pela felicidade do povo antes de velar pela sua própria; como um pastor fiel, deve dedicar-se ao seu rebanho e conduzi-lo às pastagens mais férteis [...] A dignidade real não consiste em reinar sobre mendigos, mas sobre homens ricos e felizes.
         Rafael louvou o general romano Fabricius, cônsul de 282 a 275 a.C., que expressou: “Prefiro governar ricos a eu mesmo ser rico”. Sabe-se que Pirro tentou, em vão, suborná-lo.
         Em 1529, More exerceu, novamente, funções diplomáticas. Com Cuthbert Tunstall, em Cambrai (Cambraia), em negociações com representantes de Francisco I da França e de Carlos V, da Alemanha e da Espanha, assegurou interesses da Inglaterra. More comemorou o êxito da missão na igreja de Chelsea, cidade vizinha de Londres.
         Em 1532, Tomás More se demitiu do cargo de chanceler. Em 1534, negou-se a aceitar a pretendida supremacia de Henrique VIII (“Act of Supremacy”) como chefe da igreja da Inglaterra. Não endossou o divórcio do rei. Entre 17 de abril de 1534 a 6 de julho de 1535, viveu encarcerado na Torre de Londres. Textos redigidos durante sua dolorosa permanência nesse ergástulo foram publicados no livro A sós, com Deus, pela Editora Quadrante, em São Paulo, em 2002. Antes de ser decapitado, declarou: “Morro servidor fiel do rei, mas de Deus em primeiro lugar”.
         Tomás More grafou como seu epitáfio: “Não odioso à nobreza nem desagradável ao povo, mas temido de ladrões, assassinos e heréticos”. O irlandês Jonathan Swift (1667-1745), autor das Viagens de Gulliver”, parco em elogios, enalteceu-o como “a pessoa mais virtuosa que este reino jamais produziu”. Vladimir Lenin, em 1918, erigiu estátua sua no Jardim Aleksndrovsky, perto do Kremlin. Dele declarou Pio XI: “Homem verdadeiramente completo”. João Paulo II, na Carta Apostólica E Sanct Tomae Mori, em 31 de outubro de 2000, proclamou-o “Patrono dos Governantes e dos Políticos”. Nela se lê:
         “Da vida e martírio de São Tomás Moro emana uma mensagem que atravessa os séculos e fala aos homens de todos os tempos da dignidade inalienável da consciência”.
         A sua figura é vista como fonte de inspiração para uma política que visa como seu fim supremo o serviço da pessoa humana.
         22 de junho é a data da comemoração litúrgica do martírio seu e do bispo John Fisher.
         Utopia não é ucronia. O que não há hoje, poderá existir amanhã algures.”.

(JOSÉ CARLOS BRANDI ALEIXO. Professor emérito da Universidade de Brasília, em artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 12 de julho de 2016, caderno OPINIÃO, página 7).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Cidadania e Qualidade vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página, de autoria de PATRÍCIA COSTA, professora do Centro Universitário UNA, bióloga, mestre e doutora em genética, e ANA CRISTINA GOMES SANTOS, professora do Centro Universitário UNA, bióloga, mestre em ciência de alimentos e doutora em imunologia, e que merece igualmente integral transcrição:

“A importância da ciência
        Atualmente, estamos vivendo um período onde as mais diversas informações nos são apresentadas de maneira quase involuntária. Muitas dessas informações são provenientes da mídia, de blogs, do Facebook. Diariamente, lemos e recebemos uma infinidade de informações. Por exemplo: óleo de coco emagrece? Citronela é repelente para o mosquito da dengue? A vacina H1N1 deixa a pessoa gripada? Mas será que estas questões já foram resolvidas pela ciência?
         Ciência significa conhecimento ou saber. Conhecimento que é adquirido a partir de um observador que executa um método científico seguindo um conjunto de normas estabelecidas. Dizemos popularmente: “Isto é cientificamente comprovado”. Mas, se temos dúvidas no nosso dia a dia, podemos elucidá-las através de uma pesquisa? A resposta para essa pergunta é sim. Dispomos, atualmente, de sites de busca de artigos científicos, onde podemos procurar por autores e/ou palavras-chaves. Os principais sites de busca são: Google acadêmico, PubMed e ResearchGate.
         O Google acadêmico é uma versão científica do site de buscas mais utilizado no mundo. O Google acadêmico disponibiliza um banco de dados que reúne artigos científicos nacionais e internacionais. Já o PubMed é um site americano de buscas de artigos científicos na área da saúde. O banco de dados do PubMed pertence à Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos administrada pelo governo norte-americano e considerada a maior biblioteca médica do mundo. Além disso, um Facebook dos pesquisadores foi fundado em 2008. Ele se chama ResearchGate e reúne hoje metade dos pesquisadores de todo o mundo. Então, se você tem uma dúvida e quer saber a resposta científica para ela, basta entrar nesse site, baixar os artigos e também mandar mensagens para os pesquisadores. Utilizando essas ferramentas de buscas, em breve você terá uma resposta científica à sua questão.
         Nosso conhecimento sobre o mundo também está em constante construção. Os principais centros de pesquisa no Brasil são públicos e muitos estão vinculados a instituições de nível superior de ensino. Já no exterior, muitos centros de pesquisa são privados e contam com capital de investidores privados para se manter. Nas universidades, o novo conhecimento se entrelaça ao vigente, novas perguntas surgem a todo momento e a interdisciplinaridade favorece o processo. Não podemos nos esquecer de que o conhecimento científico deve estar atrelado à busca da melhoria de vida da população.
         Já os projetos de extensão têm, como missão, levar a informação sobre os mais diversos temas à população. No Centro Universitário UNA, buscamos a harmonia entre ensino-pesquisa e extensão. Esse pilar sustenta um trabalho interdisciplinar que ocorre nos primeiros períodos dos cursos das áreas de humanas, exatas e biológicas. Assim, nossos alunos buscam novos conhecimentos, mas também se preocupam em levá-los à população. Em tempos de zika, chikungunya, H1N1, desastre na barragem de Mariana, escassez de água e poluição ambiental assolando a população, como não pensar em ciência e na sua importância? Afinal de contas, estamos sempre em busca do melhor para a melhoria da saúde, da qualidade de vida, dos avanços tecnológicos, de um viver integrado em sociedade. Sem ciência, não temos progresso!”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a)     a educação – universal e de qualidade –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas (enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da civilidade, da democracia, da participação, da sustentabilidade...);
b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em maio a ainda estratosférica marca de 471,3% para um período de doze meses; e, ainda em maio, o IPCA acumulado nos doze meses chegou a 9,32%, e a taxa de juros do cheque especial em históricos 311,3%...); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade  –  “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis prejuízos e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com projeção para 2016, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,348 trilhão, a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,044 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”);

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela cidadania e qualidade, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos e que contemplam eventos como a   Olimpíada de 2016; as obras do PAC e os projetos do Pré-Sal, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da justiça, da liberdade, da paz, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

- 55 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...

- Estamos nos descobrindo através da Cidadania e Qualidade...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por uma Nova Política Brasileira...